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Ascaris lumbricoides resumo

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Ascaris lumbricoides 
Introdução:
Esses helmintos são popularmente conhecidos como lombriga ou bicha causando a doença ascaridíase. A Ascaris lumbricoides é da família Ascarididae, subfamília Ascarídinae. São bem representadas principalmente pelo Ascaris lumbricoides Linnaeus e A. summ Goeze que parasitam o intestino delgado de humanos e suínos. 
Há controvérsias se ascaridíase é ou não uma zoonose. Trabalhos mencionam infecção cruzada – suíno infecta o homem e vice versa. 
A ascaridíase é encontrada em quase todos os países do mundo e sua frequência varia em virtude das condições climáticas, ambientais e principalmente do grau de desenvolvimento socioeconômico da população. 
Os dados de prevalência são muito antigos, em 1971 era cerca de 60% da pop. Brasileira. A doença é mais prevalente em crianças menores e 12 anos. 
Morfologia: 
As formas adultas desse parasito são longas, robustas, cilíndricas e apresentam extremidades afiladas. O tamanho depende do número de parasitos albergados e do estado nutricional do hospedeiro. 
Macho: 20 a 30 cm e apresentam cor leitosa. Boca ou vestíbulo bucal está localizado na parte anterior, e é contornado por três fortes lábios com serrilha de dentículos e sem interlábios. Á boca segue o esôfago musculoso e o intestino retilíneo. O reto é encontrado próximo à extremidade posterior. Apresenta um testículo filiforme e enovelado, que se diferencia em canal deferente, continua pelo canal ejaculador, abrindo-se na cloaca, localizada próximo a extremidade posterior. Apresentam ainda dois espículos iguais que ainda funcionam como órgãos acessórios da cópula. Não possuem globernáculo. A extremidade posterior fortemente encurvada para a face ventral é o caráter sexual externo que o diferencia facilmente da fêmea. Notam-se ainda caudas papilas pré e cloacais. 
Fêmea: de 30 a 40 cm quando adultas são mais robustas que os machos. A cor, a boca e o aparelho digestivo são semelhantes a do macho. Apresentam dois ovários filiformes e enovelados que continuam como ovidutos, diferenciando em úteros que vão se unir em uma única vagina, que se exterioriza pela vulva, localizada no terço anterior do parasito. A extremidade posterior da fêmea é retilínea. 
Ovos:
Originalmente seus ovos são brancos e adquirem cor castanha devido ao contato com as fezes. Tem cerca de 50um de diâmetro, são ovais e com cápsula espessa, em razão da membrana externa mamilonada secretada pela parede uterina. A essa membrana segue-se uma membrana média constituída de quitina e proteína e outra mais interna delgada e impermeável à agua. 
Nessa ultima camada confere ao ovo grande resistência as condições adversas do ambiente. Internamente, os ovos dos ascarídeos apresentam uma massa de células germinativas. Frequentemente podemos encontrar nas fezes ovos inférteis. São mais alongados, possuem membrana mamilonada mais delgada e citoplasma granuloso. Algumas vezes, os ovos férteis podem apresentar-se sem a membrana mamilonada. 
Ciclo biológico:
É do tipo monoxênico – único hospedeiro. 
Cada fêmea fecundada é capaz de colocar, por dia, cerca de 200.000 ovos não embrionados, que chegam ao ambiente juntamente com as fezes. Os ovos férteis em presença de temperatura entre 25⁰C e 30⁰C, umidade mínima de 70% e oxigênio em abundância tornam-se embrionados em 15 dias. 
 A primeira larva L1 forma dentro do ovo e é do tipo rabditoide, isto é, possuí um esôfago em duas dilatações, uma em cada extremidade e uma constrição no meio. Após uma semana, ainda dentro do ovo, essa larva sofre uma muda transformando-se em L2 e, em seguida, nova muda transformando em L3 infectante com esôfago tipicamente filarióide. Essas formas permanecem infectantes no solo por vários meses podendo ser ingeridas pelo hospedeiro. Após a ingestão, os ovos contendo a L3 atravessam todo o trato digestivo e as larvas eclodem no intestino delgado. A eclosão ocorre graças a fatores ou estímulos fornecidos pelo próprio hospedeiro, como presença de agentes redutores de pH, temperatura, sais e concentração de CO2, cuja ausência inviabiliza a eclosão. As larvas, uma vez liberadas, atravessam a parede intestinal na altura no ceco, caem nos vasos linfáticos e nas veias e invadem o fígado entre 18 e 24 horas após a infecção. Em dois a três dias chegam ao coração direito, através da veia cava inferior ou superior e quatro a cinco dias após são encontradas nos pulmões (ciclo de Loss). Cerca de oito dias após a infecção as larvas sofrem muda para L4, rompem os capilares e caem nos alvéolos, onde mudam para L5. Sobem pela árvore brônquica e traqueia, chegando até a faringe. Podem então ser expelidas com a expectoração ou serem deglutidas, atravessando incólumes o estômago e fixando-se no intestino delgado. Transformam-se em adultos jovens 20 a 30 dias após a infecção. Em 60 dias alcançam maturidade sexual, fazem a cópula, ovipostura e já são encontrados nas fezes do hospedeiro. Os vermes adultos tem uma longevidade de um a dois anos. 
Transmissão:
Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo a L3. Poeira, aves e insetos (moscas e baratas) também são capazes de veicular mecanicamente os ovos. 
Os ovos de A. lumbricoides tem uma grande capacidade de aderência a superfícies, o que representa um fator importante na transmissão da parasitos. Uma vez presente no ambiente ou em alimentos, não são removidos facilmente. 
Hábitat: 
Em infecções moderadas os vermes adultos são encontrados no intestino delgado principalmente no jejuno e íleo, mas, em infecções intensas, estes podem ocupar toda a extensão do intestino delgado. Podem ficar presos à mucosa, com auxílio dos lábios ou migrarem pela luz intestinal. 
Patogenia:
A intensidade das alterações provocadas está diretamente relacionada com o número de formas presentes no parasito. 
Larvas:
Em infecções de baixa intensidade normalmente observa-se pouca alteração. Em infecções maciças é encontrado lesões pulmonares e hepáticas. No fígado, quando são encontrados numerosas formas larvares migrando pelo parênquima, podem ser vistos pequenos focos hemorrágicos. S

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