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Citoesqueleto A forma e a motilidade das células dependem de uma rede de filamentos proteicos de natureza diversa. Este sistema de filamentos é chamado CITOESQUELETO. São estruturas dinâmicas que se reorganizam continuamente conforme a célula altera sua forma. Funções celulares dependentes do citoesqueleto Deslocamento de células sobre um substrato; Contração muscular; Alterações na forma de um embrião em desenvolvimento; Transporte de organelas no citoplasma; Segregação dos cromossomos da mitose Componentes do citoesqueleto As diferentes atividades do citoesqueleto dependem de 3 diferentes tipos de filamentos proteicos. Microfilamentos São formados pela proteína actina. Esta proteína é a mais abundante nas células, frequentemente 5% ou mais do total de proteínas celulares. São constituídos pela polimerização da proteína globular actina G, originando os filamentos de actina F. O filamento formado difere em cada extremidade. extremidade menos: relativamente inerte e de crescimento lento. extremidade mais: de crescimento rápido. Podem formar estruturas estáveis ou lábeis. Filamentos estáveis formam o núcleo das microvilosidades e o mecanismo contrátil das células musculares. Já os movimentos celulares dependem de processos dinâmicos de polimerização/despolimerização dos filamentos de actina. Microfilamentos ACTINA MIOSINA A proteína actina em conjunto com a proteína miosina e moléculas de ATP gera movimentos celulares e musculares. A miosina caracteriza-se pela sua capacidade de hidrolisar ATP (ATPase), especialmente quando associada à actina. O seu movimento sobre esta proteína é responsável pela contração muscular. Microfilamentos MIOSINA Ela é uma proteína mecanoquímica, isto é, converte a energia química em mecânica e por isso é também chamada de proteína motora. A miosina é o motor, os filamentos de actina são os trilhos e o ATP, o combustível. Microfilamentos Microfilamentos Microvilosidades Contatos focais Anel contrátil da célula em divisão Filamentos Intermediários Os filamentos intermediários conferem às células resistência mecânica ao esticamento. Esta propriedade é importante para os tecidos de modo geral e particularmente para aqueles que normalmente são submetidos à pressão, como as células musculares cardíacas e a pele. Filamentos Intermediários São chamados assim porque seu diâmetro situa-se entre o dos microfilamentos de actina e o dos feixes espessos de miosina. São mais resistentes e duráveis que os microfilamentos e os microtúbulos. Filamentos Intermediários Estrutura São formados por proteínas fibrilares. Formam dímeros em que as extremidades correspondentes se alinham no mesmo sentido. Filamentos Intermediários Estrutura Estes dímeros formam tetrâmeros de ponta-cabeça, ou seja, as extremidades NH2 de um dímero se alinha com a extremidade COOH do outro. Os tetrâmeros se encaixam com outros tetrâmeros, formando longos filamentos helicoidais que se justapõem formando cordões muito resistentes. Não são polarizados como os microfilamentos e microtúbulos. Tipicamente formam uma rede no citoplasma, envolvendo o núcleo e se distribuindo para a periferia. Frequentemente se ancoram à membrana plasmática em áreas de junção célula-célula (desmossomas) ou junção célula-lâmina basal (hemi- desmossoma). Filamentos Intermediários Sob um tecido epitelial há sempre uma espécie de tapete de moléculas de proteínas ao qual as células se ligam: a lâmina basal. As bases das células epiteliais ficam aderidas à lâmina basal por meio de estruturas celulares especiais, denominadas hemidesmossomos. Filamentos Intermediários Filamentos Intermediários Cada tipo celular possui filamentos intermediários específicos formados por diferentes proteínas. Tipo de filamento Proteína Tipo celular Tipo I Queratinas Epitélios Tipo II Vimentina Tecido conjuntivo, células musculares Proteína glial acídica Células da glia Desmina Células musculares Tipo III Neurofilamentos Neurônios Tipo IV Laminas nucleares Em todas as células nucleadas Microtúbulos São polímeros longos e rígidos que se estendem por todo o citoplasma e coordenam a localização intracelular das organelas e de outros componentes celulares. São tubos ocos formados pela polimerização de subunidades diméricas da proteína tubulina (α-tubulina e β-tubulina). Apresentam estruturas polarizadas, com uma região terminal que cresce mais devagar (minus-end) e outra que cresce mais rapidamente (plus-end). Microtúbulos Os microtúbulos encontram-se nucleados em centros organizadores, tais como o centrossomo, a partir de onde crescem. A região minus-end encontra-se mergulhada no centro organizador. Microtúbulos Centríolos Cada célula possui um par de centríolos, que se localizam próximos ao núcleo e ao complexo golgiense, numa região denominada centrossomo ou centro celular; A função dos centríolos é orientar a divisão celular, pois eles originam uma estrutura denominada fuso mitótico, onde se prendem os cromossomos. Microtúbulos Proteínas motoras dependentes de microtúbulos. Estão envolvidas com o transporte de organelas e partículas ao longo dos microtúbulos. São dependentes de ATP. Deslocam-se somente num sentido ao longo do microtúbulo. Microtúbulos Cílios e Flagelos São apêndices finos contendo no seu interior um feixe de microtúbulos com a característica disposição 9+2. Estendem-se a partir da superfície de muitos tipos de células. Suas funções são: • deslocar fluido sobre a célula; • movimento celular num fluido. -Cílios nas células epiteliais que revestem o trato respiratório humano. -Cílios que deslocam o óvulo pelo oviduto. -Flagelo que impulsiona o espermatozóide. Microtúbulos disposição 9+2 dos microtúbulos O batimento destas estruturas é causado pelo dobramento dos microtúbulos, que por sua vez é mediado por uma proteína motora, a dineína ciliar, utilizando ATP. Microtúbulos
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