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crimes contra patrimônio

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ESTRUTURA DO TIPO PENAL
DO FURTO (ART. 155, CP)
BEM JURÍDICO: Patrimônio [ regra geral: propriedade + posse, quanto a detenção alguns admitem];
TIPO OBJETIVO: consiste em subtrair (retirar, tirar ás escondidas), para si ou para outrem coisa alheia móvel. 
Verbo Nuclear: “Subtrair”;
Objeto Material + Elemento normativo: Coisa “alheia” móvel. 
Cadáver só o que ostentar valor econômico.
Nota explicativa de Objeto material: Coisa (substância material, corpórea, passível de subtração e que tenha valor econômico) móvel (tudo aquilo que pode ser transportado de um local para outro, sem separação destrutiva do solo).
QUESTÕES:
FURTO DE GADO: ABIGEATO;
FURTO DE SÊMEN – ENERGIA GENÉTICA;
FURTO DE DENTES DE OURO DE CADÁVER;
FURTO DE TECIDOS, ÓRGÃOS OU PARTES DO CORPO DE PESSOA OU CÁDAVER, PARA FINS DE TRANSPLANTE, EM DESACORDO COM AS DISPOSIÇÕES LEGAIS, Art. 14, da lei 9.434/1997.
DO FURTO 
◙ QUESTÕES POLÊMICAS RELACIONADAS AO OBJETO MATERIAL: 
A. FURTO E PRINCÍPIO DA INISGNIFICÂNCIA;
B. FURTO DE OBJETO DE ESTIMAÇÃO;
DO FURTO 
TIPO SUBJETIVO: Dolo (vontade e consciência de efetuar a subtração da coisa alheia);
	- Especial fim de agir: finalidade especial de assenhoramento definitivo – “para si ou para outrem”;
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa (crime comum), com exceção do proprietário (art. 346) – possuidor – detentor (art. 168);
SUJEITO PASSIVO: proprietário, o possuidor, e eventualmente, até mesmo o detentor da coisa alheia móvel, desde que tenha algum interesse legítimo sobre a coisa subtraída. É irrelevante a identificação da vítima.
DO FURTO 
CONSUMAÇÃO: inversão da posse (momento em que o bem passa da esfera de disponibilidade da vítima para a do autor). A posse de quem detinha a coisa é substituída pela posse do agente, em verdadeira inversão ilícita;
TENTATIVA: o furto, como crime material, admite com segurança figura tentada. Sempre que a atividade executória seja interrompida, no curso da execução, por causas estranhas a vontade do agente, configura-se a tentativa.
DO FURTO 
Formas:
FURTO SIMPLES: caput (reclusão, 1 a 4 anos e multa).
FURTO NOTURNO: “§ 1° A pena aumenta-se de 1/3 se, se o crime é praticado durante o repouso noturno”;
	◙ Causa de aumento de pena, aplicável na 3ª. Fase da dosimetria da pena;
	◙ Período de tempo, que se modifica conforme os costumes locais, em que as pessoas domem;
	◙ Não incide sobre a forma qualificada, mas pode ser considerada na dosimetria da pena, como circunstância do crime (art. 59).
DO FURTO 
FURTO PRIVILEGIADO:“§ 2° Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa”.
◙ Diminuto desvalor do resultado + primariedade.
◙ *Não incide sobre a forma qualificada (*divergência: doutrina tradicional x doutrina moderna – STF x STJ).
FURTO DE ENERGIA: “§ 3° Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”.
FURTO QUALIFICADO: “§ 4° A pena é de reclusão de 2 a 8 anos, e multa, se o crime é cometido:
 I – com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa (o obstáculo não pode fazer parte da coisa);
 II – Com abuso de confiança, mediante fraude, escalada ou destreza (1ª.mod. deve haver relação de confiança e vulnerabilidade);
 III – Com emprego de chaves falsa (qualquer mecanismo que se preste a abrir a fechadura);
 IV – Mediante concurso de duas ou mais pessoas;
◙ Desvalor da ação + desvalor do resultado;
◙ Violência contra a coisa;
◙ Com exceção do abuso de confiança, todas as demais qualificadoras comunicam-se aos co-autores.
FURTO DE VEÍCULO AUTOMOTOR:
	“§ 5° A pena é de reclusão de 3 a 8 anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o Exterior”
Espécie de Ação penal no crime de furto: Ação penal pública incondicionada.
FURTO DE COISA COMUM
ART. 156
BEM JURÍDICO: a posse legítima, a propriedade ou a detenção de coisa comum.
TIPO OBJETIVO: “subtrair”, para si ou para outrem, coisa comum (móvel).
TIPO SUBJETIVO: DOLO + ESPECIAL FIM DE AGIR: apropriar-se da coisa comum em proveito próprio ou de outrem. [ animus rem sibi habendi]
SUJEITO ATIVO: de ter uma condição peculiar que o torna penalmente responsável, pode ser o condômino, o sócio ou o co-herdeiro (delito especial próprio);
SUJEITO PASSIVO: Condôminos, sócios, co-herdeiros, ou quem legitimamente detenha a coisa.
CAUSA DE EXCLUSÃO DA ANTIJURIDICIDADE: 
	“§ 2° Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente”.
AÇÃO PENAL: pública condicionada a representação (§ 1°).
FURTO DE COISA COMUM (ART. 156)
ESTRUTURA DO TIPO PENAL
Do Roubo(art. 157, CP)
BEM JURÍDICO: Patrimônio [ regra geral: propriedade, posse, quanto a detenção alguns admitem] + liberdade individual + integridade física e a vida das pessoas;
TIPO OBJETIVO: consiste em subtrair, para si ou para outrem (especial fim de agir) coisa alheia móvel, mediante a violência (própria ou imprópria) à pessoa ou grave ameaça, ou aplicando-as posteriormente. 
O roubo nada mais é que o furto “qualificado” pela violência ou grave ameaça (moral ou física);
Nota explicativa de Objeto material: Coisa (substância material, corpórea, passível de subtração e que tenha valor econômico) móvel (tudo aquilo que pode ser transportado de um local para outro, sem separação destrutiva do solo). Decisões já formam jurisprudência no sentido de conceder tutela a bens de valor sentimental.
◙ QUESTÕES:
	Não é admitido o princípio da insignificância.
	Roubo privilegiado, impossibilidade. 
	Subtração de bem próprio em poder de terceiro não configura o crime de roubo (art. 157), mas poderá configurar exercício arbitrário das próprias razões (art. 168).
	
Do Roubo (art. 157, CP)
◙ MEIOS DE EXECUÇÃO: 
			► Violência física (vis corporalis): lesões corporais leves ou vias de fato, lesões corporais graves ou morte. [pode ser empregada por omissão, ex submeter o ofendido a fome]
			► Grave ameaça (vis compulsiva): capaz de atemorizar a vítima, criando fundado receio de iminente e grave mal, físico ou moral, tanto a si quanto a pessoas que lhe sejam caras. Futuro + imediato + determinado + idoneidade intimidativa.
			► Qualquer outro meio de redução da resistência: fórmula genérica, qualquer outro meio (real ou moral) que afaste a resistência da vítima (soníferos, anestésicos, narcóticos, hipnose superioridade física ou númerica). 
● Violência a pessoa;
● Grave ameaça;
● Violência imprópria.
 
Do Roubo (art. 157, CP)
TIPO SUBJETIVO: Dolo (vontade e consciência de efetuar a subtração da coisa alheia);
			 - Especial fim de agir: finalidade especial de assenhoramento definitivo – apoderar-se da coisa subtraída “para si ou para outrem”. -Animus rem sibi habendi-
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa (crime comum), com exceção do proprietário (art. 346) – possuidor – detentor (art. 168);
SUJEITO PASSIVO: proprietário, o possuidor, e eventualmente, até mesmo o detentor da coisa alheia móvel, desde que tenha algum interesse legítimo sobre a coisa subtraída, além da pessoa que seja atingida pela violência e grave ameaça. 
۝ofensa imediata: perpetrada contra o titular do direito de propriedade ou posse (sujeito passivo único); 
۝ofensa mediata: empregada contra terceiro que não seja titular do direito de propriedade ou posse (dupla subjetividade passiva).
Do Roubo (art. 157, CP)
CONSUMAÇÃO: inversão da posse (momento em que o bem passa da esfera de disponibilidade da vítima para a do autor), mediante violência ou grave ameaça. No roubo impróprio consuma-se com o emprego da violência ou grave ameaça à pessoa, após a subtração.
TENTATIVA: Quanto ao roubo próprio a admissibilidade da tentativa é tranquila. No roubo impróprio existem dois posicionamentos: a) é inadmissível; b) é admissível quando, após a subtração, o agente é preso ao empregara violência ou grave ameaça. Para as duas se a subtração for tentada haverá furto, existindo a violência e a grave ameaça, caracteriza o concurso material entre o furto e o crime contra a pessoa. 
1ª Posição: Inadmissível (STF, Nélson Hungria, Magalhães Noronha, Damásio);
2ª Posição: Admissível (JTACrimSP, 79/251. MIrabete).
Do Roubo (art. 157, CP)
- Ação Penal: A ação penal pública incondicionada em todas as modalidades de roubo.
- Classificação doutrinária: é crime comum, de forma livre, material, de dano, instantâneo, plurissubsistente, unissubjetivo, de concurso eventual.
Do Roubo (art. 157, CP)
ROUBO PRÓPRIO: caput (reclusão, 4 a 10 anos e multa).
ROUBO IMPRÓPRIO: “§ 1°. INCORRE NA MESMA PENA (também chamado de Roubo por aproximação).
	◙ Emprego da violência ou da grave ameaça logo depois de subtraída a coisa.
Fator de diferenciação
ROUBOPRÓPRIO
(Art. 157, caput)
ROUBO IMPRÓPRIO
(Art. 157,§1º)
Meiosde execução
Violência à pessoa – própria ou imprópria-e grave ameaça.
Violênciaà pessoa – própria – e grave ameaça.Não admite o meio genérico.
Momento
Antes da subtração
Após a subtração da coisa.
Finalidade
Permitir a subtração do bem
Assegurar a impunidade ou detenção da coisa subtraída.
Do Roubo (art. 157, CP) - ESPÉCIES
◙ LATROCÍNIO – CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: 
SUBTRAÇÃO
MORTE
LATROCÍNIO
A.
A.
A.
B.
ESTRUTURA DO TIPO PENAL
DA EXTORSÃO (ART. 158, CP)
◙ CP, Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:
BEM JURÍDICO: é crime complexo, ou seja, tutela a integridade física, a integridade moral e o patrimônio do ofendido. 
TIPO OBJETIVO: exigem-se os elementos da extorsão que são: constranger, forçar, coagir, obrigar, privando da liberdade com o elemento específico da obtenção de indevida vantagem econômica.
Violência ou grave ameaça: a ameaça pode ser contra a integridade física ou
contra objetos materiais da vítima. Importante é que essa ameaça realmente tenha potencialidade, a vítima deve se sentir constrangida.
◙ A conduta do agente objetiva constranger a vítima a: a) fazer; b) tolerar que se faça ou c) deixar de fazer alguma coisa.
A extorsão exige duas condutas:
a) Conduta do agente que constrange a vítima mediante violência ou grave ameaça.
b) Conduta da vítima, de fazer, não fazer ou tolerar que se faça alguma coisa.
DA EXTORSÃO
TIPO SUBJETIVO: Existe na extorsão o dolo específico – a indevida vantagem econômica. (delito de intenção)
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa (crime comum).
SUJEITO PASSIVO: é a pessoa constrangida a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, ou, ainda, a tolerar que se faça algo, proporcionando ao autor vantagem ilícita. O sujeito passivo da violência ou ameaça pode ser diverso do sujeito passivo da perda patrimonial.
DA EXTORSÃO 
CONSUMAÇÃO: Posição dos Tribunais superiores: basta a mera ação do agente, ou seja, mesmo que não se obtenha a indevida vantagem econômica já estará consumada a extorsão, extorsão é crime formal, mas isso não impede o reconhecimento da tentativa. Súmula 96 do STJ.
TENTATIVA:
a) quando a vítima não se sente constrangida.
b) quando o constrangimento ocorre por carta e a carta é extraviada.
DA EXTORSÃO
ESTRUTURA DO TIPO PENAL
Extorsão mediante sequestro
(art. 159, CP)
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: 
 Pena - reclusão, de oito a quinze anos. 
(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
OBS.: Todas as modalidades de extorsão mediante seqüestro (simples ou qualificadas) são consideradas hediondas.
• Crime permanente – sua consumação se prolonga no tempo, cujos efeitos são: Pode prender em flagrante enquanto não cessar a permanência – art. 303 do CPP.
• Se durante a permanência do crime há o advento de lei mais gravosa, ela será aplicada – Súmula 711 do STF.
BEM JURÍDICO: Patrimônio + liberdade individual (liberdade pessoal). Crime Pluriofensivo.
SUJEITOS: 
Sujeito Passivo: Qualquer pessoa, tanto aquele que suporta a lesão patrimonial como também aquela privada da liberdade. 
Sujeito ativo. Qualquer pessoa que concorra para a extorsão mediante seqüestro o agente a quem, na divisão de tarefas, cabe providenciar alimentos para os seqüestradores e às vítimas, alugar chácaras para servir de cativeiro, bem como dar outros apoios táticos. 
TIPO OBJETIVO: O verbo nuclear é seqüestrar (a doutrina majoritária entende que tal expressão abrange também o cárcere privado – forma mais drástica de privar a liberdade de alguém). Impede-se o direito de ir e vir de alguém com a finalidade de obtenção de qualquer vantagem, como condição de preço e resgate. 
OBS: NADA IMPEDE QUE A VÍTIMA SEJA SEQUESTRADA EM SUA PRÓRPIA CASA, COM O CERCEMANETO DA SUA LIBERDADE.
Extorsão mediante sequestro
TIPO SUBJETIVO: Dolo (não admite a figura culposa) e o Especial fim de agir, caracterizado pela expressão com o fim de obter para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate (que pode surgir posteriormente ao sequestro).
Nota explicativa: Por mais que a lei não cite, a vantagem deve ser indevida. Se o seqüestro visa à obtenção de vantagem devida, o crime será o de exercício arbitrário das próprias razões (CP, art. 345) em concurso formal com o de seqüestro (art. 148 do CP). 
- Classificação doutrinária: é crime comum, complexo, de mera atividade (formal, de resultado cortado...), comissivo (é da própria natureza verbo nuclear “sequestrar” -, que só pode ser praticado por meio de uma ação positiva), doloso e permanente. 
CONSUMAÇÃO:é delito permanente, protraindo-se no tempo a sua consumação, e de mera atividade, vale dizer, realizado o ato de sequestrar a pessoa e detê-la, está consumado o crime, independente da obtenção da vantagem, tendo em vista que se trata de delito de intenção. 
TENTATIVA: é possível, pois o agente pode ter frustrada sua ação de sequestrar, isto é, quando está realizando os atos tendentes à privação da liberdade do sujeito passivo, tem a ação interrompida por circunstâncias alheias á sua vontade. 
ROGÉRIO SANCHES e BITENCOURT (há entendimento contrário) entendem que o período de privação da liberdade da vítima, ainda que breve, não descaracteriza o crime, podendo influenciar na fixação da pena.
QUESTÕES: 
1ª) QUALQUER VANTAGEM?
O art. 159 do CP está inserido no capítulo dos crimes contra o patrimônio, portanto, esta vantagem deve ter natureza econômica ou patrimonial. Assim, se a vantagem for sexual, por ex. (a mãe que faz sexo com o seqüestrador para que libere a sua filha), haverá o crime de seqüestro ou cárcere privado em concurso com o crime de estupro. 
2ª) ENVOLVIMENTO DA VÍTIMA:
Na hipótese que a própria vítima colabore para a realização do sequestro, com vistas, por exemplo, a extorquir dinheiro dos pais, desclassifica-se o delito para extorsão simples (art. 158), respondendo aquela em concurso com os sequestradores.
3ª) INCONFORMISMO POLÍTICO PARA MANTER ORGANIZAÇÕES CLANDESTINAS:
Se a extorsão é praticada por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados a manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas, configura o delito do art. 20 da Lei 7.170/1983.
4ª) Figura antecedente prevista na Lei de combate a lavagem de dinheiro – Lei 9.613/1998 (art. 1º, IV).
MODALIDADES QUALIFICADAS
MODUS OPERANDI
(Art. 159, §1º)
PELO RESULTADO
(Art. 159, §2º)
PELO RESULTADO
(Art. 159,§3º)
DURAÇÃO DO SEQUESTRO
24HS.
IDADEDA VÍTIMA :
18 >IV> 60
BANDOOU QUADRILHA.
LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE.
MORTE
PENA:reclusão, de 12 a 20 anos.
PENA:reclusão, 16 a 24 anos.
PENA:reclusão, 24 a 30 anos.
NATUREZA:Objetiva.
Subjetiva – Dolo/Culpa.
Subjetiva – dolo/culpaepreterdolo.
FUNDAMENTO:desvalorda ação lastreado na vulnerabilidade da vítima e na periculosidade da ação.
Exasperação da pena devido a maior gravidade do resultado.Relevaodesvalordo resultado, destacando, fundamentalmente, odesvalorda ação.
IDENTIFICAÇÃO: na 3ªmodalidade é preciso a efetiva formação de quadrilha ou bando: 1. associação não eventual, estabilidade e permanência, com o fim de praticar crimes, pois se não será concurso de pessoas.
O própriosequestradodeve ser a vítima das lesões, e não terceira pessoa. ContrárioBitencourt.
A qualificadora somente terá aplicação se ocorrer a morte da vítima dosequestro.
- Ação Penal: A ação penal pública incondicionada em todas as modalidades.
- DELAÇÃO PREMIADA: CAUSA ESPECIAL DE REDUÇÃO DE PENA –(obrigatória).
 § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996)
	◙ Deve os requisitos estar presentes:
Que o crime tenha sido cometido em concurso de pessoas;
Que um dos concorrentes denuncie (rectius: esclareça, dá conhecimento) à autoridade (Delegado, Promotor, Juiz etc.); 
Facilitando a libertação do seqüestrado (não sendo suficiente, para seu reconhecimento, a mera intencionalidade do agente).
Art. 
160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:
◙ CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES: 
 Geralmente tem como sujeito ativo um agiota (usura);
 Induzir o necessitado cliente a assinar um contrato simulado de depósito;
 Forjar no título de dívida a assinatura de algum parente;
 Não há violência ou grave ameaça;
O objetivo é a garantia da dívida;
Não se discute a natureza da dívida contraída pela vítima, bastando, para tipificar a conduta, que se exija ou receba documento para garanti-la;
Se for cobrança de dívida contra consumidor, utilizando-se de ameaça, coação, constrangimento, exposição ao ridículo ou interferência em trabalho, descanso ou lazer, configura o crime do Art. 71 do CDC.
EXTORSÃO INDIRETA
Art. 161 (...): Pena: detenção, de 1 a 6 meses, e multa.
 § 1º. Na mesma pena incorre quem: 
        II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
        § 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.
        § 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
ESBULHO POSSESSÓRIO
ESBULHO POSSESSÓRIO
◙ CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:
● CONCEITO: é a prática de ato que suprime a posse até então exercida, acarretando o desalojamento total do possuidor e a perda do controle e poder de utilização econômica da coisa. 
● Crime de menor potencial ofensivo;
● Não pode ser cometido pelo proprietário e nem pelo condômino pro diviso;
● Dolo + especial fim de praticar o esbulho. 
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
◙ CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:
● O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, inclusive o proprietário em caráter excepcional, como, por exemplo, quando causa danos a seu imóvel para forçar a saída do arrendatário ou parceiro;
● O objeto material é a coisa móvel ou imóvel, desde que seja corpórea;
● Somente existe na modalidade dolosa(dolo direto ou eventual) – salvo (CPM);
● Destruição de obstáculo para subtração – furto qualificado;
● Condômino – infungível ou o que exceder a quota-parte do fungível;
● Dano e o artigo 346 do CP.
 
DANO
DANO QUALIFICADO
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
        I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
        II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave
        III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; 
        IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:
        Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

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