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MAIDA FRANZ
ATIVIDADE INTERDICIPLINAR
São Carlos-SC
2018
MAIDA FRANZ
ATIVIDADE INTERDICIPLINAR
	 Atividade Interdiciplinar 
 Tutor Eletrônico: Andresa Aranda Nicolau
 Tutor de Sala: Ana Paula Kreuz
São Carlos-SC
2018
INTRODUÇÃO                            
Partindo do princípio que a educação é fundamental para a construção de uma sociedade democrática em suas dimensões social, ética e política escola vem buscando construir mudanças no paradigma da educação através de seus colaboradores. O homem é um ser inacabado, por essa razão está em constante busca e essa busca se dá por meio da educação que deve ser essencialmente um ato de conhecimento e conscientização e que, por si só não leva a sociedade a se libertar da opressão. A escola deve servir como instrumento de conscientização do cidadão, extrapolando assim, sua função de mera transmissora de conhecimento e lançando-se numa ação social diretamente relacionada à formação do senso crítico, direcionada para a intervenção e mudança da realidade social.
A educação escolar sempre foi fator de dominação colaborando na construção de um homem obediente e submisso. A acelerada revolução tecnológica indica transformações radicais em todo o sistema econômico mundial como às mudanças na organização do trabalho que estão a exigir um trabalhador com competência para atuar na sua área e habilidades gerais de abstração, comunicação e integração. Assim, a educação como processo de mudança social, tem seu papel cada vez mais relevante, são muitos os avanços tecnológicos e de comunicação, logo, não basta ao homem receber informações, aprender tecnologias, se nele não forem despertadas motivações para vencer os obstáculos do mundo em vertiginosa mudança e que lhe dê sentido à vida em todas as dimensões.
Desta forma, a educação deve estar intrínseca ao amor e a esperança, deve ser autêntica, autônoma e coletiva. A responsabilidade social da escola e dos profissionais de educação para o processo de aprendizagem se desenvolve através do relacionamento interpessoal entre escola, professores e comunidade que pensam o currículo de forma a fortalecer a escola como unidade do sistema escolar e consequentemente promover uma mudança social no sentido de reconstruir uma sociedade mais justa e igualitária para todos, ou seja, as mudanças se fazem a partir da nossa ação cotidiana na realidade concreta de forma que se possa aprofundar a democracia como princípio para uma boa convivência humana.
Educação como Direito: O papel da escola para a transformação social
O Direito Educacional é o conjunto de normas, princípios, leis e regulamentos que versam sobre as relações de alunos, professores, administradores, especialistas e técnicos, enquanto envolvidos, mediata ou imediatamente, no processo ensino-aprendizagem. É o conjunto de normas, de todas as hierarquias: Leis Federais, Estaduais e Municipais, Portarias e Regimentos que disciplinam as relações entre os envolvidos no processo de ensino aprendizagem.
O Direito Educacional enfatiza três contornos principais:
 a) o conjunto de normas reguladoras dos relacionamentos entre as partes envolvidas no processo-aprendizagem.
 b) a faculdade atribuída a todo ser humano e que se constitui na prerrogativa de aprender, de ensinar e de se aperfeiçoar.
 c) o ramo da ciência jurídica especializado na área educacional.
A Educação como Direito Social na Constituição Federal reza no seu Art. 6º, que são direitos sociais: a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados. No Art. 205: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 A Educação é direito público e isso quer dizer que o acesso ao ensino fundamental é obrigatório e gratuito; o não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público (federal, estadual, municipal), ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
Quanto à competência, os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394/96, a Educação Básica compreende a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. As suas modalidades são: educação especial, educação de jovens e adultos, educação profissional, educação indígena, educação do campo.
A competência do Sistema Federal é elaborar o Plano Nacional de Educação e assegurar o processo nacional de avaliação do rendimento escolar em todos os níveis e sistemas de educação. Ao Sistema Estadual cabe assegurar o ensino fundamental e oferecer com prioridade o ensino médio. Cabe ao Sistema Municipal assegurar o ensino infantil e oferecer com prioridade o ensino fundamental.
A LDBEN 9394/96, assinala como diretrizes: a inclusão, a valorização da diversidade, a flexibilidade, a qualidade e a autonomia, assim como, a competência para o trabalho e a cidadania.
A flexibilidade que a LDBEN oferece é garantida à escola, ao professor e ao aluno através de: recuperação paralela. Art.24; progressão parcial. Art.24; avanços em cursos e séries. Art.24; aproveitamento de estudos. Art.24; organização da escola: séries, semestres, ciclos, módulos. Art.23; organização das turmas: idade, série. Art.24; currículo: 25% parte diversificada totalmente organizada pela escola. Art.26, Art.27.
A competência para o trabalho e exercício da cidadania é garantida no artigo 22 da LDBEN, quando o trabalho é entendido como produção cultural, artística, social e econômica e cidadania é entendida como resultado da formação integral do sujeito, ou seja, a formação ética, estética, política, cultural e cognitiva.
Dentre as políticas públicas educacionais elaboradas pelo Estado brasileiro, a Lei 10639/03 tem como objetivo principal levar os estudantes brasileiros a conhecerem e a partir desse conhecimento, valorizarem e respeitarem a história e cultura afro-brasileira em todas as suas características e nuances.
 Vivemos em um contexto social de constante desrespeito e até violência contra qualquer diversidade ou diferença, desse modo, faz-se imprescindível o conhecimento de aspectos que formaram a sociedade brasileira e contribuíram para a construção de nossa história cultural e político-social, sobretudo se essa construção foi forjada em relações de poder, desrespeito e utilização do outro como força de trabalho e mercadoria, desconsiderando sua dignidade humana.
Políticas públicas educacionais
 As políticas sociais determinam o padrão de proteção social implementado pelo Estado, voltadas em princípio a redistribuição de benefícios sociais, dentre eles, o direito à educação. “Políticas públicas em educação vieram a fazer parte da política de infraestrutura social na grande maioria dos países, a qual foi colocada sob total discrição do governo nacional”. (Amaral, 2010).
 As políticas públicas educacionais sob a tutela do Estado, pretendem corrigir desigualdades diversas e demandam esforços no sentido de incluir aqueles que por muito tempo estiveram à margem da sociedade. Desta feita, é inegável a grande responsabilidade do Estado no que concerne na elaboração e implementação de políticas que visem o bem-estar da população e a reparação de abismos sociais.
 [...] A análise sociológica das políticas educacionais continua a não poder abrir mão da referência ao papel do Estado nacionale às suas relações com as classes sociais e a não dispensar, portanto, o entendimento das especificidades (culturais, sociais, políticas, econômicas e educacionais) que estão impregnadas da (e na) história de uma dada formação social. (Afonso, 2003, p. 38).
 O papel do Estado vai muito além da implantação de uma política de reparação. É de suma importância compreender e considerar todos os aspectos que compõem determinado grupo social e sua organização, bem como analisar os impactos que essa política causará nesses sujeitos sociais. É preciso fazer com que o indivíduo sinta-se representado e confiante na viabilidade do que o Estado lhe oferece.
 Cabe ao Estado promover e incentivar políticas de reparações, no que cumpre ao disposto na Constituição Federal, Art. 205, que assinala o dever do Estado de garantir indistintamente, por meio da educação, iguais direitos para o pleno desenvolvimento de todos e de cada um, enquanto pessoa, cidadão ou profissional. (Brasil, Mec, 2013, p. 498).
 Desta feita, a educação é o caminho para que possamos construir uma sociedade que reconhece e respeita as diferenças, e segue na luta pelo respeito aos direitos de cada cidadão.
Lei 10.639/03: conhecer para incluir e respeitar
 “As políticas afirmativas visam reconhecer as diversidades entre a população negra e não negra, no sentido de direcionar esforços para minimizar e gradativamente diminuir as distâncias socioeconômicas que permeiam a vida social brasileira”. (Nascimento, 2015).
 A população brasileira formou-se a partir da união de três grupos étnicos: os nativos americanos, os portugueses e os africanos. É notória a vasta contribuição desses grupos nos aspectos que norteiam a nossa história e a forma como estamos organizados enquanto povo. No entanto, observamos um grande fosso que separa os afrodescendentes e indígenas de outros grupos que compõem a nossa população. São desigualdades econômicas, políticas, sociais e educacionais que o Estado tenta diminuir ou mesmo superar com políticas educacionais afirmativas que oportunizem a inserção desses grupos na sociedade.
 O papel da escola na tentativa de oportunizar a todos o conhecimento acerca da cultura e história africanas, é muito importante para que possamos quebrar paradigmas ainda existentes a respeito dos africanos e a assim desconstruir conceitos discriminatórios e racistas que não só humilham, como também dificultam a inserção destes na sociedade brasileira. Segundo Hamze (2015) A proeminência do estudo de assuntos decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana deve ser componente dos estudos do cotidiano escolar, uma vez que os alunos devem educar-se enquanto cidadãos participativos em uma sociedade multicultural e pluriétnica, tornando-se capazes de construir uma prática democrática. (Hamze, 2015)
 Educar para a cidadania e a prática da democracia é função também da escola, assim sendo, é preciso que se construa nos estudantes uma mentalidade que vise o bem da coletividade, que respeite as diversidades e pense num convívio social fraterno e justo, partindo do reconhecimento individual para o coletivo.
 A escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das nações como espaços democráticos e igualitários. ( Brasil, Mec, 2013, p.501)
 É imprescindível a atuação da escola nessa construção, especialmente por ser um espaço que agrega uma diversidade de indivíduos, ela precisa assumir a missão de colaborar para o convívio fraterno e democrático entre seus os estudantes e destes com o meio social no qual estão inseridos.
 A elaboração de políticas públicas que visam à reparação de desigualdades e abismos sociais tem uma grande relevância para a inclusão de indivíduos excluídos e marginalizados. No entanto, para que isso aconteça de fato, é preciso que todos estejam conscientes de seu papel e do esforço que precisam empreender no sentido de dar reconhecimento a quem ainda não o tem.
 A referida lei aqui apresentada, tem um papel de destaque na tentativa de incluir nos currículos escolares a história e cultura dos povos africanos e de seus descendentes, para que todos possam conhece-la e assim superar séculos de discriminação, desrespeito e racismo para com esses povos.
 Entretanto, ainda não vimos à efetivação dessa lei nos espaços escolares. Porque isso demanda uma mudança de mentalidades e uma preocupação com o bem comum, aspectos nem sempre considerados quando da elaboração de uma política pública. O problema das reformas, e também das políticas educacionais, é centralmente o problema da mudança nas capacidades interiores, cognitivas e instrumentais dos indivíduos, de modo que essas mudanças coincidam com os objetivos da administração social das populações. ( Garcia, 2010, p. 446) 
 Percebe-se que muitos profissionais da educação, assim como as instituições, não estavam preparados para desenvolver atividades relacionadas às relações étnico-raciais da população brasileira. O que de certa forma contribui para a disseminação de preconceitos e estigmais, reduzindo a história e cultura africanas a termos e expressões pejorativas, como macumba e catimbó. 
 É preciso uma mudança individual a partir do conhecimento da significância dos africanos e seus descendentes na construção da nossa história. Esse entendimento vai levar o professor e a escola a ressignificar sua atuação pedagógica na busca por mudanças entre e oportunizar uma educação que objetive o respeito, a cidadania ne a igualdade entre os sujeitos.
 O bem comum, a construção da identidade nacional, o compromisso com projetos sociais coletivos como a Nação e a classe social, a preocupação com a ordem e a segurança territorial e ideológica são aspectos pouco enfatizados na ordem do discurso das políticas educacionais de nosso tempo. ( Garcia, 2010, p. 451)
 Observa-se que a Lei aqui estudada não está sendo aplicada com este propósito. Isso não implica dizer que ela é inviável, mas que demanda um esforço maior e uma prática pedagógica que possibilite esse bem comum, essa preocupação com que foi estipulada no ano de 1996. Por meio dessa lei é assegurado que todos os profissionais que atuam na área de educação possam contar com um tempo destinado para pensar, apontar e efetuar o planejamento pedagógico, obtendo assim um melhor controle das atividades educacionais que irão ocorrer durante o ano letivo.
Além disso, o planejamento é uma ferramenta imprescindível para uma satisfatória gestão do tempo, de materiais de ensino, de profissionais e também de espaço, uma vez que, ao planejar todos os eventos e atividades que a escola irá desenvolver ao longo do ano de forma detalhada, existe assim a possibilidade de possuir um panorama do cenário e alocar os recursos e matérias conforme as necessidades dos períodos do ano letivo.
Vale salientar que, entre as várias pautas que podem fazer parte do planejamento pedagógico, estão aquelas que são de extrema relevância para o bom andamento do ano letivo, tais como a apresentação e a análise dos resultados do ano anterior, a definição precisa das grades horárias das disciplinas a serem ministradas, divisão das turmas, organização das salas e dos materiais a serem utilizados durante as atividades, recepção de professores novatos, a divulgação das metas e os objetivos que a equipe de profissionais da escola almeja alcançar, apresentação do calendário escolar, a criação e a elaboração adequada de planos de ação, entre outros quesitos que são de extrema importância para o bom andamento das aulas e uma melhor abordagem educacional.
Para um planejamento pedagógico eficiente, é importante dar início aesse processo já no ano anterior, a partir do instante em que a equipe de professores e profissionais efetua a avaliação do que deu certo e errado de acordo com as ações do último plano. No entanto, isso não quer dizer que esse planejamento será seguido durante todo o ano, afinal planejar e otimizar os processos escolares é uma atividade constante que sempre precisa ser revista
Educação a distancia	
O Ensino pode ser considerado como uma forma de transmissão de informação e conhecimento com a finalidade de instruir e educar e pode ser intencional, nas instituições formais e, não intencional ou informal no processo contínuo de socialização. Quando englobamos a aprendizagem estamos então falando de educação. O processo que inclui ensinar e aprender podemos caracterizar como educativo. Desse modo, se há ensino e aprendizagem há aquisição de conhecimento, crescimento intelectual e desenvolvimento de competências que são alguns dos principais objetivos da educação.
Com o uso das tecnologias existentes em nosso tempo é cada vez maior a quantidade de informação que circula nos diversos meios de comunicação principalmente na internet que, utilizada como ferramenta educacional, pode tornar o processo ensino-aprendizagem bastante ágil e interativo. É o que ocorre hoje no chamado Ensino à Distância. Todavia, apenas a tecnologia não é capaz de garantir o sucesso daqueles que iniciam um curso nesta modalidade. O processo de aprendizagem depende de vários fatores, entre eles a automotivação e empenho do aluno, a fim de que o conteúdo seja transformado de mera informação em conhecimento adquirido.
O aluno automotivado tem disciplina e autonomia para estudar os conteúdos apresentados de forma efetiva e ainda buscar informações extras para a sua formação profissional, independente de ser um curso presencial ou à distância. Por outro lado, o aluno desmotivado não alcançará bons resultados mesmo no processo de educação presencial. O fato de estar presente em uma sala de aula convencional não significa que o aluno esteja aprendendo realmente, adquirindo conhecimento sobre o tema proposto pelo professor.
Diversos profissionais e instituições já apontam o ensino à distância como forma efetiva de adquirir novos conhecimentos ou aprimorar os já adquiridos, principalmente durante e após a formação superior. A combinação de aulas presenciais e à distância também são indicadas como forma de aprendizagem nos cursos tradicionais. A geração pós-internet já utiliza e-mail, “bate-papo”, sites de relacionamento, para se comunicar. Essas inovações também são ferramentas para a troca de ideias e informação, elementos eficientes na aquisição de conhecimento.
Segundo Genro (2004, p.7), as duas últimas décadas foram marcadas por movimentos sociais importantes, organizados por pessoas com deficiência e por militantes dos direitos humanos que, conquistaram o reconhecimento do direito das pessoas com deficiência à plena participação. 
 Essa conquista tomou forma nos instrumentos internacionais que passaram a orientar a reformulação dos marcos legais de todos os países, inclusive do Brasil. Um desses instrumentos é a Declaração/ Programa de Ação da Conferência Mundial sobre Direitos Humanos de Viena (1993), que ratificou o princípio da Diversidade e estabeleceu, ao lado do direito à igualdade, o direito à diferença: o reconhecimento da pluralidade de sujeitos portadores de direitos e de seus direitos específicos como parte integrante e indivisível da plataforma universal dos Direitos Humanos.
 A mudança do princípio da Diversidade introduziu uma nova ética, a Ética da Diversidade, que rompe com a ideia de um modelo de humanidade e de seres humanos, rompendo, por extensão, com a ideia de padrões sociais e de adaptação dos excluídos.
O Governo do Brasil, por intermédio da Educação, tem afirmado e exercido o compromisso com um Brasil de todos e para todos na área da Educação, fundamentado no Princípio da inclusão e na Ética da Diversidade.
À medida que a Constituição da República em seu artigo 206, inciso I, adota como princípio a “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, compreendido como efetivação do objetivo republicano de “promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”, prevê uma sociedade com escolas abertas a todos, em qualquer etapa ou modalidade, bem como o acesso a níveis mais elevados de ensino.
A importância de fazer do direito de todos à educação um movimento coletivo de mudança aponta para a adoção de políticas públicas inclusivas, para a transformação dos sistemas educacionais e das práticas sociais, que envolvem a relação com as famílias e a comunidade. 
Deste modo, a formação da identidade dos alunos depende dos processos de socialização de ensino e aprendizagem que ocorrem de acordo com as características físicas, cognitivas, afetivas, sexuais, culturais e étnicas dos envolvidos nos processos educativos dos sistemas educacionais. 
Segundo Dutra (2006, p.10), vivemos em uma sociedade democrática que tem por definição a pluralidade, o convívio e a interlocução na diversidade. O direito de participar nos espaços e processos comuns de ensino e aprendizagem realizados pela escola está previsto na legislação, e as políticas educacionais devem estar compatíveis com os pressupostos que orientam para o acesso pleno e condições de equidade no sistema de ensino. 
Assim as políticas educacionais devem prever a eliminação das barreiras à educação dos alunos com deficiência, com síndromes, com altas habilidades/superdotação prevendo o atendimento às necessidades educacionais especiais, promovendo a participação a partir de novas relações fundamentais para uma socialização humanizadora.
No que se refere à escola para eliminação de barreiras, se apresenta a educação inclusiva, que vem para pressupor novas relações pedagógicas centradas nos modos de aprender das diferentes crianças e jovens e de relações sociais que valorizam a diversidade em todas as atividades, espaços e formas de convivência e trabalho.
É necessária, então, a efetivação do direito de todos à educação, o direito à igualdade e o direito à diferença que são indissociáveis e os direitos específicos servem para eliminar as discriminações e garantir a plena inclusão social
Educação inclusiva
Todos alunos têm características, talentos e interesses únicos. Enquanto alguns dominam diferentes linguagens e são apaixonados por histórias, outros preferem desafios matemáticos e projetos de ciências, por exemplo. Mas cada um deles tem uma trajetória de vida singular, com diferentes condições sociais, emocionais, físicas e intelectuais, que não é atendida por escolas que usam métodos padronizados de ensino. Para respeitar as diferentes formas e ritmos de aprendizagem, ambientes educacionais inclusivos, historicamente associados apenas àqueles que acolhem alunos com deficiência, têm potencial para assegurar a participação de todos e ao mesmo tempo compreender as especificidades de cada um.
Em celebração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, uma concepção que beneficia qualquer criança, adolescente, jovem ou adulto que está na sala de aula, inclusive os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Entre os princípios fundamentais da educação inclusiva, está o entendimento de que o acesso à educação é um direito incondicional de todos. “A educação inclusiva é a base da sociedade. Ela nada mais é do que a consequência natural de uma escola de qualidade para todos”.
A educação inclusiva deveria ser o que na verdade a educação precisa ser para todos. Ela tem que criar sentidos, abrir possibilidades, permitir a participação e estar conectada com a realidade
Ao apontar a inclusão como o único caminho para a construção de uma nação democrática, Claudia diz que o desafio da escola não está em lidar com as crianças com deficiência, mas em compreender as múltiplas formas de ser um estudante. “A educaçãoinclusiva olha para cada criança como um ser em uma fase específica da vida”, afirma. No entanto, muitas vezes as instituições educacionais não consideram as diferentes formas de aprender quando organizam seus processos. Todos os alunos ficam dispostos em carteiras enfileiradas, sentados por horas para fazer as mesmas atividades. Segundo especialistas como Claudia, a deficiência só evidencia o impacto de um modelo educacional que já não faz mais sentido para os estudantes e não atende às expectativas do século 21.
“A educação inclusiva deveria ser o que na verdade a educação precisa ser para todos. Ela tem que criar sentidos, abrir possibilidades, permitir a participação e estar conectada com a realidade”, concorda a pesquisadora Denise Crispim, mãe de uma criança com paralisia cerebral. De acordo com ela, os alunos com deficiência fazem a escola repensar o que já deveria ser útil para todos, como fazer o planejamento de atividades com antecedência.
Não existe uma receita pronta para tornar uma escola inclusiva, mas começar a pensar em processos educacionais mais centrados no estudante abre alguns caminhos. A Declaração de Salamanca, sobre princípios, políticas e práticas em educação especial, também destaca outros aspectos necessários para a construção bem-sucedida de um ambiente que acolhe a diversidade. Currículo, prédios, organização escolar, pedagogia, avaliação, pessoal, filosofia da escola e atividades são apenas alguns dos elementos citados na resolução das Nações Unidas.
A secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC (Ministério da Educação), Ivana de Siqueira, também avalia que a inclusão, como princípio de uma política educacional, pressupõe mais do que pensar em infraestrutura, formação técnica inicial e continuada de professores e geração de acessibilidade nas escolas. “É um movimento que implica transformações sociais e culturais em um contexto escolar que se caracteriza pela diversidade dos processos de aprendizagem e de desenvolvimento, ou seja, implica em responsabilidades compartilhadas entre todos os participantes do sistema educacional”.
Na últimas décadas, diante de um crescente movimento mundial de educação para todos, o Brasil fez importantes avanços no campo das políticas educacionais voltadas para a garantia do acesso e da permanência na escola. A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, elaborada pelo MEC em 2008, por exemplo, define princípios e ações que devem ser implementados para garantir a escolarização regular e o Atendimento Educacional Especializado para todos os alunos.
O direito à educação das pessoas com deficiência e a transformação da educação especial como uma modalidade de ensino, que passou a atuar de forma complementar, e não substitutiva à escolarização. o Brasil tem uma política extremamente avançada e pioneira na construção de sistemas de ensino inclusivos, mas ainda continuamos enfrentando grandes desafios para que ela se torne realidade em todas as escolas.
 “O paradigma que não conseguimos quebrar é a escola compreender que esses alunos fazem parte do conjunto de alunos e esses professores [do atendimento especializado] também fazem parte do corpo docente”. O que acontece na sala de recursos multifuncionais, que complementa ou suplementa a formação dos alunos, precisa ser um reflexo do que também acontece na sala de aula.
Gestores, coordenadores, professores e profissionais do atendimento educacional especializado devem atuar de forma colaborativa para entender que todos os estudantes são responsabilidade de todos os educadores. “O que temos percebido é que as escolas que adotam um trabalho mais colaborativo começam a ter um olhar pedagogicamente mais sensível”.
De acordo com o texto da política nacional, alunos com deficiência são “aqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida a sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade”. Nesse sentido, o impedimento se torna deficiência quando ele encontra barreiras que não permitem a sua participação. “Tudo vale para todas as crianças, mas para algumas vamos ter que quebrar algumas barreiras.”
Quando vemos as escolas transformadoras e inovadoras, percebemos que muitas delas têm feito um bom trabalho de inclusão das crianças com deficiência porque estão priorizando no seu projeto pedagógico a questão do clima, do acolhimento e do respeito às singularidades
Inovação também é incluir
Os estudos sobre inclusão apontam as melhores práticas como aquelas que também são efetivas para todas as crianças, como personalização, mediação entre os pares, educação por projetos e atividades mão na massa. “Quando vemos as escolas transformadoras e inovadoras, percebemos que muitas delas têm feito um bom trabalho de inclusão das crianças com deficiência porque estão priorizando no seu projeto pedagógico a questão do clima, do acolhimento e do respeito às singularidades”, afirma.
E segundo ela, todos ganham com a construção de um ambiente educacional inclusivo. “Nós não pensamos que o aluno que não é cego também precisa de informações sensoriais para compreender algumas coisas. Quando oferecemos isso, despertamos nas crianças várias percepções. O grupo inteiro vai aprender muito mais junto.”
Fundam. da Gestão Educacional e Coordenação Pedagógico
    Segundo Almeida e Placo (Loyola, 2010, p. 12-15) o campo de atuação da coordenação pedagógica abrange três dimensões: articuladora, formadora e transformadora.
     Orsolon (Loyola, 2010, p.18-26) nos traz que “o coordenador é apenas um dos atores que compõe o coletivo da escola”, sendo uma de suas atribuições “promover um trabalho de coordenação em conexão com a organização/gestão escolar”.
            Já Christov (Loyola, 2010), a partir de uma pesquisa realizada no início dos anos 1990, no estado de São Paulo, estabeleceu como uma de suas conclusões de que se faz necessário estabelecer no grupo de professores, nos momentos de coordenação, estratégias que possibilitem, na prática, um exercício constante de “ação-reflexão-ação” (grifo nosso)
            Temos percebido ao longo dos anos e constatado, por intermédio de leituras e pesquisas realizadas, que as políticas públicas de educação vem se aperfeiçoando e passando a ter conotação de politicas públicas de estado e não mais de governos.
            Esta mudança de postura vem sendo notado ao se estabelecer relação de igualdade/desigualdade, avanços/retrocessos nas diversas leis voltadas para o setor educacional.
            O mais sensível destes efeitos tem sido a quantidade de programas e projetos voltados para o financiamento e orientação das práticas no interior da escola. PNE, PDE, FUNDEF, FUNDEB, FUNDESCOLA, PDDE, entre tantos outros, antes de serem uma “uma sopa de letrinhas” grifo nosso) são uma das maneiras encontradas para se dar cumprimento aos direitos constitucionais  que tem o brasileiro, em idade escolar, bem como ao direito a uma educação de boa qualidade.
            Direito este que vai das condições de acesso, permanência até o sucesso escolar em uma instituição que oferte uma educação de qualidade em um ambiente com práticas democráticas e concretas, que saiba aliar as teorias educacionais ao dia-a-dia da prática escolar. 
Aqui, sendo vários autores, encontram-se um dos maiores entraves em busca do sucesso escolar, pois a escola é uma instituição social “sui-generis” (grifo nosso). Isto acontece, segundo Dourado (Educação e Sociedade, Unicamp, 2007) porque a “gestão educacional tem natureza e características próprias”, sendo uma instituição social que tem (ainda segundo o citado autor) “sua lógica organizativa e suas finalidades demarcadas pelos fins políticos-pedagógicos que extrapolam o horizonte curso-benefício”.            
 Políticas Públicas na Educação Básica
A sociedade em que vivemos é complexa e que envolvem diferentes interesses e conflitos. Para tornar possível a convivência devem-seser administrados todos os interesses públicos. Por isso que a política surgiu com o intuito de ajudar o bem comum de todos os cidadãos que se integra numa sociedade. Sendo assim podemos definir que política é um conjunto de procedimentos formais e informais que expressam relações de poder e que destinam a resolução pacifica dos conflitos quanto a bens públicos.
Diante disso, não podemos deixar de ressaltar que a política está presente quotidianamente em nossas vidas, e quando ela é administrada ela se faz presente para certo tipo de orientação onde é tomada decisões em assuntos públicos, políticos ou coletivos.
Entretanto, este trabalho propõe uma reflexão sobre o compromisso que a ação governamental tem com a construção, instauração e acompanhamento de políticas públicas que contribuam para a transformação educacional do nosso país. Pois com aplicação de políticas públicas possíveis mudanças serão feitas em virtude dos direitos que a população realmente possui por direito.
De acordo com a elaboração desse assunto foram organizados temas quem vem a discutir e compreender como a administração pública da educação é vista e qual função ela age nas idéias das ações governamentais, pois a sociedade é representada pelo poder federal, estadual e municipal junto eles agem em beneficio a necessidade de cada um para o bem geral da população.
Tais temas foram explicados de forma sucinta abordando principalmente o valor da educação e como ela é administrada e visada dentro da política pública brasileira, onde serão mostradas algumas ações governamentais que agem através de programas e projetos direcionados para melhorar a qualidade da educação do povo brasileiro.
Hoje em dia, considera-se a educação um dos âmbitos mais importantes para o desenvolvimento de um país. É através de aquisição de conhecimentos que uma nação cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito, pois o processo é lento e precisa, sobretudo, de paciência e principalmente, ação. 
Pesquisas na área educacional tem demonstrado um elevado índice em relação ao nível de escolaridade do povo brasileiro, apesar da taxa de analfabetismo ainda fazer parte dessa realidade, ainda podemos ter expectativas por um ensino melhor e de boa qualidade que leve realmente a melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país. Como afirma Tedesco (1995, p.03) “Superar o problema do analfabetismo é uma das metas mais antigas que as sociedades se propuseram do ponto de vista educativo”.
Nos últimos anos tem mostrado na mídia uma queda no índice de analfabetismo e isto se deve, principalmente, aos maiores investimentos feitos em educação no Brasil. Com isso, o governo municipal, estadual e federal tem dedicado um pouco mais nessa área, criando inúmeros programas com a finalidade de melhorar a qualidade dos ensinos nas escolas públicas brasileira, pois acredita-se que um país para se evoluir necessita de uma educação de qualidade. Nenhum país progride com uma educação precária, todas as pessoas necessitam e devem ter acesso, no mínimo, a educação básica.
Em 1996 com a aprovação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) a educação teve por direito acesso a todos, que a partir daí propiciou grande avanço no sistema educacional no Brasil, visando que a escola se torne um ambiente de participação social, valorizando a democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do cidadão, dando mais essência e significado para os educandos.
Diante disso, podemos observar que ao longo dos anos, não muito longe a educação vem se destacando nas políticas públicas e as tentativas de reformar o sistema educacional no seu conjunto são muitas antigas, isto devido a necessidade de mudar a crise do sistema educativo. Desse ponto de vista Tedesco afirma que“democratizar a educação seria uma condição necessária para a democratização social. Depois da Segunda Guerra Mundial, a expansão educativa foi considerada como uma necessidade para o crescimento econômico. Gastar em educação seria investir, tanto ao nível individual quanto social. Dessa forma, a democratização e o desenvolvimento econômico apareceram com os objetivos básicos da política educacional, e foi a partir dessa perspectiva que o funcionamento real dos sistemas educacionais existentes foi avaliado” (1995, p. 92).
Olhando desse lado, pode-se esperar que a educação é dever de todos e por isso deve com certeza ser democratizada, onde todos devem ter acesso e que devemos cobrar do poder público, não de forma pessoal, mas por uma única razão social, melhorar a qualidade vida da nação. 
Nessas perspectivas, acreditamos que a educação seja uma ferramenta fundamental e de extrema importância para contribuir para o saber humano. Ela tem como alvo, promover mudanças desejáveis e relativamente permanentes nos indivíduos, e que estas venham a favorecer o desenvolvimento integral do homem e da sociedade. Além disso, contribui também para a construção da cidadania, onde na escola sua ação e reflexão poderão colaborar com uma educação libertadora, onde os cidadãos possam descobrir a sua real capacidade de compreender o mundo em que vive.
Além disso, percebe-se ainda que por meio da educação o ser humano incorpora dimensões integradas como as competências intelectuais, afetivas e éticas, que nos permite desenvolver mudanças ao meio em que vivemos.
Portanto, valer lembrar que para evoluir a educação num país requer mais do que uma participação intensiva da sociedade, e muito menos projetos voltados para o governo, precisamos mesmo na verdade é da participação de todos os cidadãos que fazem parte de um povo. Educação é direito de todos e lutar por ela deve ser obrigação de todos os cidadãos que busca por melhores oportunidades e condições de vida.
A educação é um direito principal e universal, e é dever do Estado implementar políticas públicas que são as ferramentas para que se torne capaz de garantir sua qualidade social, bem como o acesso e permanência de todos. Outra questão que devemos está atento é sobre o construir espaços de participação direta, indireta e representativa, nos quais a sociedade civil possa atuar efetivamente na definição, gestão, execução e avaliação dessas políticas públicas educacionais.
É tarefa de todos que acreditam no direito à educação exigir que o Estado efetive políticas públicas para a educação de qualidade, concebendo-a não como simples acesso às escolas e sim à garantia ao conhecimento historicamente construído, pois a educação é por direito elemento básico para a construção da cidadania. 
Outra questão que cabe lembrar neste momento é o caso do financiamento da educação, tema relevante para todos aqueles que lutam por uma escola pública de qualidade, para a qual se faz necessário um volume significativo de recursos financeiros. Acreditamos que, o financiamento é causa determinante para que a educação alcance um nível mais elevado de qualidade, é para isto, os recursos previstos à educação, em especial a municipal, e a sua aplicação é necessária e imprescindível, pois é de grande importância para todos aqueles que lutam por uma escola pública de qualidade, no qual é indispensável e significativo os recursos financeiros. 
Com isso, percebemos que, o financiamento dos órgãos públicos municipais, estaduais e federais é razão definitiva para que a educação alcance um melhor nível de qualidade, possibilitando o educando e ao profissional da área de educação subsídios para se alcançar benefícios comuns à educação. 
Acreditas-se que as responsabilidades do governo quando são confiadas e atuadas, conseguirá assegurar um bom ensino para todos, para que de fato a sociedade brasileira consiga superar este obstáculo que há muitos anos vem construído um caminho que leve a educação ao alcance a todos os cidadãos brasileiros.
 O QUE SÃO POLITICAS PÚBLICAS
Política Pública é conjunto de disposições, medidas, e procedimentos que traduzem a orientação política do Estado e regulam as atividadesgovernamentais relacionadas às tarefas de interesse público.
Em outras palavras, podemos conceituar também como todas as ações de governo, divididas em atividades diretas de produção de serviços pelo próprio Estado e em atividades de regulação de outros agentes.
Sabe-se que política pública são ações sociais coletivas que visam a orientação e garantia de direitos perante a sociedade, no qual envolve compromissos e tomadas de decisões que almeja determinadas finalidades. Sendo assim, é importante sabermos como são definidos algumas atividades que requer uma avaliação que se faz presente nas etapas de planejamento das políticas e instruções governamentais, que desde então, gera informações que possibilitam novas escolhas, análise para possíveis necessidades de reorientações de ações para alcançar objetivos traçados.
Programa – é um conjunto de atividades constituídas para serem realizadas dentro de cronograma e orçamento específicos disponíveis para a implementação de políticas, ou para a criação de condições que permitam o alcance de metas políticas desejáveis (Silva, 2002, p. 18).
Projeto – é um instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto final que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do governo. Quando essas operações se realizam de modo contínuo ou permanente, são denominadas de Atividades (Garcia, 1997, p. 	
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
 é utilizada por deficientes auditivos para a comunicação entre eles e entre surdos e ouvintes. Para melhor nos inteirarmos dessa realidade é interessante que essa linguagem se faça conhecer, e que haja uma procura por ela com o interesse de aprendê-la.
Ao contrário do que imaginamos ao perceber a existência desse tipo de linguagem, a LIBRAS não é apenas uma medida paliativa para se estabelecer algum tipo de comunicação com os deficientes auditivos, mas é uma língua natural como qualquer outra, com estruturas sintáticas, semânticas, morfológicas, etc. A diferença básica é que ela também utiliza a imagem para expressar-se. Para se aprender LIBRAS deve-se, portanto, passar por um processo de aprendizagem de uma nova língua, tal qual fazemos quando nos propomos a aprender francês, inglês, etc.
A LIBRAS é uma das linguagens de sinais existentes no mundo inteiro para a comunicação entre surdos. Ela tem origem na Linguagem de Sinais Francesa. As linguagens de sinais não são universais, elas possuem sua própria estrutura de país pra país e diferem até mesmo de região pra região de um mesmo país, dependendo da cultura daquele determinado local para construir suas expressões ou regionalismos.
Para determinar o seu significado, os sinais possuem alguns parâmetros para a sua formação, como por exemplo a localização das mãos em relação ao corpo, a expressão facial, a movimentação que se faz ou não na hora de produzir o sinal, etc.
Há algumas particularidades simples, que facilitam o entendimento da língua, como o fato de os verbos aparecerem todos no infinitivo e os pronomes pessoais não serem representados, sendo necessário apontar a pessoa de quem se fala para ser entendido. Há ainda algumas palavras que não tem sinal correspondente, como é o caso dos nomes próprios. Nessa situação, as letras são sinalizadas uma a uma para expressar tal palavra.
Para diminuir o preconceito em relação a qualquer tipo de deficiência, é necessária a divulgação dessa e de outras informações relevantes para facilitar a inclusão dessas pessoas em todos os meios sociais. Está disponível na Internet para baixar o manual de libras, dicionário de libras, vocabulário, chats, outros materiais para de adquirir, além de muitos projetos que tem um compromisso com a inclusão dessas pessoas no nosso meio.
Práticas Pedagógicas: Identidade Docente
Os conceitos fundamentais discorridos no presente relatório dizem respeito à articulação teórico-prática, referente à identidade e formação dos professores das séries iniciais do Ensino Fundamental, aliada aos Indicadores da Qualidade na Educação como suporte principal para a pesquisa, que visam em sua variação, possibilitar mudanças necessárias ao alcance de objetivos na escola pública.
Dessa forma, compreende-se que a qualidade na escola está diretamente relacionada ao bom aprendizado dos seus alunos. Porém, uma série de fatores converge para a obtenção desses resultados, e é através dos Indicadores da Qualidade na Educação que se avalia as condições necessárias para que esse objetivo macro seja alcançado.
Respeitando a complexidade do significado do termo qualidade educativa foram organizados em sete dimensões ou sete diferentes aspectos da qualidade da escola. São elas: 
I Ambiente educativo: Nesta dimensão os indicadores se referem ao respeito, à alegria, à amizade e solidariedade, à disciplina, ao combate à discriminação e ao exercício dos direitos e deveres.
II Prática pedagógica e avaliação: Aqui, reflete-se coletivamente sobre a proposta pedagógica da escola, sobre o planejamento das atividades educativas, sobre as estratégias e recursos de ensino-aprendizagem, os processos de avaliação dos alunos, incluindo a auto-avaliação, e a avaliação dos profissionais da escola.
III Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita: Aborda a proposta pedagógica para a alfabetização inicial e desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita ao longo da educação básica; aponta as oportunidades que os alunos têm para desenvolver hábitos e a motivação para leitura, incluindo uso da biblioteca e equipamentos de informática.
IV Gestão escolar democrática: Focaliza o compartilhamento das decisões, a preocupação com a qualidade, com a relação custo-benefício e com a transparência.
V Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola: Aqui, discute-se sobre os processos de formação dos professores, sobre a suficiência, assiduidade e estabilidade da equipe escolar.
VI Espaço físico escolar: Nesta dimensão, os indicares são o bom aproveitamento dos recurso existentes na escola, a disponibilidade e a qualidade desses recursos e a organização dos espaços escolares.
VII Acesso, permanência e sucesso na escola: As perguntas principais são: Quem são os alunos que apresentam maior dificuldade no processo de aprendizagem? Quem são aqueles que mais faltam na escola? Onde e como eles vivem? Quais são as suas dificuldades? Quem são os alunos que abandonaram ou evadiram? Quais os motivos?
Esse vínculo de qualidade na escola se entrelaça às questões de identidade e formação dos profissionais que atuam nessa Instituição e que, assim, são agentes ativos no processo para tornar a escola pública o espaço adequado a aquisição de conhecimentos pelos alunos.
Questões relacionadas à identidade e formação docente tem ocupado lugar de destaque no panorama acadêmico contemporâneo, por questões políticas, teóricas e práticas. No caso da teorização e prática pedagógica, tem-se realçado a necessidade de se discutir a identidade do docente, tendo em vista que o fim do processo educativo escolar está diretamente relacionado à sua atuação. 
Sobre a identidade do professor que é o principal agente processo educativo na escola, Pimenta (2005, p. 18), faz a seguinte afirmação:
A identidade não é um dado imutável. Nem externo, que possa ser adquirido. Mas é um processo de construção do sujeito historicamente situado. A profissão de professor, como as demais, emerge em dado contexto e momento históricos como resposta a necessidade que estão postas pela sociedade, adquirindo estatuto de legalidade.
Assim, a identidade do professor, conforme Pimenta é construída a partir dos significados sociais da profissão, da reafirmação das práticas, ou seja, a identidade é construída a partir da significação social da profissão; da revisão constante dos significados sociais da profissão e das próprias necessidades sociais que emergem e exigem essa identidade.
Deve estar fundamentada na busca por ensinar e não apenas transferir conhecimentos como sefosse “pacotes sucateados” como cita Demo (1992, p. 153):
[...] ensinar já não significa transferir pacotes sucateados, nem mesmo significa meramente repassar o saber. Seu conteúdo correto é motivar o processo emancipatório com base em saber crítico, criativo, atualizado, competente. Trata-se, não de cercear, temer, controlar a competência de quem aprende, mas de abrir-lhe a chance, na dimensão maior possível. Não interessa o discípulo, mas o novo mestre. Entre o professor e o aluno não se estabelece apenas hierarquisação verticalizada, que divide papéis pela forma do autoritarismo, mas sobretudo confronto dialético. Este alimenta-se da realidade histórica formada por entidades concretas que se relacionam de modo autônomo, como sujeitos sociais plenos.
A identidade profissional desenvolve-se e adapta-se ao contexto sócio-político-histórico em que está inserido o professor. Enquanto, o perfil profissional, muitas vezes confundido com identidade profissional, desenvolve-se durante a formação acadêmica, neste caso, formação docente; está relacionado às competências e habilidades que o profissional apreende durante a formação. O perfil profissional não muda de acordo com o meio onde o profissional está inserido.
No que se refere à formação, não apenas dos professores, mas de todos os profissionais que vivenciam o ambiente escolar, entende-se que a postura de buscar formar-se e informar-se está relacionada diretamente a um investimento pessoal, que visa a construção, também de uma identidade profissional, como afirma Nóvoa (1992, p. 25):
[...] estar em formação implica em investimento pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e sobre os projetos próprios, com vistas à construção de uma identidade, que é também, uma identidade profissional.
No caso da formação docente, o desenvolvimento profissional, significa produzir a profissão, estimulando o desenvolvimento autônomo e contextualizado pois, profissionais competentes tem capacidade de auto-desenvolvimento reflexivo. O que viabiliza a reconstrução constante e permanente da identidade do professor.
Essas questões sobre formação docente estão intrinsecamente relacionadas à qualidade na educação, pois como diz, Bruno; Almeida e Laurinda (2006, p. 25):
A discussão sobre formação docente é antiga e, ao mesmo tempo atual [...] a formação de professores tem se apresentado como ponto nodal das reflexões sobre qualidade do ensino, evasão e reprovação [...] por seu significado de ampliação do universo cultural e científico daquele que ensina, dadas as necessidades e exigências culturais e tecnológicas da sociedade.
Assim, Bruno, Almeida e Laurina (2006, p. 25-28) indicam as dimensões da formação de professores, que para eles são as fundamentais: Dimensão técnico-científica; Dimensão da formação continuada (manter-se pesquisando e questionando) e a Dimensão do Trabalho Coletivo e da construção coletiva do projeto pedagógico.
A qualidade do trabalho do professor está vinculada a uma série de condições, tais como: tamanho das turmas a que atende, horário de trabalho, tempo disponível para preparação das aulas, presença de profissional preparado para o acompanhamento e apoio sistemático da sua prática educativa, qualidade dos recursos didáticos existentes na escola e local próprio para reuniões de estudo.
A busca pelo alcance dessas dimensões, na formação do professor, favorecerá a motivação necessária para se construir um espaço educacional de qualidade.
Conclusão
A Podemos concluir que a educação, como diretriz para mudança social, perpassa pelo projeto político pedagógico, a qual deve ser articulada por uma gestão participativa que visualize a dinamicidade do currículo na comunidade escolar e de seu entorno. No entanto, os projetos não podem permanecer apenas nas mentes dos diferentes grupos, não é suficiente, que existam projetos pensados coletivamente, é necessário que os projetos e os seus pensadores assumam uma dimensão política de forma a defender formas de superação da realidade social. Desse modo, podemos entender esse ‘pensar’ sobre educação como uma “nova forma de fazer política”, uma política voltada para os interesses dos grupos num movimento de ação, reação, reflexão, que nos faz compreender “a politicidade inerente aos processos educativos”.
Uma educação voltada para a conscientização sobre essa realidade de dependência dominadora, ou seja, a educação proposta por ele está voltada para a transformação desta realidade e se diferencia da educação tradicional.
O pensamento político-pedagógico na perspectiva do diálogo, conscientização e pedagogia do oprimido. E, em torno de todo esse movimento discursivo e problematizador em que se constroem as idéias e práticas de Paulo Freire, está associada à idéia de liberdade e democracia.
Educação voltada para a autonomia onde o educando é agente de sua própria aprendizagem, construindo seu conhecimento pelo diálogo, pela crítica, pela reflexão e pela co-participação. Uma educação cidadã, humanitária, construída através do senso-comum e elaborada com a participação de todos.
Bibliografia
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
Método Paulo Freire. Disponível em: http://www.projetomemoria.art.br/PauloFreire/pensamento/01_pensamento_o%20metodo_paulo_freire.html. 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em: http://www.planalto.gov.br.
Plano Nacional de Educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br.

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