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Resumo Direitos Fundamentais.pdf

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(1) Evolução dos direitos humanos/fundamentais em “gerações” e as 
espécies de direitos reconhecidos; 
 
Karel Vasak: teoria das gerações dos direitos (ilustra essa evolução dos direitos). 
1a geração: direitos civis e políticos (fundamentados na liberdade). 
2a geração: direitos econômicos, sociais e culturais (baseados na igualdade). 
3a geração: direitos de solidariedade - desenvolvimento, paz, meio ambiente (fraternidade). 
Constituição Mexicana (1917): direitos trabalhistas e previdenciários e demonstra certa 
hostilidade em relação ao poder econômico. 
Constituição Alemã (1919): elevar os direitos trabalhistas e previdenciários ao nível de direitos 
fundamentais e determinou garantias ao indivíduo, à vida social, à religião, à instrução e à vida 
econômica. 
(2) Teoria Pura do Direito (positivismo jurídico) como fundamentação do 
Nazismo; 
Kelsen não teve influência, nem participação no regime nazista. Era democrata, foi perseguido 
pelo regime e exilado nos EUA. 
Sua teoria deu fundamento jurídico para tentar justificar as atrocidades cometidas pelo 
regime. 
O formalismo da teoria pura não dá margem à discussão em torno do conteúdo da norma, 
pois, segundo Kelsen, não cabe ao jurista qualquer juízo de valor acerca do direito. Se a norma 
fosse válida deveria ser aplicada sem questionamentos. 
(3) Pós-positivismo; 
 
O Pós-positivismo e a Teoria dos Direitos Fundamentais 
 Crise de identidade dos juristas europeus, principalmente, os alemães após a II Guerra. 
O Nazismo foi uma das causas da derrocada do positivismo Kelseniano. 
Nova corrente – Pós-positivismo 
(positivismo ético): inserir na ciência jurídica valores éticos indispensáveis para a proteção da 
dignidade humana (a atividade jurídica deve ter conteúdo humanitário). 
Objetiva proteger o ser humano contra uma tirania da maioria momentânea, por exemplo. 
Princípios passam a ter observância obrigatória e as leis somente seriam válidas se em 
conformidade com esses princípios. 
(4) Ratificação de tratados internacionais de direitos humanos com 
status de norma constitucional; 
 
 
 
 
(5) Eficácia horizontal dos direitos fundamentais; 
10. 1. Aspectos gerais 
O tema da eficácia horizontal dos direitos fundamentais, também denominada 
como eficácia privada ou externa dos direitos fundamentais vem como importante 
contraponto à ideia de eficácia vertical dos direitos fundamentais. 
 A aplicação dos direitos fundamentais nas relações entre o particular e o Poder 
Público não se discute. Por exemplo, certamente, em um concurso público deverá ser 
obedecido o princípio da isonomia. 
(6) Aborto, excludentes de ilicitude legal e jurisprudencial (feto 
anencéfalo); 
Cabe à lei penal criminalizar o aborto e assim o fez, ressalvando suas excludentes 
de ilicitude (art. 128 do CP). 
ESTADO – LAICIDADE. O Brasil é uma república laica, surgindo absolutamente neutro 
quanto às religiões. Considerações. FETO ANENCÉFALO – INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ 
– MULHER – LIBERDADE SEXUAL E REPRODUTIVA – SAÚDE – DIGNIDADE – 
AUTODETERMINAÇÃO – DIREITOS FUNDAMENTAIS – CRIME – INEXISTÊNCIA.Mostra-se 
inconstitucional interpretação de a interrupção da gravidez de feto anencéfalo ser 
conduta tipificada nos artigos 124, 126 e 128, incisos I e II, do Código Penal. (ADPF no 
54, STF, Plenário, Rel. Min. Marco Aurélio, J. 12.04.2012) 
(7) Inviolabilidade do Sigilo de dados e das Comunicações; 


Art. 5º, X: proteção contra a devassa indevida de seus dados pessoais. 
Declaração de IR, extrato bancário, conta telefônica, etc. (proteção constitucional). 
 
Não se trata de garantia absoluta. 
Limitada em algumas hipóteses. 
Princípio da proporcionalidade. 
O indivíduo poderá autorizar o acesso a essas informações. 

 
 
(8) Eficácia das normas constitucionais (eficácia plena, contida e 
limitada); 
 
Aplicabilidade das Normas Definidoras dos Direitos e Garantias Fundamentais. 
O art. 5o, § 1o, da CF prescreve que todas as normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
Aplicação não se confunde com aplicabilidade, José Afonso da Silva classifica as normas de 
eficácia plena e contida como tendo “aplicabilidade” direta e imediata, e as de eficácia 
limitada possuidoras de aplicabilidade mediata ou indireta. 
O ilustre mestre indica que são dotadas de aplicação imediata as normas constitucionais que 
apresentam todos os meios e elementos necessários à sua pronta incidência aos 
fatos,situações, condutas ou comportamentos que elas regulam. 
Regra: normas que prescrevem direitos e garantias individuais têm aplicabilidade imediata. 
As definidoras de direitos sociais, culturais e econômicos nem sempre possuem. Em algumas 
situações dependem de providências ulteriores que lhes completem a eficácia e possibilitem 
sua aplicação, como o direito de greve dos servidores públicos (art. 37, VII) ou o da 
aposentadoria especial (art. 40, § 4o). 
O art. 5o, § 1o, da CF/88 expressa que as normas constitucionais são aplicáveis até onde as 
instituições ofereçam condições para seu atendimento e quando o Poder Judiciário for 
invocado para sua implementação não poderá deixar de aplicá-las, conferindo ao interessado 
o direito reclamado, segundo as instituições existentes. 
(9) Inviolabilidade de domicílio; 

Como decorrência dos direitos à privacidade, o art. 5º, XI, CF, consagra a inviolabilidade de domicílio, 
estabelecendo que a casa é o asilo inviolável, ninguém nela podendo ingressar sem o consentimento do 
morador, salvo nos casos de desastre, prestação de socorro ou flagrante delito, quando o 
ingresso poderá ocorrer em qualquer horário. E ainda, por determinação judicial (fins criminais 
ou não) durante o dia. 
 
Conceito de casa: (a) qualquer compartimento habitado (inclusive trailer, iate, caravana cigana 
ou circense – automóvel NÃO – art. 244 CPP); (b) qualquer aposento ocupado de habitação coletiva 
(quarto de hotel, motel, pensão, alojamento, albergue, etc.); (c) qualquer compartimento privado não 
aberto ao público, onde alguém exerce a atividade/profissão. 
 
(10) Ações afirmativas; 
 
(11) Função social da propriedade e suas sanções, confisco; 
 
Uma das mais importantes limitações reconhecidas pela CF/88 é a vinculação à função social 
(arts. 182, § 2.o, e 186 da CF/88). 
A CF trata da função social da propriedade urbana (aperfeiçoamento das condições de 
moradia, destinação social, econômica, etc.) e da propriedade rural (produtividade, proteção 
ambiental, utilização racional e adequada dos recursos naturais disponíveis e o bem estar dos 
empregadores e empregados), estabelecendo como finalidades dessa função. 
Penalidades: 
(1) Plano urbano: o Município poderá estabelecer o parcelamento da propriedade; edificação 
compulsória; IPTU progressivo; desapropriação mediante pagamento com títulos da dívida 
pública, em razão de tratar se de desapropriação sanção e não de uma desapropriação 
ordinária. 
(2) Plano rural: desapropriação sanção com pagamento da indenização através de títulos da 
dívida agrária (art. 182, § 4.o, III). Nesse caso, o bem será destinado à Reforma Agrária (art. 
184). 
O art. 243, CF dispõe ainda sobre a possibilidade de expropriação de propriedades onde forem 
encontradas culturas ilegais e de plantas psicotrópicas. Não é desapropriação, trata-se de 
confisco. 
(12) Habeas corpus, ação popular e mandado de segurança; 
Habeas corpus 
“conceder -se -á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. 
O autor do habeas corpus (ação constitucional) é chamado de impetrante; 
 O beneficiário do HC denomina-se paciente (pode ser o próprio impetrante), 
A autoridade que pratica a ilegalidade ou abuso de poder é a autoridade coatoraou 
impetrado. 
O HC pode ser formulado sem advogado e não precisa obedecer a qualquer formalidade 
processual ou instrumental (art. 5.o, LXXVII, CF). É gratuito. 
Ação popular 
importante instrumento de democracia direta e participação política. Tem o objetivo a 
proteção da res publica, a proteção dos interesses difusos. 
Deve haver lesividade: 
(a) ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe (entidades da 
administração direta, indireta, incluindo as entidades paraestatais, como as empresas públicas, 
sociedades de economia mista, bem como toda pessoa jurídica subvencionada com dinheiro 
público); 
(b) à moralidade administrativa; 
(c) ao meio ambiente; 
(d) ao patrimônio histórico e cultural. 
Mandado de segurança 
É a ação constitucional que tem a finalidade a proteção de direito líquido e certo não 
amparado por habeas corpus e habeas data. 
Está previsto no art. 5o, LXIX e na Lei no 12.016/2009. 
Hely Lopes Meirelles: ”é o meio constitucional posto à disposição de toda pessoa física ou 
jurídica, órgão com capacidade processual, ou universalidade reconhecida por lei, para 
proteção de direito individual ou coletivo, líquido e certo ameaçado de lesão, por ato de 
autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.” 
(13) Liberdade profissional; 
(2o) Liberdade Profissional (art. 5o, XIII, CF): É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, desde atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. 
Não é uma liberdade absoluta. A lei pode criar restrições, disciplinando as qualificações 
profissionais. Trata-se de norma constitucional de eficácia contida, já que possui aplicabilidade 
imediata, mas a lei poderá restringir o seu alcance. 
(14) Liberdade religiosa – preâmbulo da CF – força normativa – 
crucifixos nas repartições. 
(4o) Liberdade Religiosa (alguns consideram um aspecto da liberdade de pensamento): 
Envolve tanto a liberdade de crença (direito a uma convicção religiosa), como a liberdade de 
culto, de exteriorizar a religião, de praticar a religião, mesmo em edifícios com forma externa 
de templo e abrange a proteção às liturgias das várias religiões, desde que não seja elemento 
da liturgia ato considerado pela lei como ilícito. A consagração da liberdade religiosa impõe ao 
Estado a vedação de adotar uma religião oficial e de discriminar com base no fator religião.

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