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O que pode e o que não pode ser dito através da lingaugem a partir do Tractatus Logico-Philosophicus

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O QUE PODE E O QUE NÃO PODE SER DITO ATRAVÉS DA LINGUAGEM A PARTIR DO TRACTATUS LOGICO-PHILOSOPHICUS
Erivaldo Soares Cerqueira – UFRB/CFP
Este trabalho versa sobre a filosofia wittgensteiniana, com a finalidade de analisar a distinção conceitual entre o que pode e o que não pode ser dito pela linguagem a partir do Tractatus Logico-Philosophicus. Investiga-se o que é dito e que pode ser dito; e aquilo que é dito mas que não pode ser dito, de acordo com a própria obra; e por fim, o que esses “indizíveis ditos” revelam em relação ao valor que Wittgenstein atribui ao seu trabalho, qual seja: “(...) em mostrar como importa pouco resolver esses problemas.” Seguindo essa linha de raciocínio e tendo em vista a pretensão de delimitação da expressão do pensar, que o filósofo do Tractatus afirma ser o objetivo de sua obra, sugere-se que as verdades que Wittgenstein afirma está expressa em sua obra encontram-se no âmbito do indizível, podendo ser reveladas somente a partir do “mostrar”. Wittgenstein ressalta que a linguagem, tendo como essência figurar fatos, não poderá dizer nada sobre aquilo que encontra-se fora dos limites do mundo porque não são fatos e, assim, qualquer coisa dita acerca desses não-fatos acarretará em contrassenso; para o filósofo, a filosofia terá como critério a comparação lógica entre os elementos que compõem a proposição e os elementos que compõem o fato, tornando possível conferir o valor de verdade ou falsidade à proposição de acordo com a correspondência isomórfica entre ambos. Todavia, ao utilizar-se de proposições sem sentido, atribuindo-lhe uma finalidade, a saber, “mostrar” que elas realmente nada dizem, Wittgenstein atribui sentido o que não tem sentido, o que implicará suas próprias proposições serem tomadas como contrassenso.
Palavras-Chaves: Wittgenstein. Linguagem. Proposições. Contrassenso. Indizível. Mostrar.

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