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Epilepsia: Causas, Sintomas e Tratamentos

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Epilepsia – disfunção neurológica que causa crises recorrentes devido a uma descarga anormal do cérebro que interrompe temporariamente sua função normal, gerando manifestações motoras, sensitivas, sensoriais e psíquicas. Acomete mais homens do que mulheres com a faixa etária entre 1 -25 anos e pessoas acima de 65 anos.
Causas: desconhecida, tumores, alterações metabólicas, emocionais, encefalopatias, drogas/produtos tóxicos, traumatismo de parto, interrupção do fluxo sanguíneo causado por AVC, problemas cardiovasculares ou doenças infecciosas.
Classificação: parciais – a descarga se limita a uma área cerebral, sem alteração da consciência. Os sintomas dependem da área acometida – Lobo frontal (crises motoras), lobo parietal (alterações de sensibilidade), lobo occipital (alterações visuais), lobo temporal (alterações psicomotoras). Existem os tipos: 
parcial simples - as convulsões são limitadas a uma área do corpo, mas podem se estender a outras áreas s/ perda de consciência. Podem generalizar-se e provocar uma crise de grande mal – tonico-clonica). 
Sintomas motores – movimentos involuntários, clonicos, movimentos anormais de face, movimento dos dedos, extensão de membros, marcha jacksoniana (os sintomas vão andando ex. dos dedos passa para o braço, etc.).
Sintomas sensoriais – parestesia, alteração auditiva,visual, olfatória,vertigem, sensação de queda.
Sintomas autônomos – rubor, sudorese, piloereção
Sintomas Psiquicos – medo, ilusões, deja vus
Tratamento – ajudar se a crise evoluir para generalizada, tranquilizar o doente, e se for a primeira crise leva-lo ao medico.
Epilepsia rolandica (benigna) – dentro da parcial simples, tem um bom prognostico e é a forma mais comum. Tem inicio 3-10 anos com pico 5-8 anos e pode desaparecer na adolescencia. Acomete a hemiface e MMSS, as crises são rápidas e geralmente ocorrem durante o sono (sesitivo-motora com alteração bucoorofaringea). Essa crise tem boa resposta medicamentosa.
Epilepsia benignas com paroxismo occipital – São mais raras, com inicio aos 6 anos de idade, apresenta sintomas visuais e crises clonicas. É de caráter familiar, podendo ser acompanhada de náuseas e vômitos.
complexa – o paciente perde a consciência por alguns minutos retomando-a gradualmente, tem parada brusca de comportamento,olhar vago e imóvel, confusão após a crise, pode resistir quando agarrado e pode deambular durante a crise, demonstra emoções.
Tratamento – falar calmamente e tranquilizar o doente e o acompanhante, afastar suavemente o paciente dos perigos, e ficar junto do doente até ele se recuperar totalmente da crise.
secundariamente generalizada – (é uma crise parcial com generalização secundaria) inicia com aura (sinais premonitórios que algo bom ou ruim vai acontecer) e dissemina para ambos os hemisférios, apresentando a convulção tonico-clonica secundaria.
generalizada (difusa)- a descarga elétrica é difusa, em ambos hemisférios de forma simultânea e simétrica, sem qualquer inicio focal detectavel. Tem envolvimento muscular: 
tonico-clonico (grande mal) – fase tonica o doente perde subitamente a consciência, cai e o corpo todo torna-se rígido. Fase clonica – todo corpo e percorrido por convulsoes). Nesse caso deve-se deitar o doente, tirar o oculos, afrouxar o colarinho e o cinto, proteger a cabeça de traumas, afastar objetos que possam machucar o doente, observar se tem identificação medica e hospitalizar se a crise durar mais que 5 minutos, ou se o doente não recuperar a consiencia, se estiver grávida ou for diabético, ou se tiver machucado ou se ferido. Não deve colocar objetos na boca do doente, ñ tentar segurar a língua, dar líquidos durante ou após a crise, procurar impedir os movimentos do doente.
tonica - contração forte da musculatura, enrola e morde a língua e apresenta contração da mandibula.
Clonica – abalos rítmicos e repetitivos
Ausência - menos mal – ocorre geralmente na infância/adolescência, apresenta lapsos súbitos e breves da consiencia por 10 a 30 seg. podendo ocorrer varias vezes no dia, ñ há alterações neurológicas, e a criança pode apresentar baixo rendimento escolar – chamada epilepsia escolar.
Atônicas – perda súbita do controle postural com 1 a 2 segundos de duração, perda breve de consciência e risco de TCE.
Miotonicas – contração muscular súbita e breve, de uma parte ou de todo o corpo associada a distúrbios metabólicos, doenças degenerativas do SNC e lesão cerebral anoxica.
Estado de mal epilético - situação em que as convulsões são seguidas umas das outras sem recuperação da consciência podendo provocar lesões cerebrais.
Epilepsia mioclonica juvenil – surge na adolescência com abalo mioclonial bilateral ou abalos repetidos. As crises são frequentes pela manha logo que o paciente acorda. Ela pode ocorrer por privação de sono, e responde bem os anticonvulsivantes.
Síndrome de Lennox-Gastaut - Ocorre em crianças com convulsões múltiplas,EEG característico e disfunção cognitiva. Pode ocorrer lesão neural difusa por hipóxia/isquemia perinatal, infecção, trauma. O desenvolvimento anormal tem um prognóstico ruim, epilepsia mal controlada.
Síndrome de West - Crise generalizada do lactente, 80% são secundárias a lesões e 20% são primárias, a crise repete varias vezes no dia, agravando lesão encefálica primária, podem apresentar crises intensas e lembram reflexo de moro (susto). Tem início: 3 meses a 2 anos, a crise com pico entre 5/8 meses de difícil controle medicamentoso. É causada devido a disfunções orgânicas do cérebro cujas origens são pré, Peri ou pós-natal.
É dividida em: criptogênio - causa desconhecida, onde o lactente é normal até os inícios dos espasmos, sem qualquer lesão cerebral detectável.
• sintomático - causa conhecida, onde há prévio desenvolvimento neuropsicomotor anormal, alterações ao exame neurológico e/ou lesões cerebrais identificadas por tomografia computadorizada, ressonância magnética, etc..
Quadro clínico • Tríade: atraso do desenvolvimento, espasmos infantis e traçado eletroencefalográfico com padrão anormal. 
Crises: espasmos ou uma salva de espasmos com seguintes características flexão súbita da cabeça, com abdução dos membros superiores e flexão de MMII (espasmos mioclônico maciço) é comum a emissão de um grito por ocasião do espasmo.
Duração das crises: em média alguns segundos 
• As vezes as crises são representadas apenas por flexão da cabeça (tique de sabam ou "espasmo saudatório"). As crises são freqüentes particularmente durante a vigília, podendo chegar até a centena ou mais por dia. 
• São crianças hipotônicas. • retardo mental que pode ser evitado pelo tratamento precoce do quadro. 
• maturação da criança: as crises podem diminuir ou desaparecer por volta do quarto ou quinto ano de vida.
OBJETIVO DE TRATAMENTO • tratar as seqüelas ou tentar diminuí-las o máximo possível 
• fisioterapia respiratória 
• evitar as deformidades 
• equilíbrio da cabeça e tronco 
• estimular DNPM 
• tratamento deve ser feito seguindo as etapas de evolução, de maturação da criança.
DIAGNOSTICO : 
ANAMNESE- o médico observa: 
• Tipo da crise 
• Duração das crises 
 Horário que aparece as crises 
• Manifestações clínicas - alterações emocionais/psíquicas 
• Como é desencadeada a crise?
EXAMES 
• EEG - mede a atividade elétrica do cérebro 
• TC e RM - identificam a doença que pode estar causando a epilepsia

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