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ESTRUTURAS DE MERCADO CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE- UNINORTE FACULDADE DE DIREITO Profa: Rúbia Silene Alegre Ferreira, MSc. Estruturas de mercado dependem de três características: • número de empresas que compõem esse mercado; • tipo do produto: idênticos ou diferenciados; • se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. Concorrência pura ou perfeita: tipo de mercado em que há grande número de vendedores que uma empresa isoladamente não afeta a oferta do mercado, nem seu equilíbrio, elas são apenas tomadores de preços. • mercado atomizado; • produtos homogêneos; • não existem barreiras para novas empresa; • transparência do mercado. Monopólio Mercado monopolista: apresenta condições opostas às da concorrência perfeita, não há concorrência, nem produto concorrente. Barreiras para novas empresas: • patentes; • controle de matérias-primas básicas; • monopólio estatal; Os lucros extraordinários devem persistir também no longo prazo em mercados monopolizados. Oligopólio: estrutura formada por pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado. • cartel: organização de produtores dentro de um setor que determina política de preços para todas as empresas que a ela pertencem; • oligopólios com produtos diferenciados; • oligopólios com produtos homogêneos; • objetivos: na teoria marginalista é a maximização de lucros e na teoria da organização industrial é maximizar o Mark-up. Mark-up= receita de vendas – custos diretos Oligopsônio: mercado em que há poucos compradores negociando com muitos vendedores na compra de insumos. Monopsônio: forma de mercado na qual há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos. Há somente um comprador que domina o mercado; Muitos vendedores dos serviços dos insumos; Poder de determinação de preço de compra. Prevalece sobretudo no mercado de trabalho. Existem poucos compradores que dominam o mercado; Existem muitos vendedores; Poder de determinar os preços de compra dos insumos. Monopólio bilateral: quando um monopsonista, defronta com um monopolista na venda de um fator de produção. Existe um monopsonista e um monopolista que se defrontam no mercado – um único comprador e um único vendedor; Monopolista deseja vender certa quantidade de produto por um preço, o mais elevado possível; Monopsonista deseja comprar a mesma quantidade por um preço diferente do oferecido pelo monopolista, um preço mais baixo. Com posições conflitantes de agentes econômicos que dominam um a oferta e o outro a demanda, é preciso haver negociação para definição do preço – o poder de barganha neste caso tem um peso fundamental. Truste Em geral estas organizações formam monopólios. O temor de que os trustes adquirissem grande poder e impusessem monopólios fez com que a maioria dos países adotassem leis antitrustes. Tipo de estrutura empresarial na qual várias empresas, já detendo a maior parte de um mercado, combinam-se ou fundem-se para assegurar esse controle, estabelecendo preços elevados que lhes garantam elevadas margens de lucro. Holding Forma de organização de empresas que surge depois que os trustes são considerados ilegais. Consiste no agrupamento de grandes sociedades anônimas – há a compra das ações de empresas S/A por uma terceira empresa constituida exclusivamente para administrá-las. A ação das holdings no mercado é semelhante a dos trustes – possuem poder de monopólio expressivo. Uma holding é formada geralmente para facilitar o controle de atividades de um setor. Dumping Prática comercial que consiste em vender um produto ou serviço por um preço abaixo dos praticados no mercado para eliminar a concorrência e conquistar a clientela. É proibida por lei tanto no mercado interno quanto no mercado internacional. No mercado interno o dumping se concretiza ao se vender um produto ou serviço abaixo do seu preço de custo. No mercado internacional pratica-se dumping ao se vender um produto ou serviço por preço inferior ao cobrado para os consumidores do país de origem. ECONOMIA E DIREITO O aumento do papel regulador do governo na economia chamado neoliberalismo visa garantir a defesa da concorrência e os direitos dos consumidores. O Direito e a teoria dos mercados: defesa do consumidor e da concorrência • foco econômico: comportamento dos produtores e consumidores. • foco jurídico: agentes das relações de consumo. • estudo do estabelecimento comercial e do empresário: análise econômica e jurídica. • economias externas; Teoria Econômica Normas jurídicas do País • Leis de defesa da concorrência – regulam as estruturas de mercado • Lei Sherman – EUA – proibição da formação de monopólios. • Lei Celler-Kefauver – EUA - proibição das fusões de empresas por meio de compra de ativos. • agentes econômicos e suas falhas de informação. Externalidades – efeitos positivos ou negativos – Leis, restrições Falhas de mercado – os agentes econômicos não tem informação completa dos produtos Assimetria de informações – ação governamental para proteção do consumidor. •no Brasil, Constituição Federal de 1988; • Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC); • Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE; • controle das estruturas de mercado: Grau de concentração econômica no Brasil: para verificar o grau calcula-se a proporção do faturamento das quatro maiores empresas de cada ramo de atividade sobre o total faturado no ramo respectivo. Quanto mais próximo de 100%, maior o grau de concentração do setor. •controle de condutas: apuração de práticas anticoncorrenciais; • Truste • Holding • Dumping • ação governamental: coibição e repressão dos abusos no mercado. Arcabouço jurídico das políticas macroeconômicas • políticas monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior são de competência da União. • política fiscal é de competência da União, Estados e Municípios. • papel da defesa do governo: aumento da demanda agregada. • processo de globalização: integração econômica global sobre bases econômicas e jurídicas. O Estado promovendo o bem-estar da sociedade • Direito estabelece as normas que regulam as relações entre indivíduos, governos e organismos internacionais Direito naturais • À vida • À liberdade • À propriedade Governo • Função alocativa – tornar os mercados mais eficientes • Função distributiva – melhor qualidade de vida para a população Artigo 170 da Constiuição de 1988: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I. soberania nacional; II.propriedade privada; III. função social da propriedade; IV. livre concorrência; V. defesa do consumidor; VI. defesa do meio ambiente; VII. redução das desigualdades regionais e sociais; VIII. busca do pleno emprego; IX. tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentementeda autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei”. Há ligação entre Economia e Direito também na análise: • dos princípios gerais da atividade econômica; • dá política urbana, agrícola e fundiária; • do Sistema Financeiro Nacional; • das políticas monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior; Os governos também criam normas jurídicas que protejam o meio ambiente, como o Protocolo de Quioto. As normas jurídicas buscam regularizar as atividades econômicas buscando tornar os mercados mais eficientes e melhor qualidade de vida para a população como um todo.
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