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145 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Unidade IV 7 TRIGONOMETRIA E NÚMEROS COMPLEXOS Nesta última unidade, descreveremos os tópicos referentes à Trigonometria e aos Números Complexos. Em Trigonometria, veremos os conceitos de ângulos, Teorema de Pitágoras, medidas de ângulos, Lei dos Senos e Cossenos e resolução de triângulos, bem como suas aplicações no cotidiano. Depois, falaremos dos números complexos, de sua importância e de suas aplicações. 7.1 Trigonometria Quando se fala em Trigonometria, o aluno fica com o “cabelo em pé”, já começa a pensar nas inúmeras fórmulas que um dia viu na vida e a se perguntar por que está aprendendo tudo isso. A tradicional pergunta é sempre feita: Em que usarei isso em minha vida? A resposta para esse aluno vem da demonstração de que a Trigonometria está presente, mesmo que não vejamos, em várias situações, facilitando o entendimento e a interpretação de diversos fenômenos. A palavra trigonometria vem do grego (tri + gonos + metron, que significa três + ângulos + medida) e nos remete ao estudo das medidas dos lados, ângulos e outros elementos dos triângulos. O estudo da Trigonometria teve origens na Astronomia 2 mil anos atrás, o que demonstra quão antiga é essa ciência. Naquela época, as estrelas eram consideradas fixas na superfície de uma esfera de diâmetro muito grande, e, para entender esse posicionamento e o movimento dessas estrelas, foram usadas as tábuas trigonométricas. Como a Terra é uma esfera, a Trigonometria foi utilizada também na navegação e na Geografia. Essa ciência também foi utilizada para calcular a altura de pirâmides, e isso foi feito pelo matemático grego Tales (624 a 548 a.C.). Por meio da observação das sombras e da análise dos raios solares, ele descobriu que a sombra de uma estaca qualquer era proporcional à de uma pirâmide, no caso, a de Quéops, no Egito. Para fazer os cálculos, usou‑se a propriedade da semelhança dos triângulos para calcular a altura da pirâmide. Além de Tales, outros gregos se destacaram e fazendo medições, calendários e prevendo eclipses. Nos dias de hoje, a Trigonometria é aplicada em sistemas de satélites, aviação, levantamento topográfico e muitas outras áreas, como a Arquitetura, que utiliza superfícies curvas em materiais de construção, como aço e vidro, e determina a altura de prédios. 146 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV 7.2 A circunferência trigonométrica Para começarmos a descrever a Trigonometria, partiremos da circunferência trigonométrica, que é de extrema importância para seu estudo. Dentro dela, todos os conceitos serão desenvolvidos. A circunferência trigonométrica é uma circunferência com centro na origem do sistema de coordenadas e tem raio igual a 1, como descrito na figura a seguir: 2º quadrante 3º quadrante 1º quadrante r ∅ 0 4º quadrante Sentido anti‑horário Figura 77 – Representação de uma circunferência trigonométrica de raio 1 e sua divisão em quadrantes Observação A divisão da circunferência trigonométrica em quadrantes facilita o cálculo dos valores das entidades, como seno, cosseno e tangente, bem como das grandezas derivadas dessas. Cada um dos quadrantes divide a circunferência em quatro partes iguais. Por convenção, considera‑se o anti‑horário como sentido positivo da circunferência. Definimos como ângulo central qualquer ângulo cujo vértice é o centro da circunferência. Na figura, o ângulo central é (AÔB). 7.3 Medida e comprimento de arcos A medida de um arco é igual à medida do ângulo central correspondente. Vejamos estes exemplos: 147 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO A M(A0B) = 120º B 0 Figura 78 C M(C0D) = 45º D 0 Figura 78 – Representação dos arcos de 120º e 45 º na circunferência trigonométrica Dizemos que o arco AB mede 120º e que o arco CD mede 45º. 7.4 Ângulos e suas unidades A medida mais conhecida para medir um ângulo é a que chamamos de grau, porém um ângulo pode ser caracterizado por outras unidades de medidas que definiremos aqui. • Grau: a circunferência é dividida em 360 partes iguais, e o centro é ligado a cada um desses pontos marcados nessa circunferência; assim, 360 ângulos centrais são determinados. Cada um desses ângulos é chamado de 1 grau. • Grado: a mesma análise do conceito de grau é feita para determinar essa unidade; no entanto, em invés de dividir a circunferência em 360 partes, dividimos em 400. 148 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV • Radiano: essa unidade é uma das mais usadas no estudo da Trigonometria. Um radiano (1 rad) é um arco cujo comprimento é igual ao raio da circunferência que o contém. As unidades grau e radiano são as mais utilizadas, e é importante saber calcular o valor de seus ângulos e transformar uma unidade na outra; por exemplo, considere a circunferência, sabemos que ela mede 360º, qual será sua medida em radianos? r 0 Figura 79 – Representação de uma circunferência de raio r Podemos obter esse valor a partir de uma regra de três. Sabemos que o comprimento de uma circunferência de raio r é dado por 2πr. Se x for a medida da circunferência em radianos, temos: rad u rad x x r r ra _________ _________ 1 2 2 pi pi ∴ = dd Assim, a medida de uma circunferência é 2π rad. Portanto, como 2π rad é equivalente a 360º, temos que π rad é igual a 180º. Fazendo isso, podemos transformar graus em radianos e radianos em graus, ou seja, converter uma unidade na outra; por exemplo, vamos determinar, em radianos, a medida equivalente a 60º: rad grau x x ________ _________ pi pi 180 60 60 18 ∴ = 00 3 rad rad= pi 149 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Ou calcular em graus a medida equivalente a pi 6 : rad grau ____________ _____________ pi pi 180 6 xx x∴ = = 180 6 30 pi pi º 7.5 Trigonometria no triângulo retângulo O triângulo retângulo é construído a partir de dois lados perpendiculares entre si, que são chamados de catetos, e outro lado chamado hipotenusa. A partir dessa definição, conceitos importantíssimos foram definidos, e um dos mais importantes é o chamado Teorema de Pitágoras. Hipotenusa a Cateto c Cateto b C B a b A Figura 80 – Triângulo retângulo, seus catetos b e c e a hipotenusa Podemos definir as seguintes grandezas, seno (sin), cosseno (cos) e tangente (tan), a partir desta figura: s ne medida do lado oposto a medida dahipotenusa catetoβ β= = ooposto hipotenusa b a medida do lado adjacente a medid = =cos β α aa dahipotenusa cateto adjacente hipotenusa c a g cateto o t = = =β pposto cateto adjacente b c = 150 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV s ne medida do lado oposto a medida dahipotenusa cateto α β = = ooposto hipotenusa c a medida do lado adjacente a medid = =cos α α aa dahipotenusacateto adjacente hipotenusa b a g cateto o t = = =α pposto cateto adjacente c b = Assim, podemos definir: • seno: o seno de um ângulo é a razão entre a medida do cateto oposto e a hipotenusa; • cosseno: o cosseno de um ângulo é a razão entre a medida do cateto adjacente ao ângulo e a medida da hipotenusa, • tangente: a tangente de um ângulo é a razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacente ao ângulo. Lembrete Em um triângulo retângulo, a soma dos ângulos referentes aos catetos é sempre 90º. Usando essas relações, vamos calcular o valor de x na figura a seguir, sabendo que seno 36º = 0,58, cos 36º = 0,80 e tg 36º = 0,72. x 20 cm C B 36º b A cos ” , 36 20 20 0 80 25= → = = x x cm Figura 81 cos ” , 36 20 20 0 80 25= → = = x x cm 151 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Para estudar os conceitos que seguem, convém conhecer o seno, o cosseno e a tangente de alguns ângulos importantes. Escolheremos aqui os ângulos de 30º, 45º e 60º, que são chamados de ângulos notáveis. Na tabela a seguir, mostramos esses valores: Tabela 9 Ângulo 0º 30º 45º 60º 90º Seno 0 1 2 2 2 3 2 1 Cosseno 1 3 2 2 2 1 2 0 Tangente 0 3 3 1 3 Como esses valores são obtidos? Vamos mostrar como alguns deles foram gerados. Para o ângulo de 45º, por exemplo, partiremos do fato de que a medida da diagonal de um quadrado de lado a é a√2; cada ângulo interno do quadrado é dividido em dois de 45º por uma diagonal. Na figura a seguir, mostramos como os valores de seno, cosseno e tangente de 45º foram calculados: x x d C B 45º A Figura 82 – Triângulo retângulo de lados x e hipotenusa d Como d = a√2, temos: s n ”e a a 45 2 1 2 2 2 = = = 152 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV cos ” t ” s n ” cos ” 45 2 1 2 2 2 45 45 45 2 2 2 2 1 = = = = = = a a g e Para o ângulo de 60º, vale lembrar que a medida de cada altura de um triângulo equilátero (ou seja, aquele que tem todos os lados iguais) de lado a é a 3 2 . A altura desse triângulo divide‑o em duas metades. Como cada ângulo interno do triângulo equilátero vale 60º, e sabendo que x a ey a = = 3 2 2 , temos, conforme a figura a seguir: 60º 30º y x Figura 83 – Triângulo equilátero de altura x s n ” cos ” t ” s n ” cos ” e a a a a g e 60 2 1 2 60 3 2 3 2 60 60 60 1 2 3 2 3 3 = = = = = = = 7.6 Teorema de Pitágoras e outras relações métricas Em um triângulo retângulo (com um ângulo de 90º), a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa, ou seja: 153 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO a2 + b2 = h2 Onde a e b são os catetos e h é a hipotenusa. Outras relações métricas no triângulo retângulo Além do Teorema de Pitágoras, existem outras relações métricas dentro do triângulo retângulo. Sejam: • BC: hipotenusa de medida a • AC: cateto de medida b • AB: cateto de medida c • AH: altura relativa à hipotenusa de medida b • BH: projeção ortogonal de AB sobre a hipotenusa de medida n • BC: projeção ortogonal de AC sobre a hipotenusa de medida m H b B c C A n a m Figura 84 – Triângulo retângulo ABC de lados c e b e altura h A partir da figura anterior, podemos observar que: • Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado da medida de um cateto é igual ao produto da medida da hipotenusa pela medida da projeção do cateto considerado sobre a hipotenusa. b2 = a . m c2 = a . n 154 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV • Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado da medida da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto das medidas dos segmentos que ela determina sobre a hipotenusa. h2 = m . n • Em qualquer triângulo retângulo, o produto das medidas dos catetos é igual ao produto da medida da hipotenusa pela medida da altura relativa à hipotenusa. b . c = a . h Exemplo: dado o triângulo retângulo, calcule as medidas de a, b, c e h. H b B c C A 1,8cm a 3,2cm Figura 85 Solução: a cm b a m b b b cm = + = = = = = 18 3 2 5 0 5 3 2 16 4 2 2 2 , , , . . , c a n c c c cm 2 2 2 5 18 9 3 = = = = . . , 155 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO h m n h h h cm 2 2 2 3 2 18 5 76 2 4 = = = = . , . , , , Vamos colocar tudo isso em prática resolvendo mais alguns exercícios: 1) Determine a hipotenusa do triângulo retângulo a seguir: h 12 9 Figura 86 Solução: a b h h h h h 2 2 2 2 2 2 2 2 12 9 144 81 225 15 + = + = + = = = ( ) ( ) 2) Calcule o valor de x. x+1 x x‑1 Figura 87 156 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Solução: Os catetos são x‑1 e x, e a hipotenusa, x+1. Portanto: x x x x x x x x x x x x x −( ) + = +( ) − + + = + + − − = − = 1 1 2 1 2 1 2 2 0 4 0 2 2 2 2 2 2 2 2 Resolvendo a equação do 2º grau, temos: f x x x b ac x b a x ( ) = − = = − = − ⋅ ⋅ = = − ± = ± = ± → = 2 2 2 1 4 0 4 4 4 1 0 16 2 4 16 2 4 4 2 0 ∆ ∆ eex2 4= Os valores de x, portanto, são 0 e 1, mas, como o lado de um triângulo não pode ser zero, a única solução possível para x é 4. Assim, os lados do triângulo valem 4 e 3. Esses números são obtidos atribuindo‑se o valor x = 4 aos lados do triângulo. 3) Calcule o valor da expressão: E sen g = +( ) ( ) + ( ) cos ” cos ” ” t ” 60 30 30 45 2 3 2 Solução: E E E = + + ( ) ∴ = + + ( ) ∴ = = 1 2 3 2 1 2 1 1 2 3 4 1 8 1 5 4 9 8 10 9 2 3 2 2 157 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Saiba mais As aplicações do Teorema de Pitágoras são inúmeras. Para saber mais sobre esse assunto, consulte o livro Descobrindo o Teorema de Pitágoras, de Imenes e Lellis (Scipione, 1997). 7.7 Extensões dos conceitos de seno e cosseno Considere a circunferência trigonométrica e seu arco AM de medida Ø, sabendo que esse ângulo varia de 0º a 90º. 2º quadrante 3º quadrante 1º quadrante r ∅ 0 4º quadrante Sentido anti‑horário Figura 88 – Circunferência trigonométrica dividida em quadrantes e seu arco AM Considerando o triângulo retângulo, temos: cos s n ∅ = = ∅ = = OP OP e MP MP 1 1 Observamos que podemos escrever o cosseno e o seno como a abscissae a ordenada do ponto M, respectivamente. Como o raio da circunferência é unitário, podemos escrever os pontos A, B, C e D como: 158 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV B(0,1) C(‑1,0) A(1,0) D(0,1) Figura 89 Assim, podemos construir a tabela relacionando os valores dos senos e dos cossenos e suas abscissas e ordenadas. Tabela 10 Ângulo 0º 90º 180º 270º Seno yA = 0 yB = 1 yC = 0 yD = ‑1 Cosseno xA = 1 xB = 0 xC = ‑1 xD = 0 7.8 Variação dos sinais do seno e do cosseno Como o seno de um arco está relacionada à ordenada y da extremidade do arco, podemos verificar, por meio da figura, como varia seu sinal. Na figura a seguir, mostramos que, como os valores da ordenada são positivos, no 1º e no 2º quadrante os valores do seno também são positivos. Já no 3º e no 4º quadrante, a ordenada y é negativa, portanto os valores do seno também são negativos. seno + - + - Figura 90 – Variação do sinal do seno em função de sua posição no quadrante da circunferência trigonométrica 159 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO No caso do cosseno que corresponde à abscissa x da extremidade do arco, os pontos das abscissas são os do 1º e do 4º quadrante, e os pontos de abscissas negativas são os do 2º e do 3º quadrante. Na figura, vemos a variação de sinal: cosseno + + - - Figura 91 – Variação do sinal do cosseno em função de sua posição na circunferência trigonométrica Agora, sabendo disso, como podemos calcular os valores do seno e do cosseno quando os ângulos estão, por exemplo, no 2º, 3º e 4º quadrantes? Se quisermos calcular, por exemplo, o valor do sen 120º, como deveremos proceder? Para responder a essa questão, vamos voltar ao conceito de simetria. No ciclo trigonométrico, são interessantes três tipos de simetria: em relação ao eixo vertical, ao eixo horizontal e em relação ao centro. Neste estudo, vamos considerar um arco de medida r radianos e que pertença ao 1º quadrante correspondendo ao número real r. Em relação ao eixo vertical, temos: Seja P a imagem do número real r. O ponto simétrico em relação ao eixo principal será chamado de P”, imagem do número real π ‑ r, uma vez que os ângulos centrais assinalados na figura a seguir são congruentes. r P’’ π r P (π ‑ r) 0 Figura 92 – Simetria de um ponto P em relação a um eixo vertical na circunferência trigonométrica 160 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Por exemplo, considere a figura: P’’ A π r P 0 3 4 pi pi 4 Figura 93 Os pontos P e P”, imagens dos números reais pi 4 e pi pi pi − = 4 3 4 , respectivamente, apresentam simetria em relação ao eixo vertical. O mesmo ocorre com os pontos A e A’’. Se a simetria ocorrer no eixo horizontal, poderemos afirmar que o número real que possui imagem simétrica à imagem de r é 2π ‑ a. P’’ (2π‑r) P ( r) 0 Figura 94 – Simetria em relação a um eixo horizontal de um ponto P na circunferência trigonométrica Para exemplificar essa simetria, vamos analisar a figura: 161 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO P’’ P 0 60º 60º Π 3 5 3 Π Figura 95 Quando a simetria for em relação ao centro do eixo, ou seja, quando dois pontos são extremidades opostas de um diâmetro P e P”, a diferença entre os números correspondentes valerá π. P (r) 0 P’’ (r+π) Figura 96 – Simetria de um ponto P em relação ao centro do eixo O Os pontos correspondentes aos números reais pi 6 e 7 6 pi são simétricos em relação ao centro O. 162 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV P’’ P 0 30º pi 6 7 6 pi Figura 97 Agora, tendo em mente esses conceitos de simetria, vamos voltar à nossa tabela de ângulos notáveis com seus valores de seno e cosseno. Tabela 11 Ângulo 0º 30º 45º 60º 90º Seno 0 1 2 2 2 3 2 1 Cosseno 1 3 2 2 2 1 2 0 Por exemplo, vamos calcular sen 150º e cos 150º. O ângulo de 150º está no segundo quadrante; assim, já sabemos que o cosseno tem valor negativo, e o seno, positivo. Conforme podemos ver pela figura, os pontos P e M têm ordenadas iguais e abscissas opostas. 163 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO (150º) M P (180º ‑ 150º = 30º) cosseno seno A Figura 98 Assim, temos que: s n ” s n ” cos ” cos ” e e150 30 1 2 150 30 3 2 = = = − = − Vamos calcular o seno e o cosseno de 240º: Traçando por M a reta que passa pelo centro da circunferência, obtemos o ponto P correspondente de M no 1º quadrante, conforme a figura: (240º) M P (240º ‑ 180º = 360º) 0 30º cosseno seno Figura 99 164 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Os pontos M e P têm abscissas e ordenadas opostas. Assim: s n ” s n ” cos ” cos ” e e240 60 3 2 240 60 1 2 = − = − = − = − Determine o cosseno e o seno de 330º. Solução: O ângulo de 330º pertence ao IV quadrante, portanto, tem ordenadas opostas e abscissas iguais. M (330º) A P cosseno seno Figura 100 Assim: s n ” s n ” cos ” cos ” e e330 30 1 2 150 30 3 2 = − = = = 7.9 Relação Fundamental da Trigonometria Dado um arco trigonométrico de medida ∅, tem‑se: cos sin∅( ) + ∅( ) =2 2 1 165 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Essa é a chamada Relação Fundamental da Trigonometria, a partir da qual obtemos: cos s n s n cos ∅( ) = − ∅( ) ∅( ) = − ∅( ) 2 2 2 2 1 1 e e Dados s ne e∅ = < ∅ <3 5 2 pi pi , calcule o valor de cos ∅. cos s n s n cos cos co ∅( ) + ∅( ) = ∅( ) = − ∅( ) = − ∅( ) − 2 2 2 2 2 2 1 1 3 5 1 1 e e ss cos cos cos ∅( ) = ∅( ) = − ∅( ) = ∅ = ± 2 2 2 9 25 1 9 25 16 25 4 5 Como pi pi 2 < ∅ < , ∅ é um arco do 2º quadrante. Portanto, cos∅ = −4 5 . Sendo s n cose e∅ ∅ pi ∅ pi= < <2 2 3 2 , determine sen ∅ e cos ∅. Usando a relação fundamental: cos s n s n cos ∅( ) + ∅( ) = ∅ = ∅ 2 2 1 2 e e Substituindo a segunda equação na primeira, temos: cos cos∅( ) + ∅( ) =2 22 1 166 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Portanto, 5(cos ∅)2 = 1 cos cos ∅( ) = ∅ = ± 2 1 5 5 5 Mas, como ∅ pertence ao 3º quadrante, temos que: cos∅ = − 5 5 Substituindo cos∅ = − 5 5 na equação fundamental, resulta em: cos s n s n s n s n ∅( ) +∅( ) = + ∅( ) = ∅( ) = − ∅ = − 2 2 2 2 1 5 25 1 1 1 5 2 5 5 e e e e Outro exercício, agora envolvendo equação do segundo grau e a Relação Fundamental: Resolver a equação x2 ‑ 2x + (cos∅)2 = 1. Solução: x2 ‑ 2x + (cos∅)2 = 1 Vamos começar calculando o discriminante ∆. ∆ = − = − ∅( ) = − ∅( )b ac2 2 24 4 4 4 1cos ( cos ) Mas 1 ‑ (cos∅)2 = (sen∅)2 Logo, temos: 167 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO x e = ± ∅( )2 4 2 2s n Portanto, x e = ± ∅( )2 2 2 s n Assim, a solução é: S e e= + ∅ − ∅{ s n , s n }1 1 7.10 Lei dos Cossenos A Lei dos Cossenos é uma importante ferramenta matemática para o cálculo das medidas dos lados e dos ângulos de triângulos quaisquer. Para demonstrá‑la, vamos considerar o triângulo ABC na figura a seguir. ab c h Hm BA b δ a C Figura 101 – Triângulo retângulo ABC de lados a, b e c e altura h Sejam: CH a altura relativa ao lado AB. AH a projeção ortogonal do lado AC sobre o lado AB. BH a projeção ortogonal do lado BC sobre o lado AB. 168 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Aplicando o Teorema de Pitágoras nos triângulos retângulos HBC e HAC, temos: Triângulo HBC – h2 + (c ‑ m)2 = a2 (I) Triângulo HAC – h2 + m2 = b2 (II) Subtraindo (I) de (II), temos: c m m a b c cm m m a b a b c cm −( ) − = − ∴ − + − = − ∴ = + − 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 (III) Observando a relação no triângulo HAC, temos: cos cos∝= → = ∝ m b m b (IV) Substituindo (IV) em (III), obtém‑se: a b c cb2 2 2 2= + − ∝cos Assim, a Lei dos Cossenos pode ser enunciada como: Num triângulo qualquer, o quadrado da medida de um lado é igual à soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados menos duas vezes o produto das medidas desses lados pelo cosseno do ângulo formado por eles. Exemplo: 1) Vamos calcular o valor de x na figura: x 8 3 Figura 102 169 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Solução: Pela Lei dos Cossenos, temos: x x x Logo x 2 2 2 2 2 3 8 2 3 8 60 9 64 48 1 2 49 7 = + − ∴ = + − ∴ = = . . cos ” . , . 2) Calcule x na figura. x 4 2 120o Figura 103 Solução: Pela Lei dos Cossenos, temos: x x x x 2 2 2 2 2 2 2 4 2 2 4 120 4 16 16 1 2 28 2 7 = + − ∴ = + − − = = . . cos ” O cos 120º foi calculado considerando‑se o fato de os ângulos de 120º e 60º serem suplementares, ou seja, acrescentando 60º a 120º, obtemos o valor de 180º. O sinal negativo do cos 120º vem do fato de esse ângulo estar no 2º quadrante. 170 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV 3) Determine o valor de cos ∝. 6 4 2 a Figura 104 Solução: 6 2 4 2 2 4 36 4 16 16 16 16 16 16 1 2 2 2 = + − ∴ = + − = − ∝= − = − . . cos cos cos cos α α α 7.11 Lei dos Senos Um triângulo ABC qualquer está representado na figura a seguir e inscrito numa circunferência de centro O e raio R. D C bc O δ a b B A a Figura 105 – Triângulo ABC inscrito na circunferência de raio R Pela figura, vemos que AB = c, AC = b e BC = a são as medidas dos lados do triângulo ABC. Então, temos: 171 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO a e A b e B c e C R s n s n s n = = = 2 Para demonstrar, vamos considerar BD o centro da circunferência e que o ângulo DÂB seja reto, uma vez que está inscrito numa semicircunferência. Portanto, temos: s ne D c R = 2 Os ângulos B e C estão inscritos na mesma circunferência e, portanto, são congruentes, o que implica que possuem o mesmo arco; logo, podemos afirmar que: s n s n s n e C e D c R R c e C = = → = 2 2 Se traçarmos um diâmetro AD, teremos, da mesma maneira: 2R b e B = s n Portanto, chegaremos a: a e A b e B c e C R s n s n s n = = = 2 Vamos resolver alguns exercícios: 1) Determine o valor de x na figura, sabendo que a = 5√2. C c x a BA 45º 30º Figura 106 172 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Solução: Pela Lei dos Senos, temos: x e e x x s n ” s n ”30 5 2 45 1 2 5 2 2 2 5= → = → = 2) Calcule a medida do raio da circunferência circunscrita ao triângulo ABC da figura: C B 60º A 8 Figura 107 Solução: Sendo R o raio da circunferência, temos: 8 60 2 2 8 3 2 16 3 3s ne R R R ° = → = → = 3) No triângulo ABC, os lados AC e BC medem 8 cm e 6 cm, respectivamente, e o ângulo A vale 30º. Quanto vale o seno do ângulo B? 8 cm 6 cm BA C 30º Figura 108 173 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Solução: Aplicando a Lei dos Senos, temos: 8 6 30 8 30 6 8 30 6 4 6 s n s n ” . s n ” . s n s n . s n ” s n e B e e e B e B e e B = = = = 4) Calcule x. 75º 45º 60º x 5 Figura 109 Solução: x e e x x s n ” s n ”45 5 60 2 2 5 3 2 5 2 3 5 6 3 = = = = 5) Qual é a área de um triângulo ABC em que c = 2 cm, b = 3 cm e  = 60º? Solução: Representando geometricamente: 174 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV 2 cm 3 cm CA B 60º Figura 110 A área de um triângulo é dada por: A e A = = 2 3 60 2 3 3 2 . s n ” 8 NÚMEROS COMPLEXOS Quando esse assunto aparece, os alunos se assustam com o nome e pensam que deve ser muito difícil, muito complexo mesmo, conforme o próprio nome diz. Quando falamos que esses números apresentam partes imaginárias, então confunde mesmo a cabeça de quem está aprendendo, ou seja, o estudante faz a seguinte pergunta: se vivo em um mundo real, por que tenho de estudar números imaginários? O que você pode não saber é que os números complexos são utilizados em muitos campos da ciência, e sua origem começa na Europa, nos tempos do Renascimento, época de muitas descobertas e muito conhecimento. Os números complexos e seu estudo desenvolveram‑se pela necessidade da solução da equação do segundo grau x2 + 1. Até o século XVI, não havia solução para essa equação, que apresenta raiz negativa. Conforme os anos foram passando, foi verificado que as equações do terceiro grau também não apresentavam soluções reais, então houve a necessidade de sanar esse problema usando números complexos. Na época do Renascimento, na Europa, matemáticos e cientistas disputavam entre si quem fazia mais descobertas, quem desenvolviamais teorias, era um querendo ser melhor que o outro e se destacar, daí a razão de haver tantos estudos envolvendo um assunto. O primeiro matemático a se aventurar no estudo das soluções da equação que apresentam raízes negativas foi o italiano Tartaglia (1500‑1557), que descobriu uma solução geral para a equação do tipo x3 + px = q, na qual p e q são números reais. Infelizmente, não publicou seus estudos. No entanto, 175 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO ele tinha um amigo chamado Cardano (1501‑1576), que dividia com ele suas descobertas e quebrou o juramento feito a ele. Em sua obra, Ars Magna, publicou a fórmula de Tartaglia, o que gerou o impasse da raiz quadrada de um número negativo. Bombelli (1526‑1573) observou os trabalhos dos dois matemáticos. Não se dando por vencido, continuou os estudos em busca de uma solução e considerou a raiz quadrada de ‑1 como número imaginário, desenvolvendo regras para sua utilização. Tendo as regras estabelecidas, Euller (1707‑1783) usou pela primeira vez o símbolo i para representar a raiz quadrada de ‑1. Por fim, Gauss (1777‑1855) fez um estudo mais profundo desses números e, com isso, introduziu a representação geométrica dos números complexos. Em 1832, utilizou a expressão números complexos que conhecemos hoje. Os números complexos apresentam inúmeras aplicações no mundo moderno, como em Física, Matemática, Engenharia Elétrica, Computação Gráfica, entre outras ciências. Vale destacar aqui sua utilização em: • Engenharia de Controle: existe um sistema de controle da quantidade de água e da taxa de saída em reservatórios que é feito de um modelo matemático que possibilita que se abram e fechem as válvulas por meio de um sistema elétrico regido por um modelo matemático envolvendo números complexos. Esse modelo pode ser aplicado também para controlar temperaturas de fornos, tanques etc. • Física: o estudo dos buracos negros, regiões do espaço que possuem uma quantidade de massa tão grande que nada consegue escapar, nem mesmo a luz, desenvolvido brilhantemente pelo físico da universidade de Cambridge, Stephen Hawking, utiliza números complexos para definir o tempo imaginário, que é um dos aspectos centrais de sua teoria. • Engenharia Elétrica: análise de circuitos de corrente alternada utilizados em instalações elétricas residenciais. • Geometria Fractal: um fractal é uma forma cujas partes se assemelham a seu todo sob alguns aspectos, na qual é permitido desenhar ou modelar qualquer coisa ou fenômeno da natureza na tela de um computador (Computação Gráfica). • Aerodinâmica: os números complexos são utilizados na elaboração de um modelo matemático que permite calcular a força de levantamento que torna possível a sustentação do voo de um avião (SMOLE, DINIZ, 2010). 176 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV 8.1 Formulação matemática dos números complexos Quando começamos este livro‑texto, estudando os conjuntos, dissemos que o conjunto mais básico que tínhamos era dos números naturais. No entanto, como a matemática é uma ciência que evolui, novos conceitos são introduzidos para que problemas sejam solucionados. Assim, para resolver o problema da subtração entre números, foi criado o conjunto dos números inteiros, que possui números negativos e positivos. No entanto, foi observado que a divisão tinha de ser possível também, então um novo conjunto foi criado: o conjunto dos números racionais. Entretanto, dentro desse conjunto, equações do tipo x2 ‑ 2 = 0 não podem ser resolvidas, já que as soluções x = √2 e x = ‑√2 não satisfazem as propriedades do conjunto dos números racionais, ou seja, não podem ser representadas por uma fração. Para resolver essa questão, foi criado o conjunto dos números irracionais. A partir da união entre os conjuntos dos números irracionais e racionais, surgiu o conjunto dos números reais. Porém, se tivermos a condição x2 ≥ 0 e a equação x2 + 1 = 0, não existirá solução dentro do conjunto dos números reais, pois não existem raízes negativas. Assim, o conjunto dos números reais foi estendido para um conjunto maior, chamado números complexos. O conjunto dos números complexos é formado por elementos que possuem as propriedades de soma, multiplicação e divisão, e também para que a raiz quadrada de um número negativo seja calculada. Para que a radiciação seja sempre possível, foi definido o número i, não real, denominado número imaginário, que satisfaz a seguinte condição: i2 = ‑1 Os números complexos podem ser definidos como um par ordenado de números reais ou escritos numa notação algébrica. 8.2 Forma algébrica dos números complexos Todo número complexo pode ser escrito na forma z = a + ib, onde a e b são números reais e i é número imaginário. A expressão z = a + ib é chamada forma algébrica do número complexo. O número a é chamado parte real, e o número b, parte imaginária do número complexo. Se a parte real for igual a zero, diremos que o número complexo é imaginário puro. Se a parte complexa for nula, diremos que o número complexo é real. Se ambas as partes forem diferentes de zero, diremos que é um número imaginário. 177 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Exemplificando: a) 2 ‑ 2i, a = 2 b= ‑2 é um número imaginário, pois tanto a parte real quanto a imaginária são diferentes de zero. b) ‑2i, a = 0 b = ‑2 é um número imaginário puro, pois a parte real é igual a zero. c) 2, a = 2 b = 0 é um número real, pois a parte imaginária é nula. Assim, denota‑se por C o conjunto dos números complexos definido por: C a ib a b R= +{ } { }{ }| , Exemplos: 1) Determine o valor de x, x∈ R, de maneira que o número complexo seja real: 3 162+ −( )x i Solução: Para que o número complexo seja real, a parte imaginária deve ser 0, ou seja: (x2 ‑ 16) = 0 Resolvendo essa equação, temos x1 = 4 e x2 = ‑4. Portanto, para que o número complexo seja real, x assume os valores 4 e ‑4. 2) Determine x, x∈ R, tal que o complexo (x2 ‑ 16) + (‑x ‑ 4) i seja imaginário puro. Solução: Para que o número complexo seja um imaginário puro, devemos ter: x2 ‑ 16 = 0 e ‑x ‑4 ≠ 0 Resolvendo x2 ‑ 16 = 0, obtemos duas soluções: x1 = 4 e x2 = ‑4. Como x ≠ 4, a única solução possível é ‑4. Portanto, para que o número complexo seja imaginário puro, x é igual a ‑4. 8.2.1 Igualdade entre dois números complexos Dados os números complexos z1 = a + bi e z2 = c + di, diremos que eles são iguais se, e somente se, a = c e b = d. 178 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Por exemplo, calcule x e y de maneira que: x ‑ 2y ‑ 2i = 10 + (4x ‑ y) i Igualando a parte real e a imaginária, temos: x y x y − = − = − 2 10 4 2 Vamos resolver esse sistema pelo método da substituição. Para tanto, vamos isolar y na segunda equação e substituir na primeira: 4 2 2 4 2 10 8 4 10 2 6 x y x x x x x y + = − +( ) = − − = = − ∴ = − Logo, os números reais são ‑2 e ‑6. 8.2.2 Conjugado e propriedades de um número complexo O conjugado de um número complexo z = a + bi, com a e b números reais, é o número z (lê‑se conjugado de z), tal que: z = a ‑ bi Assim: • O conjugado de z = 3 + 2i é z = 3 ‑ 2i. • O conjugado de z = 2i é z = ‑2i. • O conjugado de z = 3é z = 3. Adicionar dois números complexos significa somar as componentes reais dos números complexos e as partes imaginárias separadamente. Sendo z1 = a + bi z2 = c + di, então Z1 + Z2 é igual a: z1 + z2 = (a + c) + (b + d)i 179 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Somar z1 = 1 + 2i e z2 = 3 ‑ 4i z1 + z2 = 4 ‑ 2i Efetue a soma: z iez i z z i 1 2 1 2 1 2 2 3 3 = + = + + = + Propriedades da adição • Associativa: z z z z z z z z z R1 2 3 1 2 3 1 2 3+( ) + = + +( )∀ ∈, , • Comutativa: z z z z z z z R1 2 2 1 1 2 3+( ) = +( )∀ ∈, , • Elemento neutro: existe um número x, x ∈ C, tal que z e e z z z C1 1 1 1+( ) = +( ) = ∀ ∈ • Elemento oposto: para cada número complexo, existe um número w, tal que (z1 + w) = (w + z1 ) = 0 . Os números z1 = a + bi e z1 = ‑a ‑bi são chamados elementos opostos. Exemplo: z1 = 2 + i e z1 = ‑2 ‑ i são opostos. Subtração de números complexos A diferença de dois números complexos z1 e z2 é dada por: z z a c b d i Subtrair z i e z i z z i 1 2 1 2 1 2 1 2 3 4 2 2 − = −( ) + −( ) = − = − − = − + Multiplicação de dois números complexos A multiplicação de dois números complexos z1 e z2 é dada por: z z ac bd cd bc i1 2. = −( ) + +( ) Por exemplo, efetuar o produto entre z1 = 1 ‑ 2i e z2 = 3 ‑ 4i z z i1 2 5 10. = − − As propriedades da multiplicação são as mesmas da adição, ou seja, associação, comutação e elemento neutro; no caso deste último, que difere da adição, o elemento neutro é 1. 180 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Divisão de dois números complexos A divisão de um número complexo z por um complexo não nulo w é o complexo k, ou seja: kw = z Vamos efetuar a divisão entre z1 = 2 e z2 = 3 + 5i 2 3 5 2 3 5 3 5 3 5 6 10 9 25 6 10 34 3 5 17+ = − +( ) −( ) = − + = − = − i i i i i i i Devemos multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do denominador. Outro exemplo: 2 1 2 1 1 1 2 2 1 2 1 3 2 + − = +( ) +( ) = −( ) +( ) + + − = +i i i i i i i i i Saiba mais Você conhece a Computação Quântica? Saiba que ela é uma nova e revolucionária ciência que utiliza números complexos em sua teoria. Quer saber mais? Consulte o livro Computational Complexity, de Papadimitriou, C., que descreve essa nova ferramenta. Vejamos alguns exemplos. 1) Dados os números complexos z1 = 1 + 3i e z2 = ‑2 + i, calcule: a) z1 + z2 b) (z1)2 c) z1 . z2 d) z1 + (z2) 2 181 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Solução: a) z1 + z2 = 1 + 3i + ‑2 + i = ‑1 + 4i b) (z1) 2 = (1 + 3i) (1 + 3i) = 1 ‑6i ‑ 9 = ‑8 ‑6i c) z1 . z2 = (1 + 3i) (‑2 + i) = ‑2 + i ‑ 6i ‑ 3 = ‑5 ‑ 5i d) z1 + (z2) 2 == 1 + 3i + (‑2 +i)2 = 1 + 3i + 4 ‑ 4i ‑ 1 = 4 ‑ i 2) Dado z = 1 + 2i, calcule o inverso multiplicativo de z. Solução: Calcular o inverso multiplicativo significa calcular z‑1, ou seja: 1 1 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 4 1 2 5z i i i i i i = + = − +( ) − = − + = − ( ) Logo, 1 1 5 2 5z i = − 3) Efetue as divisões: a) ( ) ( ) 1 1 1 1 1 + = +( ) − − = − = − i i i i i i i i b) ( ) ( ) 1 3 2 13 2 3 2 3 2 3 2 13+ = − −( ) + = − i i i i i c) ( ) 1 1 1 1 1 1 1 2+ = −( ) +( ) − = − i i i i i 4) Seja z = (3 ‑ x) + (x ‑ 2)i, determine os valores de x para que: a) a parte real de z seja igual a 2; b) a parte imaginária de z seja igual a ‑4. 182 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Solução: a) Para que a parte real seja igual a 2, devemos obter os valores de x, tais que: (3 ‑ x) = 2 → x = 1 b) Para que a parte imaginária seja igual a ‑4, devemos obter os valores de x, tais que: (x ‑ 2) =‑4 → x = ‑2 5) Determine x ∈ R, tal que z i xi = + − 1 2 1 seja imaginário puro. Solução: Vamos escrever z na forma algébrica; para tanto: z i xi xi xi xi i xi x z x x i = + − + + = + + + + = −( ) + +( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 1 2 1 1 1 1 2 2 1 1 2 2 2 2 11 1 2 1 2 1 2 2 2 + = − + + + + x z x x i x x ( ) Para que seja imaginário puro, a parte real deve se anular. Portanto: 1 2 1 0 1 22 − + = → = x x x Assim, o valor de x que torna o número complexo z imaginário puro é 3. 8.2.3 Representação geométrica e forma cartesiana dos números complexos Os números complexos podem ser representados de várias formas. Vimos a forma algébrica, em que os complexos podem ser representados por z = a + ib. Outra maneira de representá‑los é por meio de um par ordenado (x, y) de números reais. Assim, z = a + ib pode ser representado por z = (a, b). No início do século XIX, Gauss observou que cada ponto de uma reta corresponde a um número real, e cada ponto do plano pode ser associado a um número complexo. No eixo das abscissas, representamos a parte real de z, e, no eixo das ordenadas, a parte imaginária de z. 183 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO y b a P (a, b) x Figura 111 – Número complexo com parte real a e parte imaginária b representados pelo ponto P num plano cartesiano O plano XOY é chamado Plano de Argand‑Gauss. Dados os complexos, localize no plano complexo os pontos correspondentes: a) z = 4 + 2i y 4 2 P (4, 2) x Figura 112 b) ) z = ‑3i y ‑ 3 x Figura 113 184 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV c) z = 4 y 4 x Figura 114 d) z = 2 ‑ 2i ‑2 y 2 P (2, ‑2) x Figura 115 e) z = ‑2 + 2i ‑ 2 2 x y P (‑2, 2) Figura 116 185 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Exemplo: 1) Localize os pontos do plano correspondentes aos números complexos: a) a = 3 b) a ≥ 0 e b ≤ 0 c) a < 0 e b = 0 Solução: a) Para a = 3, temos: 0 1 y 2 3 x Figura 117 b) a ≥ 0 e b ≤ 0 y x Figura 118 186 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV c) a < 0 e b = 0 x y Figura 119 8.2.4 Módulo de um número complexo Dado um número complexo z = a + ib, a distância do ponto (a, b) ao ponto (0, 0) do plano de Argand‑Gauss é chamada módulo. y (a, b) b (0, 0) a x ρ Figura 120 – Representação do módulo de um número complexo no Plano de Argand‑Gauss O módulo de um número complexo é dado por: ρ = = +z a b2 2 187 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as Man sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO 1) Vamos calcular o módulo dos seguintes números complexos: a z i z b z i z ) ) = − + = = −( ) + ( ) = + = = = = = ( ) = = 5 12 5 12 25 144 169 13 4 4 16 2 2 2 ρ ρ 44 1 2 1 2 1 4 5 3 2 3 2 3 2 2 2 2 2 c z i z d z i z ) ) = − − = = −( ) + −( ) = + = = + = = ( ) + ( ) = + = ρ ρ 55 2) Determine a distância do ponto A (1, 2) ao ponto B (5, ‑1). Solução: Podemos escrever esses pontos na forma complexa como: z i w i z w i D A B z w i = + = − − = − + ( ) = − = − + = + = 1 2 5 4 3 4 3 16 9 5, 8.2.5 Argumento de um número complexo Denomina‑se argumento de um número complexo z não nulo a medida do ângulo formado por OP com o semieixo real OX, medido no sentido anti‑horário, conforme mostra a figura a seguir: 188 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV y (a, b) b P ∅ (0, 0) a x ρ Figura 121 – Argumento do número complexo z no plano de Argand‑Gauss Lembrete Todo número complexo não nulo apresenta uma infinidade de argumentos, e quaisquer deles diferem de 2π. Chamamos de argumento principal o argumento pertencente ao intervalo [0,2π] sendo representado por ∅ =arg (z). Observação Devemos observar que cos s n∅ = ∅ = a P e e b P . Vejamos alguns exemplos. 1) Determinar o módulo, o argumento e fazer a representação geométrica do complexo z = √3 + i Primeiro, vamos determinar as partes real e imaginária: Parte real: a = √3. Parte imaginária: b = 1. 189 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Calculando o módulo, temos: ρ = = ( ) + ( ) = =z 3 1 4 22 2 Vamos calcular os senos e os cossenos de ∅: cos sin ∅ = = = ∅ = = a P b P 3 2 3 2 1 2 Assim, encontrados os valores dos senos e dos cossenos, resta‑nos encontrar qual é o ângulo associado a eles: ∅ = ∅ =pi 6 30ou º A representação geométrica é: y 1 0 x 30º ρ √3 Figura 122 2) Vamos calcular o número complexo z, de modo que |z| = 2 e |z ‑ i| = 1. Primeiramente, escrevemos o número complexo como z = a + ib. Sabemos que: a ib a b a ib i a ib i a i b a b + = + = + − = + − = + − = + − = 2 2 2 2 2 1 1 1( ) ( ) 190 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Temos duas equações: a b a b 2 2 2 2 2 1 1 + = + − =( ) Elevando‑se ao quadrado ambas as equações, temos: a b a b 2 2 2 2 4 1 1 + = + − =( ) Reescrevendo as equações, temos: a b a b b 2 2 2 2 4 2 1 1 + = + − + = Calculando a diferença entre as equações, temos: 2 1 3 2 0 b b a − = → = ∴ = Lembrando que z = a + ib → z = 2i. 8.2.6 Forma trigonométrica dos números complexos Vimos que um número complexo z = a + ib pode ser representado por um ponto no plano de coordenadas (a, b). Quando o número complexo é representado dessa forma, dizemos que está em sua forma cartesiana. Esse mesmo ponto pode ser representado também por suas coordenadas polares, que são: • o módulo do vetor indicado por |z| ou P, que representa a distância do ponto p à origem do plano; • o ângulo ∅, em que 0 ≤ ∅ ≤ 2π que o vetor oz forma com o eixo x, ou seja, o argumento de z. y b 0 x ∅ ρ = |z| Z = a + ib ou P (a,b) a Figura 123 191 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Quando estudamos Trigonometria, vimos que: cos s n∅ = ∅ =a z e e b z Isso nos leva a: cos cos s n s n ∅ = → = ∅ ∅ = → = ∅ a z a z e b z b z e Se z = a + ib, temos: z z i z e= ∅ + ∅cos s n , que é a forma trigonométrica ou a forma polar de z. Como exemplo, vamos resolver alguns exercícios: 1) z = 1 + i a = 1 e b = 1 Então: z i a z e = + = + = ∅ = = → ∅ = ∴ = ∅ = = → ∅ = 1 1 1 2 1 2 2 2 45 45 1 2 2 2 45 2 2 cos ” cos ” s n ”” s n ”∴ =b z e 45 192 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV 0 |z| Z = 1 + i ∅ = 45º 1 y 1 x Figura 124 Assim, a forma trigonométrica de z é dada por: z z i z e z i e = ∅ + ∅ = + cos s n cos ” s n ”2 45 2 45 Em radianos: z i e z i e = + = + 2 45 45 2 4 4 (cos ” s n ”) (cos s n ) pi pi 2) z = 1 + √3 i a = 1 e b = √3 Então: z i a z e = + = + ( ) = ∅ = → ∅ = ∴ = ∅ = → ∅ = ∴ 1 1 3 2 1 2 60 60 3 2 60 2 2 cos º cos º s n º bb z e= s n º60 193 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO 0 |z| Z = 1 + √3i ∅ = 60º √3 y 1 x Figura 125 Assim, a forma trigonométrica de z é dada por: z z i z e z i e = ∅ + ∅ = + cos s n cos ” s n ”2 60 2 60 Em radianos: z i e z i e = + = + 2 60 60 2 3 3 (cos ” s n ”) (cos s n ) pi pi Vamos fazer o contrário: agora, vamos escrever na forma algébrica os seguintes números complexos: a) z i e= + 2 4 4cos s n pi pi b) z i e= + 3 2 2cos s n pi pi c) z i e= + 8 7 4 7 4cos s n pi pi 194 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Solução: a z i e z i e i z ) cos s n cos s n co = + = + = + = 2 4 4 2 4 4 2 2 2 2 2 2 2 pi pi pi pi ss s n pi pi 4 4 2 2+ = +i e i b z i e z i e z i e ) cos s n cos s n cos s n = + = + = + 3 2 2 3 2 2 3 2 pi pi pi pi pi pi 22 3 0 3 = +( ) = z i z i c z i e z i e ) cos s n cos s n = + = + 8 7 4 7 4 8 7 4 7 4 pi pi pi pi 8.2.7 Multiplicação, divisão e potenciação de dois números complexos na forma trigonométrica Dados os números completos z1 e z2, escritos na forma trigonométrica: z z i z e z z i z e 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 = ∅ + ∅ = ∅ + ∅ cos s n cos s n O produto é: z z z z i e1 2 1 2 1 2 1 2= ∅ + ∅ + ∅ + ∅[ ]cos( ) s n( Sejam z1 e z2 os números complexos: z1 = 3cos 30º + 3i sen 30º e z2 = 5cos 45º + 5i sen 45º, que número complexo representa o produto de z1 por z2? 195 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO O produto é dado por: z z z z i e z z i e 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 3 5 35 45 = ∅ + ∅ + ∅ + ∅[ ] = + + cos( ) s n( . cos( ” ”) s n(335 45º º+[ ] Logo, o produto pedido será: z z i e1 2 3 5 75 75= +[ ]. cos( ”) s n( ”) Sejam os complexos z1 = 4cos 60º + 4i sen 60ºe z2 = cos 90º + i sen 90º, qual a forma algébrica do complexo formado pelo produto de z1 por z2? O produto é: z z i e z z i e 1 2 1 2 4 60 90 60 90 4 150 150 = + + +[ ] = + cos( ” ”) s n( ” ” cos( ”) s n( ”))[ ] Como 30º = (180º ‑ 150º), temos que sen (150º) = sen (30º) e cos (150º) = ‑cos (30º), pois 150º está no terceiro quadrante. Substituindo, temos: z z i z z i 1 2 1 2 4 3 2 1 2 2 3 = − + = − + Divisão de dois números complexos na fórmula trigonométrica Dados os números completos z1 e z2, escritos na forma trigonométrica: z z i z e z z i z e 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 = ∅ + ∅ = ∅ + ∅ cos s n cos s n A divisão é: z z z z i e1 2 1 2 1 2 1 2: : cos( ) s n(= ∅ − ∅ + ∅ − ∅[ ] Dados os complexos z1 = 10 cos 90º + 10i sen 90º e z2 = 2 cos 30º + 2i sen 30º, qual a forma algébrica do complexo formado pela divisão de z1 por z2? 196 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV O quociente será: z z z z i e z z i e 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 5 90 30 : : cos( ) s n( : cos( ” ”) s n = ∅ − ∅ + ∅ − ∅[ ] = − + (( ” ”90 30−[ ] Potenciação de números complexos Dado o número complexo: z z i z e1 1 1 1 1= ∅ + ∅cos s n Temos que: z z z i e z z z i e 1 2 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 12 2 ( ) = ∅ + ∅ + ∅ + ∅[ ] ( ) = ∅ + cos( ) s n( cos( ) s n( ∅∅[ ] ( ) = ( ) ∅ + ∅[ ] 1 1 2 1 2 1 12 2 ) cos( ) s n( )z z i e z z z z i e z z z z 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 3 ( ) = ∅ + ∅ + ∅ + ∅ + ∅ + ∅[ ] ( ) = cos( ) s n( cos( ∅∅ + ∅[ ] ( ) = ( ) ∅ + ∅[ ] ( ) = ( ) 1 1 1 3 1 3 1 1 1 4 1 4 3 3 3 ) s n( ) cos( ) s n( ) i e z z i e z z ccos( ) s n( ) cos( ) s n( ) 4 4 5 5 1 1 1 5 1 5 1 1 ∅ + ∅[ ] ( ) = ( ) ∅ + ∅[ ] i e z z i e Observamos que cada resultado apresenta o módulo elevado ao expoente de z1 e o argumento multiplicado por esse expoente. Tais resultados podem ser generalizados pelo teorema fundamentado pelo francês Abraham de Moivre (1667‑1754), que diz: Se z1 = |z1 |cos ∅1 + i|z1 | sen ∅1, então a forma trigonométrica do número complexo z1 e sua potência n é: z z n i e n n n 1 1 1 1( ) = ( ) ∅ + ∅[ ]cos( ) s n( ) 197 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Sendo z1 = 2cos 30º + i2 sen 30º, calcule (z1) 10. Solução: z i e z i 1 10 10 1 10 2 300 300 1024 1 2 3 2 ( ) = ( ) +[ ] ∴ ( ) = − cos( ”) s n( ”) Calcule o módulo do número complexo (1 + 3i)4. Solução: O desenvolvimento binomial da potência é possível, mas escrever o complexo na forma trigonométrica facilita os cálculos. Assim: z i z z i = +( ) → = ( ) + ( ) = = +( ) = ( ) = 1 3 1 3 10 1 3 10 100 2 2 4 4 4 Dado o número complexo z i e= +cos s n pi pi 6 6 , qual o valor de z12? Solução: Usando a fórmula de Moivre, temos: z z n i e n z n n 1 1 1 1 1 12 121 12 6 ( ) = ( ) ∅ + ∅[ ] ( ) = ( ) + cos( ) s n( ) cos . pi ii e z i e s n( . ) cos . s n( . ) 12 6 1 12 6 12 61 12 12 pi pi pi ( ) = ( ) + ( ) = ( ) + z i e1 12 1 2 2cos s n( )pi pi Se um número complexo tem módulo igual a √2 e argumento igual a pi 4 , calcule as partes real e imaginária do número complexo (z1) 7. Solução: A forma trigonométrica do complexo é dada por: 198 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV z i e1 2 4 4 = + cos s n( ) pi pi Logo: z i e z 1 7 7 1 7 2 7 4 7 4 8 2 7 4 ( ) = ( ) + ( ) = cos s n( ) cos pi pi pi + ( ) = − = − i e z i i s n( ) 7 4 8 2 2 2 2 2 8 81 7 pi A parte real, portanto, é 8, e a imaginária, ‑8. Calcule o valor de (1 + i)10 + (1 ‑ i)10. Solução: Escrevendo cada um dos complexos em sua forma trigonométrica, temos: 1 2 4 4 1 2 1010 10 + = + → +( ) = ( ) i i e i cos s n( ) cos pi pi pi 44 10 4 32 5 2 5 2 32 + = + =i e i es n( ) cos s n( ) pi pi pi 11 2 3 4 3 4 1 2 3010 10 − = + → −( ) = ( ) i i e i cos s n( ) cos pi pi s n( ) cos s n( pi pi pi pi 4 30 4 32 15 2 15 + = +i e i e 22 32 1 1 32 32 010 10 ) , = − +( ) + −( ) = − =Logo i i Mais alguns exercícios para fixação: 1) Sendo z i e e z i e1 26 20 20 5 40 40= +( ) = +( )cos ” s n ” cos ” s n ” , calcule z1 . z2. 199 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Solução: z z i e z z i e 1 2 1 2 6 5 20 40 20 40 30 60 . . . cos ” ” s n( ” ” ) cos ” s n = +( ) + +( ) = ( ) + (( ” ) n , . . . 60 30 1 2 3 2 30 1 2 3 2 1 2 1 2 ( ) = + = + z z i Porta to z z i 2) Sendo z i e e z i e1 210 80 80 5 35 35= +( ) = +( )cos ” s n ” cos ” s n ” , calcule z z 1 2 . Solução: z i e z i e z z 1 2 1 2 10 80 80 5 35 35 10 2 80 = +( ) = +( ) = − cos ” s n ” cos ” s n ” cos( ” 335 80 35 5 45 45 5 2 2 1 2 1 2 º s n( º )) cos( º s n( º )) ( ( ) + − = ( ) + = + i e z z i e z z ii 2 2 ) 3) Qual o conjugado de z i i = + − 2 7 3 ? Solução: Primeiro, vamos escrever o polinômio na forma algébrica, ou seja: z i i i i z i i z i = + − +( ) +( ) = + + − + = + 2 7 3 7 3 7 3 14 6 7 3 49 9 11 13 58 . O conjugado é obtido mudando‑se o sinal da parte imaginária do número complexo. Portanto, o conjugado de z i = +11 13 58 é z i = −11 13 58 . 200 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV 4) No período da Revolução Científica, a humanidade assistiu a uma das maiores invenções da Matemática que irá revolucionar o conceito de número: o número complexo. Rafael Bombelli (1526/1572), matemático italiano, foi o primeiro a escrever as regras de adição e multiplicação para os números complexos. Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que indica uma afirmação incorreta. A) O conjugado de (1 + i) é (1 ‑ i). B) |1 + i| = √2. C) (1 + i) é raiz da equação z2 ‑ 2z + 2. D) (1 + i)–1 = (1 ‑ i). E) (1 + i)2 = 2i. Solução: A alternativa A está correta, pois o conjugado de um número complexo é obtido trocando‑se o sinal da parte imaginária. 1 1 22 2+ = + =i i , portanto a alternativa B está correta. Se (1 + i) é raiz da equação z2 ‑ 2z + 2, então: ( ) ( )1 2 1 2 0 1 2 1 2 2 2 0 2+ − + + = + − − − + = i i i i Portanto, a alternativa C está correta. (1 + i)–1 = (1 ‑ i) Analisando a opção D, temos que: 1 1 1 1+( ) = + −i i 201 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO Na forma algébrica, pode ser escrito como: 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 +( ) = + − − +( ) = − − − i i i i i i ( ) ( ) Portanto, a alternativa D é a incorreta. Resumo Nesta unidade, vimos dois dos principais tópicos da Matemática: Trigonometria e Números Complexos. A Trigonometria apresenta diversas aplicações, em vários ramos da ciência, como na eletricidade, na mecânica, na acústica, na música, entre outros, e não se limita ao estudo de triângulos, mas se estende a situações em que se deseja estudar objetos que não são diretamente acessíveis, como a distância entre a Lua e a Terra. Aprendemos o que é um ângulo e como ele pode ser medido, o Teorema de Pitágoras, fundamental para a solução dos problemas em Trigonometria, as principais medidas em Trigonometria, as Leis dos Senos e dos Cossenos e como tudo isso pode ser utilizado para resolver problemas envolvendo triângulos. Quando falamos de Números Complexos, começamos com um breve histórico de seu surgimento e da necessidade de se obter uma solução para equações que não apresentavam raízes reais. Vimos que diversas são as aplicações dos números complexos no mundo moderno, principalmente, em Física, em estudos de eletromagnetismo, buracos negros, e também em Engenharia e na descrição de objetos denominados fractais. Vimos as principais propriedades dos números complexos e que eles podem ser escritos nas formas cartesiana e polar (trigonométrica). Aprendemos a somar, multiplicar, dividir e calcular potências envolvendo esses números. 202 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV Exercícios Leia o texto a seguir para responder à questão 1. Desenha‑se no plano complexo o triângulo T com vértices nos pontos correspondentes aos números complexos z1, z2 e z3, que são raízes cúbicas da unidade. Desenha‑se também o triângulo S, com vértices nos pontos correspondentes aos números complexos, w1 w2 e w3, que são raízes cúbicas complexas de 8. Questão 1. (Enade 2005) Com base no texto anterior, assinale a opção correta. A) z i= − + 3 2 1 2 é um dos vértices do triângulo T. B) w e i = 2 3 pi é um dos vértices do triângulo S. C) w1z1 é raiz da equação x 6 – 1 = 0. D) Se w1 = 2, então w w2 2 3= . E) Se z1 = 1, então z2 é o conjugado complexo de z3. Resposta correta: alternativa E. Justificativa geral De acordo com o enunciado, para o triângulo T, temos: · 1 3 , módulo 1 e argumento 0º. · 1 1 360 0 3 360 0 3 3 = + + + cos . o o o oK i sen K · K i seno o= → + =0 1 0 0 1(cos . ) · K i sen io o= → + = − +1 1 120 120 1 2 3 2 (cos . ) · K i sen io o= → + = − −2 1 240 240 1 2 3 2 (cos . ) 203 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO De acordo com o enunciado, para o triângulo S, temos: · 83 , módulo 2 e argumento 0º · 8 2 360 0 3 360 0 3 3 = + + + cos . o o o oK i sen K · K i seno o= → + =0 2 0 0 2(cos . ) · K i sen io o= → + = − +1 2 120 120 1 3(cos . ) · K i sen io o= → + = − −2 2 240 240 1 3(cos . ) Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Jusficativa: os vértices do triângulo T são 1, − + 1 2 3 2 i e − − 1 2 3 2 i . B) Alternativa incorreta. Justificativa: 2 2 3 3 2 1 2 3 2 1 33e isen i i i. cos pi pi pi = + = + = + . Os vértices do triângulo S são 2, − + − −1 3 1 3i e . C) Alternativa incorreta. Justificativa: o produto de w1z1 tem módulo dado pelo produto do módulo de w1, pelo módulo de z1, isto é, módulo 2. Veja que 16 tem módulo 1. D) Alternativa incorreta. Justificativa: w2 2 não pode ser w3, pois w2 2 tem módulo 4 e w3 tem módulo 2. E) Alternativa correta. Justificativa: Z1=1, Z i2 1 2 3 2 = − + e Z i2 1 2 3 2 = − + e Z i3 1 2 3 2 = − − . Z2 é o conjugado de Z3. Questão 2. (Enade 2007) No plano complexo, a área do triângulo de vértices é 2i, e i pi 4 , e i 3 4 pi é: A) 1 2 204 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 Unidade IV B) 2 C) 2 1 2 − D) 2 2 2− E) 1 2 2 1 2 − Resolução desta questão na plataforma. 205 Re vi sã o: A nd ré ia A nd ra de - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 16 -0 4- 20 14 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 10 Q=BUTTERFLY&SORT=POP&PHOTO_LIB.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive#/?q =butterfly&sort=pop&photo_lib=morgueFile>. Acesso em: 1 abr. 2014. Figura 11 Q=LEAF&SORT=POP&PHOTO_LIB.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/ archive#/?q=leaf&sort=pop&photo_lib=morgueFile>. Acesso em: 1 abr. 2014. REFERÊNCIAS Audiovisuais 2012. Direção: Roland Emmerich. Estados Unidos: Columbia Pictures, 2012. VHS (158 min). O HOMEM bicentenário. Direção: Chris Columbus. Estados Unidos: Columbia Pictures, 1999. VHS (130 min). TERREMOTO. Direção: Mark Robson. Estados Unidos: Universal Pictures, 1974. VHS (123 min). WALL‑E. Direção: Andrew Stanton. Estados Unidos: Walt Disney Pictures, 2008. VHS (98 min). REFERÊNCIAS ANTON, H.; RORRES, C. Álgebra Linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001. ÁVILA, G. Cálculo 1: funções de uma variável. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1982. BARBOSA, J. L. M. Geometria euclidiana plana. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Matemática, 1985. BARUFFI, M. C. B.; LAURO, M. M. Funções elementares, equações e inequações: uma abordagem usando microcomputador. 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