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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA NOÇÕES INTRODUTÓRIAS O Poder Judiciário para exercer adequadamente a função jurisdicional precisa de algumas entidades para movimentar essa estrutura, uma vez que é regido pelo Principio da Inércia, são eles: Ministério Público – art. 127-130 CF; Advocacia Pública – Art. 131-132 CF; Advocacia Privada – art. 133 CF; Defensoria Pública – art. 134 CF Essas funções apesar de atuarem diretamente junto ao Poder Judiciário NÃO INTEGRAM a sua estrutura. Vamos analisar cada um deles: MINISTÉRIO PÚBLICO – art. 127 ao 130 CF FUNÇÕES: Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo- lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. O MP é uma instituição constitucional autônoma e independente, na medida em que não integra nenhum dos Poderes e também não é um poder autônomo. O MP foi instituído como função essencial à justiça apenas com a CF/88, isso porque anteriormente integrava a estrutura do Poder Executivo. É incumbência do MP: A defesa da ordem Jurídica; Regime democrático; Interesses sociais – interesses difusos e coletivos. Interesses individuais indisponíveis PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS São Princípios institucionais do MP: § 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. UNIDADE: os integrantes do MP devem ser vistos como integrantes de uma única instituição, um único órgão, subordinados a uma única chefia, um único Procurador Geral. INDIVISIBILIDADE: permite que os integrantes do Ministério Público possam ser substituídos uns pelos outros ao longo do processo, desde que sejam da mesma carreira. INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL: Pode ser entendida através de duas perspectivas, independência num plano externo ou orgânico (referindo-se ao Ministério Público enquanto ente), que determina que o MP não está sujeito a interferência de outro órgão ou Poder e independência num plano interno (referindo-se a cada membro individualmente) e significa que esses se vinculam apenas as leis e as suas convicções. PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL O Conceito de Promotor Natural adotado pela doutrina e jurisprudência decorre do principio do juiz natural segundo o qual “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente” (art. 5o, LIII, CF/88). Poder Judiciário Defensoria Pública Advocacia Pública Advocacia Privada Ministério Público Princípios institucionais Unidade Indivisibilidad e Independênc ia Funcional Dessa forma a designação do membro do MP para atuar em um processo deve atender critérios preestabelecidos para se evitar o “acusador de exceção” ESTRUTURA ORGÂNICA Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; II - os Ministérios Públicos dos Estados. 1 A escolha do PGR deve ser aprovada pelo Senado (CF, art. 128, § 1º). A nomeação do procurador-geral de Justiça dos Estados não está sujeita à aprovação da Assembleia Legislativa. Compete ao governador nomeá-lo dentre lista tríplice composta de integrantes da carreira (CF, art. 128, § 3º). Não aplicação do princípio da simetria. Não há na estrutura geral o Ministério Público junto ao tribunal de contas e o Ministério Público eleitoral. NOMENCLATURA: MP UNIÃO: Procuradores da República; MP ESTADUAL: Promotores de Justiça ESCOLHA E NOMEAÇÃO DOS CHEFES DO MINISTÉRIO PÚBLICO PGR PGJ + PGDF Nomeação: Presidente da República Nomeação: Governador Integrante de carreira - MPU Integrantes da carreira: Lista tríplice Maiores de 35 anos - Aprovação pelo Senado Federal Não tem aprovação da Assembleia Legislativa 1 (ADI 452) Mandato: 2 anos Mandato: 2 anos Recondução: “a” recondução - sucessivas Recondução: uma recondução Destituição: Iniciativa do Presidente – autorizado pelo Senado Federal Destituição: maioria absoluta do Poder Legislativo. § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. § 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. § 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre [ADI 452, rel. min. Maurício Corrêa, j. 28-8-2002, P, DJ de 31- 10-2002.] = ADI 3.727, rel. min. Ayres Britto, j. 12-5-2010, P, DJE de 11- 6-2010. Miminstério Público MPU MPF MPT MPM MPDFT MPEstados CNMP integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. § 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. INGRESSO NA CARREIRA Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público. Art. 129. § 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. As disposições gerais do art. 93 da CF, referentes ao Poder Judiciário, aplicam-se também ao MP no que couber: Art. 129. § 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. Art. 129. § 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. § 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. GARANTIAS Assim como o Poder Judiciário o MP possui garantias institucionais e garantias funcionais. Essas garantias podem ser divididas em: A) GARANTIAS INSTITUCIONAIS: são garantias dadas ao próprio Ministério Público e que se dividem em: a. Autonomia administrativa (funcional) (art. 127 § 2º) b. Autonomia financeira, através da elaboração de proposta de lei orçamentária (art. 127 § 3º) Veja: Art. 127. § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. § 4º Se o Ministério Público nãoencaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. § 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. § 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. B) GARANTIAS FUNCIONAIS OU DE ÓRGÃOS: são garantias dadas aos membros do Ministério Público e dividem-se em: a. Garantias de independência dos órgãos (art. 128, I), a saber: (i) vitaliciedade; (ii) inamovibilidade; (iii) irredutibilidade dos subsídios Art. 128 § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; b. Garantia de imparcialidade dos órgãos, que se referem as proibições dos membros do MP. ART. 128, II - as seguintes vedações: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. Assim, como os membros do Poder Judiciário, os Membros do MP não podem exercer a advocacia. Contudo caso se afastam do cargo por aposentadoria ou exoneração poderão exercer a advocacia, após o prazo de TRÊS ANOS DE AFASTAMENTO – “Quarentena de saída”. É o que determina o § 6º do art. 128 da CF/88: Art. 128. § 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. 2 LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; FUNÇÕES INSTITUCIONAIS: Rol exemplificativos. Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; O Ministério Público deve promover de forma privativa a ação penal pública, contudo existe também a ação penal privada subsidiária da pública, que poderá ser ajuizada quando a ação penal pública não tiver sido intentada dentro do prazo legal, nos termos do art. 5o, LIX da CF2 II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. § 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. CONSELHO NACIONAL NO MINISTÉRIO PÚBLICO – CNMP O art. 130- A, através da Ec 45/2004, criou o CNMP, como órgão de controle INTERNO do MP. Tem como principais atribuições: Controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público Cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: I o Procurador-Geral da República, que o preside; II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; III três membros do Ministério Público dos Estados; IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça; V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. § 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membrosdo Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. § 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. § 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho. § 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público. ADVOCACIA PÚBLICA – ART. 131 – 132 CF A Advocacia Pública é responsável pela defesa jurídica dos entes federativos, integrando o Poder Executivo. No âmbito federal, essa tarefa compete à Advocacia-Geral da União; nos estados, às Procuradorias estaduais. Embora não haja previsão constitucional, os Municípios também criam órgãos destinados a exercer o papel da advocacia pública: são as Procuradorias municipais. Pela sua maior incidência em provas vamos analisar a AGU: Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. Podemos afirmar que cabe a AGU: a) representar a UNIÃO, judicial e extrajudicialmente, e aqui inclui todos os três poderes. b) realizar as atividades de consultoria e assessoramento jurídico apenas do Poder Executivo, nos termos de lei complementar. CHEFE DA AGU: ADVOGADO GERAL DA UNIÃO § 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Nomeação pelo Presidente da República; Cidadão; Maior de 35 anos; Notável saber jurídico e reputação ilibada. INGRESSO NA CARREIRA: Concurso de provas e títulos. A Advocacia-Geral da União é integrada por duas carreiras: os Advogados da União e os Procuradores da Fazenda Nacional. A lei, entretanto, criou órgãos vinculados à AGU, formados pelos Procuradores Federais e os Procuradores do Banco Central. Seus membros ocupam cargos efetivos providos mediante concurso público de provas e títulos. Assim, estrutura-se da seguinte forma: Órgãos componentes: Procuradoria-Geral da União: formada por Advogados da União, responsável pela representação e fiscalização jurídicas da União em geral; Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional: formada por procuradores da Fazenda Nacional, responsável pela representação e fiscalização jurídicas da União em questões relativas à dívida pública externa, interna e à Dívida Ativa da União (DAU). Órgãos vinculados: Procuradoria-Geral Federal: formada por Procuradores Federais, responsável pela representação e fiscalização jurídicas das autarquias e fundações públicas federais; Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil: formada por Procuradores do Banco Central, responsável pela representação e fiscalização jurídicas do Banco Central do Brasil. Art. 131. § 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. § 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. GARANTIAS ESTABILIDADE após 3 anos de estágio probatório. Inamovibilidade: NÃO. Irredutibilidade: SIM. Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. Advogados Públicos podem advogar fora da carreira?? DEPENDE. Na esfera FEDERAL – proibição expressa das leis que regulamentam cada uma das carreiras. NA esfera ESTADUAL – depende da CE e das leis orgânicas de cada estado. Na esfera municipal: Também DEPENDE das CE e leis específicas. ADVOCACIA PRIVADA A CF ainda ressalta a importância da figura do advogado privado: Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Importante destacar que não há hierarquia ou subordinação entre os advogados, membros do MP e Magistrados. Principio da Indispensabilidade: a CF reforçou a importância do advogado e a sua indispensabilidade, contudo em alguns procedimentos a figura do advogado é dispensável, a saber: Juizados Especiais Cível, até o limite de 20 salários; Habeas Corpus, Justiça do trabalho, Justiça de Paz, pedido de revisão Criminal Principio da Inviolabilidade: O Advogado é inviolável por seus atos e manifestações relacionados com o exercício da profissão. O Art. 7o § 2 da Lei 8.906/94 assegura essa imunidade profissional ao advogado: § 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. Contudo, o STF através da ADI 1.127-8 reconheceu a inconstitucionalidade da palavra DESACATO, sendo assim o advogado, no exercício de suas atividades não pratica injuria ou difamação, mas poderá ser punido por desacato ou calúnia. DEFENSORIA PÚBLICA – ART. 134 CF A Defensoria Pública é instituição criada com vista a dar efetividade ao art. 5o, LXXIV, da Constituição, que dispõe que o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo- lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos INDIVIDUAIS E COLETIVOS, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. É instituição autônoma e permanente. Tem as seguintes atribuições: Orientação jurídica; Promoção dos Direitos Humanos; Defesa, em todos os graus,judicial e extrajudicial dos direitos individuais e coletivos Dessa forma a Assistência jurídica integral engloba, além da assistência judiciária para a defesa dos direitos individuais e coletivos em todos os graus, a orientação jurídica e o auxílio extrajudicial. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS Art. 134. § 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. GARANTIAS Estabilidade após 3 anos de estágio probatório. Inamovibilidade: SIM – ADI 291 Irredutibilidade: SIM NÃO podem ADVOGAR fora da instituição. Art. 134. § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FUNCIONAL § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º . § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. As Emendas Constitucionais 45/2004, 69/2012 e 74/2013, acabaram por fortalecer a figura das defensorias tanto na esfera Federal quanto estadual, assegurando autonomia funcional e administrativa. As defensorias ainda têm autonomia para a iniciativa de sua proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. O objetivo dessas emendas constitucionais foi desvincular tais instituições do Poder Executivo, fortalecendo sua atuação. Destaca-se que através da EC no 69/2012, a Defensoria Pública do Distrito Federal passou a ser organizada e mantida pelo próprio Distrito Federal, antes era organizada e mantida pela União. Remuneração Será feita na forma de subsídio. Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4º.
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