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Tópicos em Direito 2
Sumário
03
TÓPICO 4 – Direito empresarial ......................................................................................07
1 Conceito e autonomia ..............................................................................................07
2 Breve histórico .........................................................................................................07
3 Evolução do direito comercial brasileiro .....................................................................08
4 Empresário e atividade empresarial ...........................................................................08
4.1 Atividade Empresarial ...............................................................................................09
4.2 Atividades não empresariais ......................................................................................09
4.3 Espécies de Empresários ...........................................................................................09
4.4 Capacidade empresarial ...........................................................................................10
4.5 Obrigações do empresário ........................................................................................11
5 Registro Público de Empresas Mercantis (Lei nº 8.934/1994) ........................................12
5.1 Arquivamento de Atos (Procedimento) .........................................................................12
5.2 Estabelecimento Empresarial .....................................................................................12
5.3 Alienação do estabelecimento empresarial (trespasse) ..................................................13
5.4 Concorrência ...........................................................................................................14
5.5 Sub-rogação nos contratos ........................................................................................14
5.6 Ação renovatória de locação ....................................................................................14
5.7 Locação em shopping center .....................................................................................15
6 Do direito societário ................................................................................................15
7 Sociedades não personificadas..................................................................................16
7.1 Sociedade em Comum ..............................................................................................16
7.2 Sociedade em Conta de Participação .........................................................................17
8 Sociedades personificadas ........................................................................................18
8.1 Sociedade Simples ...................................................................................................18
8.1.1 Responsabilidade ............................................................................................19
8.1.2 Capital Social .................................................................................................19
8.1.3 Direito de voto e retirada .................................................................................19
8.1.4 Administração .................................................................................................20
8.1.5 Dissolução Parcial ...........................................................................................20
04 Laureate- International Universities
8.1.6 Dissolução Total ..............................................................................................21
8.2 Sociedade Empresária ..............................................................................................21
8.2.1 Sociedade em Nome Coletivo (arts. 1.039 a 1.044 do Código Civil) ....................21
8.2.2 Sociedade em Comandita Simples (art. 1.045 a 1.051 CC) .................................22
8.2.3 Sociedade em Comandita por Ações 
(arts. 1.090 a 1.092 CC e arts. 280 a 284 LSA) ..........................................................22
8.2.4 Sociedade Limitada (arts. 1052 a 1087 do CC) ..................................................22
8.3 Capital Social ..........................................................................................................23
8.3.1 Aumento e Redução do Capital Social ...............................................................23
8.3.2 Cotas Sociais ..................................................................................................24
8.3.3 Cessão de cotas ..............................................................................................24
8.3.4 Responsabilidade ............................................................................................24
8.4 Administração ..........................................................................................................25
8.4.1 Responsabilidade do Administrador ...................................................................26
8.4.2 Conselho Fiscal ...............................................................................................27
8.4.3 Assembleia e Reunião de Sócios ........................................................................28
8.4.4 Convocação ...................................................................................................28
8.4.5 Instalação ......................................................................................................29
8.4.6 Deliberações Sociais ........................................................................................29
8.4.7 Recesso ..........................................................................................................30
8.4.8 Da Dissolução Parcial ......................................................................................30
8.4.9 Dissolução da Sociedade .................................................................................30
8.5 Sociedade por ações ................................................................................................31
8.5.1 Nome empresarial da sociedade anônima ..........................................................31
8.5.2 Capital social da sociedade anônima ................................................................31
8.5.3 Constituição da sociedade ...............................................................................31
8.6 Valores Mobiliários ...................................................................................................32
8.6.1 Ações .............................................................................................................32
8.6.2 Partes Beneficiárias ..........................................................................................34
8.6.3 Debêntures .....................................................................................................34
8.6.4 Bônus de Subscrição ........................................................................................35
8.6.5 Commercial Paper (Notas Comerciais) ...............................................................35
8.7 Órgãos Societários ...................................................................................................35
8.7.1 Assembleia Geral ............................................................................................36
05
8.7.2 Espécies de Assembleias ...................................................................................36
8.7.3 Conselho de Administração ..............................................................................36
8.7.4 Diretoria .........................................................................................................37
8.7.5 Conselho Fiscal ...............................................................................................388.7.6 Operações societárias .....................................................................................39
8.8 Títulos de Crédito .....................................................................................................39
8.8.1 Conceito ........................................................................................................39
8.8.2 Legislação Uniforme no direito brasileiro ............................................................40
8.8.3 Princípios Cambiários ......................................................................................40
8.8.4 Classificação ..................................................................................................40
8.8.5 Atos Cambiários ..............................................................................................41
8.9 Títulos de crédito em espécie. ....................................................................................43
8.9.1 Letra de Câmbio (Dec. 57.663/66 e Dec. 2.044/1908) ......................................43
8.9.2 Nota Promissória (Dec. 57.663/66 e Dec. 2.044/1908) ......................................44
8.9.3 Duplicata (L. 5474/68) ....................................................................................45
8.9.4 Cheque (Lei nº 7357/85) .................................................................................46
8.9.5 Recuperação de Empresas e Falência ................................................................48
8.9.6 Pedido de falência ...........................................................................................52
8.9.7 Contratos Empresariais ....................................................................................56
Referências Bibliográficas ................................................................................................59
Tópico 4 
07
1 Conceito e autonomia
O direito empresarial compreende o ramo do direito privado que regulamenta as atividades 
praticadas pelos empresários, antes identificados como comerciantes, fixando suas obrigações e 
consequências a serem praticadas por estes.
Na atualidade, o Direito Empresarial, antes chamado Direito Comercial – que mais à frente 
explicaremos os motivos da mudança de nomenclatura –, consiste no complexo de normas e 
procedimentos judiciais e extrajudiciais que regulamentam a composição e o exercício das ativi-
dades empresariais. 
No que se refere à autonomia, temos que esta se mostra assegurada pela nossa CF de 1988 
conforme previsão do art. 22, I que admite ser competência da União legislar sobre Direito Civil 
e Direito Comercial.
2 Breve histórico
A história do direito comercial para alguns autores, como Fábio Ulhoa Coelho, pode ser dividido 
em quatro grandes períodos: 
No primeiro, entre a segunda metade do século XII e a segunda do século XVI, o direito 
comercial é o direito aplicável aos integrantes de uma especifica corporação de oficio, a dos 
comerciantes. Adota-se, assim, um critério subjetivo para definir seu âmbito de incidência. A 
letra de cambio, os bancos e o seguro são exemplos de institutos já existentes nesse período. 
(COELHO, p. 33).
Já o segundo período ainda possui a Europa Continental como a principal localidade para a 
prática das atividades comerciais, se destacando França e Inglaterra como principais potências 
comerciais, nesse período a criação das sociedade por ações se mostra como o mais importante 
instrumento criado.
O terceiro grande período ocorre entre os séculos XIX e a segunda metade do século XX, tal 
período mostra a superação do critério subjetivo de identificação supracitado, principalmente a 
partir da criação do código comercial francês, código napoleônico, de 1808, assim, o direito 
comercial passa a adotar a teoria de atos de comércio, também conhecida como teoria objetiva.
O quarto grande período inicia-se com a criação do código civil italiano de 1942, que passou 
a disciplinar tanto matérias civis como comerciais, a legislação italiana traz a vigência da teoria 
de empresa, superando a teoria de atos de comércio do código francês. 
Direito empresarial
08 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 2
3 Evolução do direito comercial 
brasileiro
Em virtude de ser o Brasil mera colônia de Portugal, os primeiros atos de comércio nesse país 
vieram apenas com a chegada da corte portuguesa ao País, o que ocorreu em 1808.
Logo que a família real chegou ao Brasil, os primeiros atos de comércio foram realizados como 
a edição do alvará de abertura de portos às nações amigas, o alvará de criação da Real Junta 
de Comércio, bem como o alvará de criação do Banco do Brasil.
Após o retorno do monarca a Portugal em 1821, e a proclamação da independência em 1822, 
não detinha a nação brasileira em ser ordenamento jurídico regras sobre direito comercial, 
aplicando-se assim a legislação portuguesa.
Assim, em 1850, o Imperador D. Pedro II aprovou o Código Comercial, fortemente influenciado 
pela codificação francesa, elaborado por Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá.
A legislação comercial brasileira, Lei nº 556, de 25.06.1850, era dividida em três grandes partes, na 
primeira tratava do comércio em geral, a segunda parte do comércio marítimo e a terceira da quebra.
Sobre sua vigência, temos que a primeira parte foi revogada pelo art. 2045 do Código Civil, en-
quanto a terceira foi revogada pelo Decreto nº 7661/45, antiga lei falimentar. Assim, o Código 
Comercial brasileiro encontra-se vigente somente quanto ao comércio marítimo, ou seja, em sua 
segunda parte.
4 Empresário e atividade empresarial
O empresário possui o seu conceito no art. 966 do Código Civil que dispõe: “Considera-se em-
presário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços.”
Temos que o empresário será a pessoa física ou jurídica que exercerá profissionalmente uma ati-
vidade econômica de forma organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.
Elementos de definição
O mero exercício de atividade econômica não caracteriza o empresário. Assim, necessário será 
que este exerça as suas atividades de produção de bens (indústria), circulação de bens (comér-
cio), produção de serviços (prestação de serviços) e circulação de serviços (intermediação na 
prestação de serviços) de acordo com os elementos do artigo 966 do código civil.
Nesse sentido, teremos os seguintes elementos caracterizadores da atividade empresarial.
a) profissionalismo: compreende o exercício da atividade por parte do empresário com 
habitualidade, com a pessoalidade do empresário ou de parceiros e colaboradores;
b) atividade econômica: o empresário deve exercer atividade de circulação de riquezas 
(aquisição de bens para elaboração de produtos ou distribuição destes) com o objetivo de 
lucratividade (existência de receitas superiores às despesas);
c) organização de fatores: o empresário deverá organizar fatores como o capital, a mão de 
obra, os insumos (matéria-prima necessária à atividade) e todo o conhecimento referente 
àquela atividade empresarial (conhecido também como know how).
09
4.1 Atividade Empresarial
As atividades citadas no final do artigo 966 do Código Civil são consideradas atividades pratica-
das por empresários, todavia, a definição de empresa não se encontra na legislação.
A codificação brasileira, seguindo o código italiano, não nos trouxe a definição clara e objeti-
va do instituto “empresa” nem do significado de sua palavra, tratando somente do empresário 
(GONÇALVES NETO, p. 48).
Todavia, de acordo com nossa doutrina, temos que a empresa será a atividade exercida, sen-
do os institutos basilares desta atividade o empresário (sujeito de direito) que explora a atividade 
e o estabelecimento empresarial (bens organizados pelo empresário) que será necessário parao 
exercício da atividade empresarial.
4.2 Atividades não empresariais
O parágrafo único do artigo 966 do Código Civil nos traz as atividades que a lei não considera 
como atividades empresariais, como aquelas de natureza intelectual, científica, literária e artística.
Aqueles que exploram as atividades anteriormente descritas não são considerados empresários, 
visto que as atividades não o são, assim, temos que estas atividades serão em regra exercidas 
por profissionais liberais ou por sociedades, no caso, sociedade simples.
Peguemos como exemplo as atividades dos médicos. Estes exploram suas atividades após a 
aquisição de conhecimentos científicos da medicina nos bancos universitários, assim, poderão de 
forma liberal exercer suas atividades, todavia, quando se reúnem em sociedade para a explora-
ção destas atividades irão formar uma sociedade, que será a sociedade simples, com registro de 
seu ato constitutivo no cartório de registro civil das pessoas jurídicas (art. 998 do Código Civil.)
Outro exemplo, dotado de algumas diferenças, se dá quanto às atividades dos profissionais 
da advocacia, estes, poderão exercer suas atividades após a conclusão do curso superior com 
aquisição de conhecimento científico jurídico e ingresso no quadro da ordem dos advogados do 
Brasil (OAB).
Todavia, quando advogados se unem para o exercício em conjunto da atividade da advocacia, 
forma sociedade de advogados, que compreende uma sociedade simples, porém, com registo 
na seccional da ordem dos advogados do Brasil, conforme art. 15 da Lei nº 8.906/94 (Estatuto 
da Advocacia).
4.3 Espécies de Empresários
Os empresários, descritos no artigo 966 do Código Civil, exercerão suas atividades de modo 
organizado em três categorias distintas, quais sejam, os empresários individuais, as empresas 
individuais de responsabilidade limitada (Eireli) e as sociedades empresariais.
O empresário individual é a pessoa física que explora suas atividades em conformidade com o 
artigo 966 do Código Civil, todavia, o empresário individual não detém personalidade jurídica, 
visto não ter previsão no artigo 44 do Código Civil, além de não existir limites de responsabilida-
de por parte deste empresário, visto a impossibilidade deste adotar tipo societário.
10 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 2
A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), compreende em pessoa jurídica de 
direito privado constituída por uma única pessoa física que explora atividade empresarial, de 
acordo com o artigo 966 do Código Civil; porém, ao contrário do empresário individual, possui 
personalidade jurídica, conforme artigo 44, VI do Código Civil, além da limitação de responsa-
bilidade, sempre atrelada ao valor do capital social, que não poderá ser inferior a 100 vezes o 
valor do salário-mínimo vigente (art. 980-A, CC).
Por sua vez, a sociedade empresária compreende a pessoa jurídica que explora a empresa, ou 
seja, a sociedade constituída para o exercício das atividades empresariais, tendo esta personali-
dade jurídica, conforme previsão do artigo 44, II do Código Civil, devendo adotar tipo societário 
conforme determina o art. 983 do Código Civil.
4.4 Capacidade empresarial
As atividades dos empresários individuais serão exercidas, em regra, por aqueles que tenham 
pleno gozo de capacidade civil e não forem por lei impedidos.
No que se refere à capacidade empresarial, temos que os menores de 16 anos são absoluta-
mente incapazes para o exercício das atividades empresariais (art. 3º do CC), bem como os 
relativamente incapazes como os maiores de 16 anos e menores de 18 anos, os ébrios habituais, 
os viciados em tóxicos, aqueles que por causa transitória ou permanente não puderem exprimir 
suas vontades, bem como os pródigos (art. 4º do CC).
A capacidade empresarial contém algumas exceções, estas estão previstas nos artigos 974 e 975 
do CC.
Temos que o menor, mesmo não emancipado, poderá exercer atividade de empresário, quando 
vier a receber cotas através de herança, neste caso, serão necessárias, além de uma autorização 
judicial, a nomeação de um tutor (art. 974, CC).
O mesmo artigo supracitado nos remete a uma outra exceção, denominada de “incapacidade 
superveniente, esta ocorrerá quando o empresário vier a perder sua capacidade no gozo de sua 
atividade, neste caso, a atividade poderá ser continuada desde que exista nomeação de curador.
Os tutores ou curadores nomeados, caso não possam exercer atividade empresarial, poderão 
nomear, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes (art. 975, CC).
No que se refere à capacidade, temos que esta se aplica ao exercício da atividade na condição 
de empresário individual, todavia, os incapazes poderão integrar sociedades, desde que, não 
exerça o incapaz a administração, o capital da sociedade esteja todo integralizado, o sócio 
relativamente incapaz esteja assistido e o absolutamente incapaz esteja representado (art. 974, 
§ 3º, I a III, CC).
Já quanto ao “impedimento legal”, não poderão exercer a atividade empresarial, na qualidade de 
empresários individuais, os funcionários públicos da União, Estados e Municípios (IN 10, DREI), 
os juízes de direito (art. 95, parágrafo único, I, CF), os promotores de justiça (art. 128, § 5º, II, c, 
CF), os falidos não reabilitados (art. 102, LFR), os condenados por crimes falimentares (art. 181, 
§ 1º, LFR), os estrangeiros titulares de visto temporário no País (art. 99, Lei nº 6.815/1980), as 
pessoas condenadas, ainda que temporariamente, ao ingresso em cargos públicos, os leiloeiros, 
cônsules, militares das forças armadas que estejam na ativa (IN 10, DREI), entre outros.
11
4.5 Obrigações do empresário
Entre as obrigações do empresário, destacamos três principais:
a) efetuar a sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis no caso dos empresários 
individuais e arquivar os atos constitutivos no caso das sociedades empresariais (art. 967 
do CC);
b) levantar o balanço patrimonial e de resultados ao final do exercício social (art. 1.179 do 
CC);
c) elaborar a escrituração contábil de suas atividades através dos livros empresariais (art. 
1.179 do CC);
No que se refere ao registro do empresário, a legislação prevê tratamento favorecido e diferen-
ciado ao empresário rural e ao pequeno empresário no que se refere ao registro e arquivamento 
de atos no Registro Público de Empresas Mercantis, conforme previsão do art. 970 do CC.
O pequeno empresário, assim como o Microempreendedor Individual (MEI) são aqueles que 
possuem faturamento anual bruto de no máximo R$81.000,00 (oitenta e um mil reais) conforme 
previsão do art. 18-A da Lei nº 123/2006.
O balanço patrimonial deverá refletir todo o patrimônio do empresário, levando em considera-
ção os ativos existentes (bens, créditos, direitos) e também as obrigações já registradas (dívidas a 
serem liquidadas, impostos a serem saldados) chegando assim ao resultado final do patrimônio 
líquido existente (art. 1.188 do CC).
Já o balanço de resultados deverá demonstrar o resultado da atividade empresarial naquele 
período, levando em consideração os movimentos de entrada e saída de valores durante aquele 
período, apurando assim o resultado líquido do exercício (art. 1.189 do CC).
Os livros empresariais compreendem documentos elaborados pelo próprio empresário e enca-
dernados como livros, onde deverá este inserir como sua atividade empresarial está sendo exer-
cida a sua atividade, registrando os atos praticados.
Os livros empresariais podem ser classificados em obrigatórios e facultativos, sendo que entre 
os obrigatórios podemos dividi-los em categorias distintas, obrigatórios comuns e obrigatórios 
específicos.
Os obrigatórios específicos são aqueles que sua escrituração depende da forma em que a ati-
vidade empresarial acaba sendo exercido, temos como exemplo os livros de registros de atas 
de assembleias, obrigatóriospara as sociedades empresariais, também temos como exemplo o 
livro de registro de duplicatas, obrigatórios apenas para os empresários que elaboram a emissão 
destes documentos (art. 19, Lei nº 5474/68).
O único livro obrigatório comum a todos os empresários é o livro diário previsto no artigo 1.180 
do CC, este compreende em documento que deverá conter, dia a dia, por escrita direta ou repro-
dução, todas as operações relativas ao exercício da empresa (art. 1.184 do CC). 
A não escrituração ou a escrituração sem a devida autenticação é considerado crime falimentar 
(art. 178, Lei nº 11.101/2005).
12 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 2
5 Registro Público de Empresas 
Mercantis (Lei nº 8.934/1994)
O registro público de empresas, bem como outras atividades praticadas pelas Juntas Comerciais 
dos Estados terão a supervisão do Departamento de Registro Empresarial e Integração (Drei).
Constitui-se o Drei de órgão integrante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior, tendo como atribuição a criação de normas gerais que disciplinem o registro de empre-
sas, possuindo o poder de fiscalização e supervisão dos atos praticados pelas juntas comerciais, 
porém, não tendo o poder de intervenção dentro das juntas comerciais.
As juntas comerciais possuem função meramente executiva, que se constitui da prática de certos atos 
meramente de registro como aqueles descritos no art. 32 da Lei nº 8.934/94 que compreendem:
Matricula: será a Junta Comercial a competente para a confecção de matrículas e 
também cancelamento destas, dos profissionais qualificados como agentes auxiliares do 
comércio, são estes os leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros 
e administradores de armazéns gerais.
Arquivamento: todos os atos de constituição, alteração, dissolução ou extinção do 
empresário individual, da Eireli e das sociedades empresariais, devem para que possam 
ter eficácia jurídica, ser arquivadas na Junta Comercial do Estado.
Autenticações: é responsável à junta comercial pelas autenticações dos livros empresariais.
Proteção ao Nome Empresarial: decorre automaticamente dos atos constitutivos da firma indivi-
dual e das sociedades empresárias devidamente arquivadas (art. 33 da LRE).
5.1 Arquivamento de Atos (Procedimento)
Os atos que necessitem de arquivamento deverão ser apresentados na junta comercial do Estado 
dentro do prazo de 30 dias contados de sua assinatura, assim, os efeitos do arquivamento deve-
rão retroagir a esta data.
Todavia, caso o ato demore mais de 30 (trinta) dias para ser arquivado, seu efeito ocorrerá a 
partir da data em que for efetivado o arquivamento (art. 36 Lei nº 8.934/94).
Os atos levados a arquivamento serão analisados em suas formalidades, sendo certo que serão 
deferidos se não apresentarem vícios.
Os atos que contenham vícios sanáveis serão colocados em exigência que deverá ser sanada no 
prazo de 30 (trinta) dias, caso o vício seja insanável será o ato indeferido.
5.2 Estabelecimento Empresarial
Compreende o complexo de bens corpóreos e incorpóreos, organizados pelo empresário para a 
prática das atividades empresariais, conforme conceito do art. 1.142 do Código Civil.
Difere-se do ponto empresarial no sentido de que este compreende o mero local, ou seja, espaço 
físico onde será a atividade empresarial exercida.
13
Marino Luiz Postiglione (p. 5) sobre o estabelecimento empresarial dispõe: 
[...] se compõe o estabelecimento de elementos corpóreos e incorpóreos unidos pelo empresário 
para o exercício de sua atividade; os quais, assim conjugados, não perdem sua individualidade, 
mas passam, todos, a integrar um novo bem. Mantém a categoria jurídica que lhe é própria, 
porém unificados pelo empresário em um todo para o exercício de sua atividade. Os bens 
materiais e imateriais unificam-se pela vontade e necessidade do empresário atingir os fins 
visados pela empresa. Não são coisas singularizadas que contam, mas a unidade formada pelo 
conjunto e pela potencialidade do conjunto, o que não é a mesma coisa que o valor somado 
das parcelas componentes. 
Temos que o estabelecimento empresarial não pode ser considerado um sujeito de direito, pois 
o sujeito de direito nas relações empresariais será o empresário, também não podendo ser con-
fundido com a empresa, pois, como já aludido, empresa compreende a atividade empresarial 
exercida pelo empresário.
Nos termos da legislação, será considerado o estabelecimento uma universalidade de fato e de 
direitos, a primeira pelo fato de ser o estabelecimento algo real, existente, já a segunda hipótese 
pelo fato de poder o estabelecimento empresarial ser objeto de negócios jurídicos translativos e 
constitutivos.
Os negócios no qual poderá estar envolto o estabelecimento poderão ser de natureza translativa 
ou constitutiva, conforme autoriza o art. 1.143 do CC.
5.3 Alienação do estabelecimento empresarial 
(trespasse)
O contrato de trespasse é o contrato de venda e compra do estabelecimento empresarial, nes-
te instrumento o vendedor do estabelecimento será identificado como “alienante”, enquanto o 
comprador será o “adquirente”.
O código civil prevê regras quanto ao trespasse, desde a necessidade de registro até as regras 
referentes à sucessão quanto a dívidas do estabelecimento empresarial.
Assim, temos que o contrato de trespasse necessita de efetivo registro elaborado na junta comer-
cial do estado, e publicado na imprensa oficial, o que acarretará a ciência de todos os interes-
sados (Art. 1.144 CC).
O alienante do estabelecimento empresarial deverá permanecer em seu patrimônio com bens 
suficientes para solver o seu passivo, podendo alternativamente efetuar o pagamento antecipado 
das dívidas ou obter anuência expressa ou tácita dos credores do estabelecimento empresarial 
(art. 1.145 CC).
No que se refere à sucessão, prevê a legislação que o adquirente (comprador) será o responsável 
pelo pagamento de todas as dívidas contabilizadas do estabelecimento, permanecendo o alie-
nante (vendedor) solidariamente responsável ao pagamento pelo prazo de um ano, contados da 
publicação do trespasse para créditos vencidos e do vencimento do crédito para os vincendos. 
Já quanto às obrigações tributárias, o adquirente (comprador) ficará responsável de forma inte-
gral pelo pagamento de todas as dívidas em caso de cessar o alienante (vendedor) a atividade 
exercida. Poderá a responsabilidade do adquirente ser subsidiária à do alienante, caso o último 
continue exercendo atividade ou caso, dentro do prazo de seis meses, inicie nova atividade no 
mesmo ramo ou em ramo diverso (art. 133 do CTN).
14 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 2
5.4 Concorrência
No que se refere à concorrência, estabelece que, não havendo qualquer disposição determinada 
pelas partes em contrário, o alienante não poderá pelo prazo de 5 (cinco) anos concorrer com 
o adquirente (art. 1.147 CC).
5.5 Sub-rogação nos contratos
Em regra, a transferência importa sub-rogação do adquirente nos contratos existentes no esta-
belecimento empresarial, isso se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o 
contrato em até 90 dias a contar da publicação da transferência, desde que ocorra a justa causa 
(art. 1.148 CC).
5.6 Ação renovatória de locação 
O ponto empresarial, como mencionado, compreende no local onde será exercida a atividade 
empresarial. 
Assim, temos que a localidade onde será a atividade empresarial exercida recebe da legislação 
proteção, esta será caracterizada através do procedimento da ação renovatória de locação.
A ação renovatória de locação compreende em procedimento judicial que visa a renovação 
compulsória do contrato de locação por igual prazo, fazendo com que existe preservação da 
atividade empresarial naquela localidade.
Dependerá a ação renovatória da existência de forma cumulativados seguintes requisitos:
a) o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado (art. 51, 
I, Lei nº 8.245/91);
b) o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos 
escritos seja de cinco anos (art. 51, II, Lei nº 8.245/91);
c) o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e 
ininterrupto de três anos (art. 51, III, Lei nº 8.245/91).
A ação renovatória de locação deverá ser proposta pelo locatário dentro do interregno de (um) 
ano no máximo, até 6 (seis) meses no mínimo, antes do vencimento do contrato, sob pena de 
decadência (art. 51, § 5º, Lei nº 8.245/91).
O locador poderá pleitear a retomado do imóvel para si, mesmo que o locatário tenha todos os 
requisitos mencionados preenchidos, todavia, a denominada exceção de retomada só poderá 
ocorrer nas taxativas seguintes hipóteses:
a) por determinação do Poder Público, quando tiver de realizar no imóvel obras que 
importarem na sua radical transformação; ou para fazer modificações de tal natureza que 
aumente o valor do negócio ou da propriedade (art. 52, I, da Lei nº 8.245/1991);
b) para uso próprio do locador ou transferência de fundo de comércio existente há mais de 
um ano, não podendo, todavia, ser continuada a atividade do locatário (art. 52, II, c.c. 
art. 52, § 1º, da Lei nº 8.245/1991);
15
c) transferência de estabelecimento ao cônjuge ou herdeiro do locador, de acordo com as 
hipóteses anteriores (art. 52, II, c.c. art. 52, § 1º, da Lei nº 8.245/1991);
d) não atender a proposta do locatário, o valor locativo real do imóvel na época da 
renovação, excluída a valorização trazida por aquele ao ponto ou lugar (art. 72, II, da Lei 
nº 8.245/1991);
e) quando existir melhor proposta de terceiro (art. 72, III, da Lei nº 8.245/1991).
5.7 Locação em shopping center
Os contratos de locações de imóveis localizados em shoppings centers também poderá ser objeto 
de ação renovatória de locação, desde que preenchidos os requisitos mencionados, no entanto, 
não caberá a exceção de retomada com base no uso próprio do locador ou de fundo de co-
mércio onde o detentor da maioria do capital seja o próprio locador, cônjuge, ascendente ou 
descendente (art. 52, § 2º, da Lei nº 8.245/1991).
6 DO DIREITO SOCIETÁRIO
Temos que em virtude da expansão das atividades empresariais no mundo os comerciantes, prin-
cipalmente devido ao grande volume de negociações, passaram a se unir para o exercício destas 
atividades, buscando a diminuição de custos e principalmente de riscos de suas atividades.
Tal união dá origem às sociedades, nascendo assim esta disciplina, a do direito societário.
As sociedades consistem na união de pessoas físicas ou jurídicas através de contrato social, estas 
pessoas de forma recíproca deverão contribuir para a formação de um capital social, exercendo 
por consequência uma atividade econômica organizada cujo resultado deverá ser partilhado 
entre os seus integrantes.
O conceito cupracitado tem sua ideia principal extraída do Código Civil (Art. 981), onde alguns 
elementos do contrato de uma sociedade são estabelecidos.
Entre os escopos principais de uma sociedade está primeiro o elemento denominado de affectio 
societatis, que demonstra ser o pilar de uma sociedade, pois os interesses daqueles que integram 
a sociedade deverão ser homogêneos, ou seja, alcançar o objetivo social estabelecido no con-
trato social.
Quando os quadros societários contiverem pessoas físicas algumas regras deverão ser observa-
das pelos integrantes.
Em regra os integrantes de uma sociedade que sejam pessoas físicas devem deter capacidade 
civil para o exercício da atividade empresarial.
Além, caso seja esta pessoa física casada, atento deverá estar então quanto ao regime de casa-
mento adotado.
Prevê o Código Civil que não podem contratar em sociedade os cônjuges casados sobre o regi-
me da comunhão universal e da separação obrigatória de bens (art. 977 CC).
16 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 2
As sociedades, antes do advento do Código Civil de 2002, se classificavam em sociedades civis, 
ou sociedades comerciais; já na atualidade não mais temos a citada divisão, sendo certo que 
atualmente as sociedades no direito brasileiro são classificadas como sociedades simples, ou 
sociedades empresárias, que conceituaremos adiante.
As sociedades são pessoas jurídicas de direito privado, por isso, são dotadas de titularidade 
negocial, processual e também patrimonial, ou seja, praticam negócios em seu nome e indepen-
dentes de seus sócios, podem figurar no polo ativo e passivo de demandas judiciais e possuem 
patrimônio próprio, distinto do patrimônio de seus sócios. 
As sociedades adquirem a personalidade jurídica com a inscrição de seus atos constitutivos no 
órgão de registro competente, no caso das sociedades empresárias na junta comercial do estado 
(Art. 983 e 1.150 CC); já no caso da sociedade simples, tal personalidade será adquirida com a 
inscrição dos atos constitutivos no cartório de registro de pessoas jurídicas (Art. 998 e 1.150 CC).
O Código Civil prevê a existência de duas sociedades consideradas não personificadas, ou seja, 
sociedades sem personalidade jurídica são as sociedades em comum e as sociedades em conta 
de participação.
7 SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS
7.1 Sociedade em Comum
Esta sociedade está disposta nos artigos 986 a 990 do Código Civil, também é chamada de 
sociedade irregular, ou sociedade de fato, esta sociedade não contém registro de seu ato cons-
titutivo no órgão competente ou em alguns casos sequer possui contrato que poderá ser devida-
mente registrado.
Por não deter personalidade jurídica, esta sociedade não poderá ser titular de contas bancárias, 
não poderá participar de licitações públicas, não poderá requerer recuperação judicial e extra-
judicial, não goza de proteção quanto ao seu nome empresarial, assim como não poderá ser 
titular de direitos sobre marcas. 
Aspecto importante que visa a proteção daqueles que porventura contratarem com esta socie-
dade encontra-se no fato da comprovação da existência desta sociedade através de quaisquer 
meios de prova (art. 987 CC).
Diferentemente do disposto, quando os sócios desta necessitarem da comprovação de negócio 
praticados pela sociedade, ou de quaisquer relações entre si, só será válido o meio escrito como 
força probatória. 
Os bens e as dívidas das sociedades constituem patrimônio especial e os sócios da sociedade em 
comum são titulares desse patrimônio (art. 988 CC).
Os citados bens sociais poderão ser utilizados para satisfação de dívidas contraídas por qualquer 
dos sócios, exceto se existir pacto limitativo de poderes, esse instituto só terá validade caso o 
terceiro que contratou tinha conhecimento desse pacto (art. 989 CC).
17
Nesta sociedade, em que pese não haver a inscrição dos atos constitutivos, os sócios responderão 
de forma subsidiária pelas obrigações contraídas, gozando da prerrogativa conferida pelo art. 
1.024 do Código Civil, porém essa regra não será aplicável para os sócios que exerçam funções 
de administrador, pois neste caso a responsabilidade será “direta” pelas obrigações contraídas. 
Quanto à limitação de responsabilidade, por ser a sociedade irregular, a responsabilidade será 
solidária e ilimitada pelas obrigações sociais.
7.2 Sociedade em Conta de Participação
A sociedade em conta de participação está regulamentada nos artigos 991 a 996 do Código 
Civil.
Tal sociedade se caracteriza como uma parceria entre sócios denominados de ostensivos e par-
ticipantes.
O sócio ostensivo será aquele que irá agir em nome próprio e sob a sua responsabilidade, con-
tratando e assumindo responsabilidades por aquilo que contratar, respondendo pessoalmente 
perante terceiros pelas obrigações assumidas (art. 991 CC).
Já o sócio participante, também conhecidocomo sócio oculto, ou partícipe, não poderá apare-
cer durante a contratação, sendo que tal sócio possui seus direitos e suas obrigações para com 
o sócio ostensivo, nos termos do contrato social existente entre as partes (art. 991, p.u. CC).
Nesta sociedade poderão existir diversos sócios ostensivos e vários sócios participantes em um 
único contrato, não havendo necessidade da existência de apenas um deles em cada categoria.
A contribuição que cada sócio vem a destinar nesta sociedade constitui um patrimônio especial, 
que deverá ser utilizado para a realização dos negócios desta sociedade (art. 994 CC).
A Sociedade em Conta de Participação não é detentora da personalidade, pois, mesmo que esta 
venha a efetuar a inscrição dos seus atos no órgão competente, não será concedida a persona-
lidade jurídica a esta sociedade (art. 993 CC).
Em caso de falência do sócio ostensivo, em vista deste explorar a atividade da sociedade, a 
consequência será a dissolução da sociedade, devendo por consequência existir a liquidação da 
conta, cujo saldo compreende crédito de natureza quirografária (art. 994 §2º CC).
Quando a falência for do sócio participante, o contrato fica sujeito às normas que regulam os 
efeitos da falência nos contratos bilaterais (art. 117 LFR), ou seja, o administrador judicial deve-
rá verificar a possibilidade real do cumprimento do contrato, pois em existindo este deverá ser 
cumprido, já quando não houver viabilidade para o seu cumprimento, a consequência será a sua 
rescisão (art. 994 §3º CC).
Aspecto relevante verifica-se no que se refere à lealdade societária que a lei determina ao sócio 
ostensivo, pois, segundo a legislação, este não poderá admitir novo sócio sem o consentimento 
dos demais, salvo se existir estipulação expressa autorizando a admissão. 
Diferentemente do que ocorre com as sociedades personificadas, onde na sua liquidação veri-
fica-se a apuração de haveres como procedimento para se verificar o valor da participação de 
cada sócio, na sociedade em conta de participação, o procedimento para sua liquidação será o 
da prestação de contas previstas no Novo Código de Processo Civil (art. 996 CC).
18 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 2
8 SOCIEDADES PERSONIFICADAS
8.1 Sociedade Simples
O Código Civil de 2002 incluiu no nosso ordenamento as sociedades simples.
No que tange à definição, como já dito, não traz o ordenamento este aspecto, todavia enten-
demos ser a sociedade simples espécie de sociedade personificada que irá explorar atividade 
econômica organizada, todavia considerada não empresarial, como aquelas que a legislação 
define no parágrafo único do artigo 966 do Código Civil.
Assim, a sociedade simples explora atividades não empresariais como aquelas de natureza inte-
lectual, científica, literária e artística.
Neste enfoque, analisemos a situação seguinte: 
Um médico explora atividade intelectual-científica, assim, mesmo que explore atividade com 
auxílio de empregados e colaboradores, por ser a atividade intelectual-científica, o médico não 
será considerado um empresário.
Todavia, a união de médicos para a exploração desta atividade configura-se pela formação de 
uma sociedade que explora atividade não empresarial, ou seja, neste caso a sociedade de mé-
dicos é uma sociedade simples.
De bom alvitre também observarmos o teor final do parágrafo único do art. 966, pois este esta-
belece que as atividades já citadas não são empresariais mesmo que exista auxílio de parceiros 
e colaboradores, salvo se o exercício da profissão consistir elemento de empresa.
Nestes termos, a despeito das profissões não consideradas empresariais entendemos que a posi-
ção de Sylvio Marcondes (p. 11) é muito elucidativa:
Parece um exemplo bem claro a posição do médico, o qual quando opera ou faz diagnóstico 
ou dá a terapêutica, está prestando um serviço resultante da sua atividade intelectual e por 
isso não é empresário. Entretanto, se ele organiza fatores de produção, isto é, une capital, 
trabalho de outros médicos, enfermeiros, ajudantes etc., e se utiliza de imóvel e equipamentos 
para a instalação de um hospital, então o hospital é empresa e o dono ou titular desse hospital, 
seja pessoa física, seja pessoa jurídica, será considerado empresário, porque está, realmente, 
organizando os fatores da produção, para produzir serviços. 
A Sociedade Simples, então, é aquela que explora atividade considerada não empresarial, toda-
via, se a atividade não for empresarial, mas houver o elemento de empresa, esta atividade então 
será explorada pela sociedade empresária.
A personalidade jurídica da sociedade simples será adquirida com a inscrição de seus atos cons-
titutivos no cartório de registro de pessoas jurídicas (art. 998 CC).
A sociedade simples quando do registro poderá adotar um tipo societário, caso não adote, será 
considerada “sociedade simples pura”, e reger-se-á exclusivamente pelas normas da própria 
Sociedade Simples (arts. 997 a 1.038 CC).
Quanto à adoção do tipo societário, temos que qualquer um poderá ser adotado, exceção feita 
à sociedade por ações, pois esta será sempre uma sociedade empresária (art. 982, caput e pa-
rágrafo único).
19
Neste aspecto, interessante mencionarmos a situação da sociedade cooperativa, esta é a espécie 
de sociedade que sempre será uma sociedade simples dada a sua estrutura (art.982, caput e 
p.u. CC).
8.1.1 Responsabilidade
No que concerne à responsabilidade nas sociedades simples, estabelece o nosso código civil a 
responsabilidade subsidiária, ou seja, enquanto não exaurido o patrimônio da sociedade, não 
há o que se falar quanto ao comprometimento do patrimônio pessoal do sócio integrante (art. 
1.024 CC).
Em termos, caso os bens da sociedade não sejam suficientes para saldar todas as dívidas, os só-
cios responderão o saldo faltante, conforme sua participação societária, salvo quando a socieda-
de contiver cláusula de responsabilidade solidária, conforme dispõe o art. 1.023 do Código Civil.
Caso exista a cláusula mencionada, as dívidas serão suportadas em condições igualitárias entre 
os sócios que integram os quadros societários.
O sentido do artigo 1.023 nos leva ao entendimento de que os sócios irão participar dos lucros 
e das perdas, proporcionalmente a sua contribuição.
Em suma, na sociedade simples pura, ou seja, aquela que não tenha adotado nenhum tipo so-
cietário, os sócios detêm responsabilidade pelas obrigações assumidas diante de terceiros pela 
sociedade, sempre após ao exaurimento do patrimônio da sociedade, e proporcionalmente ao 
valor de sua participação.
Se no contrato existir cláusula de solidariedade, as dívidas serão de responsabilidade de todos, 
porém, como já dito, a cláusula de solidariedade será em regime de exceção, só existirá se o 
contrato permitir. 
O sócio que adquire quotas da sociedade, como dito, será o responsável pelas dívidas sociais, 
porém aquele que cedeu a quota continuará vinculado a dívidas existentes pelo período de 2 
(dois) anos (art. 1.003, parágrafo único, CC). 
8.1.2 Capital Social
Deverá estar descrito no contrato social, expresso em moeda corrente nacional, podendo a 
contribuição dos sócios ser em espécie monetária, bens ou transferência de direitos. Todavia, na 
sociedade simples, o capital também poderá ser formado através da prestação de serviços do 
sócio (art. 997, V, CC).
Neste caso, o contrato social deverá de modo pormenorizado mencionar qual o serviço a que 
se obriga o sócio.
8.1.3 Direito de voto e retirada
Como já aludido, todos os sócios participarão dos lucros e das perdas nas sociedades, sendo 
vedada previsão em contrário.
Além dos lucros e das perdas, outros direitos terão os sócios como a participação nas delibera-
ções sociais, assim, cada sócio terá direito de voto proporcionalmente ao valor de suas cotas.
Caso nas deliberações permaneça empate, prevalecea vontade da maioria dos sócios, porém 
quando persistir empate deverá então o juiz decidir, buscando sempre a decisão estar aliada aos 
objetivos da sociedade. (Art. 1.010, §2º CC)
20 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 2
Todavia, em alguns casos, por exemplo as alterações de quaisquer cláusulas obrigatórias, as de-
liberações serão tomadas por unanimidade, ou seja, aprovação de todos os sócios (art. 999 CC).
Outro direito que terão os sócios será o direito de retirada, que configura-se no direito que de-
tém o sócio de exigir que a sociedade restitua a ele aquilo que foi objeto de contribuição para 
a formação do capital social, devendo neste caso ser observado o valor real da cota parte, tal 
valor será alcançado através de balanço elaborado para essa finalidade, denominado balanço 
por determinação (art. 1.031 CC).
8.1.4 Administração
A administração da sociedade simples compete a uma ou mais pessoas físicas, que deverão ser 
nomeadas pelo contrato social ou em ato separado, desde que este último esteja averbado no 
termo de constituição da sociedade (art. 1.012 CC).
Caso o contrato social não determine a quem compete a administração, ela será exercida sepa-
radamente por cada um dos sócios, podendo neste caso cada sócio impugnar o ato do outro, ca-
bendo assim a decisão a respeito da matéria, por maioria de votos (art. 1.013 do Código Civil).
Para o exercício da atividade de administrador da sociedade simples, a pessoa física deve ser 
capaz, não estar impedida por lei (como juízes, funcionários públicos, leiloeiros, militares das 
forçar armadas, entre outros), além de não ter sido condenado por pena que vede o acesso a 
cargos públicos, além de crimes como os falimentares, de prevaricação, concussão, peculato, 
peita, suborno, crime contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra 
as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo ou contra a fé pública, 
enquanto perdurarem suas penas, conforme dispõe o art.1.011 § 1º do Código Civil.
O administrador não terá em regra responsabilidade pessoal pelos atos que praticar dentro de 
um regular exercício, todavia se agir com excesso e ocorrer uma das hipóteses previstas no pa-
rágrafo único do artigo 1.015 eles responderão pessoalmente.
São hipóteses que ensejam responsabilidade pessoal a prática com excesso: a) se a limitação 
de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade; b) provando-se que 
era conhecida de terceiro; c) tratando-se de operação evidentemente estranha os negócios da 
sociedade.
Essa responsabilidade pessoal pelo ato de gestão recebe o nome de teoria “ultra-vires”, com 
previsão no art. 1.015, p.u., incisos I a III do CC.
8.1.5 Dissolução Parcial
Chamada também de resolução da sociedade em relação a um único sócio, ocorre quando 
um sócio deixa a sociedade por motivos alheios ou não a sua vontade, neste caso, a sociedade 
dissolve-se para o sócio, todavia continua em plena existência para os demais e também para 
toda a coletividade.
São hipóteses de dissolução parcial: a) a morte do sócio; b) a retirada mediante notificação aos 
demais sócios com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias quando sociedade for de prazo 
indeterminado; c) a retirada provando-se judicialmente a justa causa, quando for a sociedade de 
prazo determinado; d) a exclusão do sócio por decisão da maioria dos sócios remanescentes; e) 
a falência do sócio integrante desta sociedade.
A saída do sócio implica na apuração de seus haveres diante da sociedade, mediante levanta-
mento de balanço especial para esta finalidade (art. 1.031 CC).
21
8.1.6 Dissolução Total
Trata-se do encerramento da sociedade na forma total, ou seja, quando a sociedade deixa de 
existir, isso ocorrerá quando verificada quaisquer das hipóteses mencionadas no art. 1.033 CC:
a) quando ocorrer o vencimento do prazo de duração;
b) pelo consenso unânime dos sócios;
c) pela deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado; 
d) pela falta de pluralidade de sócios, na reconstituída no prazo de 180 (cento e oitenta 
dias); 
e) ou pela extinção de autorização de seu funcionamento.
Já a dissolução poderá ocorrer judicialmente, conforme dispõe o art. 1.034:
a) anulação de sua constituição;
b) quando exaurido o fim social ou verificada a sua inexequibilidade.
8.2 Sociedade Empresária
Trata-se da pessoa jurídica que explora a sua atividade de acordo com o art. 966 do Código Ci-
vil, exercendo uma atividade econômica, porém, com profissionalismo e organização dos fatores 
de produção, para a produção ou circulação de bens e serviços.
Tal sociedade mencionada adquire a personalidade jurídica, com a inscrição de seus atos cons-
titutivos na Junta Comercial do Estado (art. 1.150 CC).
A sociedade empresária quando de seu registro deverá obrigatoriamente adotar um dos tipos 
societários previstos nos arts. 1.039 a 1.092 do Código Civil (art. 983 CC).
8.2.1 Sociedade em Nome Coletivo (arts. 1.039 a 1.044 do Código Civil)
Esse tipo societário configura-se essencialmente em uma sociedade de pessoas, sendo vedada, 
portanto, a presença de uma pessoa jurídica como integrante de seus quadros societários.
No que se refere à responsabilidade, temos que os sócios responderão de forma ilimitada e 
solidária pelas obrigações sociais assumidas (art. 1.039 CC).
A administração desta sociedade deverá ser obrigatoriamente dos sócios, sendo vedado que 
estes nomeiem um ou mais administradores não sócios para tal função (art. 1.042 CC).
O nome empresarial adotado deverá sempre ser a razão social, ou firma, não sendo permitido a 
esta sociedade adotar outra espécie de nome empresarial (art. 1.041 CC).
As matérias que não forem regulamentadas pelos artigos correspondentes às sociedades em 
nome coletivo que mencionamos deverão ser submetidas ao dispositivo legal das sociedades 
simples (art. 1.040 CC).
22 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 2
8.2.2 Sociedade em Comandita Simples (art. 1.045 a 1.051 CC)
A sociedade em Comandita Simples compreende tipo de sociedade que contém a presença de 
duas categorias de sócios, o sócio comanditado e o sócio comanditário, que deverão estar dis-
criminados no contrato social.
O sócio comanditado será sempre pessoa física, com responsabilidade ilimitada e solidária pelas 
obrigações sociais (art. 1.045 CC).
Já o sócio comanditário poderá ser tanto uma pessoa física quanto uma pessoa jurídica, sendo 
que nesta categoria de sócios a responsabilidade será limitada ao valor de suas quotas.
A administração desta sociedade compete exclusivamente ao sócio comanditado, e o nome em-
presarial a ser utilizado será sempre a razão social, ou firma. No entanto, tal nome empresarial 
deverá ser constituído pelo nome civil dos sócios comanditados apenas.
O sócio comanditário, não poderá praticar atos de gestão, tampouco ceder o seu nome civil 
para a formação da razão social, o que em ocorrendo enseja responsabilidade pelas obrigações 
sociais, de forma igualitária ao sócio comanditado, ou seja, de forma ilimitada (art. 1.047 CC).
8.2.3 Sociedade em Comandita por Ações (arts. 1.090 a 1.092 CC e arts. 
280 a 284 LSA)
A sociedade em comandita por ações possui previsão no Código Civil (arts. 1.090 a 1.092) e 
também na legislação das sociedades por ações (arts. 280 a 284).
Referente a este tipo societário, deve ser aplicado o disposto quanto às normas das sociedades 
anônimas, sem prejuízo do disposto no código civil.
A citada sociedade possui o seu capital social dividido em ações, e a sua estrutura é parecida 
com a sociedade em comandita simples, sendo que nesta haverá também a presença de duas 
categorias de acionistas, uma será a do acionista diretor e a outra a do acionista comum.
O diferencial mais importante novamente será a responsabilidade, sendo certoque o acionista 
diretor terá responsabilidade ilimitada pelas obrigações contraídas pela sociedade.
O acionista diretor também será o responsável pela administração da sociedade. 
Já o acionista comum, que poderá ser tanto pessoa física quanto pessoa jurídica, responderá de 
forma limitada ao valor do capital social por ele subscrito.
O nome empresarial a ser utilizado poderá ser tanto a razão social quanto a denominação, 
sendo que em caso de utilização da razão social o nome a ser utilizado será apenas os dos acio-
nistas diretores (art. 281 LSA).
8.2.4 Sociedade Limitada (arts. 1052 a 1087 do CC)
A sociedade limitada é introduzida no ordenamento pátrio através do Decreto-Lei nº 3.708/19, 
que teve seus artigos subtraídos do projeto de Código Comercial de Inglês de Souza, datado de 
1912.
A antiga sociedade por quotas de responsabilidade limitada teve a sua terminologia alterada 
com a entrada em vigor do novo código civil, que passou a disciplinar a Sociedade Limitada nos 
artigos 1.052 a 1.087 do Código Civil.
23
Trata-se do tipo societário de maior utilização por parte do empresário brasileiro, dado a possi-
bilidade de limitação de responsabilidade que seus sócios possuem.
Aplicação de regulamentações societárias de outras sociedades na socie-
dade limitada
A sociedade limitada contém sua previsibilidade no código civil, que por sua vez não estabelece 
um regulamento preciso de todo o regramento desta sociedade tão importante, sendo assim, 
naquilo que os artigos referentes à sociedade forem omissos aplicar-se-á na sociedade limitada 
as regras das sociedades simples (art. 1.053 CC).
Todavia, o parágrafo único do mencionado artigo estabelece a possibilidade de ser aplicado em 
uma sociedade limitada, de forma supletiva, as regras de uma sociedade por ações, tal hipótese 
ocorrerá desde que o contrato social faça previsão.
Nome Empresarial
A sociedade limitada no que se refere ao nome empresarial poderá utilizar-se da razão social ou 
da denominação, sempre inserindo a expressão “Limitada” ou sua abreviação “LTDA” ao final 
(art. 1.158 CC).
Caso não exista o acréscimo da expressão descrita, o ato praticado será de responsabilidade 
ilimitada daquele administrador que empregou este nome empresarial desta maneira (art. 1.158 
§3º CC).
8.3 Capital Social
O capital social consiste no montante de recursos, dado por contribuição de cada sócio, que 
serão necessários para o início da atividade empresarial.
Essa quantia dada por contribuição dos sócios deverá ser dividido em cotas, que poderão conter 
valores iguais ou desiguais, que será distribuída aos sócios em conformidade com o valor de sua 
contribuição (art. 1.055 CC).
O ato onde o sócio se compromete em contribuir para a formação do capital social é chamado 
de subscrição.
Já pelo instituto da integralização, o sócio cumpre aquilo que havia se comprometido na subscri-
ção, ou seja, ele efetua a sua contribuição para a formação daquele capital social. 
Nas sociedades limitadas, é expressamente vedada a contribuição através da prestação de ser-
viços (art. 1.055 §2º CC).
8.3.1 Aumento e Redução do Capital Social
O capital social, uma vez totalmente integralizado, poderá ser objeto de aumento, devendo neste 
caso existir a necessária alteração do contrato social (art. 1.081 CC).
O aumento poderá ocorrer pelo ingresso de novos sócios, por investimentos daqueles que já 
figuram nos quadros societários ou pela destinação de parte dos lucros da sociedade para esta 
finalidade.
Baseado nas hipóteses de aumento suscitadas, contém o Código Civil previsão para que seja 
assegurado aos sócios o direito de preferência na subscrição de novas cotas, na proporção de 
sua respectiva participação societária (art. 1.081 § 1º CC).
24 Laureate- International Universities
Tópicos em Direito 2
Tal preferência poderá também ser objeto se cessão, que igualmente a cessão de quotas será 
livre entre os sócios, já quando for a cessão destinada a um não sócio, poderá ocorrer desde que 
haja oposição de sócios que detenham pelo menos 1/4 do capital social (art. 1.081 § 2º CC).
A redução ocorrerá mediante a ocorrência de duas hipóteses, sendo a primeira quando. após a 
integralização do capital social, houver perdas irreparáveis (art. 1.082, I CC).
Neste caso, a redução do capital social será efetivada com a redução proporcional do va-
lor nominal das cotas, o que ocorrerá com o registro desta alteração no contrato social (art. 
1.083 CC).
Também é causa para redução do capital social quando for verificado que o capital social é 
excessivo em relação ao objeto da sociedade (art. 1.082, II CC).
A redução descrita no parágrafo antecedente será realizada através da restituição aos sócios do 
valor de suas cotas ou da dispensa de prestações ainda devidas (art. 1.084 CC).
Os credores quirografários poderão efetuar oposição quanto à redução do capital social, no 
prazo de 90 (noventa dias), contados da data de realização da assembleia que deliberou sobre 
a redução deste capital social caso tenham títulos líquidos anteriores da data de realização da 
assembleia que deliberou sobre a redução deste capital social (art. 1.084, § 1º CC).
Caso haja impugnação, restará à sociedade quitar a dívida ou depositá-la em juízo, pois a efe-
tiva redução do capital social só ocorrera quando decorrido o prazo sem a devida impugnação 
ou em ocorrendo com o comprovante de quitação.
Não podemos deixar de mencionar também outras hipóteses que ensejam a redução do capital 
social, em que pese a legislação não mencionar de modo expresso, como a resolução da socie-
dade em relação ao sócio.
A dissolução parcial da sociedade seja, por morte, exclusão, exercício do direito de retirada, 
enseja também a redução do capital social.
8.3.2 Cotas Sociais
Como descrito, o capital social será divido em cotas, que terão valores iguais ou desiguais.
São as cotas sociais um bem que o sócio adquire mediante a sua contribuição para o capital de 
uma sociedade.
8.3.3 Cessão de cotas
O sócio poderá ceder ou transferir de forma parcial ou total as suas quotas aos demais sócios, 
desde que não haja qualquer previsão em contrário no contrato social.
Já a transferência ou a cessão destas para terceiros estranhos à sociedade, caso não exista 
qualquer cláusula contratual regulando tal assunto, também será livre, porém só poderá ocorrer 
quando não houver a oposição de sócios que detenham pelo menos 1/4 (25%) do Capital Social 
(art. 1.057 CC).
8.3.4 Responsabilidade
A responsabilidade na sociedade limitada, como a sua própria nomenclatura nos mostra, conte-
rá limitações, respondendo cada sócio limitadamente ao valor de suas quotas subscritas e não 
integralizadas como menciona o nosso diploma legal (art. 1.052 CC).
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A responsabilidade dos sócios será subsidiária, em vista de ser a sociedade limitada um tipo 
societário a ser utilizado por sociedade simples ou por sociedade empresária.
Além, caso o capital social não esteja totalmente integralizado, responderão todos os sócios de 
forma solidária pela parcela do capital faltante.
Baseado no exemplo efetivado, se na sociedade composta por Pedro, Antônio e Francisco e o 
capital social estipulado em R$1.000.000,00 (um milhão de reais) sendo que 50% das cotas 
estão subscritas e integralizadas por Pedro, já 30% se encontram subscrita e integralizada por 
Antônio e o restante, ou seja, 20% estão apenas subscritas por Francisco, temos 80% do capital 
integralizado e 20% apenas subscritas.
Neste caso, a responsabilidade de cada sócio está limitada aos valores de suas cotas, todavia, 
todos respondem solidariamente pela quantia de R$200.000,00 (duzentos mil reais).
Assim, poderá o credor alcançar o patrimônio dos demais sócios por esta quantia que ainda não 
se encontra integralizada.
Caso um dos sócios que já tenha integralizado sua cota venha a dispor de parcelasde seu patri-
mônio para o pagamento de percentual que deveria ser integralizado por outro, caberá ação de 
regresso por parte desse sócio para reaver o que teve de pagar.
Tal regra de limitação do patrimônio dos sócios comporta algumas exceções, como na hipótese 
de o sócio deliberar assuntos infringentes à legislação ou ao contrato social, neste caso, o só-
cio passa a responder de forma ilimitada pelas obrigações decorrentes desta deliberação (art. 
1.080 CC).
8.4 Administração
A administração da sociedade limitada será exercida por uma ou mais pessoas físicas que deve-
rão ser designadas no contrato social, ou em ato em apartado, podendo tais administradores, 
serem sócios ou não (art. 1.060 CC).
No caso do administrador eleito em ato em apartado, a posse deste deverá ser lavrada no livro 
de atas da sociedade, devendo nos dez dias posteriores a esta ocorrer averbação no registro 
competente (art. 1.062 §2º CC).
No que se referem às funções dos administradores, temos que a ele duas são as funções essen-
ciais, a de representação e a de condução dos negócios da sociedade.
Assim, temos que ao administrador caberá o papel de representar a sociedade limitada em seus 
negócios, seja em juízo ou fora dele.
Já pela condução dos negócios, cabe ao administrador praticar todos os atos necessários ao 
andamento da sociedade limitada.
Independentemente de o contrato social prever aplicação das normas das sociedades por ações, 
a diligência demonstra ser requisito necessário para a prática das atividades dos administradores.
Afinal, o artigo 1.011 do Código Civil estabelece que “[...] o administrador da sociedade deverá 
ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costu-
ma empregar na administração de seus próprios negócios”.
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Não poderão fazer parte da administração da sociedade limitada as pessoas impedidas por lei, 
já mencionadas quando falamos da capacidade empresarial, além daquelas condenadas por 
crimes que vedem o acesso a cargos públicos ou condenadas por crime falimentar, de prevari-
cação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, contra o sistema fi-
nanceiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, 
a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos das penas (art. 1.011, § 1º CC).
O mandato do administrador se extingue na hipótese de renúncia deste ao cargo, pela destitui-
ção deste ou pelo término do mandato, caso o contrato social ou o ato em apartado que elegeu 
tal administrador seja de prazo determinado (art. 1.063 CC).
8.4.1 Responsabilidade do Administrador
Em regra, os administradores de sociedade limitada não possuem responsabilidade pessoal pelos 
legais atos praticados no âmbito da atividade, necessários ao andamento da atividade empresarial.
Todavia, os administradores de sociedade limitada poderão ser pessoalmente responsáveis por 
atos que praticarem em contrariedade à legislação ou mesmo ao objeto da sociedade limitada.
Também é bom frisarmos que o administrador poderá ser responsabilizado em virtude de preju-
ízos que causar a sociedade.
Esta responsabilidade poderá ser verificada em dois aspectos, responsabilidade diretamente pe-
rante terceiros ou responsabilidade perante a sociedade e seus sócios.
Quando a sociedade limitada tiver aplicação das normas das sociedades simples, terá o admi-
nistrador responsabilidade pessoal diante de terceiros solidariamente com a sociedade, quando 
praticar atos em nome da sociedade antes de averbado a margem de inscrição da sociedade o 
instrumento de nomeação (art. 1.012 CC).
A responsabilidade pessoal do administrador ocorrerá também quando praticar ato de gestão 
após a dissolução da sociedade (art. 1.036 CC).
Nesta hipótese, estamos tratando de responsabilidade pessoal do administrador, na primeira 
hipótese em conjunto com a sociedade e na última isoladamente, perante o terceiro que ele 
contratou.
No entanto, poderá o administrador responder perante a sociedade e seus sócios nas seguintes 
hipóteses: 
a) responsabilidade pessoal do administrador pelas perdas e danos sofridos pela sociedade 
quando o administrador praticar atos em desacordo ciente da vontade da maioria (art. 
1.013 § 2º CC);
b) responsabilidade pessoal por culpa no desempenho de suas funções (art. 1.016 CC);
c) responsabilidade pessoal do administrador quando empregar créditos da sociedade em 
proveito próprio ou de terceiros, causando prejuízos aos sócios (art. 1.017 CC).
d) Responsabilidade pessoal pela distribuição de lucros fictícios, nesta hipótese a 
responsabilidade será solidária com aquele sócio que recebeu o lucro (art. 1.009 CC).
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Já quando a sociedade limitada tiver aplicação supletiva das normas de sociedades por ações, 
a responsabilidade será pessoal nas seguintes hipóteses:
a) dentro de suas atribuições ou poderes agir com dolo ou culpa (art. 158, I, LSA);
b) violar legislação ou estatuto da companhia (art. 158, II, LSA);
c) for conivente com atos irregulares praticados por outros administradores ou negligenciar 
em descobri-los ou ainda quando tiver conhecimento deixar de agir para impedir a sua 
prática (art. 158 § 1º LSA);
d) responsabilidade pelos prejuízos causados em virtude do não cumprimento dos deveres 
impostos por lei para assegurar o funcionamento normal da companhia (art. 158 § 2º 
LSA).
Nas hipóteses onde mencionamos que o administrador tem responsabilidade perante a socie-
dade, deverá esta então promover a competente ação de responsabilidade civil, visando ser 
ressarcida daquele prejuízo que o administrador lhe causou.
8.4.2 Conselho Fiscal
O conselho fiscal, previsto no art. 1.066 do Código Civil, constitui-se de um órgão de existência 
facultativa nas sociedades limitadas.
O conselho fiscal terá como principais atribuições a fiscalização dos administradores da socie-
dade limitada durante a condução dos negócios sociais.
O conselho, caso tenha existência, deverá ser composto por no mínimo três membros e seus 
respectivos suplentes, podendo tais membros ser sócios ou não, eleitos em assembleia ordinária 
para mandato anual.
Os sócios minoritários da sociedade limitada poderão eleger em separado um dos membros des-
te conselho fiscal, todavia os sócios minoritários deverão nesta hipótese serem titulares de cotas 
que representem ao menos 1/5 do capital social.
Assim como os membros da administração, não poderão fazer parte do conselho fiscal aquelas 
pessoas descritas no art. 1.011 parágrafo primeiro do Código Civil.
Além destes, não poderão fazer parte do conselho fiscal os administradores da sociedade ou de 
sociedade por ela controlada; o cônjuge ou parente até o terceiro grau dos administradores, bem 
como os empregados da sociedade ou de sociedade por ela controlada (art. 1.066 § 1º CC).
Tais membros eleitos em assembleia deverão tomar posse nos 30 dias subsequentes à eleição, 
exercendo suas atividades pelo prazo de um ano.
A atividade do membro do conselho fiscal poderá ser remunerada. Neste caso, o valor que este 
receberá pela prática destes atos deverá ser fixado quando de sua eleição na assembleia de 
sócios (art. 1.068 CC).
Aos membros do conselho fiscal cabe: I) a análise dos atos praticados pelos administradores, 
examinando ao menos trimestralmente os livros e papéis da sociedade, II) confecção de livros 
de atas e pareceres do conselho com base nos balanços da sociedade, III) denúncia de erros e 
fraudes praticados pela sociedade ou pelos administradores em prejuízo a sociedade, IV) convo-
cação de assembleia de sócios quando diretoria não convocar, V) exercer esta atividade mesmo 
durante a liquidação da sociedade.
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8.4.3 Assembleia e Reunião de Sócios
A assembleiade sócios constitui-se em um conclave onde os integrantes dos quadros societários 
deverão aprovar ou rejeitar matérias importantes para a sociedade limitada.
No entanto, como veremos adiante, a sociedade limitada poderá substituir a assembleia de só-
cios por órgão com as mesmas atribuições, porém com outra nomenclatura que lhe identifica, 
este órgão será a reunião de sócios.
A reunião de sócios só poderá ser adotada por sociedade limitada que tenha até 10 sócios, 
visto que a obrigatoriedade da assembleia só ocorre quando a sociedade tiver em seus quadros 
número de sócios superior a esta quantidade (art. 1.072, §1º CC).
As vantagens que a reunião contém em relação à assembleia em relação à sociedade limitada 
são de caráter econômico, visto que a convocação de uma reunião poderá ter custo extrema-
mente baixo ou reduzido a zero, comparado a uma assembleia de sócios.
Entretanto, para que exista a substituição da assembleia pela reunião, além dos integrantes da 
sociedade não atingir quantia superior a 10 integrantes, deverá existir expressa previsão desta 
substituição no contrato social.
Além da previsão substitutiva, importante o fato de as regras de convocação estar contidas no 
contrato social, pois o fato de não existir esta previsão acarreta a necessidade de convocação da 
reunião, com as mesmas regras da assembleia (art. 1.079 CC).
A assembleia ou reunião deverá ser realizada ao menos uma vez a cada ano, dentro dos 4 (qua-
tro) meses posteriores ao término do exercício social, competente para:
I - tomar as contas dos administradores;
II - deliberar sobre a aprovação ou rejeição do balanço patrimonial e de resultados;
III - eleger administradores e membros do conselho fiscal;
IV - deliberar sobre qualquer outro assunto de interesse da sociedade.
8.4.4 Convocação
A competência para a convocação tanto da assembleia quanto da reunião de sócios pertence, 
em regra, aos administradores da sociedade (art. 1.072 CC).
Todavia, também poderá ser convocada (art. 1.073 CC): 
a) por qualquer sócio, quando os administradores retardarem tal convocação por mais de 
60 dias (art. 1.073, I, CC); 
b) por sócios que detenham mais de 1/5 do capital social, quando não for atendida no prazo 
de 8 (oito) dias, a solicitação fundamentada destes para a convocação da assembleia (art. 
1.073, I, CC); 
c) pelo conselho fiscal, quando os administradores retardarem por mais de trinta dias a 
convocação ou quando houver a incidência de motivos graves ou urgentes (art. 1.069, 
V, CC).
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A convocação da assembleia deverá ser feita mediante a publicação de anúncio de convocação 
por, no mínimo três vezes no diário oficial da união ou no diário oficial do Estado e em jornal 
de grande circulação, sendo que a primeira publicação do primeiro anúncio deverá anteceder a 
assembleia em no mínimo 8 (oito) dias.
Caso não haja a presença do chamado quórum de instalação, que veremos a seguir, deverá en-
tão ser elaborada uma nova convocação, nos mesmos moldes da primeira, no entanto, o primei-
ro anúncio da segunda convocação deverá anteceder a assembleia em no mínimo 5 (cinco) dias.
As regras de convocação citadas estão previstas no art. 1.152 do Código Civil.
8.4.5 Instalação
A assembleia, para que tenha início em primeira convocação, necessita da presença de sócios 
que detenham no mínimo 3/4 (três quartos) do capital social.
No entanto, caso não tenha quórum suficiente para a realização da assembleia, deve-se, como 
descrito, ser a assembleia convocada pela segunda vez. Assim, para que haja início desta as-
sembleia, a lei não exige número mínimo de sócios, sendo o quórum de instalação da segunda 
convocação livre, conforme regramento do art. 1.074 do Código Civil.
8.4.6 Deliberações Sociais
Instalada a assembleia de sócios, para que as matérias objetos de deliberação possam ser apro-
vadas, é necessário o preenchimento de quóruns deliberativos.
Prevê o código civil a existência de 5 (cinco) quóruns, quais sejam:
Quórum Deliberativo Matérias
Unanimidade
• Eleição de administrador não sócio através do contrato social 
enquanto o capital não estiver totalmente integralizado (art. 
1.061 CC).
• Aprovação da operação societária de transformação (Art. 
1.114 CC) .
3/4 do capital social
• Aprovação de alterações no contrato social; aprovação da dis-
solução da sociedade; aprovação das operações societárias de 
incorporação e fusão e cessação do estado de liquidação (art. 
1.071, V e VI CC).
• Eleição de sócio como administrador através do contrato so-
cial.
2/3 do capital social
• Eleição de administrador não sócio através do contrato social, 
quando o capital estiver totalmente integralizado (art. 1.061 
CC).
• Destituição de administrador nomeado pelo contrato social (art. 
1.063 §1 CC).
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Maioria Absoluta
(Maioria do capital 
social)
• Eleição de sócio, realizado em ato separado do contrato social; 
destituição dos administradores, fixação da remuneração dos 
administradores quando o contrato não mencionar e pedido de 
recuperação judicial (art. 1.071 II, III, IV e VIII CC).
Maioria Simples
(Maioria do capital 
social presente na 
assembleia)
• Aprovação das contas dos administradores, bem como nos 
casos em que a lei não exigir um quórum específico (art. 1.071 
I CC). 
8.4.7 Recesso
O direito de recesso, ou retirada, configura-se em direito essencial do sócio, ou seja, direito que 
possui o sócio de exigir a sua saída da sociedade, sendo restituído do valor de seu investimento.
O sócio que não concordar com a aprovação em assembleia sobre a mudança do contrato 
social ou pela incidência de alguma operação societária de incorporação ou fusão poderá 
manifestar-se contrariamente a esta e nos 30 dias subsequentes à realização da assembleia ou 
reunião que decidiu tal operação efetuar o seu pedido de retirada da sociedade (art. 1.077 CC).
8.4.8 Da Dissolução Parcial
Prevê o nosso código civil a possibilidade de exclusão dos sócios que estejam colocando em risco 
a continuidade da empresa em virtude da prática de atos de inegável gravidade.
Essa exclusão será extrajudicial, sendo certo que só poderá ocorrer quando o contrato social 
contiver de modo expresso esta possibilidade (art. 1.085 CC).
Existindo a citada previsão, os sócios que detenham a maioria do capital social, em assembleia 
ou reunião convocada especialmente para o propósito, poderão efetuar a exclusão de tais só-
cios, mediante alteração no contrato social. 
Entretanto, nesta hipótese de exclusão, o sócio acusado deverá ser convocado em tempo hábil 
para que possa comparecer e exercer o seu direito de defesa (art. 1.085, parágrafo único).
Além das possibilidades de dissolução parcial estudada pela exclusão de sócio ou exercício do 
direito de retirada, já estudados, prevê o Código Civil outra forma de dissolução parcial, ocorri-
da com a morte, já estudado quando falamos a respeito da sociedade simples. 
8.4.9 Dissolução da Sociedade
A dissolução constitui-se no meio pelo qual a sociedade inicia a sua fase de extinção, é previsto 
no código civil duas espécies de dissolução, a judicial e a extrajudicial.
A dissolução, no que tange à sociedade limitada, está prevista no art. 1.087, que por sua vez 
efetua a remissão ao art. 1.044, que nos remete ao art. 1.033, consistente na mesma causa de 
dissolução da sociedade simples.
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8.5 Sociedade por ações
Constitui-se a sociedade anônima de uma sociedade de capital, que sempre será considerada 
sociedade empresária, tendo, portanto, seus atos constitutivos registrados na Junta Comercial do 
Estado. Sua regulamentação é disciplinada pela Lei nº 6.404/1976.
Essa sociedade terá seu capital dividido em ações, sendo a responsabilidade dos acionistas limi-
tada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.

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