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Títulos de Crédito

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03/03/2015
1
Institutos Próprios dos Títulos de Crédito
Direito Empresarial III
1. Saque
O saque é o ato de criação, de emissão do TC.

Dele, nascem três situações jurídicas distintas:
a) Sacador – quem dá a ordem de pagamento (emitente);
b) Sacado – para quem a ordem é dirigida e que deve, dentro das condições estabelecidas, 
realizar o pagamento. É o devedor.
c) Tomador – beneficiário da ordem; é o credor.
Mas...
• A lei admite que o sacador e o tomador sejam a mesma pessoa.
•
• Ou seja:
• O credor OU TOMADOR
será 
e poderá 
OU SACADOR 
2. Aceite
• Surgiu na Idade Média, para garantir a Letra de Câmbio.
•
• Se no início a garantia era verbal, com o tempo, ela passou a ser escrita.
•
• Tratava-se da formalização de um comprometimento em pagar.
•
• O simples fato de sacar o TC não obriga o devedor!!!
2.1 Conceito de Aceite
• É o ato por meio do qual o sacado/devedor passa a participar da relação cambiária, 
tornando-se seu principal obrigado.
•
• Deve ser registrado no próprio título, sob pena de desconsideração de seus efeitos, caso 
seja realizado em documento em apartado.
Logo...
• Trata-se de uma declaração cambiária facultativa, eventual e sucessiva, por meio da qual o 
sacado/devedor se compromete ao pagamento da letra de câmbio, tornando-se seu 
devedor principal.
• Facultativa, porque o sacado/devedor não é obrigado a aceitar o título apresentado.
• Eventual, porque sua falta não desnatura o TC.
• Sucessiva, porque a assinatura do sacado é lançada no título após a assinatura do sacador.
2.2 Apresentação para Aceite
• É o meio pelo qual o portador ou detentor do título se vale para exibir a letra de câmbio ao 
sacado/devedor, para que ele manifeste sua vontade em aceitar.
•
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03/03/2015
2
•
• Se positivo o aceite, o devedor assume a obrigação.
•
• Se negativo, o portador deve levar a protesto o título para aí então, exigir do devedor, dos 
endossantes ou avalistas.
A regra geral é a eventualidade, mas...
Em algumas hipóteses, a apresentação do aceite é obrigatória:
a) O vencimento da letra é a certo termo da vista (art. 23 da LUG);
b) Quando o sacado estipulou na letra que ela deve ser apresentada para aceite, fixando ou 
não um prazo para isso (art. 22 da LUG).
A cláusula obrigatória deve estar inscrita na LC, no anverso ou verso do TC (acompanhada, 
neste caso, de assinatura do sacador).
• Conforme o art. 21 da Lei Uniforme, o sacador/emitente pode fixar prazo para que seja 
efetuada a apresentação.
•
• Caso esse prazo não seja cumprido, o sacador perde o direito de cobrar a dívida dos 
devedores indiretos. E, a princípio, será exigível apenas do sacado/devedor.
•
• Art. 43 da LUG:
2.3 Limitação do Aceite
O aceite pode ser:

a) Total – quando o sacado/devedor se obriga pela dívida inteira ou
b) Parcial – quando se obriga a apenas parte dela. Neste caso, o sacado/devedor fica 
responsável pelo montante de seu aceite.

Art. 26 da LUG  mesmo aceita parcialmente, a letra tem seu vencimento antecipado.
2.4 Cancelamento do Aceite
• Art. 29 da LUG – “se o sacado, antes da restituição da letra, riscar o aceite que tiver dado, 
tal aceite é considerado como recusado. Salvo prova em contrário, a anulação do aceite 
considera-se feita antes da restituição da letra”.
•
• Este ato representa sua não mais aceitação do pagamento da letra e, com isso, desobriga-
se ao pagamento.
2.5 Recusa do Aceite
A recusa do aceite refere-se à situação em que o título foi efetivamente apresentado ao 
sacado/devedor e este não o aceita, por não considerar válida a ordem de pagamento ou 
por não ter a intenção de se tornar o principal obrigado pela letra.

A prova da recusa se dá pelo protesto, que deve ser feito nos prazos de apresentação da 
letra.

Efeitos:
a) Tornar o sacador o devedor principal;
b) Vencimento antecipado do título de crédito
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03/03/2015
3
Letra de Câmbio13
 Nada mais é do que o instituto que atribui 
segurança à circulação dos TC.
 O TC circula quando passa das mãos do 
credor original para uma terceira pessoa que, 
ao invés de se tornar detentora do título, 
passa a incorporar todos os direitos por ele 
representados.
 Na circulação do título de crédito, suas 
características essenciais são evidenciadas.
 Com o endosso, transmitem-se todos os 
direitos emergentes da letra.
 Deve ocorrer com a assinatura do endossante 
no próprio título.
 É nulo o endosso feito em documento 
separado.
 Em TC com a cláusula não à ordem, o 
endosso não é possível.
 Fábio Ulhôa Coelho: “ato típico de circulação 
cambial e apenas não se admite na hipótese 
de letra com a cláusula não à ordem”.
 João E. Borges: “é a declaração cambial 
lançada na letra de câmbio (ou em qualquer 
título à ordem) pelo seu proprietário, a fim de 
transferí-lo a terceiro”.
 Marcelo Bertoldi e Marcia Carla Ribeiro: 
“instituto tipicamente cambial, por meio do 
qual ocorre a transferência do título ao 
endossante ao endossatário”.
 Ou seja:
a) Ato abstrato;
b) Formal;
c) Declaração unilateral de vontade;
d) Eventual e 
e) Sucessivo.
 Endossante – credor do título que resolve 
transferí-lo para outra pessoa.
 Endossatário – pessoa que recebeu o título; o 
novo credor. 
 São dois os efeitos criados:
a) Transfere o título ao endossatário;
b) Vincula o endossante em seu pagamento, 
de maneira solidária.
Mas não basta o endosso puro e simples. É 
preciso que haja a tradição do título (art. 
910, §2º CC).
 A responsabilidade do endossante sempre foi 
considerada solidária, tanto pela aceitação 
quanto pelo pagamento da letra, conforme o art. 
15 da LUG.
 Mas o art. 914 do CC diz que “ressalvada 
cláusula em contrário, constante no endosso, não 
responde o endossante pelo cumprimento da 
prestação constante do título”.
 Mas essa estipulação não tem condão de revogar 
a lei especial sobre o assunto, conforme o que 
nos diz o art. 903 do CC (lei especial).
 O endosso é ato puro e simples.
 Basta assinatura no verso para que tenha 
validade. Mas acrescida da identificação 
respectiva.
 É formal, porque deve ser lançada a 
assinatura do endossante no título (cheque, 
promissória, duplicata e letra de cambio.) 
 ou na folha anexa a ele – art. 13 da LUG e art. 
910 do CC, somente nesses em folhas 
anexas.
 São duas as modalidades de endosso: 
a) Endosso em branco – é aquele em que é dado com 
apenas a simples assinatura no verso do título, sem 
que conste a designação a quem se transfere o 
título. (apenas endosso e não indico quem é o 
endossatário, podendo ser qualquer pessoa).
A lei 8021/90 veda a emissão de títulos ao portador 
ou nominativos endossáveis, portando, basta que o 
endosso em branco seja transformado em preto 
quando da apresentação do título para pagamento.
b) Endosso em Preto – é aquele no qual se 
verificam todos os elementos do endosso:
- Cláusula de transmissão (“pague-se a 
Fulano”);
- Nome do endossatário
- Assinatura do endossante.
Somente a assinatura deve ser de próprio 
punho.
O último endosso deve ser SEMPRE em preto, 
porque é ele quem identifica quem é o 
beneficiário, quem é o credor, de maneira a 
lhe assegurar os poderes para o efetivo 
recebimento do pagamento.
Pague-se a Ramón Almodóvar 
 O endosso próprio é aquele que produz 
todos os efeitos anteriormente verificados: 
transferência do título e do crédito, e, ainda, 
torna o endossante responsável solidário pelo 
pagamento e pelo aceite do título.
 O endosso impróprio***** apenas transfere o 
exercício dos direitosinerentes ao título, sem 
que se opere a transferência de direitos sobre 
o título.
Este é Endosso-mandato
ou endosso-procuração!
Este é o endosso-
caução!
 O endossante constitui o 
endossatário como seu 
procurador , que passa a 
ter poderes para a 
prática de todos os atos 
necessários para o 
efetivo recebimento da 
quantia estampada no 
título.
 Expressão “valor a 
cobrar” ou “por 
procuração”.
 Por meio deste 
endosso, o endossante 
transfere ao 
endossatário a letra 
apenas como forma de 
garantir outra 
obrigação.
 Art. 918 do CC e art. 
19 da LUG.
 Expressão endosso em 
garantia, endosso em 
penhor.
 *ENDOSSO PRÓPRIO: *Endosso impróprio* vai cair: é 
o endosso mandato 
(procurador)
*Endosso caução
* Endosso póstumo: ***
* Dentro da lei das duplicatas, 
existe a previsão do endosso 
póstumo sendo aquele
que é realizado após o protesto. 
* Os efeitos endosso são os 
mesmos que a sessão civil.
Transferência do Crédito 
 A transferência do crédito mediante o endosso 
traz maiores benefícios e garantias para o 
endossatário, uma vez que, via de regra, o 
endossante responde pela solvência do devedor 
quanto pela existência do crédito. 
 Assim, se o devedor do título for insolvente ou, 
por qualquer motivo, o crédito não existir, ao 
endossatário restará a possibilidade de efetuar a 
cobrança em face do endossante.
 Com relação ao endosso, vale o princípio da 
inoponibilidade das exceções aos terceiros de 
boa-fé, ou seja, não poderá o devedor deixar de 
efetuar o pagamento ao credor alegando 
quaisquer fatores oponíveis ao endossante.
 Mediante cessão civil, prevista nos artigos 295 e 
296 do CC, o cedente responde apenas pela 
veracidade do crédito, não respondendo, 
portanto, pela solvência do devedor.
 Como mencionado acima, é possível excluir a 
responsabilidade do endossante, desnaturando 
as características básicas do endosso, mediante a 
cláusula sem garantia.
 Para a transferência mediante cessão civil não 
vigora o princípio da inoponibilidade de exceções 
aos terceiros de boa-fé. Portanto, ao devedor 
está aberta a possibilidade de oposição ao 
cessionário as mesmas exceções apresentáveis 
contra o cedente para não efetuar o pagamento.
Endosso:
*Sempre em titulo de crédito
• Simples (basta a assinatura)
• Titulo de crédito só admite 
garantia pessoal (aval)
• Inoponibilidade de exceções 
a 3º de boa fé.
• Responsabilidade dos 
endossantes é pela 
SOLVÊNCIA. (solidária)
 Cessão civil: 
 Feita sempre por instrumento 
público no cartório de Títulos 
e Notas.
 Formalidade e fé pública do 
instrumento público
 Tanto Garantia Real quanto 
Garantia Pessoal (fiança).
 Responsabilidade do cedente 
é pela existência. (não é 
solidária, sempre subsidiaria)
 Trata-se de ato cambial de garantia. 
 Assim, por meio dele, determinada pessoa 
(avalista) garante o pagamento do valor 
mencionado em título de crédito, seja em favor 
do devedor principal, seja em favor de algum 
coobrigado (que se denomina avalizado).
 O aval carreia ao avalista as mesmas 
responsabilidades atinentes ao avalizado, além 
de a obrigação daquele ser autônoma em relação 
à deste. 
 Isto significa que eventual nulidade da obrigação 
do avalizado não contamina a obrigação 
assumida pelo avalista.
 Importantíssimo ressaltar que o aval 
antecipado é legalmente permitido (artigo 14, 
do Decreto Lei 2.044/1908). 
 Ele ocorre naqueles casos em que o aval é 
prestado antes da data do aceite do título.
 Caso isso ocorra, a responsabilidade do 
avalista será mantida mesmo no caso de o 
avalizado recusar o aceite do título de 
crédito.
 Saliente-se que, no caso de antecipação do 
aval, o avalista responde pelo valor do título 
da forma que o assumiu (uma vez que, como 
acima mencionado, o aval é obrigação 
autônoma).
 Desde que exista expressa menção no título, 
o aval pode ser parcial. 
 A exigência de previsão expressa homenageia 
o princípio da cartularidade. 
 Assim como o endosso, o aval pode ser em 
preto, caso em que haverá a identificação do 
avalizado, ou em branco, sem que se 
identifique o avalizado. 
 No último caso, o aval será sempre em favor 
do sacador (aquele que primeiro se obriga).
Aval Fiança
 Está sempre vinculado 
a um TC.
 Obrigação autônoma e 
independente.
 O avalista não pode 
opor exceções 
pessoais.
 Basta a assinatura.
 Contrato acessório a 
um contrato principal.
 Obrigação vinculada e 
dependente da 
principal.
 Art. 837 – o fiador 
pode opor exceções 
pessoais e as extintivas 
da obrigação que 
competem ao devedor 
principal alegar.
 Precisa de contrato de 
fiança.
Direito Empresarial III
 O TC nada mais é do que uma cédula que 
representa a necessidade de quitação em 
algum momento, nela determinado. 
 O Vencimento é a “indicação, expressa ou 
não, do momento em que o título poderá ser 
efetivamente apresentado pelo seu portador 
ao emitente ou demais obrigados”. (Marcelo 
Bertoldi)
 O vencimento deve ser preciso, uno e único.
 Não se admite várias datas de pagamento 
para a mesma parcela.
 A indicação do vencimento não é obrigatória 
em todos os TC, por isso, aqueles que não 
tiverem a indicação, serão considerados à 
vista.
 O vencimento, em regra, é o momento a 
partir do qual se pode determinar de quem 
será cobrado o débito constante no TC.
 São quatro as modalidades de vencimento 
para a letra de câmbio:
a) À vista – o vencimento se dá com a 
apresentação. Neste caso, dispensa-se o 
aceite.
b) A certo termo da vista – o vencimento se 
conta a partir do aceite, ou, na falta deste, 
na data do protesto.
c) A certo termo da data – foi indicado no 
título um prazo e o seu final, gera o 
vencimento do título.
d) Dia certo – ocorre na data descrita no título.
 Pode ser contado em dias, semanas ou 
meses.
 Se for em meses, o prazo recairá sobre o 
mesmo dia do mês subsequente.
 Se for contado em meses e dias, conta-se 
primeiro os meses e depois os dias.
 A CONTAGEM DO PRAZO SE DÁ EXCLUINDO O 
DIA DO INÍCIO E INCLUÍNDO-SE O 
VENCIMENTO.
 Pode ocorrer nas seguintes situações:
a) Se houver recusa total ou parcial de aceite;
b) Nos casos de falência do aceitante.
Nesses casos, o vencimento é antecipado.
 Para que ocorra o pagamento do título de crédito, 
com a proximidade do pagamento, é necessária a 
apresentação do título ao sacado e seus coobrigados.
 A apresentação vai se dar no dia do vencimento ou, 
se este cair em dia não útil, no próximo dia útil 
subsequente.
 A apresentação da original da cártula é 
imprescindível.
 O pagamento não pode ser recusado, ainda que 
parcial.
 Depende de quem está fazendo o pagamento 
e seu interesse nisso. Vejamos:
a) Pagamento extintivo ou liberatório – é feito 
ao portador do TC pelo seu devedor 
principal. Consequência é a extinção pura e 
simples do título, sem qualquer direito de 
regresso.
b) Pagamento recuperatório – não é feito pelo 
devedor, mas sim pelos devedores 
indiretos, que, agindo assim, guardam 
direito de regresso contra os coobrigados 
anteriores e libera os posteriores.
c) Pagamento por Intervenção – pagamento 
efetuado por terceiro que, voluntariamente ou 
por indicação, paga a dívida por conta de um dos 
obrigados pela letra e, por conta disso, subroga-
se nos direitos emergentes da letra contra aquele 
por honra de quem pagou e contra os que são 
obrigados para com este em virtude da letra e 
não pode endossá-la novamente. 
Este pagamento não pode ser parcial e deverá ser 
em até um dia após escoado o prazo para 
protesto do título por falta de pagamento. 
A recusa do pagamento por intervenção faz com 
que o devedor perca o seu direitode ação contra 
aqueles que teriam ficados desonerados.
 Em regra, o lugar para pagamento é aquele 
indicado no TC, mas cabe ressaltar que esse 
lugar é de escolha do devedor e do credor, 
em comum acordo.
 A Lei 9492/97, em seu art. 1º, define o 
protesto como ato formal e solene pelo qual 
se prova a inadimplência e o descumprimento 
de obrigação originada em títulos e outros 
documentos de dívida.
 Fábio Ulhoa Coelho esclarece que essa 
definição não abrange o aceite presumido.
 Nascido para documentar as relações 
cambiárias, hoje se tornou instrumento de 
cobrança de TC.
 São duas as funções para o protesto:
a) Conservatória de direitos:
 Quando a letra pagável a certo termo da 
vista não contiver data do aceite;
 No caso de recusa do aceite por intervenção 
e não paga;
 Quando houver recusa na devolução de uma 
ou duas vias da letra enviada para aceite;
 Quando houver recusa na devolução da via 
original da letra para o portador legítimo da 
cópia, com vistas a exercer o direito de ação 
contra os endossantes ou avalistas.
b) Função probatória:
Protesto facultativo:
- A letra já foi protestada por falta de aceite;
- Houver, no título, cláusula sem protesto ou 
sem despesas;
- Quando o título não possuir coobrigados, 
mas apenas o devedor principal, como, por 
exemplo, ocorre com a nota promissória sem 
endosso e sem aval.
 O protesto deve ser efetivado no local 
designado para pagamento do título.
 A letra de câmbio deve ser protestada no 
lugar do aceite ou pagamento e, na ausência 
deles, no domicílio do sacado.
 A Nota Promissória, no lugar do pagamento e 
na ausência, no lugar onde foi passada.
 O Cheque, no lugar do pagamento ou 
domicílio do emitente.
 A Duplicata, na praça do pagamento.
 A LUG estabelece que, para que o portador 
do título não precise protestar o título antes 
de executá-lo, o sacador, endossante ou 
avalista deve inscrever a expressão “sem 
despesas” ou “sem protesto”.
 Entretanto, isso não o dispensa da 
apresentação.
 O pedido de sustação do protesto é uma 
medida cautelar, movida pelo sujeito 
apontado como devedor de uma obrigação 
cambial, sob argumento de sua 
inexigibilidade. Basta argumento plausível de 
inexigibilidade do TC.
 Por outro lado, uma vez pago o TC, cabe o 
cancelamento do protesto, eliminando-se a 
inscrição do devedor dos Registros do 
Tabelionato de Títulos e protestos. Basta a 
apresentação da prova do título devidamente 
quitado.
a) Protesto por falta de aceite
 Ocorre nos casos em que há recusa do aceite 
pelo sacado. 
 Saliente-se que o protesto é dirigido ao 
sacador, ao qual restará a obrigação de pagar 
o título. 
b) Protesto por falta de data de aceite
 Trata-se de protesto destinado às letras de 
câmbio a certo termo da vista nas quais falte 
a data em que se deu o aceite. 
c) Protesto por falta de pagamento
 Não obtendo sucesso no recebimento do 
valor representado pela cambial, caberá ao 
tomador levá-la a protesto nos dias 
subseqüentes ao vencimento, sob pena de 
ver frustrados seus direitos em face dos 
demais coobrigados pelo título.

 Cumpre ressaltar que a obrigação do sacador 
persiste, desobrigando-se apenas os demais 
coobrigados.
 Portanto, a doutrina classifica como 
necessário o protesto para que se exerça o 
direito de crédito em face de coobrigados, e 
facultativo o protesto em face do devedor 
principal.
 Torna público o título;
 Atesta a inexecução da obrigação cambial;
 Obsta a mora do credor e comprova que 
diligenciou a cobrança do título;
 Prova a impontualidade;
 Constitui o devedor em mora (art. 397, 
parágrafo único do CC);
 Serve como critério para a fixação do termo 
legal da falência.
 Restrição ao Crédito;
 Interrompe a Prescrição (art. 202, III do CC).
1. LETRA DE CÂMBIO
Direito Empresarial III
1.1 TÍTULOS DE CRÉDITO NO CC
 O CC relata, nos art. 887 a 926, a existência de 
títulos de crédito não regulados por lei 
especial.
 São artigos muito criticados pela doutrina 
exatamente por não reger os títulos de crédito 
submetidos a lei especial, já existentes quando 
da entrada em vigor do Código Civil.
 Objetivam os referidos artigos a regular títulos 
de crédito criados a partir do CC/02, se outra 
regência não lhes for aplicada por lei especial.
1.2 NOÇÕES GERAIS
 Embora tenha sido criada após a Nota 
Promissória, em decorrência de sua estrutura, 
é considerado pela doutrina como o título de 
crédito padrão para os estudos dos TC.
 Neste título conseguimos explicar com clareza 
todos os institutos que envolvem o crédito de 
maneira geral.
1.3 BREVE HISTÓRICO
 Nasce na Idade Média, na Itália, nas cidades 
marítimas.
 Risco no transporte e as diversas moedas 
existentes dificultavam o comércio.
 Para evitar esses transtornos surge a cambio 
trajecticio, operação pela qual o cambista 
obrigava-se a entregar a moeda em local 
diverso daquele onde a obrigação de câmbio 
estava sendo efetuada.
 Assim, junto com a cautio era anexada uma carta 
do banqueiro emissor para que o banqueiro 
receptor ou seu correspondente, no lugar onde o 
pagamento deveria ser feito, com instruções para 
o pagamento, de determinada moeda em moeda 
local.
 Era a lettera di pagamento di cambio, mais tarde 
chamada de lettera di cambio.
 O instituto evoluiu e passou do período italiano 
para o período francês (representava contrato de 
compra e venda que advinha de uma relação de 
delegação ou mandato) e o período alemão, em 
1848, em que efetivamente se constrói uma 
teoria sobra a LC, utilizada ainda em nossos dias.
1.4 CONCEITO E REQUISITOS
 É uma ordem de pagamento que o sacador dirige 
ao sacado para que este pague a importância 
consignada a um terceiro denominado tomador.
 Figuras intervenientes:
a) Sacador – cria a letra e dá ordem ao sacado 
para que realize o pagamento do valor no dia 
ajustado;
b) Sacado – é o devedor. Aquele que aceitando a 
letra virá pagá-la na ocasião do vencimento.
c) Tomador – Beneficiário.
 Para diferenciá-la dos outros TC, a LUG exigiu 
alguns requisitos específicos, alguns deles 
essenciais e outros, não essenciais:
 São requisitos formais essenciais (art. 1º 
Decreto 2044/1908):
a) A palavra LETRA escrita no próprio texto do 
título e na língua utilizada para a redação do 
título;
b) Soma em dinheiro e a espécie da moeda;
c) Nome da pessoa que deve pagá-la (sacado);
d) O nome da pessoa a quem ou à ordem de 
quem deve ser paga;
e) A assinatura de próprio punho do sacador ou 
de mandatário especial (de quem passa a 
letra).
Ainda, a LUG acrescenta dois outros:
a) A data do saque;
b) O lugar onde é sacada.
 Não são essenciais, dependentes da 
complementação por equivalentes:
a) Lugar em que se deve efetuar o pagamento;
b) Lugar onde a letra é passada.
 É acidental o requisito da época do 
pagamento.
Requisito ausente Equivalente
Época do Pagamento Vence-se à vista
Lugar do Pagamento Lugar ao lado do nome do 
sacado
Lugar de Saque Lugar ao lado do nome do 
sacador
1.5 VENCIMENTO
a) À Vista;
b) A dia certo – sacador que determina o prazo;
c) A tempo certo da data – contado da emissão;
d) A tempo certo da vista – prazos contam a 
partir da data do aceite.
1.6 APRESENTAÇÃO PARA PAGAMENTO
 O art. 20 do Decreto 2044 prevê:
 “A letra deve ser apresentada ao sacado ou ao 
aceitante para pagamento, no lugar designado 
e no dia do vencimento ou, sendo este dia 
feriado por lei, no primeiro dia útil imediato, 
sob pena de perder o portador o direito de 
regresso contra o sacador, endossantes e 
avalistas”.
 Como fazerprova da apresentação?
 Corrente tradicionalista:
 Protesto. Tanto aqui quanto no exterior.
 Cuidado:
 A falta de apresentação sujeita o credor a 
perdas e danos, enquanto a omissão do 
protesto no prazo da apresentação acarreta a 
perda do direito de regresso.
 Cláusula sem protesto.
 Protesto como presunção de apresentação na 
data devida.
 Doutrina exige que a apresentação seja fática, 
pessoal, no domicílio do devedor, com a 
exibição material do título.
 Prova testemunhal.
 Citação.
 Aviso de proximidade do vencimento, emitido 
pelos Bancos.
 Dívida querable transformada em portable.
1.7 ENDOSSO
 Endosso mandato
 Endosso caução
 Endosso póstumo (efeitos de cessão civil)
 Nulidade do endosso parcial
 O art. 2º do Decreto-lei nº 857, de 1969 admite 
que sejam firmados em moeda estrangeira:
a) Contratos e títulos referentes à importação o 
exportação de mercadorias e a empréstimos;
b) Contratos de financiamento ou de prestação 
de garantias relativos às operações de 
exportação de bens de produção nacional, 
vendidos a crédito para o exterior;
c) Contratos de compra e venda de câmbio em 
geral;
d) Empréstimos de quaisquer outras obrigações 
cujo credor ou devedor seja pessoa residente 
e domiciliada no exterior, excetuados os 
contratos de locação de imóveis situados no 
território nacional;
e) Contratos que tenham por objeto a cessão, 
transferência, delegação, assunção ou 
modificação das obrigações anteriores, ainda 
que as partes contratantes sejam pessoas 
residentes ou domiciliadas no Brasil.
1.8 A CAMBIAL INCOMPLETA OU EM BRANCO
 A letra que não contém todos os requisitos 
necessários preenchidos, poderá ter o 
preenchimento realizado pelo seu portador, 
ocasião em que será considerado mandatário do 
devedor, se o fizer com boa-fé.
 Art. 891 do CC e art. 10 da LUG.
 A jurisprudência entende que esse preenchimento 
pelo credor de boa-fé pode ser feito antes da 
cobrança ou do protesto.
1.9 MODELO DE LETRA DE CÂMBIO
1. NOTA PROMISSÓRIA
Direito Empresarial III
1.1 NOÇÕES GERAIS
 Como a Letra de Câmbio, a Nota Promissória 
também tem sua origem com a operação de 
câmbio.
 O ordenamento jurídico francês disciplinou a 
nota promissória como a conhecemos hoje.
 A Nota Promissória é uma promessa pura e 
simples de pagamento, pela qual seu emitente 
se obriga a pagar ao seu beneficiário, ou à 
ordem, determinada quantia em dinheiro.
1.2 REQUISITOS ESSENCIAIS
 Como se trata de um TC formal, deverá conter 
requisitos especiais. A falta de qualquer um 
destes requisitos implica na perda das 
características de TC e a transforma em mero 
documento civil de representação de dívida.
 São requisitos:
a) Denominação “Nota Promissória” contida no 
texto do título;
b) Promessa pura e simples de pagar uma 
quantia determinada 
c) O nome da pessoa a quem deve ser paga.
d) A indicação da data em que é passada.
e) A Assinatura do emitente.
Outro requisito da Nota Promissória são a 
indicação de vencimento da nota e indicação 
do lugar em que se deve efetuar o pagamento.
Esses requisitos não são indispensáveis, mas na 
falta de indicação do vencimento, a nota será 
considerada à vista e, se não constar o local de 
pagamento, considerar-se-á pagável no local 
da emissão.
1.3 VENCIMENTO
 Poderíamos dizer que a Nota Promissória não 
admite aceite, por isso não admitiria a 
modalidade de pagamento à certo termo da 
vista. 
 Mas, ao contrário disso, aceita essa 
modalidade de vencimento está previsto no art. 
78 da LUG.
 O art. 78 da LUG nos revela que as notas 
promissórias pagáveis a certo termo da vista 
devem ser apresentadas aos subscritores da 
nota promissória no prazo de um ano de sua 
emissão.
 O vencimento da nota promissória pode ser 
também a dia certo, ocorrendo na data 
determinada no próprio título.
 Este título não pode circular e, se circular, seu 
portador não será considerado de boa-fé.
1.4 NOTA PROMISSÓRIA VINCULADA A 
CONTRATO
 Por conta do princípio da abstração e da 
inoponibilidade, o TC é absolutamente 
desvinculado da obrigação pecuniária nele 
contida.
 Mas, ela poderá ser vinculada se contiver em 
seu verso a expressão “vinculado ao contrato”.
1.5 DIFERENÇA ENTRE LC E NP
 Fábio Ulhoa ressalta que o regime da nota 
promissória é o da letra de câmbio, com quatro 
ajustes. São eles:
1. Não se aplicam à NP as regras da LC 
incompatíveis com a natureza de promessa de 
pagamento. Ou seja, forma de aceite, recusa 
parcial e vencimento antecipado são 
insuscetíveis de aplicação às NP.
2. A lei determina que se aplica ao subscritor da 
NP as regras do aceitante da LC, até porque 
ambos são os devedores principais. (LU, art. 
78, Dec. Nº. 2044/08, art. 19, II). 
3. O Subscritor da nota é o avalizado, no aval em 
branco (LU, art. 77, in fine).
4. A LC a certo termo da vista vence depois de 
decorrido o prazo nela mencionado, a partir do 
visto.

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