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Ondas_e_Oscilacoes

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Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
Ondas e oscilações 
 
1. As equações de onda 
Por que usamos funções seno ou cosseno para representar ondas ou oscilações? Essas funções 
existem exatamente para mostrar que um determinado comportamento é cíclico ou periódico. 
Vamos começar analisando a função seno: 
 
 
 
 
 
 
A imagem acima nos mostra como y varia com o ângulo x. A trigonometria ensina que a 
amplitude, ou o valor máximo da função, é igual ao valor do raio de um ciclo. No caso da 
função seno, a amplitude A tem maior valor quando o x = π/2 ou x = 3π/2, já que nesses 
ângulos o seno é máximo ou mínimo, respectivamente. Pelo gráfico acima, a amplitude é 
máxima quando A = 1. Portanto, uma função seno tem a forma: 
 
𝑦 = 𝐴𝑠𝑒𝑛(𝑥) (1) 
 
No caso de uma função cosseno: 
 
𝑦 = 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑥) (2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já a função cosseno tem a amplitude máxima quando x = 0 ou x = π ou x = 2π. Pelo gráfico 
acima, podemos dizer que o ciclo tem raio igual a 1, ou seja, a amplitude A = 1. Enquanto a 
função seno nos diz sobre o eixo vertical, a função cosseno descreve o eixo horizontal. 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
 Primeiro você tem que perceber que x é um valor adimensional, já que quando você obtém o 
valor do seno e do cosseno ela também é adimensional. A segunda coisa é: está livre para 
trabalhar com seno ou cosseno em qualquer situação, mas deve observar com cuidado o 
gráfico. Por exemplo, você decidiu fazer uma função cosseno para o primeiro gráfico. É claro 
que os valores serão totalmente diferentes dos valores da função seno. Para corrigir esse erro 
existe a fase 𝜑, que é um ângulo complementar à x, isto é 
 
𝑦 = cos(𝑥 + 𝜑) (3) 
 
Observe que no primeiro gráfico y = 0 quando x = 0 (0 = 𝑠𝑒𝑛(0)). Se usarmos uma função 
cosseno fica 
 
𝑦 = 𝑐𝑜𝑠(0 + 𝜋/2) = 0 
 
Entendo como se comporta essas funções periódicas tudo (ou quase tudo) fica mais fácil. Se 
uma onda varia em relação ao tempo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
A amplitude A é a altura máxima alcançada pela onda e 𝜆 o comprimento de onda. Se T é o 
período de oscilação (descrito entre o começo e o fim do comprimento de onda), a função de 
descreve a onda será 
 
𝑦(𝑡) = 𝐴𝑠𝑒𝑛 (
2𝜋
𝑇
𝑡) (4) 
Podemos dizer que a frequência angular 𝜔 é 
 
𝜔 = 
2𝜋
𝑇
 (5) 
 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
Então a equação (4) fica 
𝑦(𝑡) = 𝐴𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡) 
 
Se quisermos descrever a velocidade da onda em cada instante, basta fazer a primeira 
derivada : 
 
𝑣(𝑡) = 
𝑑𝑦
𝑑𝑡
= 𝜔𝐴𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡) (6) 
 
E a segunda derivada mostra a aceleração da onda em cada instante: 
 
𝑎(𝑡) = 
𝑑2𝑦
𝑑𝑡2
= −𝜔2𝐴𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡) (7) 
 
2. Movimento harmônico simples 
Vamos começar analisando os casos mais simples. Imagine um objeto de massa 𝑚 presa em 
uma mola de constante elástica 𝑘 sobre uma superfície sem atrito. Se o conjunto objeto + 
mola estiver em equilíbrio, então todas as forças que atuam no conjunto se anulam, portanto 
 
𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = 𝐹 
 
Lembrando que 𝐹 = 𝑚𝑎 e que 𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = −𝑘𝑥, e pela equação (7): 
 
𝑚(−𝜔2𝑥) = −𝑘𝑥 ⇒ 
⇒ 𝑘 = 𝑚𝜔2 ⇒ 
⇒ 𝜔 = 
2𝜋
𝑇
= √
𝑘
𝑚
 (8) 
 
Exemplos: 
2.1) O deslocamento de um objeto oscilando em função do tempo é mostrado na figura 
abaixo: 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
 
a) O período 
 Observe que o período de oscilação está compreendido entre a ida e a volta ao mesmo 
ponto. A oscilação começou quando x = 4 cm e para completar uma oscilação, o objeto deve 
voltar à x = 4 cm. Portanto, o período de oscilação T = 16,0 s. 
 
b) Amplitude 
 A amplitude é a altura máxima alcançada. A = 10,0 cm. 
 
c) Frequência 
 Não confunda com frequência angular 𝜔, que nos diz a velocidade de um ciclo. A 
frequência é simplesmente a medida de uma oscilação por período. Logo 
𝑓 = 
1
𝑇
= 
1
16
 𝐻𝑧 
2.2) Uma partícula, em movimento harmônico simples, se move em torno de um ponto, que 
um certo sistema de referencias é x = 0. Seu movimento é unidimensional, e, em um certo 
instante t = 0 um conjunto de medidas são feitas, descobrindo-se que seu deslocamento é x = 
0,5 cm, sua velocidade é nula e a frequência do movimento é 𝑓 = 0,25 Hz. 
 
a) Qual o período, a frequência angular e a amplitude do movimento? 
 O período é: 
𝑇 = 
1
𝑓
= 
1
0,25
= 4 𝑠 
 A frequência angular: 
𝜔 = 2𝜋𝑓 = 0,5𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠 
 Se em t = 0 a velocidade é nula, então a partícula está em um ponto de máxima 
posição: 
𝐴 = 0,5 𝑐𝑚 
 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
b) Escreva a equação do deslocamento 𝑥(𝑡) e da velocidade 𝑣(𝑡) em função do tempo, nesse 
sistema de coordenadas. 
 Como em t = 0 a partícula está em posição máxima, podemos trabalhar com cosseno: 
𝑥(𝑡) = 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡) = 0,5cos (0,5𝜋 𝑡) 
 E a velocidade 
𝑣(𝑡) = 
𝑑𝑥
𝑑𝑡
= −𝜔𝐴𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡) = −0,25𝜋𝑠𝑒𝑛(0,5𝜋 𝑡) 
 
3. Ondas 
A partir de agora só vamos discutir um pouco das formulas que usamos nas listas. Meu 
principal objetivo é explicar como chega a algumas equações mais usadas, o que pode parecer 
meio chato, mas fazer o que né? 
Uma onda é qualquer sinal que se transmite de um ponto a outro de um meio com velocidade 
definida. Fala-se de onda quando essa transmissão entre dois pontos distantes ocorre sem que 
haja transporte de matéria entre eles. 
Agora imagine uma onda de duas dimensões (2D) progressiva 𝑦(𝑥, 𝑡), isto é, indo para a 
direita, com velocidade 𝑣 e dependendo da posição 𝑥 e do tempo 𝑡. Então a função terá a 
forma 𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝑦(𝑥 − 𝑣𝑡) para uma onda progressiva, no caso de onda regressiva 𝑦(𝑥, 𝑡) =
𝑦(𝑥 + 𝑣𝑡). 
Supondo que em uma corda vibrante a variação do comprimento da corda seja desprezível e a 
magnitude da tensão permaneça 𝑇. A componente y da tensão no ponto 𝑥 + ∆𝑥 devida à 
porção da corda à direita de 𝑥 + ∆𝑥, é (quando o ângulo 𝜃 entre a porção de corda e um eixo 
horizontal for muito pequena): 
 
𝑇𝑠𝑒𝑛𝜃 ≈ 𝑇𝑡𝑔𝜃 = 𝑇
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥
 
 
No ponto 𝑥, temos uma força análoga de sinal contrário devido à porção da corda à esquerda 
de 𝑥. Logo, a força vertical resultante sobre ∆𝑥 da corda é 
 
𝑇
𝜕𝑦( 𝑥 + ∆𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥
− 𝑇
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥
= 
= 𝑇∆𝑥 [
𝜕𝑦(𝑥 + ∆𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥 − 
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥
∆𝑥
] 
 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
Sabendo que a definição de derivada é 
𝜕2𝑦(𝑥,𝑡)
𝜕𝑥2
= 
𝜕𝑦(𝑥+ ∆𝑥,𝑡)
𝜕𝑥
− 
𝜕𝑦(𝑥,𝑡)
𝜕𝑥
∆𝑥
, então a força vertical sobre 
∆𝑥 vale 
 
𝑇
𝜕2𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥2
∆𝑥 
 
Se a densidade linear da corda é 𝜇 = ∆𝑚/∆𝑥 e lembrando a 2ª lei de Newton (𝐹 = 𝑚𝑎): 
 
∆𝑥𝜇
𝜕2𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡2
= 𝑇
𝜕2𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥2
 
⇒ 
𝜕2𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥2
= 
𝜇
𝑇
𝜕2𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡2
 
 
Já que a velocidade no eixo horizontal é dada por 𝑣 = 
𝜕2𝑥
𝜕𝑡2
, a velocidade da corda é: 
𝑣 = √
𝑇
𝜇
 (9) 
 
3.1 Intensidade de onda 
Num dado instante 𝑡, a porção da corda à esquerda de um ponto 𝑥 atua sobre um elemento 
da corda no ponto 𝑥 com uma força transversal 𝐹𝑦: 
 
𝐹𝑦 = −𝑇
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥
 
 
O trabalho realizado sobre esse elemento por unidade de tempo (potencia instantânea) que 
corresponde à energia transmitida através de 𝑥 por unidade de tempo é 
 
𝑃(𝑥, 𝑡) = 𝐹𝑦
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡
= −𝑇
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡
 (10) 
 
Na prática o que interessa é a média da energia (ou potência) sobre o período, e chamamos 
isso de intensidade. 
Por exemplo, se existir uma onda progressiva harmônica com a forma 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝐴𝑐𝑜𝑠[𝑘(𝑥 − 𝑣𝑡)] = 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) 
 
Se fizermos as derivadas: 
 
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥
= −𝐴𝑘𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) 
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡
= 𝐴𝜔𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) 
 
Podemos obter uma equação da intensidade sonora para a onda utilizando a relação (10): 
 
𝐼 = 𝑃(𝑥, 𝑡) = 𝑃 = 𝑇𝐴2𝑘𝜔𝑠𝑒𝑛2(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) 
 
Lembrando da equação (9) e que 𝜔 = 𝑘𝑣; como a média de 𝑠𝑒𝑛2(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) é igual a ½, então 
 
𝐼 = 
1
2
𝜇𝑣𝐴2𝜔2 (11) 
 
3.2 Superposição de ondas 
Considerando que as ondas se propagam em sentidos opostos: 
 
𝑦1(𝑥, 𝑡) = 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) 
𝑦2(𝑥, 𝑡) = 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 + 𝜔𝑡) 
 
A onda resultante é a soma das duas ondas: 
 
𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝑦1(𝑥, 𝑡) + 𝑦2(𝑥, 𝑡) 
⇒ 𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝐴[𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) + 𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 + 𝜔𝑡)] 
 
Como cos(𝑎 + 𝑏) = cos(𝑎) cos(𝑏) − 𝑠𝑒𝑛(𝑎)𝑠𝑒𝑛(𝑏) e cos(𝑎 − 𝑏) = cos(𝑎) cos(𝑏) +
𝑠𝑒𝑛(𝑎)𝑠𝑒𝑛(𝑏): 
 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝐴[cos(𝑘𝑥) cos(𝜔𝑡) + sen(𝑘𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡) + cos(𝑘𝑥) cos(𝜔𝑡) − 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥)𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)] 
= 2𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥) cos(𝜔𝑡) (12) 
 
Como a resultante é o produto de uma função de 𝑥 por uma função de 𝑡, não há propagação! 
A forma da corda permanece sempre semelhante com o deslocamento mudando apenas de 
amplitude e, eventualmente, de sinal. Isso se chama onda estacionária. 
 
3.3 Interferência de ondas 
Considerando a superposição de duas ondas progressivas harmônicas de mesma frequência e 
no mesmo sentido: 
 
𝑦1(𝑥, 𝑡) = 𝐴1𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡 + 𝜑1) 
𝑦2(𝑥, 𝑡) = 𝐴2𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡 + 𝜑2) 
 
O ângulo resultante é 𝜑 = 𝜑2 − 𝜑1. E pela lei dos cossenos, a amplitude resultante será: 
 
𝐴 = √𝐴1
2 + 𝐴2
2 + 2𝐴1𝐴2cos 𝜑 
 
Então a interferência resultante será 
 
𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝑦1(𝑥, 𝑡) + 𝑦2(𝑥, 𝑡) = 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡 + 𝜑) (13) 
 
Se observar a equação (11), a intensidade da onda é proporcional à 𝐴2, temos que 
 
𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 + 2√𝐼1𝐼2𝑐𝑜𝑠𝜑 (14) 
 
A interferência resultante é máxima (interferência construtiva) para 𝑐𝑜𝑠𝜑 = 1 e é mínima 
quando 𝑐𝑜𝑠𝜑 = −1. 
3.4 Batimentos 
Se existirem ondas no mesmo sentido, mesma amplitude, mas frequências diferentes: 
 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
𝑦1(𝑥, 𝑡) = 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘1𝑥 − 𝜔1𝑡) 
𝑦2(𝑥, 𝑡) = 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘2𝑥 + 𝜔2𝑡) 
 
Existem duas condições para existir um batimento: 
 
∆𝜔 = 𝜔1 − 𝜔2 << 𝜔 = 
𝜔1 + 𝜔2
2
 
 
∆𝑘 = 𝑘1 − 𝑘2 << 𝑘 = 
𝑘1 + 𝑘2
2
 
 
Supondo que 𝜔1 > 𝜔2 e 𝑘1 > 𝑘2, temos então 
 
𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝑦1(𝑥, 𝑡) + 𝑦2(𝑥, 𝑡) 
𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝐴 {𝑐𝑜𝑠 [(𝑘 + 
∆𝑘
2
) 𝑥 − (𝜔 + 
∆𝜔
2
) 𝑡] + 𝑐𝑜𝑠 [(𝑘 − 
∆𝑘
2
) 𝑥 − (𝜔 − 
∆𝜔
2
) 𝑡]} (15) 
 
Simplificando, 
 
𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝑎(𝑥, 𝑡)cos (𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) 
 
Onde 𝑎(𝑥, 𝑡) = 2𝐴𝑐𝑜𝑠 (
∆𝑘
2
 𝑥 − 
∆𝜔
2
𝑡). Se reparar bem, 𝑎(𝑥, 𝑡) descreve a amplitude do 
batimento. É essa amplitude que nos diz a quão larga é a banda (ou amplitude) do batimento. 
A banda larga que a gente usa na internet é exatamente isso: como a amplitude é alta, há 
maior frequência e então uma onda pode carregar mais informação que uma banda curta. 
Considerando 𝑦(𝑥, 𝑡) como uma onda de frequência 𝜔 elevada cuja amplitude 𝑎 é modulada 
por outra onda de frequência ∆𝜔 bem mais baixa, temos então um grupo de ondas. 
 
 
 
 
 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
 
Seja a fase de 𝑦(𝑥, 𝑡) como 𝜑(𝑥, 𝑡) = 𝑘𝑥 − 𝜔𝑡, a velocidade de fase (ou da onda portadora) 
é 
 
𝑣𝜑 = 
𝜔
𝑘
 (16) 
 
E a velocidade do grupo (ou da onda moduladora): 
 
𝑣𝑔 = 
∆𝜔
∆𝑘
 (17) 
 
 
3.5. Reflexão de ondas 
Reflexão em extremidade fixa: o pulso 
volta invertido após a reflexão. A reflexão 
numa extremidade fixa produz uma 
defasagem de 180°. A razão física disso é 
que, se atingir a origem, o pulso iria 
provocar um determinado deslocamento. 
Para permanecer fixa, a extremidade 
causa uma reação de suporte à onda, 
produzindo um deslocamento igual e de 
sinal invertido. 
Reflexão em extremidade livre: não atua 
nenhuma força transversal. Numa 
extremidade livre, um pulso é refletido 
sem mudança de fase. 
 
3.6 Exemplos 
3.1) A função de onda de uma corda é 
𝑦(𝑥, 𝑡) = 1,0𝑐𝑚 𝑠𝑒𝑛(62,8
𝑥
𝑚
+
314𝑡
𝑠
) 
 
a) Em que direção a onda avança e qual a sua velocidade? 
 Olhe o sinal dentro função seno. Como existe um “mais”, então a onda avança para a 
esquerda (onda retrograda). 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
 Como 𝑘 = 62,8 𝑚−1 e 𝜔 = 314 𝑠−1, então 
𝑣 = 
𝜔
𝑘
= 
314
62,8
= 5,0 𝑚/𝑠 
 
b) Calcule o comprimento de onda, a frequência e o período da onda. 
 O comprimento de onda: 
𝜆 = 
2𝜋
𝑘
= 
2𝜋
62,8
= 0,1 𝑚 = 10 𝑐𝑚 
 A frequência é da dada por: 
𝑓 = 
𝑣
𝜆
= 
5,0
0,1
= 50 𝐻𝑧 
 E o período: 
𝑇 = 
1
50
= 0,02 𝑠 
 
c) Qual a aceleração máxima de um ponto da corda? 
 A aceleração da corda é obtida fazendo a segunda derivada de 𝑦(𝑥, 𝑡) em relação ao 
tempo. Para não se perder, recomendo a primeira derivada (a velocidade) e depois faz a 
segunda: 
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡
= 𝑣 = 𝜔𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 + 𝜔𝑡) = 3,14cos (62,8𝑥 + 314𝑡) 
𝜕2𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡2
= −𝜔2𝐴𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 + 𝜔𝑡) = −985,96𝑠𝑒𝑛(62,8𝑥 + 314𝑡) 
Logo a aceleração é: 
𝑎(𝑥, 𝑡) = −985,96𝑠𝑒𝑛(62,8𝑥 + 314𝑡) 
A aceleração é máxima quando 𝑠𝑒𝑛(62,8𝑥 + 314𝑡) = −1 ou 𝑠𝑒𝑛(62,8𝑥 + 314𝑡) = 1. Logo, a 
aceleração máxima é, em módulo: 
𝑎𝑚𝑎𝑥 = 985,96 𝑚/𝑠
2 
 
3.2) A figura ao lado mostra duas fotografias 
tiradas em instantes de tempo diferentes de uma 
corda na qual se propaga, no sentido positivo do 
eixo x, uma corda transversal 𝑦(𝑥, 𝑡). A primeira 
fotografia (linha cheia) foi tirada num certo 
instante e a segunda (linha tracejada) 0,50s 
depois. 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
a) Determine a velocidade de propagação da onda na corda. 
 Como as linhas mostram a posição da onda depois de um intervalo de tempo de 0,50s, 
então 
𝑣 = 
Δ𝑥
Δ𝑡
=
2 − 1
0,50
= 2,0 𝑚/𝑠 
 
b) Determine a amplitude, o número de onda, a frequência angular, a constante de fase e 
escreva a equação do perfil de onda 𝑦(𝑥, 𝑡). 
 A onda varia entre o máximo de 0,10m e -0.10m. Logo a amplitude é 
𝐴 = 0,10𝑚 
 Observando os ventres da onda, o comprimento de onda é 𝜆 = 4,0 𝑚. Então o número 
de onda é 
𝑘 = 
2𝜋
𝜆
= 
2𝜋
4,0
= 
𝜋
2
 𝑚−1 
 A frequência angular é 
𝜔 = 𝑘𝑣 = 
𝜋
2
2 = 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠 
 Como a onda começou no máximo e a equação de onda será uma função cosseno, 
então a constante de fase 𝜑 = 0. 
 E a equação de onda: 
𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡 + 𝜑) = 0,1𝑐𝑜𝑠 (
𝜋
2
𝑥 − 𝜋𝑡) 
 
c) Determine a velocidade transversal máxima de um ponto da corda 
 A velocidade é dada pela primeira derivada de 𝑦(𝑥, 𝑡) em relação ao tempo. Logo: 
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡
= 𝑣 = 𝜔𝐴𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) = 0,1𝜋𝑠𝑒𝑛 (
𝜋
2
𝑥 − 𝜋𝑡) 
 A velocidade é máxima quando 𝑠𝑒𝑛 (
𝜋
2
𝑥 − 𝜋𝑡) = 1, portanto 
𝑣𝑚𝑎𝑥= 0,1𝜋 𝑚/𝑠 
 
3.3) Uma corda de comprimento 𝐿 presa nas extremidades 𝑥 = 0 e 𝑥 = 𝐿, submetida a uma 
tensão 𝑇 = 96, oscila no terceiro harmônico de uma corda estacionária. O deslocamento 
transversal da corda é dada por 
𝑦(𝑥, 𝑡) = 5,0𝑐𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥)𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡) 
Onde 𝑘 = 0,50𝜋 𝑚−1 e 𝜔 = 6,0𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠. 
 
Física para Ciências Biológicas Anderson Ferreira Sepulveda 
a) Qual é o comprimento 𝐿 da corda? 
 Sendo 𝑛 o número do harmônico, existe a seguinte relação 
𝜆 = 
2𝜋
𝑘
= 
2𝐿
𝑛
 ⇒ 
⇒ 𝐿 = 
𝑛𝜋
𝑘
= 
3𝜋
0,5𝜋
= 6,0 𝑚 
 
b) Qual a massa da corda? 
 Sendo a densidade 𝜇 = 𝑚/𝐿, então 
𝑣 = √
𝑇
𝜇
 = 
𝜔
𝑘
 ⇒ 
⇒ (
𝜔
𝑘
)
2
 = 
𝑇𝐿
𝑚
 ⇒ 𝑚 = (
𝑘
𝜔
)
2
𝐹𝐿 ⇒ 
⇒ 𝑚 = (
0,5𝜋
6,0𝜋
)
2
96 ∗ 6 ⇒ 
⇒ 𝑚 = 40 𝑘𝑔

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