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22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 1 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 2 Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Norte Instituto Social Iris Universidade Federal do Rio Grande do Norte VIII Encontro Norte-Rio-Grandense de Ciências Contábeis Profissão Contábil: Perspectivas e Desafios 22 à 24 de setembro de 2011 Natal – RN - Brasil 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 3 Membros da Comissão Organizadora do VIII ENCC Halcima Melo Batista - Presidente José Vicente de Assis - Vice-presidente Jacinta Maria de Oliveira Maria Laíde de Souza Araújo Marilene Pequeno da Silva Jefferson Cirilo de Lima Maria das Graças do Vale Santelma Maria de Araújo Joana Darc Medeiros Martins Marilda Ferreira de Souza de Viveiros Fernandes Maria do Rosário de Oliveira Écia Maria de Moura Viana Josevaldo Amaral de Sousa Carlos José Wanderley Ferreira Membros da Comissão Científica do VIII ENCC José Vicente de Assis - Presidente Halcima Melo Batista - Vice-presidente Carlos José Wanderley Ferreira Profa. Luziana Queiroz Edmilson Jovino de Oliveira Paulo Rogério dos Santos Bezerra Jucileide Ferreira Leitão Auris Martins de Oliveira Marcos Aurélio de Oliveira Santiago Gilberto Franco de L. Junior Francisco Assis da Cunha Neto Salmo Batista de Araújo Maria das Neves B. Santos Iuri Costa dos Santos ANAIS - VIII Encontro Norte-Rio-Grandense de Ciências Contábeis Natal/RN, 2011 481 p. ISBN: 978-85-65533-00-3 Organização: Paula Caroline de Queiroz Maia Vanessa Scarvaci 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 4 REALIZAÇÃO CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO NORTE Everildo Bento da Silva Contador Presidente INSTITUTO SOCIAL IRIS Arlindo Araújo Diretor Presidente PARCEIROS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE Centro de Ciências Sociais Aplicadas Departamento de Ciências Contábeis APOIO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS SINDICATO DOS CONTABILISTAS DO RIO GRANDE DO NORTE SESCON FUNDAÇÃO BRASILEIRA DE CONTABILIDADE PATROCÍNIO 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 5 SÚMARIO 1. O Evento...........................................................................................................................07 2. Programação do evento.....................................................................................................09 3. Perfil dos participantes......................................................................................................16 4. Artigos Ciêntificos............................................................................................................18 CRISE DO SUBPRIME: O papel da governança corporativa na volatidade dos retornos..............................................................................................................................19 O conhecimento e o interesse pela pesquisa científica por parte dos graduados em Ciências Contábeis do Centro de Ensino Superior do Seridó – CERES..........................35 A influência dos estoques e dos recebíveis no capital de giro das empresas de consumo cíclico listadas em bolsa....................................................................................................51 Retrospectiva da profissão contábil: Perspectivas e desafios...........................................61 Um estudo de caso sobre os impactos socioambientais e a destinação dos resíduos sólidos no município de Pau dos Ferros/RN.....................................................................86 Sistema Cooperativista: Aspectos Históricos-Conceituais, contábeis e legais...............101 Contabilidade Internacional: Adoção a IFRS (International Financial Reporting Standarts) e as comparações: B.R. GAAP versus U.S. GAAP (United States Generally Accepted Accounting Principles) aplicadas a IES (Instituição de Ensino Superior) em Natal/RN.........................................................................................................................112 A Contabilidade na visão dos síndicos das entidades condominiais: Um estudo nos condomínios residenciais da cidade de João Pessoa-PB.................................................125 A mensuração da responsabilidade social através do Balanço Social: Um panorama do entendimento das empresas de Natal/RN.......................................................................151 Reflexo do subfaturamento na arrecadação de ICMS. Um estudo de caso de empresas no regime do simples nacional no estado da Paraíba...........................................................161 Arbitragem como meio alternativo na solução de litígios: Estudo sobre a percepção dos Contadores da cidade de Natal – RN.............................................................................175 O Ensino da disciplina de controladoria: Um estudo comparativo nas IES’s Paraibanas, Sergipanas e Potiguares..................................................................................................191 A Ética como instrumento de valorização do profissional contábil: Um estudo de caso com os professores da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi....................207 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 6 Ferramentas de controle de bens de consumo disponíveis no SIPAC e no SIAFI: Estudo na Universidade Federal do Rio Grande do Norte........................................................225 Um ensaio teórico sobre a inserção do desenvolvimento da Amazônia frente às relações internacionais e inter-regionais.......................................................................................241 Responsabilidade Social Empresarial: Um estudo de caso na Amazônia.....................254 O Contador e a revolução digital na atividade contábil: Um estudo de caso com os contadores do município de Mossoró-RN......................................................................273 Análise do impactos do SPED em uma empresa do ramo supermercadista do município de Assu/RN.....................................................................................................................295 Responsabilidade Social da empresa privada na percepção dos gestores das industrias do município de Catolé do Rocha-PB..................................................................................307 Proposta de implantação de balanced scorecard como auxílio à tomada de decisão: Estudo de caso na empresa Acron Tecnologia em Saneamento Ltda. Sediada em Natal/RN, 2011...............................................................................................................324 A responsabilidade social do contabilista como instrumento primordial para um novo perfil profissional no século XXI...................................................................................342 Contabilidade de Custos aplicada em uma empresa do setor farmacêutico...................356 Aderência às Normas de Auditoria Interna emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade: Um estudo de caso em uma empresa de médio porte da cidade de Aracati/CE.......................................................................................................................370 As informações contábeis como fator decisivo na concessão de crédito na cidade de Assú/RN..........................................................................................................................385 A Controladoria no Setor Público: Instrumento de proteção ao gestor. Um estudo de caso na prefeitura municipal de Gov. Dix-Sept Rosado/RN..................................................403 Evidenciação das informações ambientais nos demonstrativos das empresas brasileiras listadas no índice Down Jones de sustentabilidade em sua versão 2009/2010...............414 Normatização Contábil no Brasil: Um estudo acerca da normatização contábil do Conselho Federal de Contabilidade................................................................................431 Desafios e perspectivas da contabilidade agrícola na Amazônia: um olhar sobre contabilistas e produtores rurais......................................................................................453 Uma nova modalidade de licitação e a sua aplicabilidade nas contratações públicas...........................................................................................................................470 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 7 O VIII ENCONTRO NORTE-RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - ENCC foi o maior evento de Contabilidade do Estado. Promovido pelo Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Norte (CRC/RN), Instituto Social Íris e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ocorreu durante os dias 22, 23 e 24 de Setembro de 2011, no Praiamar Hotel, na Praia de Ponta Negra em Natal/RN. O Encontro teve como escopo unir através de grandes momentos de aprendizado e debates importantes para os rumos da profissão contábil todos os profissionais, professores, estudantes da área de Ciências Contábeis e outras áreas afins, bem como comemorar o dia do Bacharel em Ciências Contabéis - CONTADOR. O objetivo precípuo para este evento consubstancia-se em promover o desenvolvimento profissional da classe contábil, incentivar a produção científica e debater acerca de temas que promovam avanços da ciência e da profissão contábil. Os participantes tiveram a oportunidade de debater acerca da internacionalização dos procedimentos de contabilidade e auditoria (IFAC) e seus impactos no dia-a-dia do contabilista. Além das palestras com grandes nomes da Contabilidade em nosso país, o evento reservou espaço para o encontro de todos os professores dos Cursos de Ciências Contábeis, o Encontro com a Mulher Contabilista, Mini-Cursos, aprimoramento com a Receita Federal, Receita Estadual, Secretaria de Tributação Municipal, Ministério do Trabalho e Emprego, apresentação e concurso de trabalhos científicos. O evento foi encerrado com uma atividade social, o I Baile do Contabilista do Rio Grande do Norte, realizado no dia 24 de setembro de 2011. 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 8 FOTOS DO EVENTO 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 9 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Dia 22 de Setembro – manhã 07:30h às 08:30h – CREDENCIAMENTO 08:30h às 09:00h – ABERTURA – Local: Auditório principal e transmissão simultânea para as 4 salas Composição da mesa Palavra da Contadora Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CRC/RN – Profª Ms. Halcima Melo Batista – Apresentação do evento e patrocinadores Palavra do Presidente CRC/RN – Contador Everildo Bento da Silva 09:00h às 10:30h - Auditório principal ENCONTRO DE PROFESSORES MESA REDONDA – Tema: Novas abordagens para o ensino e pesquisa em Ciências Contábeis Palestrante: Prof. Dr. José Dionísio Gomes da Silva – Contador e Vice-diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFRN Coordenadora: Profª. Ms. Joana D’arc Medeiros Martins – CRC/RN / UFRN Mediadora: Profª. Leideana Galvão Bacurau de Farias, Diretora Acadêmica Estácio Natal Debatedores: Coordenadores de curso de Ciências Contábeis das IES do RN 09:00h às 10:30h - SALA 01 ENCONTRO DE PERITO E AUDITORES CONTÁBEIS DO RN Tema: O papel do perito na Justiça Brasileira Palestrante: Contador Antônio Carlos Morais Silva Coordenador: Contador José Jeová Soares Mediador: Contador Prof. Ivanildo Alves Messias Debatedores: Participantes 09:00h às 10:30h e 11:00h às 12:30h – SALA 02 (Transmissão simultânea para salas 03 e 04) PAINEL ÁREA PÚBLICA Tema: Contabilidade aplicada ao Setor Público e o processo de convergência internacional: oportunidades, desafios e impactos na sociedade. Painelistas: Prof. Esp. Paulo Henrique Feijó – STN Prof. Dr. Victor Branco de Holanda – FMI Coordenador: Prof. Esp. Joaquim Osorio Liberalquino Ferreira – UFPE/CFC Mediador: Contador Luiz Fabra Laffitte Neto – TCE/RN Debatedora: Profª Ms. Halcima Melo Batista – CRC/RN / UFRN 10:30h às 11:00h – REDE DE RELACIONAMENTOS 11:00h às 12:30h – Local: Auditório principal Empreendedorismo Tema: A importância do Profissional contábil no Sucesso das Organizações Palestrante: Advogada Helena Maria Pojo do Rego – Analista Técnica do SEBRAE Nacional Coordenador: Contador Gonçalo Maciel da Silva – CRC/RN Debatedor: José Ferreira de Melo Neto – Superintendente do SEBRAE-RN 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 10 12:30h às 14:00h – ALMOÇO HOTEL PRAIA MAR (ADESÃO - ADQUIRIR SENHA NO HOTEL) Dia 22 de Setembro – tarde 14:00h – 15:30h - Local:Auditório principal ATIVIDADES PROFISSIONAIS – Coordenador Contador Antonio Paula da Silva – CRC/RN Tema: SPED FISCAL com ênfase no e-CIAP e novidades Palestrante: Contador Luiz Augusto Dutra da Silva – Auditor Fiscal da SET/RN Coordenador: Contador Cassius Regis Antunes Coelho – Presidente do CRC/CE Debatedor: Saulo José de Barros Campos - Auditor Fiscal da SET/RN Debatedor: Contador Pedro Henrique - SESCON/RN Debatedor: Profº Carlos Augusto Crispim – Faculdade União Americana 15:30h às 16:45h – Local: Auditório principal Tema: SPED CONTÁBIL Palestrante: Contador Claudionor Nogueira de Sousa – Auditor da Receita Federal do Brasil Coordenador: Contadora Marilene de Paula Martins Leite – Conselheira CRC/SP Debatedor: Contador Fabio de Miranda Silva – SESCON/RN Debatedor: Flávio José Cavalcanti de Azevedo – Presidente da FIERN - Federação das Indústrias do RN 14:00h às 16:00h - Local: Salas 01, 02, 03 e 04 ATIVIDADES ACADÊMICAS – Apresentação de Trabalhos Científicos Sala 01 Sala 02 Sala 03 Sala 04 14:00h às 14:30h - ADERÊNCIA ÀS NORMAS DE AUDITORIA INTERNA EMANADAS PELO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE: Um estudo de caso em uma empresa de médio porte da cidade de Aracati/CE / Autor(es): Ana Karoline dos Santos de Lima,Aluna da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi Cícero Luiz Câmara Júnior,Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi 14:30h às 15:00h - A INFLUÊNCIA DOS ESTOQUES E DOS RECEBÍVEIS NO CAPITAL DE GIRO DAS EMPRESAS DE CONSUMO CÍCLICO LISTADAS EM BOLSA / Autor(es): José Ronaldo Matos dos Santos,Aluno da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi Kléber Formiga Miranda, Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi 15:00h às 15:30h - CONTABILIDADE 14:00h às 14:30h – SISTEMA COOPERATIVISTA: Aspectos histórico-conceituais, contábeis e legais/ Autor(es): Lauro Vinicius Ramalho de Araújo – UFRN, Carlos Roberto Medeiros Filho – UFRN, João Paulo Morais de Medeiros - UFRN 14:30h às 15:00h - A CONTABILIDADE NA VISÃO DOS SÍNDICOS DAS ENTIDADES CONDOMINIAIS: Um estudo nos condomínios residenciais da cidade de João Pessoa - PB./ Autor(es): Maria Aparecida Gomes Leandro /UFCG. Josicarla Soares Santiago – Mestre em Ciências Contábeis (UFPB).Thaiseany de Freitas Rêgo – Mestre em Ciências Contábeis (UFCG). Amanda Medeiros Martins /(UFRN. 15:00h às 15:30h - A ÉTICA COMO INSTRUMENTO DE VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL 14:00h às 14:30h - UM ESTUDO DE CASO SOBRE OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS E A DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICIPIO DE PAU DOS FERROS/RN / Autor(es): Maria Regidiana da Conceição (UERN), Ernando Manoel Filho (UERN), Dr. Jozenir Calixta de Medeiros (UERN) 14:30h às 15:00h - A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CONTABILISTA COMO INSTRUMENTO PRIMORDIAL PARA UM NOVO PERFIL PROFISSIONAL NO SÉCULO XXI./ Autor(es): Maria Regidiana da Conceição – UERN,Ernando Manoel Filho – UERN,Dr. Jozenir Calixta de Medeiros - UERN 15:00h às 15:30h - O ENSINO DA DISCIPLINA DE CONTROLADORIA: Um estudo comparativo nas IES's Paraibanas, Sergipanas e Potiguares / Autor(es): Maria da Conceição 14:00h às 14:30h - RETROSPECTIVA DA PROFISSÃO CONTÁBIL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS / Autor(es): Maria das Neves Batista Santos – FAL/FCST 14:30h às 15:00h - REFLEXOS DO SUBFATURAMENTO NA ARRECADAÇÃO DE ICMS. Um estudo de caso de empresas no regime do simples nacional no estado da Paraíba / Autor(es): Prof. Ms. João Maria Xavier da Silva,UNP, Prof. Esp. Jorge Assef Lutif Júnior, UFRN ,Prof. Esp. Renkel Aladim de Araújo, UNP 15:00h às 15:30h - FERRAMENTAS DE CONTROLE DE BENS DE CONSUMO DISPONÍVEIS NO SIPAC E NO SIAFI: Estudo na Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Autor(es): Lidia Melo Batista - UFRN 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 11 INTERNACIONAL: Adoção a IFRS (International Financial Reporting Standards) e as comparações: B.R. GAAP versus U.S. GAAP (United States Generally Accepted Accounting Principles) aplicada a IES (Instituição de Ensino Superior) em Natal/RN./ Autor(es): Iza Leilla Carlos Da Silva - UNP 15:30h às 16:00h - ARBITRAGEM COMO MEIO ALTERNATIVO NA SOLUÇÃO DE LITÍGIOS: Estudo Sobre a Percepção dos Contadores da cidade de Natal - RN./ Autor(es): Ingrity Sibelle Da Silva - FARN - Autora Joana D'arc Medeiros Martins - UFRN - Co-Autora Amanda Medeiros Martins - UFRN - Co-Autora Coordenador: Prof. Celso Luiz Souza de Oliveira - CRC/RN / UFRN Mediador: Prof. Ms. Edmilson Jovino de Oliveira-UFRN Avaliação Trabalhos: Prof. Ms.Elias Dib Caddah Neto - CRC/PI / UFPI CONTÁBIL: Um estudo de caso com os professores da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi./ Autor(es): Carlos Alberto de Souza Soares - Mater Christ e UERN, Maurílio Alves de Melo - Mater Christ e UFERSA 15:30h às 16:00h - O CONTADOR E A REVOLUÇÃO DIGITAL NA ATIVIDADE CONTÁBIL: Um estudo de caso com os contadores do município de Mossoró-RN/ Autor(es): Carlos Alberto de Souza Soares - Mater Christ e UERN, Maurílio Alves de Melo - Mater Christ e UFERSA Coordenador: Prof. Carlos José Wanderley Ferreira, CRC/RN / UFRN Mediador: Prof. Ms. Paulo Rogério dos Santos Bezerra – Faculdade Mauricio Nassau Avaliação Trabalhos: Prof. Dr. Ridalvo Medeiros Alves de Oliveira - UFRN Torres Gomes - FARN 15:30h às 16:00h - RESPONSABILIDADE SOCIAL DA EMPRESA PRIVADA NA PERCEPÇÃO DOS GESTORES DAS INDÚSTRIAS DO MUNICIPIO DE CATOLÉ DO ROCHA-PB. / Autor(es): Moisés Ozório de Souza Neto - UERN e UNP Mossoró,Josué Bezerra da Costa – UERN, Francisco Tavares Filhos - UERN Coordenadora: Profª. Ms. Luziana Maria Nunes de Queiroz – UFRN Mediador: Prof. Auris Martins de Oliveira - UERN Avaliação Trabalhos: Profª. Ms.Liliane Maria Ramalho de Castro e Silva, CRC/CE / UFC 15:30h às 16:00h - CRISE DO SUBPRIME: O papel da governança corporativa na volatilidade dos retornos / Autor(es): Raimunda Maria da Luz Silva (UFRN), Ticiane Lima dos Santos, (UFRN), e Fabrício do Nascimento Moreira, (UFRJ) Coordenador: Prof. Ms. José Jailson da Silva - UFRN Mediador: Prof. Gilberto Franco de L. Junior - FACEX Avaliação Trabalhos: Prof. Dr. Adilson de Lima Tavares, UFRN 16:30h às 17:00h – REDE DE RELACIONAMENTOS 17:00h às 18:00h - Local: Auditório principal ATIVIDADES PROFISSIONAIS Tema: Substituição Tributária no Âmbito Municipal Palestrante: José Matos Viana – Auditor Fiscal do Município de Natal Coordenador: Tec.Contabilidade Écia Maria de Moura Viana – CRC/RN Debatedor: Contadora Patrícia Delgado Tinoco (SESCON/RN) 17:00h às 18:00h - Local: Salas 01, 02, 03 e 04 ATIVIDADES ACADÊMICAS – Teses e, Dissertações Sala 01 Sala 02 Sala 03 Sala 04 Tese de Doutorado – A Eficiência da analise financeira fundamentalista na previsão Dissertação Mestrado - Percepção de Operadores da Contabilidade Quanto à Relevância das Mudanças Tese de Doutorado – Custo social de oportunidade no acesso ao ensino superior. Dissertação Mestrado - Aspectos Comportamentais no Julgamento22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 12 de variações no valor da empresa Ministrante: Prof. Dr. Adilson de Lima Tavares – UFRN Coordenadora: Profª. Jucileide Ferreira Leitão – Presidente da Academia Norte- rio-grandense de C. Contábeis Introduzidas Pela Adoção das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público: um estudo em instituições vinculadas ao Ministério da Educação. Ministrante: Ms. Antonio Erivando Xavier Júnior Coordenador: Prof. Marcos Aurélio de Oliveira Santiago - UnP Ministrante: Prof. Dr. Ridalvo Medeiros Alves de Oliveira – UFRN Coordenador: Prof. Edson Renovato – Faculdade Estácio de Sá Profissional dos Auditores Independentes. Ministrante: Prof. Ms. José Emerson Firmino – UFRN Coordenador: Prof. Josevaldo Amaral de Souza - UnP Dia 22 de Setembro – noite SOLENIDADE DO DIA DO CONTADOR - Auditório principal e transmissão simultânea para as 4 salas 18:00h às 19:30h – CONTINUAÇÃO DO CREDENCIAMENTO 19:30h às 20:00h – SOLENIDADE DE ABERTURA – DIA DO CONTADOR Composição da mesa: Palavra da Contadora Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CRC/RN – Profª Ms. Halcima Melo Batista – Apresentação do evento e patrocinadores Palavra do Presidente CRC/RN – Contador Everildo Bento da Silva Autoridades Municipais, Estaduais, Federais e Convidados Especiais 20:00h às 21:00h - Local: Auditório principal e transmissão simultânea para as 4 salas ATIVIDADES PROFISSIONAIS Tema: Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público Palestrante: Profº Paulo Henrique Feijó - STN Coordenador: Prof. Dr. Victor Branco de Holanda – FMI / UFRN Debatedor: Prof. Edimilson Monteiro Batista – TCU/RN / UFRN Debatedor: Prof. Ms. Mauricio Corrêa da Silva – UFRN 21:00h às 22:00h – Coquetel Dia 23 de Setembro – manhã 08:00h às 09:15h - Local: Auditório principal ATIVIDADES PROFISSIONAIS Tema: IFRS para Pequenas e Médias Empresas 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 13 Palestrante: Prof. Ms. Atelmo Ferreira de Oliveira - UFRN Coordenador: Contador Eduardo do Carmo Martins Junior Debatedora: Profª. Ms. Joana D’arc Medeiros Martins – CRC/RN / UFRN Debatedor: Prof. Ms. Josué Lins e Silva - UFRN 09:15h às 10:30h - Local: Auditório principal ATIVIDADES PROFISSIONAIS Palestra: Observatórios Sociais x Responsabilidade Social Palestrante: Contadora Iara Dórea Vaz – CRC/BA / Coordenadora do PVCC do Nordeste Coordenadora: Profª. Ms. Halcima Melo Batista, Coordenadora do PVCC do CRC/RN 10:30h às 11:00h – Rede de Relacionamentos 11:00h às 12:30h - Local: Auditório principal ATIVIDADES PROFISSIONAIS Tema – Orçamento e Qualidade do Gasto Público: O Papel do Legislativo e Executivo Palestrante: Hermano Morais – Deputado Estadual do RN Coordenador: Prof. Ms. José Vicente de Assis Debatedora: Contadora Maria do Rosário de Oliveira Debatedor: Téc Cont Paulo Viana Nunes 08:00h às 10:30h e 11:00h às 12:30h - Local: Salas 01, 02, 03 e 04 ATIVIDADES ACADÊMICAS Sala 01 Sala 02 Sala 03 Sala 04 Mini-curso: “Planejamento Contábil Tributário” Ministrante: Contador Moizés Manso de Oliveira Coordenador: Téc Cont. Severino Simião da Silva – CRC/RN Mini-curso: “Aspectos Acadêmicos e Normativos da Perícia Contábil” Ministrantes: Prof. Ms. Erivan Ferreira Borges (Doutorando) e Profª Ms. Gilmara Mendes da Costa Borges Coordenador: Téc Cont. Francisco Jacó Ferreira da Silva – CRC/RN Mini-curso: “Investimentos em participações Societárias” Ministrante: Prof. Ms. Anailson Marcio Gomes (Doutorando) Coordenador: Contador João Gregório Júnior – CRC/RN Mini-curso: “Principais mudanças da Auditoria Contábil mediante as convergências das normas internacionais” Ministrante: Contador Olegário Mariano Prestrelo Marinho – Empresário CASS Auditores Coordenador: Contador Antonio Paula da Silva – CRC/RN 12:30h às 14:00h – ALMOÇO HOTEL PRAIA MAR (ADESÃO – ADQUIRIR SENHA NO HOTEL) Dia 23 de Setembro – tarde 14:00h às 15:30h - Local: Salas para apresentação dos trabalhos e Mini cursos 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 14 ATIVIDADES ACADÊMICAS – Apresentação de Trabalhos Científicos Sala 01 Sala 02 Sala 03 Sala 04 14:00h às 14:30h - AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS COMO FATOR DECISIVO NA CONCESSÃO DE CRÉDITO NA CIDADE DE ASSÚ/RN / Autor(es): Danilo Felipe Teixeira da Silva Mater Christ e UERN Kléber Formiga Miranda Mater Christ e UERN 14:30h às 15:00h - A CONTROLADORIA NO SETOR PÚBLICO: INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO AO GESTOR. Um estudo de caso na prefeitura municipal de Gov.Dix-Sept Rosado/RN / Autor(es): Nicélia Ana da Silveira Medeiros - Mater Christ, Antônio Erivando Xavier Júnior - Mater Christ 15:00h às 15:30h - NORMATIZAÇÃO CONTÁBIL NO BRASIL: UM ESTUDO ACERCA DA NORMATIZAÇÃO CONTÁBIL DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE / Autor(es): Katiane Pires Queiroga – Graduada em Ciências Contábeis (UFCG). Josicarla Soares Santiago – Mestre em Ciências Contábeis (UFPB). Fabiano Ferreira Batista – Mestrando em Ciências Contábeis (UFCG). Joana D´arc Medeiros Martins - Mestre em Ciências Contábeis (UFRN). Coordenador: Prof. Celso Luiz Souza de Oliveira - CRC/RN / UFRN Mediador: Prof. Salmo Batista de Araújo - Faculdade Católica S.Terezinha Avaliação Trabalhos: Prof. Ms.Elias Dib Caddah Neto - CRC/PI / UFPI 14:00h às 14:30h - PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE BALANCED SCORECARD COMO AUXILIO À TOMADA DE DECISÃO: Estudo de caso na empresa Acron Tecnologia em Saneamento Ltda. sediada em Nata/RN, 2011./ Autor(es): João Maria Xavier da Silva - UFRN e UNP Natalia Niege da Silva - UNP Juliana Karla Vasconcelos da Silva – UNP 14:30h às 15:00h - CONTABILIDADE DE CUSTOS APLICADA EM UMA EMPRESA DO SETOR FARMACÊUTICO / Autor(es): Augusto César Martins Oliveira,Diego Andrew de Oliveira Bezerra,Guilherme Medeiros Fernandes Thales Renan Marreiro Delmiro,UFRN 15:00h às 15:30h - O CONHECIMENTO E O INTERESSE PELA PESQUISA CIENTÍFICA POR PARTE DOS GRADUANDOS EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS DO CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES / Autor(es): Yuri Dantas dos Santos – UFRN, Profa. Orientadora: Luziana Maria Nunes Queiroz/UFRN Coordenador: Prof. Carlos José Wanderley Ferreira, CRC/RN / UFRN Mediador: Prof. Iuri Costa dos Santos – Faculdade Estácio de Sá Avaliação Trabalhos: Prof. Dr. Ridalvo Medeiros Alves de Oliveira - UFRN 14:00h às 14:30h A MENSURAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL ATRAVÉS DO BALANÇO SOCIAL: UM PANORAMA DO ENTENDIMENTO DAS EMPRESAS DE NATAL/RN /Autor(es):Hélen Steffânia dos S. Herculano,Bacharelando de Ciências Contábeis – UnP, Sheyla Cristina A. Gomes,Bacharelando de Ciências Contábeis – UnP, Prof. Jorge Assef Lutif Júnior - UNP, Prof. Lieda Amaral de Souza, UnP 14:30h às 15:00h - RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL: Um estudo de caso na Amazônia. /Autor(es): Marcelo de Oliveira Ferreira (FEAPA), Ticiane Lima dos Santos (UFRN), Fabrício do Nascimento Moreira (UFRJ), e Raimunda Maria da Luz Silva (UFRN) 15:00h às 15:30h - UM ENSAIO TEÓRICO SOBRE A INSERÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA FRENTE ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTER-REGIONAIS / Autor(es): Ticiane Lima dos Santos (UFRN), Daiane Lima dos Santos (NAEA/UFPA), Fabrício do Nascimento Moreira (UFRJ), Josep Pont Vidal (NAEA/UFPA) Coordenadora: Profª.Ms. Luziana Maria Nunes de Queiroz - UFRN Mediador: Prof. Francisco Assis da Cunha Neto - Faculdade N.S das Vitórias Avaliação Trabalhos: Profª. Ms.Liliane Maria Ramalho de Castro e Silva, CRC/CE / UFC 14:00h às 14:30h - ANÁLISE DOS IMPACTOS DO SPED EM UMA EMPRESA DO RAMO SUPERMERCADISTA DO MUNICÍPIO DE ASSU/RN / Autor(es): Francisco Felipe da Silva - UERN Joaquim de Siqueira Furtado Neto - UERN 14:30h às 15:00h - EVIDENCIAÇÃO DAS INFORMAÇÕES AMBIENTAIS NOS DEMONSTRATIVOS DAS EMPRESAS BRASILEIRAS LISTADAS NO ÍNDICE DOW JONES DE SUSTENTABILIDADE EM SUA VERSÃO 2009/2010/ Autor(es): Maria Jôndina Ferreira de Oliveira,Aluna da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi José Antônio de Melo Neto, Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi Kléber Formiga Miranda, Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi 15:00h às 15:30h - UMA NOVA MODALIDADE DE LICITAÇÃO E A SUA APLICABILIDADE NAS CONTRATAÇÕES PÚBLICAS / Autor(es): João Eufrázio de Medeiros Neto, José Alysson Sousa Araújo, Milena Gomes dos Santos, Luziana Maria Nunes Queiroz, Sócrates Dantas Lopes Coordenador: Prof. Ms. José Jailson da Silva - UFRN Mediador: Profa.Maria das Neves B. Santos - Faculdade Católica S.Terezinha Avaliação Trabalhos: Prof. Dr. Adilson de Lima Tavares, UFRN 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 15 14:00h às 15:30h - Local: Auditório principal ATIVIDADES PROFISSIONAIS Tema: Convergências as Normas Internacionais de Auditoria - IFAC Palestrante: Contador Cláudio Gonçalo Longo – Coordenador do Comitê de Normas de Auditoria do IBRACON - CFC Coordenador: Contador Everildo Bento da Silva – Presidente CRC/RN Debatedor: Contador Olegário Mariano Prestelo Marinho Debatedor: Contador Raimundo Cabral de Souza (SESCON/RN) 15:30h às 16:00h – REDE DE RELACIONAMENTOS 16:0h às 16:10h Local: Auditório principal e transmissão simultânea para as 4 salas LANÇAMENTO DO BALANÇO SOCIAL DO CRC/RN Apresentadora: Profª Ms. Halcima Melo Batista – Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CRC/RN Comissão de Elaboração do Balanço Social 16:10h às 16:20h Momento institucional – INSTITUTO SOCIAL IRIS 16:20h às 16:30h Local: Auditório principal e transmissão simultânea para as 4 salas PREMIAÇÃO DOS TRABALHOS Coordenador: Prof. Ms. José Vicente de Assis – Vice-presidente de Registro do CRC/RN Comissão de Avaliação de Trabalhos 16:30h às 18:00h - Local: Auditório principal e transmissão simultânea para as 4 salas PALESTRA MOTIVACIONAL Palestrante: Profª. Alexandra Souza Pena – Pedagoga, Especialista em Gestão de Pessoas, Diretora do Grupo YTHYS 18:00h - Local: Auditório principal e transmissão simultânea para as 4 salas Palavra do Presidente do CFC – Prof. Ms. Juarez Domingues Carneiro ENCERRAMENTO I BAILE DO CONTABILISTA DO RN Data: 24/09/2011 - Sábado - Noite - 22hs Local: Boulevard Recepções (na Av. Maria Lacerda Montenegro, S/N, Nova Parnamirim) Programação: Orquestra Dom Cardoso e seus Metais Coordenador do Baile: Prof. José Vicente de Assis 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 16 PERFIL DOS PARTICIPANTES 21% 77% 2% Participantes inscritos Profissionais Estudantes Outros 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Setor Privado Setor Público Não especificado Perfil de participantes Profissionais 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 17 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 Instituições Privadas Instituições Públicas Não especificado Perfil de participantes Estudantes 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0% Regular Bom Ótimo Excelente Avaliação do evento Organização do evento 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 18 PRÊMIO DE ARTIGOS CIÊNTÍFICOS A Comissão Julgadora do Prêmio de Artigos Científicos do VIII Encontro Norte-Rio- Grandense de Ciências Contábeis, em reunião realizada em 06 de setembro de 2011, julgou os seguintes artigos como vencedores do concurso: 1º Colocado Crise do subprime: O papel da governança corporativa na volatilidade dos retornos Autores: Raimunda Maria da Luz Silva (UFRN), Ticiane Lima dos Santos, (UFRN), Fabrício do Nascimento Moreira, (UFRJ) 2º Colocado O Conhecimento e o interesse pela pesquisa científica por parte dos graduados em Ciências Contábeis do Centro de Ensino Superior do Seridó - Ceres Autor: Yuri Dantas dos Santos (UFRN – Seridó/CERES) 3º Colocado A influência dos Estoques e dos Recebíveis no Capital de Giro das empresas de consumo cíclico listadas em bolsa Autores: José Ronaldo Matos dos Santos (Mater Christi), Kléber Formiga Miranda (Mater Chisti) 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 19 ARTIGOS APRESENTADOS NO EVENTO CRISE DO SUBPRIME: O PAPEL DA GOVERNANÇA CORPORATIVA NA VOLATILIDADE DOS RETORNOS. Raimunda Maria da Luz Silva (UFRN) Ticiane Lima dos Santos (UFRN) Fabrício do Nascimento Moreira (UFRJ) Contabilidade para Usuários Externos RESUMO A crise financeira mundial ocorrida entre os anos de 2007 e 2008, conhecida como crise do subprime, colocou em evidência a governança das empresas no Brasil e no mundo. A criação de níveis diferenciados de governança corporativa na BOVESPA, em 2000, fez com que empresas tivessemmaior comprometimento em relação aos seus acionistas, com maior nível de transparência em suas informações. A proposta desse trabalho é analisar como a crise financeira do subprime afetou, entre janeiro de 2007 e dezembro de 2009, a volatilidade do retorno das ações na BM&FBOVESPA de empresas com maior liquidez em diferentes níveis de governança corporativa. A partir de estudos das séries temporais e, através de estudos de eventos, foram realizados testes econométricos, através do EVIEWS, e pelos resultados apresentados tornou-se evidente que a adoção de boas práticas de governança corporativa influencia a volatilidade dos retornos das empresas. Palavras-chave : Crise financeira. Governança corporativa. Eficiência de mercado 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 20 1. INTRODUÇÃO A crise financeira ocorrida entre os anos de 2007 e 2008 colocou em evidência a governança das empresas no Brasil e no mundo. Embora haja discordância entre analistas sobre as causas da crise financeira internacional, muitos acreditam que ela foi oriunda das perdas causadas pelo crescente default dos empréstimos das hipotecas do mercado imobiliário norte-americano de subprime (mercado de financiamento imobiliário de maior risco). A crise foi estendida aos mercados mundiais, uma vez que grande parte dessas hipotecas foi securitizada e distribuída aos investidores do mercado global e causou uma queda generalizada no mercado financeiro. Observou-se que a crise foi precipitada pela falência do banco de investimento Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, que como um efeito sistêmico, levou à falência outras instituições financeiras. Para monitorar o risco financeiro, ferramentas quantitativas de gestão de risco foram criadas na década de 1990, após vários desastres financeiros. A turbulência do mercado também tem levado as empresas a investirem no desenvolvimento e utilização de informações que são aplicadas como ferramentas de apoio aos processos de controle e tomada de decisão. Os investidores, por sua vez, tomam a decisão de investir em ativos que tragam retornos financeiros, passando pela definição do que irá acontecer no futuro dos diversos mercados. Para isso, gestores de carteiras de ativos, analistas de investimentos e participantes do mercado de capitais tentam captar as informações que possam afetar o mercado financeiro. Quando informações relevantes são incorporadas aos preços dos ativos, e estes se ajustam rapidamente às novas informações, esse mercado é chamado eficiente. De acordo com Fama (1970), a eficiência pode ser testada de três formas: fraca, semiforte e forte. A forma fraca revela oscilações aleatórias nos preços, a análise é feita a partir dos preços passados. A forma semiforte revela que somente informações públicas são incorporadas aos preços dos ativos. Já na forma forte tanto informações públicas como privadas são incorporadas aos preços dos ativos, podendo gerar retornos anormais (SILVEIRA, 2010). Com a globalização, os investidores internacionais passaram a buscar mercados com maior nível de transparência na regulação do mercado, bem como nas empresas com claras regras para o acesso e saída de acionistas e comportamento totalmente transparente nas informações prestadas, isto é, que adotem as boas práticas de Governança Corporativa (MACEDO; SIQUEIRA, 2006). 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 21 Este artigo tem como objetivo geral investigar se há diferenças significativas na volatilidade dos retornos das empresas com maior liquidez na BM&FBOVESPA, com diferentes níveis de governança corporativa, durante a crise subprime em 2008. Os objetivos específicos são: produzir um indicador que represente os retornos das empresas de maior liquidez na BM&FBOVESPA, por nível de governança; identificar a volatilidade dos indicadores a partir de um processo GARCH e identificar diferenças de volatilidade nos retornos dos indicadores com diferentes níveis de governança corporativa no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2009. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Crise Financeira do Subprime em 2008 Após os ataques de 2001 aos Estados Unidos, quando o World Trade Center e o Pentágono foram os alvos, o presidente George W. Bush decretou uma série de medidas a fim de incentivar o consumo e aquecer o mercado imobiliário nos Estados Unidos. As linhas de crédito foram se ampliando, em especial as relativas às hipotecas. Os bancos, incluindo os comerciais, começaram a outorgar créditos a longo prazo para a compra de apartamentos ou vivendas com facilidades excessivas sem observar a capacidade de pagamento por parte dos compradores. Conjuntos de dívidas eram posteriormente vendidos a instituições especializadas com base em pagamentos futuros e na valorização sistemática dos próprios imóveis. Este auge de hipotecas denominou-se "subprime". A política seguida se beneficiou de um êxito inicial porque se ampliou o mercado imobiliário, mantendo-se uma forte procura de casas cujos preços não paravam de subir (GOMES, 2009). Os bancos que criaram essas hipotecas também criaram os derivativos negociáveis no mercado financeiro instrumentos sofisticados para securitizá-las, transformando-as em títulos livremente negociáveis – por elas lastreados – que passaram a ser vendidos para outros bancos, instituições financeiras, companhias de seguros e fundos de pensão pelo mundo inteiro, com algumas agências de rating classificando-os, como AAA, a mais alta chancelaria para títulos. Paralelamente a isso, o Federal Reserve (Banco Central americano) iniciou uma série de reduções na taxa básica de juros de 6,5% para 3,5% e, em seguida, na época dos atentados terroristas baixou mais ainda até chegar em 1% em 2003. A taxa real de juros de curto prazo, durante 31 meses chegou a ficar negativa (BARRETO, 2009). Com isso, houve redução das exigências para a concessão de crédito, levando-os a troca de taxas fixas por juros variáveis. Refinanciavam suas hipotecas de forma vantajosa, gastando parte da diferença entre os empréstimos contraídos a taxas baixas e o valor das prestações que eram devidas, 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 22 ampliando sua capacidade de consumo. As prestações iniciais eram baixas, inferiores até aos juros devidos, não havendo amortizações e resultando numa dívida cada vez maior, ao invés de sua redução. Consequentemente, as prestações eram pesadas mais a frente. Em agosto de 2007, foi detectada uma alta taxa de default no segmento que engloba pessoas com histórico de inadimplência por oferecerem menos garantias de pagamento. É o subprime (segunda linha) (FERREIRA; PENIN, 2008). O banco, ao ver o volume de suprime na sua carteira, decide repassar uma parte do que internamente qualifica de junk (velharia ou lixo), para quem irá securitizar a operação, isto é, assegurar certas garantias em caso de inadimplência total em troca de uma taxa mais um pequeno percentual de ganhos, que evidentemente são hipotéticos (DOWBOR, 2009). As empresas começam a ficarpreocupadas e “empurram” os papéis para pequenos poupadores, que são convencidos a fazer um ótimo negócio que, muito embora seja arriscado, paga uma ótima taxa de juros. A crise estava formada, mas em 09 de agosto de 2007, a noticia que o banco francês BNP Paribas havia congelado o saque de três de seus fundos de investimento, aplicados em papéis oriundos de operações hipotecãrias nos EUA, soou como alerta geral para a crise de liquidez instalada. No conjunto, o que aconteceu com a globalização financeira é que os papéis circulam no planeta todo, enquanto os instrumentos de regulação, os bancos centrais nacionais, estão fragmentados em cerca de 190 nações. Na prática, ninguém está encarregado de regular coisa alguma. E se algum país decide controlar os capitais, estes fugirão para lugares mais hospitaleiros (mercado amigo), em processo muito parecido com os mecanismos de guerra fiscal entre municípios. Nas análises das Nações Unidas, isto é chamado de race to the bottom, corrida para o fundo, de quem reduz mais as suas próprias capacidades de controle (DOWBOR, 2009). 2.1.1 Os Efeitos da Crise no Brasil Acredita-se que o mercado financeiro no Brasil não foi tão afetado como em outros países em virtude de sua regulação e supervisão bancária não admitirem a proliferação de instrumentos financeiros exóticos como os que deram origem à crise dos subprime. Os bancos ampliaram o crédito às pessoas físicas, diante das expectativas otimistas quanto à recuperação do emprego e da renda. Esta expansão de empréstimos com recursos livres às pessoas físicas foi efetuada nas modalidades de crédito pessoal, aquisição de veículos e cartão de crédito. O crédito pessoal, que inclui as operações com crédito consignado, contribuiu em média por quase metade do crescimento dos empréstimos concedidos nesse segmento. O endividamento também foi 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 23 estimulado pela estratégia das grandes redes varejistas (logo imitada pelos bancos e suas financeiras) de alongamento dos prazos das operações de crédito ao consumidor (FREITAS, 2009). Com o crescimento da economia brasileira, com estímulo à produção, as empresas recorreram ao crédito bancário, particularmente na modalidade de capital de giro, utilizada para as necessidades de fluxo de caixa. Também contavam com fontes de financiamento internacional. Como a crise resultou em sensível piora em termos de custo e prazo à captação das grandes empresas (bancos) no mercado internacional, estas ampliaram a contratação de empréstimos para capital de giro no mercado doméstico em volumes crescentes e prazos mais longos. Na verdade o que afetou os bancos foi a “crise de confiança”, quando, na incerteza, o dinheiro pára de circular, encarecendo o crédito disponível. Isso ficou mais evidente a partir da falência do banco de investimento Lehman Brothers em 15 de setembro de 2008, levando a Bolsa brasileira a “despencar” até 14,72% em um só dia, depois de acionar por várias vezes o “circuit breaker” na BM&FBOVESPA, amargando perdas no final do dia de 11,39%, a maior queda desde 11 de setembro de 1998. Com a forte concorrência bancária, que conduziu à emergência de práticas de alto risco, a desestabilização veio à tona com a reversão das expectativas ante o agravamento da crise financeira internacional e seus efeitos-contágio sobre as economias periféricas, dentre as quais o Brasil. Os bancos se retraíram, como no caso brasileiro, pelo prazo relativamente curto do crédito e pela existência de títulos públicos líquidos, rentáveis e de baixo risco, que permitem uma rápida recomposição dos seus portfólios (FREITAS, 2009). 2.2 Governança Corporativa No Brasil, a prática da governança corporativa se intensificou com a abertura da economia, aumento dos investimentos estrangeiros no País, o processo de privatização das empresas estatais e com o crescimento de empresas no mercado internacional. O aperfeiçoamento da prática de governança no Brasil, já tem algumas iniciativas, como a criação do Novo Mercado da BM&F BOVESPA, em dezembro de 2000, com a atribuição de negociar ações emitidas por empresas que se comprometem, voluntariamente, com a adoção de boas práticas de governança corporativa. Foi também criado o Código do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), as Recomendações da CVM, e mais recentemente, a Nova Lei das S.A’s 11.638/07. A adoção de um único conjunto de normas contábeis, reconhecido internacionalmente, facilitará o processo de decisão dos investidores, contribuindo para a solidez do mercado de capitais no Brasil. Por meio de um contrato privado voluntário, as empresas aderem a regras que exigem a adoção de práticas corporativas superiores, fazendo com que, de fato, o Novo Mercado e os Níveis 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 24 Diferenciados de Governança Corporativa funcionem como um selo de qualidade, cujo valor reside nas obrigações contratuais assumidas pela empresa e na maneira como a BM&FBOVESPA administra tais contratos (CARVALHO, 2002). O Novo Mercado (NM) e os Níveis Diferenciados de Governança Corporativa - Nível 1 e Nível 2 - foram desenvolvidos com o propósito de proporcionar um ambiente de negociação que estimulasse, ao mesmo tempo, o interesse dos investidores e a valorização das companhias. Proporciona aos proprietários (acionistas ou cotistas) a gestão estratégica de sua empresa e a efetiva monitoração da direção executiva. De acordo com a BOVESPA (2009), as companhias nela listada se comprometem, principalmente, com melhorias na prestação de informações ao mercado e com a dispersão acionária. As principais práticas agrupadas no Nível 1 são: manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações, representando 25% do capital; realização de ofertas públicas de colocação de ações por meio de mecanismos que favoreçam a dispersão do capital entre outras. Já os critérios básicos de listagem de companhias Nível 2, além da aceitação das obrigações contidas no Nível 1 e compromisso de direitos adicionais para os acionistas minoritários, são: mandato unificado de um ano para todo o Conselho de Administração, que deve ter pelo menos cinco membros; disponibilização de balanço anual seguindo as normas do US GAAP ou IFRS entre outros. O NM é um segmento destinado à negociação de ações emitidas por companhias que se comprometam, voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa adicionais em relação ao que é exigido pela regulamentação brasileira. Essas regras, consolidadas no Regulamento de Listagem, ampliam os direitos dos acionistas, melhoram a qualidade das informações usualmente prestadas pelas companhias e, ao determinar a resolução dos conflitos por meio de uma Câmara de Arbitragem, oferecem aos investidores a segurança de uma alternativa mais ágil e especializada. A principal inovação do Novo Mercado, em relação à legislação, é a proibição de emissão de ações preferenciais. O capital social das companhias listadas no NM é composto apenas por ações ordinárias. 2.3 Hipótese do Mercado Eficiente A Teoria ou Hipótese da Eficiência de Mercado – HEM - é uma das bases da Moderna Teoria de Finanças. Inicialmente evidenciada, mas não proposta, por Bachelier (1900), que defendeu que os rendimentos das ações ou qualquer outro ativo de risco segueum percurso aleatório ou “random walk” porque tais retornos dependeriam de inúmeras variáveis tipicamente imprevisíveis. 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 25 Somente em 1970, Eugene Fama professor da Universidade de Chicago, formalizou a HEM, publicou seu trabalho no Journal of Finance, baseado na premissa de que os preços dos títulos refletem instantaneamente todas as informações relevantes disponíveis no mercado: Um eficiente mercado de capitais é um mercado que é eficiente no processamento de informações. Os preços dos títulos observados a qualquer momento são baseados na avaliação “correta” de todas as informações disponíveis naquele momento. Em um mercado eficiente, preços “refletem integralmente” as informações disponíveis (FAMA, 1970). Na visão de Van Horne, um mercado financeiro eficiente existe quando os preços dos ativos refletem o consenso geral sobre todas as informações disponíveis sobre a economia, os mercados financeiros e sobre a empresa envolvida. Para Brealey e Myers, em mercados eficientes a compra ou venda de qualquer título ao preço vigente de mercado nunca será uma transação com valor presente líquido positivo (BRUNI; FAMÁ, 1998). Assim, os preços dos ativos girariam em torno de seu valor intrínseco, onde novas informações poderiam ocasionar mudanças rápidas nesse valor, mas o subsequente movimento do preço flutuaria aleatoriamente, indicando que certas informações podem afetar o preço de ativos mais rapidamente do que outras. Dessa maneira, separam-se as informações em três tipos: informações de preços passados, informação publicamente disponível e toda informação possível. Após a divulgação da HEM, ficou clara a necessidade de pesquisas para testá-la. Assim uma série de pesquisas foi realizada a partir de 1960, com os mais variados resultados. Alguns evidenciando e outros refutando a hipótese de mercados eficientes. Forti, Peixoto e Santiago (2009), realizaram mais recentemente um levantamento sobre as pesquisas realizadas no Brasil sobre a eficiência do mercado de ações nacional. Os trabalhos por eles selecionados tiveram como resultado que nos teste de forma fraca, 42% dos trabalhos aceitam a HEM e 58% a rejeitam. Nos testes da forma semiforte, 100% dos trabalhos aceitam a HEM. Por fim, nos testes da forma forte, 100% dos trabalhos rejeitam a HEM. 2.4 Risco e Volatilidade Nota-se que o risco é eminente nas operações do mercado financeiro e, para Best (1998, p. 2), “o risco só tem um sentido verdadeiro, à medida em que resulta em perdas financeiras, quer direta, quer indiretamente”. Há inúmeras formas que o risco pode assumir, dentre elas, podemos destacar a classificação de Morgan (1996) que trata dos riscos de crédito, liquidez, operacional e de mercado, este último, 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 26 necessário para nosso estudo, refere-se ao risco de perda resultante de uma variação do valor dos bens negociáveis. Muitos outros autores inserem outras classificações sobre risco. Em todas elas, o risco está associado à incerteza de algo que se espera acontecer. É evidente que existe uma relação positiva entre risco e retorno. Para Gitman (2001, p.71), “há um trade-ofi entre o risco e o retorno: investidores devem ser compensados por aceitarem um risco maior com a expectativa de retorno maior”. Várias metodologias para o cálculo do risco foram desenvolvidas a partir da década de 80 e 90. Entretanto, para atender aos objetivos propostos neste trabalho, será focalizado o risco de mercado, na sua forma absoluta, sem preocupação de mensurá-lo com outro ativo ou referencial. Serão aplicados métodos estatísticos, com a utilização de modelos econométricos. 3. METODOLOGIA O escopo da pesquisa foi delimitado pelas empresas com maior presença em pregão, listada por segmento: BOVESPA MAIS, Novo Mercado, Nível 1 e 2 de Governança Corporativa, negociadas na BM&FBOVESPA. Portanto, foram coletados os preços das ações de quatorze empresas com maior liquidez, por nível de segmento. Foi utilizado o sistema E-WIES (Econometric View), alimentado com os preços das ações de maior liquidez no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2009, dentro dos níveis de governança corporativa a que pertencem. A seguir foi criado um indicador para cada nível, ponderando retorno x quantidade teórica. Inicialmente foi adotada a metodologia do estudo de eventos, que, a partir da hipótese de eficiência dos mercados, visa mensurar o impacto de uma informação no valor de mercado de empresas, enfocando mais os preços e retornos das mesmas no mercado financeiro. Para se coadunar com os objetivos propostos no presente trabalho, utilizou-se a análise no domínio do tempo, com dados diários contínuos do tempo, baseando-se nos modelos propostos por Box e Jenkins (1976), e no modelo GARCH, a partir da generalização do modelo ARCH, apresentado por Bollerslev, em 1986. Um modelo GARCH pode ser usado para descrever a volatilidade com menos parâmetros do que modelos ARCH. O estudo parte de coleta dos preços de ações de empresas de maior liquidez, entendendo-se como tal a maior presença em pregão, listadas na BM&FBOVESPA, e foram considerados os preços ajustados das negociações do site da Economática cujas observações foram obtidas em instantes 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 27 sucessivos do tempo e ao longo de um intervalo de tempo (2007 a 2009), caracterizando uma série temporal financeira. As empresas foram filtradas por segmento de governança corporativa e criou-se um indicador para cada segmento, ponderando retorno x quantidade teórica, a fim de melhor análise dos dados. 4. RESULTADOS Foram utilizados dois testes de Raiz Unitária: Dickey-Fuller (ADF) e Plillips-Perron (PP). A Tabela 1 apresenta os resultados do teste: H0 = Existência de raiz unitária (não estacionariedade) e H1: Não existência de raiz unitária (estacionariedade). Quando verificadas as séries de preços, pode-se perceber que aceitamos a hipótese nula, pois o p-valor > 5%, e conclui-se que a série possui uma raiz unitária para ambos os testes, ou seja, uma condição essencial para tal estudo foi rejeitada, a de estacionariedade mais um indicio da presença de volatilidade em ambas as séries. Tabela 1 – Teste de Raiz unitária de Dickey-Fuller Null Hypothesis: BM,N1, N2 e NM has a unit root BOVESPA MAIS NÍVEL 1 NÍVEL 2 NOVO MERCADO t-Statistic Prob.* t-Statistic Prob.* t-Statistic Prob.* t-Statistic Prob.* Augmented Dickey-Fuller test statistic -1.481.479 0.5427 -1.610.537 0.4767 -1.748.082 0.4065 -1.352.827 0.6063 Phillips-Perron test statistic -1.481.479 0.5427 -1.486.966 0.5399 -1.562.486 0.5013 -1.023.961 0.7463 Fonte: Dados da pesquisa 2010 Tendo em vista que a crise do subprime foi um evento importante que afetou diretamente os preços das ações no Brasil, o presente estudo não abordará o preço, porque ele é não estacionário, serão pesquisados os retornos, porque tende a ser uma medida mais coerente para trabalhar. Nas séries de retornos podemos observar o momento em que o indicador caiu sensivelmentede patamar, apresentando uma maior volatilidade, a partir de agosto de 2008, com presença de grandes “out liers”, conforme gráfico 1. Assim as séries se transformaram em RBM, RN1, RN2 E RNM, ou seja, Retorno Bovespa Mais, Retorno Nível 1, Retorno Nível 2 e Retorno Novo Mercado, respectivamente. 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 28 Gráfico 1 – Retornos das Séries Fonte: Dados da pesquisa 2010 Nos gráficos 2 a 5, percebe-se que para todas as séries as medidas de tendência central não apresentam valores aproximados, quando observado o desvio padrão, indicando que para ambas as séries os dados apresentam dados dispersos em torno da média. Observou-se, ainda, que os dados apresentam uma distribuição leptocúrtica, mais um indício de que os dados não seguem uma distribuição normal. Através do teste de Jarque-Bera pode-se confirmar que as séries não seguem uma distribuição normal, pois ao nível de significância de 5% rejeitamos a hipótese nula de que as séries seguem uma distribuição normal e aceitamos a hipótese alternativa de que os dados não seguem uma distribuição normal, pois o p-valor foi abaixo do nível de significância. Tal fato mostra que os retornos não apresentam um comportamento normal, ou seja, há uma grande dispersão dos dados em torno da média, indicando a presença de volatilidade. Gráfico 2 - Teste de estacionariedade para a série de retorno Bovespa Mais Fonte: Dados da pesquisa -.15 -.10 -.05 .00 .05 .10 .15 1/2/07 1/8/07 1/2/08 1/8/08 2/2/09 3/8/09 Retorno Nível 1 -.16 -.12 -.08 -.04 .00 .04 .08 .12 .16 .20 1/2/07 1/8/07 1/2/08 1/8/08 2/2/09 3/8/09 Retorno Nível 2 -.12 -.08 -.04 .00 .04 .08 .12 .16 1/2/07 1/8/07 1/2/08 1/8/08 2/2/09 3/8/09 Retorno Novo Mercado -.16 -.12 -.08 -.04 .00 .04 .08 .12 .16 1/2/07 1/8/07 1/2/08 1/8/08 2/2/09 3/8/09 Retorno Bovespa Mais 0 40 80 120 160 -0.15 -0.10 -0.05 0.00 0.05 0.10 Series: RBM Sample 1/02/2007 12/30/2009 Observations 739 Mean 0.000940 Median 0.002764 Maximum 0.139024 Minimum -0.149229 Std. Dev. 0.029859 Skewness -0.099225 Kurtosis 6.854366 Jarque-Bera 458.6579 Probability 0.000000 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 29 Gráfico 3 - Teste de estacionariedade para a série de retorno Nível 1 Fonte: Dados da pesquisa Gráfico 4 - Teste de estacionariedade para a série de retorno Nível 2 Fonte: Dados da pesquisa Gráfico 5 - Teste de estacionariedade para a série de retorno Novo Mercado Fonte: Dados da pesquisa A tabela 2 apresenta uma estimativa dos coeficientes de autocorrelação e autocorrelação parcial para as Séries RBM, RN1, RN2 e RNM. Ao se verificar as funções de autocorrelação e autocorrelação parcial para as séries do retorno dos preços, constata-se que o retorno contorna grande parte da autocorrelação apresentada, tornando-a um ruído branco, melhorando, portanto substancialmente as características principais da série. 0 40 80 120 160 -0.10 -0.05 -0.00 0.05 0.10 Series: RN1 Sample 1/02/2007 12/30/2009 Observations 739 Mean 0.000609 Median 0.001874 Maximum 0.138004 Minimum -0.123136 Std. Dev. 0.027098 Skewness -0.018664 Kurtosis 6.460241 Jarque-Bera 368.7198 Probability 0.000000 0 40 80 120 160 -0.1 0.0 0.1 0.2 Series: RN2 Sample 1/02/2007 12/30/2009 Observations 739 Mean 0.000305 Median 8.19e-05 Maximum 0.194292 Minimum -0.150037 Std. Dev. 0.024780 Skewness 0.591990 Kurtosis 13.42133 Jarque-Bera 3387.265 Probability 0.000000 0 40 80 120 160 200 -0.10 -0.05 -0.00 0.05 0.10 0.15 Series: RNM Sample 1/02/2007 12/30/2009 Observations 739 Mean 0.000492 Median 0.001574 Maximum 0.155042 Minimum -0.114895 Std. Dev. 0.026212 Skewness 0.197737 Kurtosis 6.867810 Jarque-Bera 465.4577 Probability 0.000000 Tabela 2 – Estimativas dos coeficientes de autocorrelação e autocorrelação parcial para as Séries RBM, RN1, RN2 e RNM 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 30 Fonte: Dados da pesquisa Notas: ACFi e PACFi denotam os coeficientes de autocorrelação e autocorelação parcial da i-ésima ordem respectivamente. * Limite assintótico para a função de autocorrelação Foi realizado o Teste de Tukey para avaliar se existe diferença entre as variâncias de ambas as séries. Como hipótese nula, considerou-se que não existe diferença entre as variâncias e como hipótese alternativa, que existe diferença. Para efeito de conclusão, foi utilizado o nível de significância de 5%. Na comparação dos segmentos BOVESPAMAIS com o segmento Nível 1, se aceita a hipótese nula, indicando que não existe diferença entre os segmentos e que as mesmas respondem mais ou menos ao mesmo nível de risco, porém ao longo do tempo são iguais. RBM RN1 RN2 RNM ACF1 -0.013 -0.004 -0.075 -0.050 PACF1 -0.013 -0.004 -0.075 -0.050 ACF 2 -0.034 -0.040 -0.016 -0.066 PACF 2 -0.034 -0.040 -0.021 -0.069 ACF 3 -0.064 -0.096 -0.039 -0.042 PACF 3 -0.065 -0.097 -0.042 -0.050 ACF 4 0.025 -0.007 -0.044 -0.046 PACF 4 0.022 -0.010 -0.050 -0.056 ACF 5 -0.006 -0.012 -0.041 -0.007 PACF 5 -0.010 -0.020 -0.051 -0.019 ACF 6 -0.005 -0.018 0.000 -0.025 PACF 6 -0.008 -0.029 -0.011 -0.036 ACF 7 -0.039 -0.020 -0.056 -0.035 PACF 7 -0.037 -0.024 -0.064 -0.046 ACF 8 0.042 0.032 -0.009 0.015 PACF 8 0.039 0.026 -0.026 0.002 ACF 9 -0.026 -0.002 -0.062 -0.025 PACF9 -0.028 -0.008 -0.074 -0.035 ACF 10 0.057 0.036 0.057 0.043 PACF 10 0.055 0.034 0.037 0.034 0,07357 0,07357 0,07357 0,07357 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 31 Entre os segmentos BOVESPAMAIS e o Nível 2 e o Novo Mercado, pode-se notar que existe diferença entre eles, pois o p-valor do teste foi abaixo de 5%, indicando que uma ausência de transparência aumenta a resposta do mercado em relação ao risco. Para o segmento Nível 1, constatou-se que existe diferença entre ele e o Nível 2, indicando, possivelmente, que uma ausência de transparência aumenta a resposta do mercado em relação ao risco. No entanto, quando comparado o Nível 1 com o Novo Mercado, foi possível notar que não existe diferença entre estes segmentos, pois aceita-se a hipótese nula, indicando que ao longo do tempo não existe diferença entre as variâncias para tais segmentos. Em relação à comparação do Nível 2 com o Novo Mercado, pode-se perceber que não há diferença estatística entre eles. Nestes segmentos apenas um, o de Nível 2, apresentou resultado significativo para a diferença. Ao comparar o nível 1 com os outros dois segmentos, verifica-se que não houve diferença estatística. Possivelmente, uma ausência de transparência do mercado aumenta a resposta em relaçãoao risco. No Tabela 3, pode-se observar os resultados do teste de igualdade de variância e algumas medidas estatísticas referentes às séries. Tabela 3 –Teste de igualdade das variâncias BOVESPA MAIS NÍVEL 1 NÍVEL 2 NOVO MERCADO BOVESPA MAIS Levene 0.1525 0.0003 0.0521 F-test (0.0085) (0.0000) (0.0004) NÍVEL 1 Levene 0.1525 0.0212 0.6029 F-test (0.0085) (0.0152) (0.3668) NÍVEL 2 Levene 0.0003 0.0212 0.0689 F-test (0.0000) (0.0152) (0.1272) NOVO MERCADO Levene 0.0521 0.6029 0.0689 F-test (0.0004) (0.3668) (0.1272) Fonte:Dados da pesquisa No gráfico 6 pode-se perceber que, quando avaliadas as variâncias dos retornos das séries, elas apresentaram uma maior volatilidade no período da crise financeira, sendo que o retorno do nível 2 apresentou maior volatilidade quando comparado com os outros segmentos. Desta forma, percebe-se 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 32 que todos os níveis sofreram com a crise, pressupondo que uns apresentaram maior volatilidade do que outros, onde ficou comprovado que existe diferença entre os segmentos. Isto fica evidenciado visualmente no gráfico 6, em que cada nível tem um comportamento diferente entre si e o único fato em comum entre eles e o fato de terem sido afetados pela crise. Gráfico 6 – Modelagem comparativa entre as variâncias das séries de retornos Fonte: Dados da pesquisa 5. CONCLUSÃO No período estudado (janeiro de 2007 a dezembro de 2009), em que ficou evidente o efeito da crise no mercado financeiro nacional e internacional, esse estudo encontrou um efeito positivo, em momentos de crise, da importância dos contratos que as empresas fazem junto à BM&FVOBESPA, estabelecendo boas práticas de governança corporativa. As empresas pertencentes ao BOVESPA MAIS e Nível 1 da Bolsa Brasileira tiveram uma maior volatilidade nos retornos no período da Crise do subprime, enquanto que as empresas listadas no Novo Mercado tiveram uma redução da exposição a riscos externos, indicando que melhores práticas de governança corporativa tendem a diminuir a volatilidade do retorno das empresas diante de um choque negativo. Para isso, após a coleta de preços das empresas de maior liquidez por segmentos de governança corporativa, produziu-se um indicador, por cada nível, ponderando retorno e quantidade teórica, produzindo as séries Retorno Bovespa Mais, Retorno Nível 1, Retorno Nível 2 e Retorno Novo Mercado, denominadas, respectivamente, RBM, RN1, RN2 e RNM. Por tratar-se de uma série temporal financeira, detectou-se a volatilidade existente nos preços das ações e procedeu-se ao teste de normalidade e estacionariedade das séries, depois foram definidos nível de autocorrelação e autocorrelação parcial da volatilidade dos retornos. Optou-se pela utilização do processo GARCH, modelo que melhor explica a volatilidade dos retornos das séries. Assim, foram realizados testes de igualdade para identificar a existência de diferenças significativas entre as séries. .000 .002 .004 .006 .008 .010 1/2/07 1/6/07 3/9/07 1/1/08 1/5/08 1/8/08 3/11/08 2/3/09 1/7/09 1/10/09 GARCH11RBM GARCH11RN1 GARCH11RNM GARCH1RN2 22 a 24 de setembro de 2011 - Natal - RN 33 Foram encontradas evidências empíricas que empresas que tem comprometimento com melhores práticas de governança, tais como demonstrações financeiras de acordo com as normas internacionais de contabilidade, percentual mínimo de ações em circulação entre outras, têm redução à exposição de fatores macroeconômicos, como a crise dos subprime, reduzindo a sensibilidade da volatilidade dos retornos de suas ações, indicando menores riscos. O mais importante, nesse estudo, é que não havia nenhum trabalho comparativo entre os diferenciados níveis de governança corporativa e a exposição dos mesmos aos choques externos que, invariavelmente, atingem a Bolsa Brasileira. Ficou em evidência, sobretudo, que os modelos servem de ferramentas para a tomada de decisão pelos investidores não são os resultados dos modelos, mas sim as decisões tomadas com base neles, e que, portanto, que podem e devem ser continuamente aprimorados. Se lições como as desta crise forem incorporadas aos modelos e às formas de utilizá-los, eles tenderão a ser cada vez mais úteis. 6. REFERÊNCIAS BACHELIER, Louis. Théorie de la speculation. (Thèse en Mathématique). Annales Scientifiques de l’École Normale Supérieure, Paris: Gauthier-Villars, v. 3, tome 17. p. 21-86. 1900. BALL, R. J.; BROWN, W.. An empirical evaluation of accounting income numbers. Journalof Accounting Research, v 6, p159-178, Autumn 1968. BARRETO, Eric. A Contabilidade a valor justo e a crise financeira mundial. 2009. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo. BEAVER, W.H. 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