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�UNESC
Faculdades Integradas de Cacoal
Mantidas pela Associação Educacional de Rondônia
E-Mail: unesc@unescnet.br - Internet: www.unescnet.br
� PAGE \* MERGEFORMAT �3�
THAYNARA DA SILVA KLIPEL
VANESSA XAVIER VALIM
PREVALÊNCIA DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL (NIC) E CÂNCER DO COLO UTERINO NA POPULAÇÃO INDIGENA NO BRASIL
Orientador: Prof. Me Diego Oliveira Xavier
CACOAL – RO 
2017
THAYNARA DA SILVA KLIPEL
VANESSA XAVIER VALIM
PREVALÊNCIA DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL (NIC) E CÂNCER DO COLO UTERINO NA POPULAÇÃO INDIGENA NO BRASIL
PROJETO DE PESQUISA apresentado às Faculdades Integradas de Cacoal – UNESC, como parte dos requisitos do desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso (Área de Conhecimento em Analises Clinicas) do curso de Graduação em Biomedicina.
Orientador: Prof. Me Diego Oliveira Xavier
CACOAL – RO
2017
Sumário
41.	INTRODUÇÃO	�
62.	REFERENCIAL TEÓRICO	�
62.1 Colo Uterino	�
72.2 Tipos de alterações cervicais	�
82.2.1 Lesões de baixo grau	�
92.2.2 Lesões de alto grau	�
92.2.3 Carcinoma epidermóide invasor	�
102.3 Diagnóstico	�
112.4 Tratamentos	�
122.5 População de risco	�
122.6 Epidemiologia Nacional	�
133	JUSTIFICATIVA / PROBLEMATIZAÇÃO	�
134	OBJETIVOS	�
134.1 Objetivo Geral	�
144.2 Objetivo Especifico	�
145	MATERIAIS E MÉTODOS	�
156	Cronograma	�
167	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
�
�
Lista de Figura
6Figura 1. Útero	�
7Figura 2. Morfologia uterina.	�
7Figura 3. Epitélio escamoso	�
8Figura 4. Alterações Cervicais	�
9Figura 5. Esfregaço de papanicolau anormal	�
10Figura 6. Células intermediárias com citoplasma claro e núcleos com variação de tamanho, forma e contorno irregular.	�
11Figura 7. Neoplasia Intraepitelial Escamosa de Alto Grau	�
11Figura 8. HSIL em metaplasia imatura	�
15Figura 9. Gráfico do IBGE de 2010.	�
�
�
INTRODUÇÃO
Dentre as neoplasias do trato genital feminino, destaca-se o câncer cervical, ou câncer do colo do útero, sendo o terceiro tumor mais freqüente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma. (INCA, 2016).
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o número de novos casos desse tipo esperado para o ano de 2016 é de 16.340, com um risco estimado de 15,85 casos a cada 100 mil mulheres.
O Papiloma Vírus Humano (HPV) é considerada uma doença sexualmente transmissível. Essa infecção representa o fator de risco mais importante, porém não suficiente, para o desenvolvimento do câncer de colo de útero. (Nascimento et al., 2008). Outros fatores como alta paridade, uso prolongado de contraceptivos orais e tabagismo podem influenciar o desenvolvimento. (Rama et al., 2008).
Entre a faixa etária mais acometida de câncer de colo uterino esta as mulheres de 25 e 60 anos, porem, os adolescentes constituem uma população maior de vulnerabilidade para este agravo na medida em que o início da vida sexual os aproxima de problemas de saúde da esfera reprodutiva e sexual. (Cirino et al., 2010).
Conforme Melo et al. (2009), as lesões precursoras do Câncer do Colo Uterino apresentam se em diferentes graus evolutivos, do ponto de vista cito - histopatológico, sendo essas classificadas como neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) de graus I (lesões de baixo grau), II e III (lesões de alto grau), mas são curáveis em até 100% dos casos quando tratadas precoce e adequadamente. A detecção precoce dessa doença é realizada pela realização do exame citológico de Papanicolau, a onde tem sido uma estratégia segura e eficaz para modificar as taxas de incidência e mortalidade deste câncer.
Esse exame tem como o principal objetivo diagnosticar as lesões pré-malignas do câncer do colo do útero, permite através de uma amostragem de células coletadas do colo do útero, detectar células anormais pré-malignas ou cancerosas. (Neto, 2010).
No Brasil, segundo as diretrizes estabelecidas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Ministério da saúde (MS), a periodicidade desse exame deve ser: após os dois primeiros exames consecutivos negativos, com intervalo anual, deve-se realizá-lo a cada três anos. (PEREIRA, 2011).
Segundo, Pereira et al., (2011.) Nas duas últimas décadas, a literatura brasileira sobre saúde da mulher teve rápido crescimento e avanço com estudos que enfocam relações de gênero, saúde sexual, anticoncepção, epidemiologia de doenças sexualmente transmissíveis, câncer ginecológico, entre outros. Mas poucos estudos enfocam grupos étnicos/raciais específicos, sendo que na sua maioria trabalham com mulheres negras. Assim, o tema da saúde da mu​lher indígena tem sido pouco investigado, e as escassas pesquisas realizadas são, em sua maioria, com etnias situadas dentro da Amazônia.
Sendo assim o conhecimento sobre questões básicas da saúde da mulher indígena, como o câncer de colo de útero, é de grande importância para a construção de uma satisfatória infraestrutura física e organizacional dos serviços de saúde, além de ajudar na construção do perfil epidemiológico das populações indígenas no Brasil. (RODRIGUES et al., 2004) �
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Colo Uterino
De acordo com Instituto Oncoguia (2014), o útero é um órgão fibromuscular em forma de pêra invertida, que se localiza na cavidade pélvica, sobre a vagina entre a bexiga urinária e o reto. Recebe as trompas de falópio na região mais abaulada e continua – se, inferiormente, com a vagina, na qual forma geralmente um ângulo de 90 graus. O colo uterino apresenta uma forma cilíndrica, com o comprimento que varia entre 2,5 e 3 cm, e o peso que varia de 25 à 90 gramas. Em sua extremidade superior tem continuidade com o útero. É em sua extremidade inferior, cônica, termina fazendo protrusão na porção superior da vagina (porção vaginal do colo), como esta representada na figura abaixo.
Figura 1. Útero
Fonte: Livro - Citologia e Histologia Básicas do Colo Uterino para Ginecologistas. Disponivel em < http://docplayer.com.br/10845205-Citologia-e-histopatologia-basicas-do-colo-uterino-para-ginecologistas.html > Acessado em 26 de fevereiro de 2017. 
	Morfologicamente, o útero pode ser identificado em três porções: o corpo do útero, que compreende dois terços superiores do órgão e que aparece no sentido anteroposterior e o istmo do útero, porção que é mais estreita, de forma cilíndrica, mais inferior e também o colo do útero (que também é denominada de cérvice), que une à vagina, que esta incluída em partes. A porção intravaginal do colo uterino é também conhecida como portio vaginalis. Como demonstra a figura abaixo. (UNIFESP, 2007).
Figura 2. Morfologia uterina.
Fonte: Livro - Citologia e Histologia Básicas do Colo Uterino para Ginecologistas. Disponivel em < http://docplayer.com.br/10845205-Citologia-e-histopatologia-basicas-do-colo-uterino-para-ginecologistas.html > Acessado em 26 de fevereiro de 2017. 
O epitelio endocervical também responde ao ciclo hormonal da mulher, em fase proliferativa apresentando aspecto essencialmente colunar, com o núcleos a meio caminho do ápice, conforme representado na figura abaixo. ( ARAÚJO, 1999).
Figura 3. Epitélio escamoso
Fonte: Livro - Citologia e Histologia Básicas do Colo Uterino para Ginecologistas. Disponivel em < http://docplayer.com.br/10845205-Citologia-e-histopatologia-basicas-do-colo-uterino-para-ginecologistas.html > Acessado em 26 de fevereiro de 2017. 
2.2 Tipos de alterações cervicais
Segundo Giaccio et al. (2010), as lesões intraepiteliais do colo uterino são consideradas precursoras do carcinoma epidemóide desta região. Speck, et al. (2014), relata em sua pesquisa que há uma longa fase de doenças pré – invasivas que antecede o câncer, conhecidas como Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) que é categorizada em graus I, II e III. As lesões de alto grau, NIC II e III, se nãotratadas, são consideradas lesões precursoras devido à sua maior probabilidade de progressão para o câncer. 
Como relatou Gonçalves et al (2010), a classificação atual das anormalidades citopatológica é baseada no sistema de Bethesda. Essa é a forma padrão para relatos da citologia cervical que foi aprovada após consenso de especialistas em 1988, é atualizada em 2001, colocando os termos Lesões Intraepiteliais Escamosas de baixo grau LSIL esse termo equivale ao antigo NIC1, e alto grau HSIL é o equivale a NIC2 e NIC3. LSIL e HSIL são termos que foram introduzidos para substituir o termo lesões intraepitelial cervicais (NIC). 
Nas atipias citológicas insuficientes para o diagnóstico de lesão intraepitelial são denominadas de células escamosas atípicas ou ASC e divididas em ASC-US células escamosas atípicas de significado indeterminado, possivelmente não neoplásico e ASC-H células escamosas atípicas não se podendo excluir lesão intraepitelial de alto grau. Os principais métodos usados para definir a conduta apropriada nas lesões HPV induzidas incluem a citopatologia oncótica, a colposcopia e o teste de DNA do HPV, mas existem divergências quanto às indicações para cada uma delas. (GONÇALVES et al., 2010). A figura abaixo demonstra as fases do câncer, desda LSIL, HSIL e câncer epidemóide.
Figura 4. Alterações Cervicais
Disponível em < https://www.cancer.gov/publications/dictionaries/cancer-terms?cdrid=409768 > acessado no dia 24 de Abril de 2017.
2.2.1 Lesões de baixo grau
A neoplasia intraepitelial cervical grau I (NIC1) é definida pela presença de células com diferenciação e alteração presentes no epitélio. (CORRÊA, 2005).
	Segundo Susana Aidé (et al., 2009), relatou em sua pesquisa que Richart, em 1967, estudando a história da natureza do câncer do colo uterino determina o conceito de Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) para as lesões iniciadoras do carcinoma escamoso invasor do colo uterino, considerando – as como um fenômeno único, continuo e progressivo. 
No entanto Giaccio et al (2010), aborda que a divergências das estimativas das lesões escamosas de baixo grau, já que de acordo com a literatura, estas regridem espontaneamente em aproximadamente 60% dos casos em até dois anos. Müller e Maziero (2010) constataram em sua pesquisa que devido o contato com o meio externo, é possível entender a alta taxa de regressão espontânea das LSIL (NIC1), enquanto que 1% evolui para carcinoma invasor. A figura abaixo está representada a neoplasia intraepitelial de baixo grau.
Figura 5. Esfregaço de papanicolau anormal
Disponível em < http://brasil.bestpractice.bmj.com/best-practice/monograph/1123.html > acessado em 20 de abril de 2017.
As células que são obtidas na superfície do epitélio com esta alteração, apresentarão características de células do tipo intermediário com núcleos hipertrofiados, porém ocupando menos de 50% do volume da célula e certo grau de hipercromasia. Nas lesões associadas à infecção ativa pelo papiloma vírus, associa-se grande halo perinuclear com bordas reforçadas, ao qual se dá o nome de coilócitos. Como representado na figura abaixo. (SILVA et al., 2003).
Figura 6. Células intermediárias com citoplasma claro e núcleos com variação de tamanho, forma e contorno irregular.
Atlas digital de citopatologia e histopatologia do colo uterino. Disponível em < http://www.pro-celula.com.br/home/atlascitologico/atlas/digital/coil-mim-hist.htm > acessado dia 23 de Abril de 2017.
2.2.2 Lesões de alto grau
Como relatado na pesquisa de Müller e Maziero (2010), abordam que as Neoplasias Intraepitelial Cervical de alto grau (NIC 2 e 3), são caracterizado por acentuada remodelação do epitélio que varia quanto às alterações citoplasmática, ao tamanho das células e às alterações do núcleo; mais também todas as HSIL possuem figura mitótica. São incluído nas HSIL as displasias moderada e grave, o carcinoma in situ e as lesões previamente denominadas NIC 2 e NIC 3.
	A Neoplasia Intraepitelial Cervical NIC 2 é diagnosticada quando há uma diversidade de células alteradas, ocupam 2/3 inferiores da camada epitelial. As neoplasia intra-epitelial NIC 3 é diagnosticada quando as células indiferenciadas comprometem mais de 2/3 ou toda a espessura do epitélio, quando a lesão seria indistinguível do carcinoma in situ. (CORRÊA, 2005). A figura abaixo está representando as Neoplasias Intraepitelial de alto grau.
Figura 7. Neoplasia Intraepitelial Escamosa de Alto Grau
Disponível em < http://brasil.bestpractice.bmj.com/best-practice/monograph/1123.html > acessado em 20 de abril de 2017.
As HSIL apresentam – se, nas células epiteliais escamosas imaturas acompanhadas de aumento da relação núcleos citoplasma, hipercromatismo nuclear com cromatina granulosa, bordas irregular da membrana nuclear, células dispostas em agregados do tipo sincício ou isoladas ou em grupo celulares disposto em cadeia. (BUFFON, 2005).
Figura 8. HSIL em metaplasia imatura
Disponível em < http://www.eurocytology.eu/en/course/1292 > acessado no dia 24 de Abril de 2017.
2.2.3 Carcinoma epidermóide invasor	 
O carcinoma epidermóide invasor faz parte de um dos mais graves problemas de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento. Na maioria, os cânceres invasivos são precedidos de lesões nas quais permanecem longos períodos em latência, porem, alguns podem ter fases pré – invasivos menores, e o que acontece com os de pequenas células. A incidência do câncer invasivo contém dois picos nos 30 aos 40 anos e outro após a menopausa. (MÜLLER e MAZIERO, 2010). 
	Ainda segundo Müller e Maziero (2010), define – se como carcinoma invasivo, qualquer tumor cervical que tenha ultrapassado a membrana basal, invadindo o estroma adjacente. O estagio do câncer é fundamental para a terapia para o prognostico; quando os cânceres do paciente esta confirmados ao colo do útero o prognosticam é melhor do que quando a lesão ultrapassa a cérvice. 
	Segundo Koss e Gompel (2006), a três tipos histológicos mais comuns de carcinoma escamoso invasivo, que são iguais aqueles descritos para as lesões pré – cancerosas. São carcinoma queratinizantes bem diferenciado, carcinoma composto por células media ou grandes, e carcinoma composto por células pequenas. Alguns tumores podem apresentar elementos destes três grupos.
 2.3 Diagnóstico
O câncer de colo uterino quando diagnosticado precocemente, pode-se evoluir para cura, levando em consideração as condições de vida e saúde dessa mulher. (Moura et al., 2010).
Sabemos que nem sempre é feito esse diagnostico precocemente, estudos mostram que no Brasil, os casos de câncer de colo uterino são diagnosticados em estágios já avançados, com uma sobrevida media dessas mulheres de aproximadamente 49% após cinco anos da doença, ou seja, apenas metade das mulheres sobrevive depois de diagnosticadas, por já estarem em estágios muito avançados. (Moura et al., 2010).
A prevenção do câncer do colo do útero é realizada através de um exame ginecológico chamado Papanicolaou, que é o citopatológico do colo do útero. Esse exame tem como o principal objetivo diagnosticar as lesões pré-malignas do câncer do colo do útero, permite através de uma amostragem de células coletadas do colo do útero, detectar células anormais pré-malignas ou cancerosas. (Neto, 2010).
Esse exame citológico é bastante difundido no mundo inteiro desde a ultima metade do século passado, por ser um exame simples e barato de ser realizado. É necessária a coleta de material direto do colo do útero, sua fixação em lâmina e coloração para ser analisada em microscópio (Filho et al., 2010).
No entanto, sua técnica de realização é vulnerável a erros de coleta e de preparação da lâmina e a subjetividade na interpretação dos resultados. (Martins et al., 2005). Cabe ao profissional, a analise critica das alterações citológicas mínimas, pois a maioria das pacientes não apresenta sinais detectáveis no momento do exame (Filho et al., 2010).
Estatísticas demonstram queaproximadamente 10% das pacientes com alterações citológicas indeterminadas irão desenvolver lesões intraepiteliais de alto grau, sendo necessário, portanto, o uso de outros métodos de diagnostico como a colposcopia e de outro procedimento invasivo, no caso, o exame histopatológico (Filho et al., 2010).
A colposcopia, entretanto, é um exame visual, especializado do cérvix, vagina e dos lábios vaginais externos ou vulva. Na maioria das vezes é usada para detectar a doença pré-invasiva, a fim de prevenir o desenvolvimento de câncer. Este exame é realizado quando a citologia oncótica detecta células anormais, quando o exame clínico é alterado, em pacientes em conduta expectante e naquelas já submetidas a tratamento anterior por lesões características causadas pelo HPV. Assim, anormalidades não encontradas no exame de rotina podem ser detectadas nessa face. (Stofler et al., 2011).
O exame Histopatológico é considerado o método de diagnostico definitivo, pois é o único dos três que pode diagnosticar com precisão a presença do câncer do colo uterino. Equivale basicamente na retirada do tecido lesionado, preparação do material e seu estudo histológico (Filho et al., 2010).
Sua realização é feita por profissionais médicos, e seu principal obstáculo está na dificuldade de sua realização em locais distantes dos centros urbanos e seu custo, inacessível para boa parte da população (Filho et al., 2010).
2.4 Tratamentos
Quando diagnosticado o câncer do colo uterino, é indicado o tratamento tendo como parâmetro a avaliação da localização, o tamanho e tipo histológico do tumor, a idade e as condições gerais de saúde da mulher. ( Frigato et al., 2003).
Cada caso deve ser avaliado e orientado por um medico, dentre os tratamentos mais comuns estão à cirurgia e a radioterapia (GOMES et al., 2013). Se a doença for detectada em sua face inicial, a cirurgia possibilita a remoção completa do tumor e favorece maiores chances de cura. (Frigato et al., 2003).
Já radioterapia é um recurso terapêutico amplamente utilizado no câncer do colo do útero e que se beneficia da capacidade de penetração da radiação criada pela ação de eletrons acelerados, ou raios gama, emitidos pelo radium ou outro material radioativo, em um alvo, reduzindo e, por vezes, eliminando o tumor. (Ministério da Saúde, 2002).
Segundo o Ministério da Saúde (2002), a quimioterapia não é o tratamento de escolha para o carcinoma escamoso. Esse método quando usada como recurso que antecede a radioterapia, pode induzir seleção de células resistentes à radioterapia, piorando os resultados finais. Quando utilizada antes da cirurgia, pode melhorar o resultado final por redução volumétrica da massa a ser operada.
2.5 População de risco
Segundo o Inca (2016), os fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos ainda incertos que determinam a regressão ou a persistência da infecção pelo HPV e também a progressão para lesões precursoras ou câncer. Sendo assim o início precoce da vida sexual, a grande quantidade de parceiros sexuais e de gestações, o uso de pílula anticoncepcional e a imunossupressão, são considerados fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.
Em relação às mulheres indígenas, alguns estudos identificam que o câncer do colo do útero é uma das principais causas de morbimortalidade, nessas mulheres do que quando comparadas com as não indígenas. (Speck et al., 2015).
2.6 Epidemiologia Nacional
Segundo dados do censo do IBGE realizado em 2010, a população brasileira soma 190.755.799 milhões de pessoas. Sendo que dessas, 817.963 mil são indígenas, representando 305 diferentes etnias, com registros no país de 274 línguas indígenas. (FUNAI, 2010).
Segundo a FUNAI os povos indígenas estão presentes nas cinco regiões do Brasil, sendo que a região Norte é aquela que concentra o maior número de indivíduos, 305.873 mil, sendo aproximadamente 37,4% do total, como demonstra o gráfico abaixo. 
Figura 9. Gráfico do IBGE de 2010.
Disponível em < http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/quem-sao? > acessado no dia 24 de Setembro de 2016.
Esses povos estão distribuídos por todo o território nacional, e se dividem em várias etnias, com características sociais, culturais e econômicas distintas. (Pereira et al., 2011).
JUSTIFICATIVA / PROBLEMATIZAÇÃO
Neste trabalho iremos abordar sobre a prevalência de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e câncer do colo uterino na população indígena no Brasil, onde sabemos que o perfil de saúde da mulher indígena é pouco conhecido. Na literatura internacional os índices de prevalência de câncer do colo uterino em mulheres indígenas são preocupantes. Já no Brasil, a literatura que trata especificamente sobre o assunto ainda é muito escassa, dificultando assim o entendimento do complexo quadro de saúde das mulheres indígenas. 
Em relação à saúde de comunidades indígenas os fatores de risco relacionados para o aparecimento do câncer cervicouterino chamam a atenção pelos elevados níveis, nesta população de fecundidade, multiparidade, inicio da vida reprodutiva e os intervalos intergenesicos curtos. 
Por esses fatos a uma necessidade da realização de pesquisas visando preencher a lacuna causada pela carência de estudos nessa área, visando forma um perfil epidemiológico dessa população indígena, voltado para a prevenção do câncer do colo uterino.
OBJETIVOS
4.1 Objetivo Geral
Avaliar a prevalência das alterações cervico vaginais na população indígena brasileira.
Objetivo Especifico
Verificar a prevalência das lesões pré-malignas e malignas do colo uterino na população indígena brasileira. 
MATERIAIS E MÉTODOS
Será realizada uma revisão literária, onde será coletados dado de ate 5 anos, com base no SIS Saúde e INCA. Essa revisão terá como bancos de dados: Scielo, BVS, Google Acadêmico, ufpel.
Os dados serão descritos por frequência e comparados através dos testes estatísticos de qui-quadrado e teste exato de Fisher.
�
Cronograma
�
7	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AIDÉ, et al. Neoplasia intraepitelial cervical. DST – Jbras doenças sex transm, 2009.
ARAÚJO, S.R. Citologia e histologia básicas do colo uterino para ginecologista. Curitiba, VP editora, 1999.
 
BUFFON, A. et al. Avaliação de lesões intra – epitelial escamosas e microbiologia em exames citológicos realisados em uma laboratório de porto alegre, RS. Porto Alegre – RS, 2005.
Carvalho, et al. Avaliação do desempenho da citologia e colposcopia comparados com a histopatológica no rastreamento e diagnóstico das lesões do colo uterino. Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 40, 2011.
Cirino, et al. Conhecimento, atitude, práticas na prevenção do câncer e HPV em adolescentes. Rev Enferm 2010. 
CORRÊA, G.J. Prevalência do papilomavírus humano (HPV) em mulheres portadoras de lesões intraepitelial escamosas de alto grau e carcinoma epidermóide invasor do colo uterino. Manaus – AM: UEA; FMT – AM, 2005.
DR. NETO, G.B. Câncer de colo do útero. Disponível em: http://www.oncologiaginecologica.com.br/cancer-de-colo-de-utero Acessado dia 25 de Setembro de 2016.
Filho, P.M.G. Comparação entre Citologia, Colposcopia e Histopatologia no diagnóstico do câncer do colo do útero em um serviço público de saúde de Pernambuco. Paulo Mário Brasil de Góis Filho. Recife: O Autor, 2010.
Frigato e Hoga. Assistência à mulher com câncer de colo uterino: o papel da enfermagem. Revista Brasileira de Cancerologia, 2003.
GIACCIO, C.M.R, et al. Evolução das lesões intraepiteliais de colo uterino de baixo grau em uma coorte de pacientes acompanhadas por 18 meses. Unicid, 2010.
GONÇALVES, Z.R. et al. Lesões escamosas intraepiteliais de baixo grau: conduta em mulheres adultas. Unifeso – Teresopolis (RJ), Brasil, 2010.
INCA. Estimativa 2016: Incidência de câncer no Brasil. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/estimativa-2016-v11.pdf Acessado dia 25 de Setembro de 2016.
INCA. HPV e Câncer. Disponível em: ttp://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero/hpv-cancer-perguntas-mais-frequentesAcessado dia 25 de Setembro de 2016.
INSTITUTO ONCOGUIA. Diagnóstico precoce do câncer. São Paulo, 2014.
KOSS e GOMPEL. Introdução à citologia ginecológica com correlações histológicas e clinicas. 1ª edição pela editora Roca LTDA, 2006.
Martins, et al. Cobertura do exame de Papanicolaou no Brasil e seus fatores determinantes: uma revisão sistemática da literatura. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005.
Melo SCCS, et al. Alterações citopatológicas e fatores de risco para a ocorrência do câncer de colo uterino. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2009.
Ministério da Saúde. Falando sobre câncer do colo do útero. – Rio de Janeiro: MS/INCA, 2002.
MOURA, et al. Exame de papanicolaou: Subsídios para a pratica de enfermagem. Rv. Rene. Fortaleza, 2010.
MÜLLER e MAZIERO. Alterações citológicas: uma revisão sobre a importância da citologia oncótica. Unoesc & Ciência – ACBS, Joacaba, v.1, n.2, p.87 – 94, jul/dez, 2010.
NETO, L.M.Q.G. Câncer de colo uterino: desenvolvimento, prevenção, tratamento e diagnóstico. Recife: [s.n.], 2013.
Oliveira, M.M. et al. Câncer cérviço uterino: um olhar crítico sobre a prevenção. Rev Gaúcha Enferm, Porto Alegre (RS) 2004.
PEGLRINI, B.C. Perfil da resposta imune local em pacientes com lesão intraepitelial cervical de baixo grau, alto grau e neoplasia invasiva. Universidade Federal do Triângulo Mineiro; Uberaba, MG, 2009.
Pereira, et al. Morbidade por câncer de colo uterino em mulheres de reserva indígena no Mato Grosso do Sul. Cogitare Enferm. 2011.
PEREIRA, E.R. Prevenção do câncer do colo do útero em população feminina do parque indígena do Xingui, Mato Grosso. São Paulo, 2011.
Rama, et al. Prevalência do HPV em mulheres rastreadas para o câncer cervical. Revista de Saúde Pública, São Paulo, 2008.
Rodrigues e Marques. Prevalência do câncer cervicouterino em mulheres indígenas atendidas pela casa de saúde do índio de Porto Velho (RO), Brasil. 2004.
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