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1 BIOQUÍMICA – P2 Prof a . Patrícia Damasceno Aula 4: Metabolismo de Aminoácidos Hoje vamos ver o metabolismo de aminoácidos e focar no ciclo da ureia, degradação e síntese de aminoácido. O aminoácido será degradado nas seguintes condições metabólicas: 1) dieta rica em proteínas; 2) quando a proteína não for mais útil para o nosso organismo (essas proteínas vão ser degradadas em aminoácidos, os quais também serão degradados); e 3) períodos de jejum, pois quando a reserva de carboidratos termina e até começar a degradação de lipídeos, as proteínas vão sendo degradas também, apesar das proteínas não produzirem grande quantidade de energia quando comparado aos lipídeos. Então, nestas 3 condições metabólicas dieta rica em proteínas, jejum (aqui se enquadra aquela pessoa diabética que não está controlando a doença) e no turn over de proteínas que é quando a proteína não está mais sendo necessária ao nosso organismo e será degrada. Portanto, nestas 3 condições vamos começar a degradar os aminoácidos. Nos animais o aminoácido proveniente quer seja de uma proteína intracelular quer seja da dieta, os aminoácidos serão degradados da mesma maneira. A estrutura geral do aminoácido é a seguinte: carbono, hidrogênio, cadeia lateral ou radical, grupamento amino e grupamento carboxila. Ao todo são 21 aa diferentes, aa padrão, ou seja, proteicos. Portanto, quando falamos de degradação de proteínas, falamos na perda desse grupamento amino e o que sobra é o esqueleto de carbonos que é chamado de alfa-cetoácido. Então, o grupamento amino terá um destino e o esqueleto de carbono (alfa-cetoácido) terá outro. O grupamento amino em humanos vai para o ciclo da ureia e o alfa-cetoácido vai para o ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs. A partir da degradação do alfa-cetoácido no ciclo de Krebs teremos como produto: CO2 (fruto das descarboxilações), H2O e ATP. Na verdade no ciclo de Krebs não forma apenas energia na forma de ATP, mas também NADH+H + , FADH2 que vão todos para a cadeia respiratória e virar ATP. Hoje vamos nos concentrar nesta parte do grupamento amino. Quando o grupamento amino é retirado, ele forma amônia, só que esta amônia não pode ficar no nosso organismo porque ele é extremamente tóxica. Para eliminá-la precisaríamos de muita água o que alteraria o equilíbrio osmótico. O problema da amônia é que ela consegue romper a barreira hematoencefálica e interfere na síntese de neurotransmissores no cérebro e a pessoa ficaria teoricamente mais lerda (é como na dieta de proteínas ou suplemento proteico e não malha), pode apresentar enjoo, dor de cabeça, etc. Isso porque ao ingerir grande quantidade de aminoácidos, é gerada muita amônia o que pode saturar o ciclo da ureia. O ciclo da ureia tira a amônia e a transforma em ureia como produto final. Essa ureia é que será excretada pelos rins. Ao se ingerir muito aminoácido, além do necessário para produzir energia e sintetizar as proteínas necessárias, vai ser produzida uma quantidade de amônia muito grande que o ciclo da ureia que ultrapassa a capacidade do ciclo da ureia em processar essa amônia e transformá-la em ureia. A amônia vai ser transformada em ureia, mas ele vai ficar mais tempo na corrente sanguínea e ocorre o desequilíbrio osmótico e também pode ultrapassar a barreira hematoencefálica. 2 Então, a primeira coisa que vai acontecer com o aminoácido proveniente de várias fontes ou da degradação de proteínas intracelulares ou pela ingestão, é perder o grupamento amino. Esse grupamento amino que é a amônia, se necessário será utilizada para a biossíntese de aminoácidos, de nucleotídeos ou de aminas biológicas. Mas o excesso de grupamento amino nos humanos e em alguns animais, precisa ser rapidamente transformado em ureia que é o produto de expressão desse excesso de nitrogênio. Como nosso organismo transforma amônia em ureia? Através de um ciclo de reações chamado de ciclo da ureia. A parte carbonada (esqueleto de carbonos) do aminoácido que chamamos de alfa-cetoácido cai para o ciclo de Krebs onde ele será altamente degradado. Em que condições metabólicas a degradação de aminoácidos acontece? Dieta rica em proteínas, jejum, paciente diabético não controlado. O que acontece no jejum? Baixa concentração de glicose no sangue. No diabético descontrolado até tem glicose, mas a célula não consegue utilizar essa glicose e vai continuar a se comportar como uma célula em jejum. Quais sã as primeiras via metabólicas em que a célula ativa para suprir órgãos mais exigentes como coração cérebro? O cérebro até consegue utilizar os corpos cetônicos, mas na baixa concentração de glicose ocorre a GLICONEOGÊNESE. Então, a célula a partir daí começa a sintetizar glicose através da gliconeogênese que é a via de síntese de glicose a partir dos seguintes precursores: piruvato, glicerol, aminoácidos glicogênicos e intermediários do ciclo de Krebs. Voltando aqui. Estamos nesta condição metabólica de jejum prolongado, está ocorrendo a degradação de aminoácidos e eles vão para o ciclo de Krebs, só que vamos precisar sintetizar glicose para alguns órgãos, então uma das formas é pelos intermediários do ciclo de Krebs, em especial o oxaloacetato, que podem ser desviado para a gliconeogênese, ou seja, para a síntese de glicose em condições de jejum. E o que acontece se não estivermos na situação de jejum? Os intermediários do ciclo de Krebs não vão ser desviados para a gliconeogênese. E sim, vamos ativar o ciclo da ureia porque estamos degradando aminoácidos e vamos mandar o alfa-cetoácido para o ciclo de Krebs. Então, no estado bem alimentado não vamos precisar da gliconeogênese. Já deu para perceber que os ciclos estão integrados. O clico da ureia também está integrado com outras vias. Vamos ver com mais detalhes daqui a pouco que o ciclo da ureia está diretamente conectado com o ciclo de Krebs, porque há intermediários que participam desta dobradinha que é conhecido como bicicleta de Krebs. O grupamento amino tem que ser transformado em ureia para ser excretado na urina pelo fato da ureia ser muito menos tóxica e vai precisar de uma quantidade de água muito pequena para ser excretada e além do mais não tem esse problema de atravessar a barreira hematoencefálica. 3 Qual é o mecanismo geral da degradação de um aminoácido? Vamos começar pela degradação e depois a síntese. Temos o aminoácido que primeiro vai perder o grupamento amino, o qual vai ser entregue ao alfa- cetoglutarato (no ciclo de Krebs). Quando o alfa-cetoglutarato ganha esse grupamento amino, a gente vê que o grupamento amino substitui a carbonila. Alfa-cetoglutarato ganha o grupamento amino e se transforma em glutamato. Se for necessário o glutamato vai perder novamente o grupamento amino. Olha bem, se o alfa-cetoglutarato quando ganha o grupamento amino se transforma em glutamina, então, quando a glutamina perder o grupamento amino, ele vai retornar a ser alfa-cetoglutarato. Então, a diferença na estrutura do alfa-cetoglutarato para o glutamato é unicamente o grupamento amino. Por que precisamos de glutamato? Porque é a concentração de glutamato que vai regular a velocidade do ciclo. Por que formamos glutamato e depois desfazemos a reação? Isso é necessário porque é o glutamato a molécula regulatória da velocidade do ciclo da ureia. E também vamos ver que é uma das formas de transportar o excesso de grupamento amino dos outros tecidos extra-hepáticos para o fígado. Então, esse grupamento amino que é retirado do glutamato é que vai para o ciclo da ureia. E para onde vai o alfa-cetoácido? Ele vai para o ciclo de Krebs. A gente vê que a glutaminaé a principal forma de transporte do excesso de grupamento amino dos tecidos extra-hepáticos para o fígado. Então, todo tecido que tem excesso de grupamento amino, vai ser transportado através da correte sanguínea até ao fígado na forma de glutamina. Isso é para entendermos que a glutamina é o ponto chave da regulação, porque quando a glutamina chega até ao fígado – lembrando que na estrutura da glutamina existem 2 grupamentos amino (1 da estrutura geral e 1 da cadeia lateral a qual tem uma amida C=ONH2). Então, assim que a glutamina chega ao fígado ela primeiro vai perder esse grupamento amino da cadeia lateral que sai na forma de amônia a qual entra no ciclo da ureia e vai ser excretado através da urina como ureia. Quando retiramos o grupamento amino da glutamina, vamos formar o glutamato mais uma vez. Nessa dobradinha de glutamato para alfa-cetoglutarato, ele vai perder esse segundo grupamento amino. Ao primeiro instante parece ser redundante, mas a partir do momento que vamos entendendo as outras conexões, a gente vê que ele é o elemento chave “intermediário”. Na verdade, uma molécula de glutamina vai fornecer 2 grupamentos amino para o ciclo da ureia. Um da cadeia lateral e um da estrutura geral. A glutamina nada mais é que o glutamato com o grupamento amino. O glutamato tem na sua cadeia lateral, uma carboxila C=OOH. Já a glutamina ao invés da carboxila tem uma amida C=ONH2. O músculo em especial, prefere fazer este transporte de grupamento amino excedente, não por meio da glutamina, mas sim por meio da alanina que é outro aminoácido. A alanina tem na cadeia lateral um grupo metil, logo só tem 1 grupamento amino. Esse grupamento amino ao chegar no fígado vai ser perdido e com isso a alanina vai virar piruvato. Outra conexão que a gente pode fazer aqui. Quando no jejum ou diabetes não controlado é necessário sintetizar a glicose pela via da gliconeogênese, então esse piruvato daqui nessas condições vai poder ser desviado para a gliconeogênese. Se estivermos no estado bem alimentado com alta concentração de glicose, esse piruvato não vai ser utilizado na gliconeogênese e o piruvato vai para o ciclo de Krebs onde ele vai ser mais degradado e produzir mais energia. 4 O metabolismo de aminoácidos tem uma parte que acontece no citosol da célula e uma outra parte que acontece na matriz mitocondrial. O próprio ciclo da ureia que consiste nestas 4 reações sendo que a 1° acontece na matriz mitocondrial e as outras 3 acontecem no citoplasma da célula. Tanto uma via metabólica se integra a outra como elas acontecem em compartimentos diferentes. Parte acontece num compartimento e parte em outro de maneira que estes precursores (especialmente os que são utilizados tanto na síntese quanto na degradação) não se encontrem permitindo que a regulação metabólica possa acontecer de maneira criteriosa, coordenada. Passo a passo das reações Podemos ter aminoácidos provenientes da dieta, podemos ter o excesso de grupamento amino que está vindo do músculo na forma de alanina e também podemos ter o excesso de grupamento animo dos demais tecidos extra-hepáticos que vem na forma de glutamina. Vamos acompanhar cada um deles. Vamos pegar a glutamina que vem dos tecidos extra-hepáticos que vem pela corrente sanguínea e chega lá no hepatócito e vai entrar na célula (citoplasma). A glutamina vai entrar na matriz mitocondrial e quando entra na matriz mitocondrial ela vai perder o grupamento amino que sai na forma de amônia que vai para o ciclo da ureia. A glutamina perdeu o grupamento amino e o que sobrou é o glutamato. Lembra da dobradinha que vimos? Para a glutamina formar glutamato, ela perdeu o grupamento amino da cadeia lateral, mas ficou o grupamento amino da estrutura geral. Então, quando o glutamato perde esse grupamento amino aqui, ele vai liberar mais um grupamento amino na forma de amônia que vai para o ciclo da ureia e o glutamato quando perde esse grupamento amino se transforma em alfa-cetoglutarato. Essa é uma das possíveis entradas de grupamento amino na matriz mitocondrial para entrar no ciclo da ureia. A outra via que conhecemos é através da dieta. Chegou o aminoácido da dieta, ele perde o grupamento amino, alfa-cetoglutarato ganhou o grupamento amino e se transformou em glutamato. Esse glutamato pode entrar na matriz mitocondrial e perder novamente o grupamento amino para o ao ciclo da ureia. E a última vai é a alanina que transporta o excesso de grupamento amino do músculo. Quando a alanina perde seu grupamento amino, gera piruvato que dependendo das condições metabólicas e de oxigenação vai ter diferentes destinos. Esse grupamento amino que foi perdido pela alanina é a mesma história, vai se juntar com o alfa- cetoglutarato e formar glutamato que entra na matriz mitocondrial. Ou seja, independente da via: quer seja da alimentação, quer seja do músculo ou dos demais tecidos extra- hepáticos, no final da história vamos ter na matriz mitocondrial NH4 que vai par o ciclo da ureia. Etapas do ciclo da ureia que vão transformar o grupamento amino A primeira etapa é sintetizada por uma enzima que é regulatória chamada carbamoil-fosfato-sintetase 1. Uma sintetaze faz síntese, então, se ela é uma carbamolil-fosfato, ela sintetiza carbamoil-fosfato, ou seja, vamos partir de NH4 e vamos chegar a essa estrutura aqui que é o carbamoil-fosfato. Olhando para essa estrutura, além do grupamento amino que já sabemos de onde veio, eu preciso ganhar essa carbonila e precisamos ganhar o grupamento fosfato. Quem vai doar este carbono aqui é o bicarbonato e quem 5 vai doar o fosfato é a molécula de ATP. Então, nessa reação aqui temos NH4 + bicarbonato + ATP (na verdade são necessárias 2 moléculas de ATP) que vai gerar o carbamoil fosfato através da ação da carbamoil-fosfato-sintetase 1. Bem, precisamos dessa energia proveniente da quebra de 2 moléculas de ATP para sintetizar o carbamoil- fosfato. Quando o ATP é clivado são gerados 2 moléculas de ADP e apenas uma molécula de Pi, porque uma vai se ligar ao carbamoil e a outra vai ser liberada. É a carbamoil-fosfato-sintetase 1 que é a enzima regulatória, pois é ela que vai determinar a velocidade na qual esse grupamento amino vão entrar no ciclo da ureia para serem transformados em ureia e depois excretados. Essa carbamoil-fosfato-sintetase 1 sofre o efeito diretamente da molécula de glutamato. Mais uma vez o glutamato com função importante. A primeira reação do ciclo vai ser a do carbamoil-fosfato ainda na matriz mitocondrial. Essa carbamoil-fosfato vai se condensar com a ornitina e formar a chamada citrulina. Atenção: estudamos na aula de estrutura e função de proteínas e aminoácidos que existiam aminoácidos proteicos (que fazem parte da constituição das proteínas) e também existiam os aminoácidos não proteicos (que não participam da síntese de proteínas, mas desempenha outras funções). No ciclo da ureia a gente vai ver 2 aminoácidos não proteicos que são a ornitina e a citrulina. Olhem bem, aqui temos a estrutura da ornitina e aqui a estrutura do carbamoil fosfato. Aqui temos a citrulina. Vamos olhar para estrutura. Temos esta parte aqui proveniente da carbamoil-fosfato. Temos esta estrutura daqui proveniente da ornitina. Ou seja, houve uma condensação catalisada pela ornitina transcarbamoilase. Trans de transferência, então, houve a transcarbamoilase, ou seja, houve a transferência da parte de carbamoil que foi doado pela carbamoil-fosfato para a ornitina. Daí vem o nome ornitina transcarbamoilase. A citrulina vai sofrer ação da arginino-succinato-sintetase. Pelo nome vemos que o produto formado será arginino-succinato. Como a arginino-succinato vai ser sintetizado? Aqui temos a citrulinacom essa estrutura aqui – a citrulina vai se condensar com o aspartato que está representado pelos carbonos em vermelho e o grupamento amino em verde. Então, a citrulina vai se condensar ao aspartato sofrendo ação da enzima arginino-succinato- sintetase e com isso vai gerar o produto arginino-succinato. Essa reação também requer uma energia adicional. Ela também está acoplada à clivagem de ATP. A terceira reação consiste na arginino-succinato sendo transformado em fumarato (intermediário do ciclo de Krebs). Mais uma conexão entre o ciclo da ureia e o ciclo de Krebs. A arginino siccinato, na verdade, é quebrado pela arginino-succinase. Ele é clivado nesse ponto aqui gerando 2 produtos que são o fumarato e a arginina que vai seguir para a última reação do ciclo da ureia que é catalisada pela enzima arginase. A arginase realiza uma reação de hidrólise que é uma reação de quebra pela adição de água. Devido à presença de água no meio e devido a ação da enzima arginase, a ureia é formada porque há quebra da arginina nesse ponto de maneira que a ornitina (aminoácido não proteico) vai ser resintetizada e com isso vai poder voltar para a matriz mitocondrial fechando o ciclo e por isso o nome – ciclo da ureia. E finalmente os 2 grupamentos amino sendo liberados e excretado a partir da ureia na urina. A ornitina é usada e resintetizada. Usada e resintetizada. Então, o ciclo de Krebs e o ciclo da ureia têm vários pontos de conexão. O ciclo da ureia está conectado diretamente ao ciclo de Krebs. 6 No slide anterior eu chamei a atenção para o fumarato que é um produto do ciclo da ureia que pode entrar no ciclo de Krebs. Só que no ciclo da ureia o fumarato é produzido no citosol e o ciclo de Krebs está acontecendo na matriz mitocondrial o que significa que o fumarato de alguma maneira tem que parar lá na matriz mitocondrial para ser utilizado como intermediário do ciclo. Então, essa conexão entre o ciclo da ureia e o ciclo de Krebs foi apelidado de bicicleta de Krebs. Vamos ver agora então, em que ponto o ciclo da ureia vai se conectar com o ciclo de Krebs em cada uma das etapas. Resumão: Entramos no ciclo da ureia, na primeira etapa ainda na matriz mitocondrial condensamos a carbamoil com a ornitina formando citrulina. Citrulina sai da matriz e vai a arginino-succinato a qual é quebrada e forma arginino e fumarato. Fumarato é o intermediário do ciclo de Krebs. Então, pelo ciclo da ureia ele é formado no citosol, mas o fumarato pode adentrar na matriz mitocondrial e como é um intermediário do ciclo de Krebs dá continuidade ao ciclo. O fumarato também ou ele entra diretamente na matriz ou é convertido a malato que também é intermediário do ciclo de Krebs e também pode dar continuidade ao ciclo. A arginina, no final, vimos que ela é quebrada por hidrólise liberando ureia e resintetisando a ornitina. Esse é um dos pontos de conexão. O contrário também é verdadeiro, porque o ciclo do ácido cítrico ganha não só do ciclo da ureia, ele também pode contribuir com o ciclo da ureia. O ciclo de Krebs ganha do ciclo da ureia o fumarato (que é intermediário do ciclo da ureia). Por outro lado, o ciclo de Krebs pode contribuir com o ciclo da ureia também, e essa contribuição vem por meio do aspartato que precisa condensar com a citrulina para formar o succinato. De que maneira este aspartato é produzido no ciclo de Krebs? Esse aspartato é produzido no ciclo de Krebs porque – quando observamos no oxaloacetato, temos glutamato sendo convertido à alfa-cetoglutarato. Para o glutamato ser convertido à alfa-cetoglutarato, ele tem que perder o grupamento amino. Quando o glutamato perde esse grupamento amino e entrega ao oxaloacetato (que é o intermediário do ciclo de Krebs), o oxaloacetato + grupamento amino forma aspartato. É esse aspartato que vai ser direcionado para o citosol da célula para ser acoplado com a citrulina e formar arginina succinato no ciclo da ureia. Resumindo, ciclo da ureia e ciclo de Krebs. Se eu perguntar: qual é a contribuição do ciclo da ureia para o ciclo de krebs? R: fumarato - que é formado a partir da clivagem do arginino succinato lá no ciclo da ureia. Outra pergunta: qual é a contribuição do ciclo de Krebs para o ciclo da ureia? R: aspartato - que é produzido no ciclo de Krebs. O glutamato dá o grupamento amino para o oxaloacetato e ele se transforma em aspartato. Daniele
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