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MASTER JURIS - DIREITO PENAL ESPECIAL

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MASTER JURIS – DIREITO PENAL (PARTE ESPECIAL)
CRIMES CONTRA A PESSOA
HOMICÍDIO ART. 121
 CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA 
 Conceito: Homicídio consiste na destruição da vida humana por outrem. 
 O bem jurídico tutelado é a vida humana independente. 
A vida humana é bem jurídico indisponível assegurado pela Constituição da República (art. 5º caput).
 Limite mínimo – a partir do nascimento com o início das contrações expulsivas (parto normal) ou com a incisão abdominal (parto cesariana). 
 Limite máximo - morte da pessoa titular do bem jurídico vida humana. 
 Morte – elemento normativo - conceito de conteúdo médico-valorativo = lesão irreversível e irrecuperável de alguma função vital do corpo humano.
 Critério da morte encefálica - acolhido expressamente pela legislação pátria (art. 3º, lei 9434/97) - respeita as garantias de proteção da pessoa humana, pois pressupõe a perda da consciência e de outras funções superiores, sem as quais o indivíduo não pode realizar sua condição de pessoa.
Obs: Lei 9434/97 Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.
 A presença de condições orgânicas precárias que impeçam a continuidade da vida não afasta a configuração do delito. 
É irrelevante o consentimento da vítima. 
 Cessada a vida, não é mais possível a ocorrência de homicídio. 
Trata-se de crime impossível pela impropriedade absoluta do objeto.
2) SUJEITO ATIVO - qualquer pessoa - delito comum - não exige qualificação especial. 
3) SUJEITO PASSIVO - ser humano com vida, não importando seu grau de vitalidade ou a existência ou não de capacidade de sobrevivência. 
Obs.: infanticídio (art. 123, CP) (sujeito ativo e passivo c/ qualificação)
O sujeito passivo também é o OBJETO MATERIAL do delito, pois sobre ele recai diretamente a conduta do agente.
4. TIPICIDADE OBJETIVA E SUBJETIVA HOMICÍDIO SIMPLES Art 121. 
Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 Tipo Objetivo - Núcleo do tipo - verbo matar 
 Conduta comissiva. 
 delito de forma livre (admite qualquer meio de execução) 
 Meios diretos - pelos quais o agente pessoalmente atinge a vítima (disparos);
 Meios indiretos - conduzem à morte de modo mediato (ataque de animal); 
 Meios materiais - mecânicos, químicos, patológicos; 
 Meios morais - susto, emoção violenta, medo ou outros meios psíquicos ou morais.
Tipo subjetivo - animus necandi. 
 Dolo (direto ou eventual) - consciência e vontade de realização dos elementos objetivos do tipo de injusto doloso (tipo objetivo). 
Vontade de realização com base no conhecimento dos elementos do tipo concorrentes no momento da prática da ação e da previsão da realização dos demais elementos do tipo, inclusive a relação de causalidade entre a conduta e o resultado. 
Não se exige especial fim de agir.
Homicídio por omissão imprópria (ART. 13, §2º, CP) 
*posição de garantidor do bem jurídico; *presença de uma situação típica - produção iminente de uma lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico protegido; *não-realização da ação dirigida a evitar o resultado; *capacidade concreta de ação;
CONSUMAÇÃO Crime material – consuma-se com a produção do resultado exigido - morte. Delito instantâneo de efeitos permanentes. Em regra, é necessário o exame de corpo de delito direto ou indireto (art. 158, CPP). 
TENTATIVA - admite-se. Iniciada a execução do delito, o resultado morte não sobrevém por circunstâncias alheias à vontade do agente.
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
IMPELIDO POR MOTIVO DE RELEVANTE VALOR
 • SOCIAL - consentâneo aos interesses coletivos. 
• MORAL – interesse individual em conformidade com princípios éticos dominantes em determinada sociedade – podem ser motivos nobres e altruístas.
Obs.: EUTANÁSIA (“morte serena”) trata-se de comportamentos que dão lugar à produção ou antecipação da morte de uma pessoa que sofre de lesão ou enfermidade incurável, geralmente mortal, que lhe causa graves sofrimentos e/ou afeta consideravelmente sua qualidade de vida. Pode ser ativa ou passiva. Não foi acolhida como excludente de crime expressamente no CP, mas pode ser invocada a causa de redução de pena (relevante valor moral).
 Os motivos determinantes de relevante valor moral ou social são incomunicáveis -circunstâncias de caráter pessoal - denotam menor magnitude da culpabilidade do agente. Menor juízo de censura sobre a conduta.
SOB DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, LOGO APÓS INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA:
 EMOÇÃO - sentimento intenso e passageiro que altera o estado psicológico do indivíduo, provocando ressonância fisiológica (angústia, medo, tristeza). 
 VIOLENTA - severo desequilíbrio psíquico capaz de afetar a capacidade de reflexão e autocontrole.
REAÇÃO IMEDIATA (logo após) - sine intervallo - um lapso temporal maior possibilitaria ponderação incompatível com a eclosão da reação súbita. 
INJUSTA (ilegítima, sem motivo razoável) 
PROVOCAÇÃO (atitude desafiadora/ofensas diretas ou indiretas/insinuações/atitudes de desprezo).
Obs: Deve-se analisar a personalidade do provocado e as circunstâncias do fato.
REDUÇÃO OBRIGATÓRIA OU FACULTATIVA? 
1º corrente: facultativa (pode) - parte da doutrina sustenta, já que a própria exposição de motivos se pronunciava neste sentido. 
2º corrente: obrigatória (deve) - fundamentos: Soberania dos veredictos do tribunal do júri (art. 5º, XXXVIII, CR): O privilégio é quesito da defesa e, reconhecido pelo Conselho de sentença, a redução se impõe, ficando seu quantum (1/6 a 1/3) a critério do juiz presidente.
HOMICÍDIO QUALIFICADO (121, §2º) 
PELOS MOTIVOS DETERMINANTES: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
• Motivo Torpe - abjeto, indigno e desprezível, repugnante, que provoca acentuada repulsa, sobretudo pela insensibilidade moral do autor. 
Ex.: Cobiça, egoísmo inconsiderado, depravação dos instintos.
Mediante paga ou promessa de recompensa – Segundo parte da doutrina, deve ser retribuição de conteúdo econômico. Em sentido contrário, entende-se que é qualquer vantagem (Greco). Promessa de recompensa (futura): basta o ânimo de lucro, sendo dispensável a obtenção efetiva do pagamento.
Sexta Turma (Informativo n. 575). O reconhecimento da qualificadora da “paga ou promessa de recompensa” (inciso I do § 2º do art. 121) em relação ao executor do crime de homicídio mercenário não qualifica automaticamente o delito em relação ao mandante, nada obstante este possa incidir no referido dispositivo caso o motivo que o tenha levado a empreitar o óbito alheio seja torpe.
De fato, no homicídio qualificado pelo motivo torpe consistente na paga ou na promessa de recompensa (art. 121, § 2º, I, do CP) – conhecido como homicídio mercenário – há concurso de agentes necessário, na medida em que, de um lado, tem-se a figura do mandante, aquele que oferece a recompensa, e, de outro, há a figura do executor do delito, aquele que aceita a promessa de recompensa.
É bem verdade que nem sempre a motivação do mandante será abjeta, desprezível ou repugnante, como ocorre, por exemplo, nos homicídios privilegiados, em que o mandante, por relevante valor moral, contrata pistoleiro para matar o estuprador de sua filha. Nesses casos, a circunstância prevista no art. 121, § 2º, I, do CP não será transmitida, por óbvio, ao mandante, em razão da incompatibilidade da qualificadora do motivo torpe com o crime privilegiado, de modo que apenas o executor do delito (que recebeu a paga ou a promessa de recompensa) responde pela qualificadora do motivo torpe. Entretanto, apesarde a “paga ou promessa de recompensa” (art. 121, § 2º, I, do CP) não ser elementar, mas sim circunstância de caráter pessoal do delito de homicídio, sendo, portanto, incomunicável automaticamente a coautores do homicídio, conforme o art. 30 do CP (REsp 467.810-SP, Quinta Turma, DJ 19/12/2003), poderá o mandante responder por homicídio qualificado pelo motivo torpe caso o motivo que o tenha levado a empreitar o óbito alheio seja abjeto, desprezível ou repugnante.
• Motivo Fútil - insignificante, flagrantemente desproporcional ou inadequado se cotejado com a ação ou omissão do agente. 
• Não se confunde com inexistência de motivo ou com motivo injusto (moralmente reprovável).
Quando o legislador quis se referir a motivo fútil, fê-lo tendo em mente uma reação desproporcional ou inadequada do agente quando cotejado com a ação ou omissão da vítima; uma situação, portanto, que pressupõe uma relação direta, mesmo que tênue, entre agente e vítima.
(Informativo n. 583). É incompatível com o dolo eventual a qualificadora de motivo fútil (art. 121, § 2° , II, do CP).
*Pois a reação do agente é desejada.
MEIOS DE EXECUÇÃO 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
Trata-se de qualificadora de natureza mista - influi diretamente na medida do injusto (maior desvalor da ação - modo e forma de realização e probabilidade do resultado - e na medida da culpabilidade (disposição de ânimo insidiosa ou cruel).
 veneno (conceito objetivo) - qualquer substância inoculada, ingerida ou introduzida de forma dissimulada no organismo, provoque lesão ou perigo de lesão à saúde ou à vida. 
 asfixia - forma cruel - obstáculo à função respiratória - pode ser mecânica ou tóxica.
 tortura - inflição de mal com o propósito de provocar dor, angústia e grave sofrimento físico á vítima. *não confundir com o delito autônomo de tortura - art. 1º, lei 9455/97.
 insidioso - dissimulado em sua eficiência maléfica. 
 cruel - aumenta inutilmente o sofrimento da vítima ou revela brutalidade fora do comum. 
 resulta perigo comum - capaz de afetar um número indeterminado de pessoas.
MODOS DE EXECUÇÃO
 IV - à traição (relação de confiança traída), de emboscada (melhor situação de vantagem sob a vítima), ou mediante dissimulação (encobrimento dos próprios desígnios; ocultação da intenção delitiva para tornar mais custosa a defesa da vítima) ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; 
Trata-se de modos de execução que dificultam ou impossibilitam a defesa da vítima - atuam diretamente na magnitude do injusto - visa garantir a execução do delito.
CONEXÃO TELEOLÓGICA OU CONSEQUENCIAL 
V - Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime. 
 Pressupõe a existência de dois crimes entre os quais há conexão teleológica (meio/fim) - assegurar a execução - ou conseqüencial (causa/efeito) - a ocultação, a impunidade ou a vantagem. 
É maior a medida da culpabilidade(subjetiva).
Ex: O agente praticou um estupro e foi reconhecido pela vítima e ao perceber isso mata a vítima para assegurar sua impunidade
FEMINICÍDIO 
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: § 2 o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
CONTRA AUTORIDADE OU AGENTE 
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
Obs: É constitucional o julgamento, pela Justiça Militar, de crime doloso contra a vida quando presente alguma das hipóteses de incidência da Lei Penal Militar (CPM, art. 9º). Precedente: HC 91003, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, julgado em 22/05/2007. 2. Responde por crime militar o civil que pratica tentativa de homicídio contra militar quando este estiver em função de natureza militar. 3. In casu, a vítima, oficial do Exército brasileiro, estava em serviço no momento da prática delituosa
É compatível a coexistência de HOMICÍDIO PRIVILEGIADO com HOMICÍDIO QUALIFICADO? 
 1º corrente (minoritária)- Não, em razão da posição topográfica - qualificado depois do privilegiado - aplica-se o privilégio somente ao homicídio simples - causas de diminuição são incompatíveis com as qualificadoras. 
 2º corrente (majoritária) - Sim, por questões de política criminal, é possível delito com privilégio e qualificadoras quando estas forem de ordem objetiva ou mista.
HOMICÍDIO CULPOSO 
É classificado como homicídio culposo quando um sujeito mata outro sem intenção. A culpa é inconsciente e o assassinato ocorre por negligência, imprudência ou imperícia.
Perdão Judicial = Se as consequências do fato, do homicídio culposo, atingem o autor de forma tão grave, que a pena se torna desnecessária, o juiz pode deixar de aplicar a pena. Ou seja, quando a vida já se encarregou de punir o autor de alguma forma. Perdão judicial é causa de extinção da punibilidade – extinção de punibilidade não gera reincidência, conforme exposto no Art. 120, CP e Art. 107, IX, CP, além da súmula 18, STJ.
Súmula 18/STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.
SUICÍDIO
Art 122, CP – Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
É um crime doloso contra a vida. 
Suicídio – é a deliberada destruição da propria vida. Não é uma conduta amparada pelo ordenamento juridico, não é um exercício regular de direito, ou seja, teoricamente, não posso me matar. Porém, você não pode ser punido pela auto lesão, salvo na situação da gestante que tenta se matar, podendo ela ser punida por uma tentativa de aborto ou um aborto. 
Salvo essas situações, o ordenamento juridico NÃO pune essas auto lesões, em razão do princípio da ofensividade, da lesividade que determinam que o direito penal só pode incidir nas condutas que afetem gravemente a esfera jurídica alheia. Nessa hipótese, o induzimento não pode ser confundido pela hipótese do homicídio, porque o autor não pratica o ato executório de matar. O bem jurídico protegido nessa situação é a vida humana; o agente promove o induzimento, a instigação da destruição da vida alheia, de modo que o próprio titular do bem jurídico é quem tira a própria vida. 
Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Ele não é partícipe do suicídio alheio, mas autor de delito autônomo, perfeitamente configurado com a prática de qualquer uma das condutas descritas no tipo penal. 
Sujeito passivo – crime comum, não há qualquer restrição do sujeito passivo quanto ao da figura delitiva em apreço.
 Deve ser pessoa determinada, não perfazendo o delito o induzimento genérico. Não há qualquer restrição, a princípio, do sujeito ativo, porém, a pessoa sem discernimento vai caracterizar homicídio por autoria mediata. Segundo o art. 122, CP, o sujeito passivo não sustenta nenhuma característica especial, assim como sujeito ativo. Não existe delito com induzimento genérico, para caracterizar induzimento ao suicídio, tem que ser pessoa determinada. Nesse caso, não há crime. A mera apologia ao suicídio, não caracteriza crime. Também é necessário que a vítima tenha discernimento, ou seja, se a vitima é um doente mental, o induzimento ao suicídio dessa pessoa vai caracterizar homicídio com autoria mediata. Não será induzimento ao suidicio, porque a vítima precisa ter discernimento para entender quais serão as consequências do seu ato. 
OBS: O código penal e o ECA não estão alinhados. Isso porque, no código penal, o legislador presume que menor de 14, não tem discernimento. Tipicidade objetiva e subjetiva – 
induzir significa inspirar, incutir, sugerir, persuadir fazer brotar no espíritode outrem, ideia suicida que enseja a germinação, na vítima, do propósito de supressão da própria vida. Desequilibra definitivamente a situação e origina a resolução e o ato executivo do suicídio.
 Instigar é estimular, incitar, acoroçoar, animar, alguém ao suicídio. A ideia suicida preexiste, mas o instigador impulsiona de modo decisivo sua concretização.
 A decisão final – o suicídio – é motivada pela conduta daquele que, de forma consciente e voluntária, reforça o propósito suicida. 
Prestar auxílio para o suicídio alheio.: Nesse caso, o agente colabora fornecendo os meios necessários para que a vítima alcance o propósito de matar-se, é indispensável a eficiência causal do auxílio. 
Ex: o empréstimo da arma, de veneno, ou de qualquer outro meio hábil a efetivação da intenção suicida.
É fundamental, para caracterização do disposto nesse artigo, que o autor do crime não execute ato de matar/ato de tirar a vida. Nesse caso, ele tem que, no máximo, se restringir a dar a ideia, reforçar a ideia ou prestar auxilio. Ele não pode atuar efetivamente executando o ato de matar. Existem casos em que pode ocorrer a chamada progressão criminosa, que consiste na prática de atos gravemente ascendentes contra o mesmo bem jurídico mas, existe uma alteração do elemento subjetivo. A consequência dessa progressão criminosa é que, esse autor, pelo critério da consunção, vai responder pelo crime final, que foi o mais grave. Ou seja, num exemplo em que alguém evolua do induzimento ao suicidio para o homicidio, a pessoa irá responder pelo crime de homicidio.
 Também irá afastar a aplicação do artigo 122, CP, o chamado pacto de morte, também chamado de suicidio a dois. Nesse caso, caso alguém sobreviva, essa pessoa irá responder por induzimento ao suicídio da pessoa que morreu. Se os dois sobreviverem, cada qual irá responder pelo Art. 122, CP, com uma pena menor. Caso tenham sobrevivido com lesões corporais graves ou não irá ocorrer a aplicação de pena, caso resulte em penas leves.
• Duelo americano/roleta russa: vai ocorrer a aplicação do art. 122, CP, porque o que ocorre aqui é um suicídio com uma instigação por outrem.
• Tipo subjetivo: exige-se que o agente tenha consciência e vontade de induzir, instigar ou auxiliar o suicídio de outrem, podendo fazê-lo de forma espontânea ou atendendo a pedido da própria vítima. Dolo direto ou eventual. É possível a configuração do sujeito ativo – de modo consciente e voluntário – imprime-se a vítima maus-tratos sucessivos capazes de motivar-lhe a decisao suicida. É possível, em tese, que a coação moral exercida pelo agente altere a livre determinação de vontade da vitima, conduzindo-a ao ato suicida. Inexiste qualquer especial fim de agir. Não há modalidade culposa.
• CAUSAS DE AUMENTO DE PENA(Art. 122, § único, CP)
 Motivo egoístico: - Maior reprovabilidade pessoal da conduta típica e ilícita em virtude do móvel que a impulsionou; - Fim de obter vantagem pessoal ou a satisfação de interesse próprio (material ou moral). Ex: receber seguro ou herança, eliminar adversário ou concorrente, satisfazer sentimento de inveja, ódio ou vingança, etc. 
Vítima Vulnerável: - Menor de 14 a 18 anos ou com capacidade de resistência reduzida por qualquer causa; Nesse caso fala-se em menor com idade de 14 a 18 anos porque, o legislador presume que menor de 14 anos não tem discernimento e, portanto, seria um homícidio de autoria mediata.
INFANTICÍDIO ART. 123
 Nesse caso, a pena é menor por conta do estado psíquico causado pelo estado puerperal que ocorre com algumas mulheres. Cabe ressaltar que isso não irá excluir o julgamento desse caso pelo Tribunal do Júri. O privilégio é conferido em razão de uma perturbação de ordem fisio-psíquica, capaz de atenuar a magnitude da culpabilidade. Bom lembrar que o crime de infanticídio não utilizou o critério do honoris causem. A abstração do motivo de honra deve-se a diversas razões, podendo-se apopntar a incoveniência em se acentuar a causa honris em detrimento de motivos sustentados como dignos de tratamento mais benévolo (dificuldades econômicas, excesso de prole, etc). Ademais, a proteção da vida humana sobrepuja a tutela conferida à honra objetiva individual. A legislação penal não impede que esse antecedente psicológico seja examinado.
Sujeito ativo – em regra, é a mãe, que mata o próprio filho durante ou logo após o parto, sob a influência do estado puerperal. Trata-se de um delito especial próprio. 
Sujeito passivo – é o ser humano nascente (durante o parto – transição da vida uterina para a extra -uterina) ou recém nascido (logo após).
Obs: Segundo a posição majoritária, fazendo leitura desse artigo, percebe-se que, de certa forma, permite-se o concurso de pessoas no crime do infanticídio, comunicando as condições pessoais desse crime a terceiros que concorram no crime.
Corrente Majoritária: com base no artigo 30, CP, defende-se a possibilidade de coautoria e participação. O estado puerperal é indiscutivelmente, condição de cunho pessoal. Todavia, figura como elementar do tipo de infanticídio e comunica-se ao coautor ou partícipe, respondendo então, pelo delito de infanticídio.
Nos casos que por exemplo a mãe da criança comete o crime de não oferecer alimento à criança: COMISSIVO POR OMISSÃO (dever de cuidado)
*Não existe infanticídio culposo
ABORTO ART. 124 Á 128
No caso do artigo 126, a pena será de reclusão para o executor do tipo penal e de detenção para a gestante.
• Bem Jurídico Tutelado e Sujeitos do Delito O bem jurídico protegido nesses artigos é a vida do ser humano em formação. A liberdade, a vida e a integridade física da gestante também são protegidas secundariamente.
 Objeto material: depende do momento da gestação. Em determinado momento será o embrião, em outros, o feto humano no útero materno. 
Sujeito Ativo: no crime de auto-aborto e no aborto consentido, dispostos no artigo 124, CP é a própria mãe (delito especial próprio). Nessas hipóteses, não cabe a coautoria, pois essa hipoteses está sendo tratada nos artigos 125 e 126, CP. Nesse caso, a mãe é a autora, porque é ela quem executa. Nas demais hipóteses: aborto praticado por terceiro, com ou sem consentimento: o sujeito ativo poderá ser qualquer pessoa (delito comum). 
Sujeito passivo: é o ser humano em formação, pois é ele o titular do bem jurídico tutelado nesses artigos. Tipo objetivo: a doutrina considera o fenômeno da nidação como o termo inicial para a prática do delito, ou seja, é o que a doutrina considera como o começo da gravidez. Do ponto de vista biológico, o ínicio da vida é marcado com a fecundação. Todavia, o aborto tem como limite mínimo necessário para sua existência, a nidação, que ocorre cerca de quatorze dias após a concepção. O termo final é o ínicio do parto. A gravidez interompida deve ser normal e não patológica. A interrupção da gravidez extra-uterina ou da gravidez molar não configura o aborto.
Admite-se o aborto na modalidade comissiva, ou seja, se o médico ou alguém que deva prestar atendimento à gestante por estar na figura de um garantidor, ou seja devem agir para impedir o resultado, nega esse atendimento à gestante, pode configurar como responsável pelo aborto.
Crime Impossível: Se o meio é absolutamente ineficaz, insuscetível de provocar o aborto, há crime impossível – Art. 17, CP.
Se as manobras abortivas são realizadas em mulher não-grávida o sobre feto já morto antes da provocação, não haverá crime, em razão da absoluta impropriedade do objeto.
Tipo Subjetivo: Admite-se o dolo direto: diretamente conduzida à interrupção da gravidez, à provocação da morte do produto da concepção – 
Admite-se o dolo eventual: o sujeito ativo, embora não queira o resultado morte do feto como fim específico da sua conduta, o aceita como possível ou provável.
Aborto tentado - nascimento prematuro
LESÕES CORPORAIS E ABORTO: - Para a maioria da doutrina e da jurisprudência, a agressão dirigida à mulher grávida, conhecendo o agente essa circunstância e assumindo o risco da eventual morte do feto como resultado de sua conduta (oumesmo, querendo tal resultado), dá lugar ao concurso formal de delitos (artigo 70 CP) – lesão corporal dolosa e aborto consumado ou tentado. 
Concurso formal Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resul- tam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código.
-> Concurso formal impróprio -> Resultados diferentes Ex.: Dispara para matar alguém e o tiro pega na pessoa e também pega em outra pessoa, (concurso formal próprio), tinha 1 objetivo, 1 desígnio mais por acidente atingiu outra pessoa.
-> Concurso formal próprio- não queria os 2 resultados. -> 1 crime doloso e 1 crime culposo (se houver previsão legal). -> Homicídio doloso (que ele desejava) e homicídio culposo (previsibilidade). Ex.: Se o sujeito deseja ofender a integridade física da gestante, sabe que a pessoa é gestante, ele ofende a integridade física dela -> dolo de ofender a integridade física (lesão corporal), sabe da gestação, ao antever o resultado assume o risco -> dolo eventual ou também ele quer outro resultado -> concurso formal impróprio.
-> Tem como consequência o somatório das penas -> lesão corporal leve ou grave e o aborto. -> Tem que ficar caracterizado que ele tinha conhecimento da gestação, tem que ficar caracterizado o dolo em relação ao aborto.
Lesão corporal Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: § 2° Se resulta: I - Incapacidade permanente para o trabalho; II - enfermidade incuravel; III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; IV - deformidade permanente; V - aborto: Pena - reclusão, de dois a oito anos. - Ex.: Deu um soco no rosto da gestante, intenção causa lesão corporal, sabia que era gestante, ela cai, e na queda acaba sofrendo o aborto.
 -> Lesão corporal gravíssima, (qualificada pelo aborto).
 -> Lesão corporal praticada contra gestante assumindo o risco ou querendo o resultado do aborto -> concurso formal impróprio. 
-> Lesão corporal dolosa praticada contra gestante, sem assumir o risco, sem querer o resultado do aborto, é previsível? É, então tenho lesão corporal gravíssima, lesão corporal com resultado do aborto.
Homicídio e aborto: - A morte dada à gestante, ciente o agente da gravidez, implica o concurso formal de crimes-homicídio doloso consumado e aborto praticado sem o consentimento da vítima (artigo 125, CP), consumado ou tentado
Tentativa de suicídio e auto-aborto: - Se a gestante tenta o suicídio, que não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade, responderá pelo delito de auto-aborto – tentado ou consumado – se consciente a gestante da situação e das consequências de seus atos (artigo 124, CP).
O que é previsível e certo? - Que o ser humano em formação também vai morrer, temos nesse caso um concurso formal impróprio, tem dolo direto de 1º e 2º grau, homicídio 1º grau -> aborto é um resultado certo, efeito colateral 2º grau, (com somatória as penas), se a criança sobreviver tentativa de aborto. - artigo 122 CP
- Suicídio não é punido porque não se pune autolesão, vai ser punido não pelo suicídio e sim pelo aborto, tentado ou consumado. - Se a gestante tenta o suicídio, sobrevive-> responde pelo aborto tentado ou consumado. - Se alguém induziu a gestante ao suicídio, essa pessoa responde pelo artigo 122 CP, (bem jurídico é a vida humana), e sabendo que a suicida é gestante também contribuiu para o auto aborto do 124 CP (partícipe). - Não existe previsão de aborto culposo. -> A gestante toma um medicamento proibido sem saber que não era indicado para ela e acaba provocando o aborto de forma descuidada. Ex.: O médico em uma consulta prescreve um medicamento que provoca o aborto (e não tinha conhecimento da gravidez). - Pode responder pela lesão corporal (culposa) – artigo 129 §
Consumação e tentativa - O crime se consuma com o resultado, aborto é o resultado, aborto é a interrupção da gravidez com a morte do feto. - É um crime instantâneo, se consuma no momento determinado, o objeto material é destrutível, temos como determinar o momento. - Comprovar o evento morte, causado por esse comportamento. -> Nexo de causalidade tem que está presente. Ex.: A pessoa era acusada de ter lançado o recém-nascido no curso d’ água, ter matado seu filho (estado puerperal), imputação é feita de infanticídio, no curso da ação o juiz faz uma desclassificação para aborto, (alguém disse que ela tomou remédio para abortar), e a criança nasceu morta e foi jogada no rio. -> se nasceu morta, afasta infanticídio. -> tenho que demonstrar a interrupção da gravidez, que a criança nasceu morta porque tomou o medicamento que provocou esse aborto, (demonstração do nexo). -> pode haver morte do feto sem expulsão. -> pode ser que a morte ocorra após a expulsão. -> se a criança sobrevive temos uma tentativa de aborto
Artigo 127 CP - Aborto qualificado pelo resultado - Figura preterdolosa porque o resultado agravador é atribuída a título de culpa. Forma qualificada 
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Figura preterdolosa - O resultado mais grave (lesão corporal ou morte) é imputado ao agente a título de culpa. - Se houver dolo (direto ou eventual), haverá concurso formal – aborto e lesões corporais de natureza grave ou aborto e homicídio. - Há quem sustente que, inexistente a gravidez ou já morto o feto, a lesão corporal ou a morte serão imputadas ao agente a título de culpa (artigo 129 § 6º ou artigo 121, § 3º CP), já que o crime de aborto seria impossível.
-> Crime preterdoloso admite tentativa? - Não cabe tentativa - ou o resultados agravador acontece e é atribuído a título de culpa ou não acontece. Ex.: Em uma lesão corporal de natureza grave onde há perigo de morte (vida), a vítima sofreu uma lesão corporal, ficou entre a vida e a morte e sobreviveu. Lesão corporal qualificada pelo perigo de morte, só pode ser atribuído a título de culpa esse resultado agravador. Não é possível se falar em tentativa. -> Lesão corporal qualificada pelo perigo de morte, não se pode falar em tentativa, (§ 3º 129 CP), lesão grave. Lesão corporal seguida de morte § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. - Não pode admitir tentativa nas figuras preterdolosas. - No caso do aborto qualificado pelo resultado é uma situação diferente.
Artigo 127 CP, diz se do aborto ou dos meios empregados para provoca-lo resultam lesão grave para a gestante ou a morte da gestante. - O resultado agravador recai sobre a gestante, o crime é praticado contra o ser humano em desenvolvimento (em formação), o resultado agravador não recai sobre o mesmo resultado material ou contra a mesma pessoa, recai sobre outra pessoa, outro objeto material que é a gestante. - A criança sobrevive mas a gestante perde o útero por conta de uma perfuração, ex.: de um aborto tentado sobrevém a qualificadora, agravação pelo resultado. - Aumento da pena do 127 CP, crime preterdoloso (sui generis) ->exceção. -> Dolo no aborto, culpa no resultado agravador previsibilidade do resultado agravador, lesão grave ou morte da gestante, como o resultado agravador recai sobre outra pessoa outro objeto material possível que o aborto seja tentado, incidindo artigo 127 CP, a agravação pelo resultado, numa modalidade preterdolosa. -> Aborto é o resultado, pode ser consumado.
Artigo 128 caput, l CP -> Estado de necessidade excludente de ilicitude 
O legislador autorizaa pratica desse aborto para salvar a vida da gestante, (aborto necessário). - Se fizermos uma abordagem de funcionalista/conglobante ou visão funcionalista teoria da imputação objetiva do funcionalismo se usar esse argumento a conduta seria atípica, visão tradicional, visão funcionalista -> teoria da imputação objetiva, se a pessoa reduz o risco de um dano maior, se o médico ao salvar a vida da gestante tem que sacrificar outro bem jurídico, sua conduta seria atípica não poderia ser imputado pelo resultado. - Para Zafaroni se alguém cumpre um dever jurídico a sua conduta não é anti-normativa, seu comportamento é atípico
-> excludente de ilicitude O consentimento da gestante é dispensado, porque o médico deve agir para preservar a sua vida, bem jurídico é indisponível (previsão legal). - ll) Aborto humanitário/ético/sentimental - quando a gravidez resulta de estupro. - para preservar a saúde a integridade psíquica da mulher. -> Estado de necessidade (teoria unitária). -> colisão de interesses, o bem jurídico é disponível (te, que consentir), ponderação da razoabilidade do sacrifício. -> Tem que ter o consentimento (entendimento majoritário).
Anencefalia - O STF levando em consideração que no Brasil o critério da morte para o direito é a morte encefálica, (ADPF 54), a falta de estruturas celebrais não permite que o produto da concepção se aperfeiçoe como ser humano. Não é vida humana a ser protegida. O STF não reconhece essa gestação como “normal”, viável para o ser humano, não há vida humana a ser protegida, não há crime de aborto. Antecipação terapêutica da parte. -> Fato típico
LESÃO CORPORAL ART. 129
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Lesão leve - Essas lesões corporais vão ser identificadas na modalidade leve quando excluídas as figuras graves, as figuras qualificadas, por exclusão residualmente. - Infração de menor potencial ofensivo- juizado especiais criminais, salvo na violência contra a mulher -> lesão grave qualificada §9º (violência doméstica).
Lesão corporal de natureza grave 
§ 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II - perigo de vida; III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV - aceleração de parto: Pena - reclusão, de um a cinco anos.
- O resultado agravador pode ser atribuído a título de dolo ou culpa, o agente pode ter o dolo da lesão do resultado agravador. Ex.: Tem o dolo de quebrar as pernas da vítima para que ela fica incapacitada por mais de 30 dias, (ocupações habituais). -> culpa pela previsibilidade - elemento subjetivo- dolo ou culpa no resultado agravador
O que são ocupações habituais? 1º) l- Qualquer atividade lícita (atividade que é desenvolvida habitualmente). - O legislador estabelece a necessidade do exame complementar, exame de corpo de delito complementar artigo 168 § 2º CPP
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. § 2 o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o , I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.

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