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Resumo Melhoramento Genético Animal

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AULA 1 - INTRODUÇÃO AO MELHORAMENTO GENÉTICO DOS ANIMAIS 
DOMÉSTICOS 
 O melhoramento genético de espécies de interesse zootécnico tem por 
objetivo, elevar a capacidade de produção dos rebanhos ou plantéis, no qual permite 
a redução dos custos de produção e aumento da lucratividade do produtor. Dessa 
forma, pode-se dividi-lo em melhoramento zootécnico e melhoramento genético: O 
primeiro visa aumentar a produtividade, por meio das modificações do ambiente em 
que os animais são manejados, como por exemplo, práticas de manejo alimentar, 
sanitário, reprodutivo, instalações e bem-estar para que os mesmos possam 
expressar todo o potencial genético as quais possuem. O segundo possui a mesma 
finalidade, porém por meio de modificações na composição genética dos rebanhos. 
O melhoramento genético é realizado explorando-se as diferenças genéticas 
existentes entre grupos genéticos e linhagens distintos ou por meio das diferenças 
genéticas existentes entre indivíduos pertencentes aos mesmos grupos genéticos e 
linhagens. 
As duas maneiras básicas de realizar o melhoramento genético são: 
Sistemas de acasalamentos (exogamia e endogamia) e seleção. O cruzamento 
consiste no sistema de acasalamento entre animais de grupos genéticos ou 
linhagens diferentes, no qual explora as divergências genéticas existentes entre os 
grupos. A consanguinidade, por sua vez, consiste no sistema de acasalamento entre 
indivíduos mais aparentados que a média da população em que pertencem, tendo 
por objetivo fixar determinadas características de interesse econômico nos 
rebanhos. Por outro lado, a seleção é um processo pelo qual são escolhidos 
indivíduos de mérito genético superior para serem acasalados entre si. Assim, a 
seleção induz à reprodução diferenciada que leva a concentrar na população, os 
patrimônios genéticos desejáveis, reduzindo-se, consequentemente os 
indesejáveis. 
 
BREVE HISTÓRICO DO MGA 
O melhoramento genético animal traduz o esforço de vários pesquisadores, ao longo 
dos anos, em distintas áreas da ciência. Os avanços conquistados na área de estatística, genética 
e informática permitiram alcançar o atual nível de conhecimento obtido na teoria do 
melhoramento genético animal. Segundo Bergman (1998), pode-se dizer que o melhoramento 
animal surgiu, como ciência, a partir das descobertas das leis de herança pelo austríaco Gregor 
Mendel (1822–1884), cujos trabalhos apesar de relacionar matemática à biologia careciam de 
uma abordagem mais metodológica. Kal Pearson (1837-1936) aplicou seus conhecimentos de 
matemáticos aos resultados evolucionários de Darwin (1809-1892). A junção da estatística com 
a herança genética foi iniciada pelo francês Galton (1822–1911), considerado fundador da escola 
de biometria aplicada. Importantes avanços também são atribuídos a Ronald Fisher e Sewall 
Wright, responsáveis pela moderna genética de populações. À medida que surgiram os 
experimentos de seleção e cruzamentos, a aplicação científica da genética ao MGA foi 
intensificada, principalmente, à partir dos trabalhos de Jay Lush (1896-1982), Charles 
Henderson (1911-1989) e Roberteson (1920-1989). 
Dentre os melhoristas, Henderson é considerado um dos mais influentes dos últimos 30 
anos, seus trabalhos foram voltados para o desenvolvimento do método BLUP (Best Linear 
Unbiased Prediction) e dos modelos lineares mistos, que constituem a essência de todas as 
avaliações genéticas realizadas até hoje no mundo. 
 
AULA 2 - INTRODUÇÃO E GENÉTICA DE POPULAÇÕES 
A Genética de Populações é um dos ramos matemáticos da Genética porque 
visa estabelecer relações dos alelos mendelianos dentro de populações de indivíduos. 
Nascida da necessidade de explicações para a origem da variação explicada por 
Charles Darwin ao elaborar a Teoria da Evolução das Espécies, a Genética de 
Populações relaciona genes que determinam as características com suas frequências 
dentro de populações, explicando como ocorre variação nessas populações no tempo 
e no espaço. 
A Genética de Populações estuda a origem da variação, e como essa variação 
é transmitida dentro das populações. Além disso, é um mecanismo que auxilia os 
métodos de melhoramento genético animal. 
 
ESTRUTURA DA GENÉTICA DE POPULAÇÕES 
FREQUÊNCIAGÊNICAOU ALÉLICA 
- Proporção ou porcentagem na população dos diferentes alelos de um gene: 
 f(A)= nº alelos “A”/nº total alelos; 
 f(a)= nº alelos “a”/nº total alelos; 
 
 
 
FREQUÊNCIAGENOTÍPICA 
- Proporção ou porcentagem na população dos diferentes genótipos para o gene 
considerado: 
 f(AA)= nº indivíduos genótipo “AA”/nº total indivíduos; 
 f(Aa)= nº indivíduos genótipo “Aa”/nº total indivíduos; 
 f(aa)= nº indivíduos genótipo “aa”/nº total indivíduos; 
 
TEOREMA OU LEI DE HARDY-WEINBERG (1908) 
 O equilíbrio das populações foi primeiramente estudado por Godfrey Harold 
Hardy, na Inglaterra e por Wihelm Weimberg, na Alemanha em 1908. Ambos os 
pesquisadores estabeleceram o Teorema de Hardy-Weimberg que descreve o equilíbrio 
genético. O Teorema de Hardy-Weimberg possui o seguinte enunciado: “Numa 
população grande, sob acasalamento ao acaso, na ausência de migração, mutação e 
seleção, tanto as frequências alélicas como as genotípicas permanecem constantes, 
geração após geração”. 
 
ANÁLISE DE FREQUÊNCIAS MENDELIANAS: TEOREMA DE HARDY-WEIMBERG 
A Evolução fundamentalmente é um processo que envolve mudanças genéticas 
na estrutura das populações. Para se poder compreendê-las é necessário, portanto, um 
estudo prévio da genética a nível populacional. 
É perfeitamente possível predizer a frequência com que ocorrem os diversos 
genótipos na descendência de um dado cruzamento. Para se fazer uma previsão exata 
é preciso levar em conta uma série grande de fatores, tais como: os loci e os alelos 
envolvidos, os genótipos dos genitores, a viabilidade relativa dos gametas e a 
viabilidade relativa dos genótipos. As frequências fenotípicas podem ser iguais às 
genotípicas, mas podem também deferir bastante destas, como consequência de outros 
fatores como a dominância, a epistasia e a penetrância. A Genética de Populações vem 
a ser, basicamente, o estudo de tais fatores. O Teorema de Hardy-Weimberg é a base 
inicial para o estudo mais aprofundado que se denomina Genética de Populações. Esse 
teorema prevê que a soma das frequências alélicas (p+q) seja igual a 1, isso se refere 
a que esses gametas sejam viáveis, podendo fecundar ou serem fecundados. Da 
mesma forma a soma das frequências genotípicas (p² + 2pq + q²) seja também 1, o que 
indica a viabilidade dos indivíduos que possuem os alelos em estudo. 
 
 
CONCLUSÕES DO TEOREMA DE HARDY-WEIMBERG 
- Independente da constituição genética da população inicial, de acordo com o teorema 
de H-W, a distribuição genotípica da geração seguinte será: 
 p2, 2pq, q2 
- Não há alteração nas frequências alélicas e genotípicas de uma geração para outra 
(na ausência de fatores que alteram a constituição genética da população); 
- A condição de equilíbrio é alcançada em apenas uma geração de acasalamento ao 
acaso. 
 
FATORES QUE ALTERAM A FREQUÊNCIA GÊNICA 
- Mutação; 
- Migração; 
- Seleção; 
- Acasalamentos dirigidos; 
- População pequena (deriva genética). 
 
MUTAÇÃO 
- Qualquer alteração permanente (herdável) no material genético de um indivíduo 
(mudança na sequência dos nucleotídeos); 
- Fenômeno que origina novos alelos na população, ou um alelo pode se modificar e 
ficar igual ao outro alelo já existente; 
➢ Causas: 
- Erros de cópia do material genético durante a divisão celular; 
- Exposição à radiação ultravioleta ou ionizante; 
- Agentes químicos.MIGRAÇÃO 
- É o movimento de indivíduos de uma população em acasalamento para outra; 
- Resultado: “Mistura” dos patrimônios genéticos entre as populações. 
➢ Alteração na Frequência Alélica na População Inicial (Nativa), Depende: 
- Taxa de migração; 
- Diferenças de frequência entre os imigrantes e a 
 população inicial (nativa). 
 
SELEÇÃO 
- Processo pelo qual, alguns indivíduos de uma população são escolhidos para se 
reproduzirem e deixarem descendentes; 
- Descarte de determinados genótipos da população e aumento daqueles favoráveis à 
produção animal; 
➢ Efeito Genético da Seleção 
- Alteração da frequência alélica e genotípica da população. 
➢ Seleção Natural 
- Refere-se a influência do ambiente sobre a probabilidade de determinado genótipo 
sobreviver e reproduzir-se; 
➢ Seleção Artificial 
- Refere-se à um conjunto de regras designado pelo homem para governar a 
probabilidade de um indivíduo sobreviver e reproduzir-se. 
▪ Conclusões da Seleção Artificial 
- Aumenta a quantidade de genes desejáveis, e reduz a quantidade de genes 
indesejáveis na população; 
- Constitui a força mais importante para o aumento da frequência alélica em uma 
população; 
- Uma população sujeita a uma seleção contínua nunca atingirá o equilíbrio 
genético, porque em cada geração, os animais de elevado mérito genético 
deixarão um maior número de filhos; 
- As mudanças são permanentes e acumulativas com o passar das gerações: 
“Capital de Investimento” 
 
 
 
 
ACASALAMENTOS DIRIGIDOS 
- Os acasalamentos dirigidos alteram as frequências genotípicas da população, 
mas não alteram as frequências alélicas de uma geração para outra; 
- A frequência alélica da população inicial será a mesma da progênie, após o 
direcionamento dos acasalamentos. 
 
POPULAÇÕES PEQUENAS 
- As frequências alélicas estão sujeitas às flutuações aleatórias (oscilação genética); 
- Amostragem na formação dos gametas que darão origem à próxima geração; 
➢ Consequências: 
- Redução na variabilidade genética; 
- Aumento na frequência de indivíduos homozigotos; 
- Determinado alelo pode desaparecer da população. 
 
AULA 3 - MODOS DE AÇAO GÊNICA E INTRODUÇÃO À GENÉTICA 
QUANTITATIVA 
As características genéticas a serem melhoradas em uma espécie agrícola, 
podem ser de dois tipos: caracteres qualitativos ou caracteres quantitativos. Os 
caracteres qualitativos são aqueles governados por um ou poucos genes. Denominados 
de variáveis discretas por apresentarem classes fenotípicas facilmente separáveis umas 
das outras, podem ser associadas a um ou poucos genótipos 
No entanto, grande parte das características agronômicas que os melhoristas e 
geneticistas de plantas trabalham, apresentam herança quantitativa. Este tipo de 
herança não pode ser estudado da mesma maneira que as variáveis discretas. Para 
isso, há uma área da genética que estuda este tipo de herança, chamada de genética 
quantitativa. 
Como os caracteres quantitativos são controlados por vários genes, e com 
elevada influência ambiental, torna-se importante conhecer o tipo de ação gênica que 
tem predominância na formação de novos genótipos. Basicamente, há três tipos de ação 
gênica: Ação gênica aditiva, ação gênica dominante e ação gênica epistática ou de 
interação. 
 
 
➢ CARACTERES QUALITATIVOS 
- Características cujos fenótipos são expressos em categorias (ocorrem em classes 
fenotípicas bem definidas); 
 Exemplo: Presença/ausência de chifres, aprumos; 
- Não são descritos por valores numéricos; 
- São analisadas por meio de contagens e proporções; 
- São devido a ação de um ou poucos pares de genes 
 “Herança Simples”; 
- O ambiente desempenha um papel irrelevante na manifestação fenotípica dos 
caracteres qualitativos. 
 
➢ CARACTERES QUANTITATIVOS 
- Características cujos fenótipos tem expressão contínua: 
 Exemplo: Produção de leite, ganho de peso, perímetro escrotal; 
- Não há possibilidade de serem classificadas em grupos fenotípicos distintos; 
- Descritas por valores numéricos; 
 - São analisadas por meio de estimação de parâmetros populacionais (média, 
 variância, etc); 
- São devido à ação das “Poligenes”; 
- Sofrem bastante influência do meio ambiente. 
 
IMPORTANTE CONCEITO EM GENÉTICA QUANTITATIVA 
A caracterização do fenótipo em genética quantitativa é importante, pois grande 
parte da identidade de um genótipo é determinada por genes múltiplos que possuem 
grande influência pelo ambiente. Esta influência é consequência da interação do 
genótipo mais o ambiente na manifestação um determinado fenótipo. Portanto, na 
genética quantitativa procura-se determinar qual a proporção da variação fenotípica que 
se refere ao genótipo e ao ambiente, portanto: 
 
 Fenótipo = Fatores genéticos + Fatores ambientais 
 P= G + E 
 
O genótipo refere-se à constituição genética de um organismo, representada por 
todos os genes que possui um indivíduo de uma espécie. O fenótipo é uma 
característica observada, identificada e individualizada de um indivíduo, de difícil 
repetição, que expressa um genótipo em um determinado ambiente. 
Os efeitos da ação dos genes podem ser ADITIVOS E NÃO ADITIVOS: 
 
 
 
AÇÃO GÊNICA ADITIVA 
A ação gênica aditiva o efeito médio de cada alelo que contribui na formação de 
um fenótipo. Na ação gênica dominante este efeito não corresponde a média, pois os 
alelos dominantes controlam a expressão do caráter. Neste caso, genes heterozigóticos 
ou homozigóticos terão o mesmo valor na contribuição do fenótipo. O efeito total de um 
conjunto de genes será igual à soma dos efeitos de cada gene; 
- Cada um tem ação própria e independente; 
- Se 1 (um) for substituído o fenótipo sofrerá alterações correspondentes a unidade do 
gene, independente dos outros. 
 
Consequências da ação gênica aditiva: 
- Acasalamentos de indivíduos superiores produz descendência também superior; A 
seleção dos melhores fenótipos é eficiente; 
- Se todas as características de importância econômica fossem controladas por meio de 
A Gênica Aditiva, o Progresso Genético seria rápido e de fácil execução. 
 
Exemplo: Pelagem da galinha Azul de Andaluzia: 
- Penas totalmente brancas; 
- Penas totalmente pretas; 
- Penas branca e pretas; 
- Padrão racial: Penas brancas e pretas (heterozigotos); 
 
 
AÇÃO GÊNICA NÃO ADITIVA 
Neste tipo de ação gênica os genes não agem independentemente do número e 
do tipo dos outros genes existentes no genótipo do indivíduo. Dessa forma, os genes 
agem por meio de interações gênicas. 
A Dominância Completa – O gene dominante mascara o efeito do alelo 
recessivo. 
 
 Quadro 1: Cor de pelagem em Aberdeen Angus. 
 
A EPISTASIA (EPI, SOBRE, STASIS, PARADA, INIBIÇÃO) 
É outro tipo de ação gênica não aditiva, refere-se à interação entre loci ou seja 
a interação entre alelos de diferentes loci. O alelo que age inibindo é chamado epistático. 
B:Aguti; bb: Preto; cc: albino (impede expressão B e b)
 
 
 
AULA 4 - ANÁLISE ESTATÍSTICA DE CARACTERES QUANTITATIVOS 
A análise dos caracteres quantitativos baseia-se na quantificação da variação 
em torno de uma população, não devendo ser realizada da mesma forma que as 
características governadas por poucos genes. Neste caso, os caracteres quantitativos 
devem ser descritos em termos de parâmetros estatísticos. Um primeiro passo é estimar 
a média, a variância e o desvio padrão da população a ser melhorada. 
A média corresponde ao valor médio da distribuição dos dados. Duas 
distribuições de dados podem ter a mesmamédia, porém com formatos de curva 
diferentes. Uma distribuição pode ter mais ampla e a outra com mais estreita e próxima 
a média (Figura 1). A variância corresponde à determinação da variabilidade da 
distribuição dados. Na figura abaixo, podem ser observadas duas populações com a 
mesma média, porém com variâncias diferentes. O desvio padrão indica variação em 
torno da média (média + desvio padrão), portanto, valores maiores indicam que haver 
maior variabilidade da população analisada. 
 
COMPONENTES DA VARIÂNCIA DE UM CARACTERE QUANTITATIVO 
A variância fenotípica de uma população segregante, pode ser desdobrada para 
se estimar a proporção da variação que corresponde aos fatores genéticos da 
população selecionada e a proporção da variação devido aos fatores ambientais. 
Quanto esta população é testada em vários ambientes, pode ser quantificado a 
proporção da variação que corresponde a interação genótipo x ambiente. Portanto o 
fenótipo pode ser expresso como: 
 VP = VG + VE + VGE 
 
 
Onde: 
VG: Variação devido fatores genéticos; 
VE: Variação devido aos fatores ambientais; 
VGE : Variação devido a interação genótipo x ambiente. 
 
COVARIÂNCIA 
A covariância "mede" a relação entre duas características (variáveis). O que 
importa na análise de covariância é conhecer, o sentido da variação entre as 
características (positiva/negativa). 
➢ Associação Entre as Características: 
- Direção (+ ou -); 
- Grau (força) de associação; 
- Quanto de mudança vai ocorrer em uma característica, devido à mudança em 
uma outra característica. 
➢ EXEMPLOS: 
✓ Covariância Positiva 
- Peso ao nascer e peso ao desmame; 
- Comprimento do corpo do suíno e quantidade de carne magra; 
- Peso do vêlo e diâmetro; 
- Duração da lactação e produção de leite; 
✓ Covariância Negativa 
- Perímetro escrotal e idade à puberdade em novilhas; 
- Peso do vêlo e qualidade da lã em ovinos. 
É relativamente difícil fazer julgamentos sobre o poder de associação entre duas 
variáveis analisando apenas a covariância, pois ela não é uma medida padronizada. 
Assim, a correlação é a medida padronizada da relação entre duas variáveis!!! 
 
 
CORRELAÇÃO GENÉTICA: IMPORTÂNCIA 
O grau de associação e o sentido das respostas correlacionadas são 
determinados, principalmente, pela correlação genética entre as características 
envolvidas. Dessa forma, as correlações genéticas entre duas características mostram 
a extensão em que os mesmos genes afetam a expressão de ambas. A PLEIOTROPIA, 
consiste na principal causa de correlação entre características, na qual mede a 
probabilidade de duas características diferentes serem afetadas pelo mesmo gene. 
➢ CONSEQUÊNCIAS DA CORRELAÇÃO 
- Se duas características de importância econômica possuem correlação 
positiva, a ênfase na seleção deverá ser em apenas uma delas, para o 
melhoramento de ambas: Redução no número de características selecionas; 
 EXEMPLO: % GORDURA X % PROTEÍNA 
- Se duas características de importância econômica não possuem correlação, 
a seleção de uma não afetará a outra; 
- Se as características estão negativamente correlacionadas, a seleção para 
a melhoria de uma poderá ser (ou não) vantajosa, em virtude da redução na 
segunda. 
 EXEMPLO: - PERÍMETRO ESCROTAL (PE) X IDADE A 
 PUBERDADE EM NOVILHAS (IPN) 
 - PRODUÇÃO DE LEITE (PL) X % PROTEÍNA (%PB) 
 
➢ MEDIDA PADRÃO DA CORRELAÇÃO 
 
➢ INTERPRETAÇÃO 
- Próximo +1: Características muito associáveis – correlação no mesmo sentido; 
- Próximo 0: Características pouco associáveis; 
- Próximo -1: Características muito associáveis – correlação no sentido contrário 
 
 
 
 
 
 
AULA 5 – HERDABILIDADE 
 
HERDABILIDADE (h²) 
 O coeficiente de herdabilidade, consiste em um parâmetro genético, 
determinado por métodos estatísticos, com o objetivo de identificar se uma característica 
de interesse econômico é ou não passível de seleção direta; 
O conhecimento de h² é de fundamental importância para a definição dos 
métodos de MGA mais apropriados, e a escolha de indivíduos candidatos à seleção. 
 
➢ h² das Características Qualitativas 
- Cor da pelagem, ausência/presença de chifres, aprumos; 
- Determinadas por poucos pares de genes, são pouco influenciadas pelo ambiente 
em que os animais são manejados: Alto coeficiente de h². 
 
➢ h² das Características Quantitativas 
- Peso, ganho de peso, altura, número de cordeiros nascidos por parto, perímetro 
escrotal, idade ao primeiro parto; 
- Determinadas por muitos pares de genes, na qual o ambiente em que os animais são 
manejados exerce forte influência sob essas características: h² varia de baixa à alta 
magnitude. 
 
➢ Cálculo h² 
- Corresponde a proporção da variância fenotípica,causada por diferenças entre genes 
ou genótipos dos indivíduos. Também definida como a proporção da superioridade dos 
pais, que se espera que seja transmitida à sua progênie. 
 
 
➢ Coeficiente de h2 
 
 
 
 
 
➢ Classificação 
 
 
➢ Interpretação dos coeficientes de h2 
BAIXA: MENOR OU IGUAL A 0,2 
 Exemplo: h2 = 0,1 
- As combinações gênicas e o ambiente são responsáveis, pela variação entre 
os indivíduos da população para uma determinada característica; 
- Pequena parte dessa superioridade será transmitida à progênie. 
 
MODERADA: VARIA ENTRE 0,2 A 0,4 
 
ALTA: MAIOR OU IGUAL A 0,4 
Exemplo: h2 = 0,7 
- As diferenças, entre os indivíduos da população para uma determinada 
característica é devido aos méritos genéticos do indivíduo; 
- Grande parte dessa superioridade será transmitida à progênie; 
- Animais que apresentam o melhor desempenho são os geneticamente 
superiores para determinadas características. 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ CLASSIFICAÇÃO GERAL DE GRUPOS DE CARACTERÍSTICAS, DE 
ACORDO COM A h² 
 
AULA 6 - REPETIBILIDADE (t) 
A repetibilidade consiste no parâmetro genético que está relacionado com as 
mensurações das expressões da mesma característica (exemplo: Produção de leite, 
produção de ovos, número de leitões/leitegada) avaliadas em diferentes momentos da 
vida do animal. 
- Determina até que ponto o desempenho do animal se repete; 
- Indica a acurácia das mensurações múltiplas; 
- É uma medida populacional; 
- O valor da característica do mesmo indivíduo tende a repetir-se, sendo 
dependente do genótipo e dos fatores de ambiente permanente que são 
constantes durante toda a vida do animal; 
 - Utilizada para medir a capacidade mais provável de produção (CMPP- 
 medida individual). 
 
➢ Cálculo 
- Corresponde a proporção da variância fenotípica, atribuída às diferenças 
permanentes entre os indivíduos da população. 
 
 
 
 
 
➢ Considerações sobre a repetibilidade (t) 
 Não é uma constante biológica de uma característica, pois depende da composição 
GENÉTICA dos indivíduos da população, além das circunstâncias AMBIENTAIS, as 
quais a população está submetida!!! 
 
➢ Coeficiente de repetibilidade (t) 
 
 
➢ Interpretação 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Exemplos 
 
➢ Capacidade (Habilidade) Mais Provável de Produção (CMPP) 
A repetibilidade permite a previsão de desempenhos futuros 
utilizando-se informações de uma ou mais mensurações anteriores, isto 
é, sua CMPP. 
A CMPP calculada para os animais de um rebanho gera uma 
classificação (“ranking”) relativa entre eles, ponderado para o número de 
informações e repetibilidade para determinada característica, facilitando 
as decisõesde descarte. 
✓ Características de Repetibilidade Alta: 
- Animais com o primeiro desempenho acima da média, normalmente, 
associam-se a CMPP também acima da média (com intensidades 
similares). Dessa forma, uma única informação de desempenho dos 
animais fornecerá boas indicações de suas CMPP para determinada 
característica. 
✓ Características de Repetibilidade Baixa: 
 - A informação contida em um único registro de desempenho, representa 
 pouco acerca da CMPP dos animais. Assim, várias medidas de 
 desempenhos (máximo 3) serão necessárias para decidir quem descartar 
 do rebanho. 
 
AULA 7 – SELEÇÃO 
A Seleção consiste no processo decisório, na qual escolhe os melhores 
animais para serem pais da próxima geração. Dessa maneira, a seleção 
determina o número de descendentes que cada reprodutor e/ou matriz deixará, 
ao longo de sua vida útil, na qual acarreta o aumento da frequência de alelos 
desejáveis na população. 
 
➢ Etapas da Seleção 
- Estimação do valor genético do animal, por meio de avaliações 
genéticas; 
- Classificar os animais com base em um ou mais critérios de seleção 
previamente estabelecidos; 
- Decisão, com base no valor genético, se o animal deverá participar ou 
não da reprodução. 
 
➢ Consequências da Seleção 
▪ Efeitos: 
- Dependentes da variação genética já existente na população; 
- Alteração da média fenotípica da população, para a característica 
selecionada, por meio do aumento da frequência de alelos favoráveis; 
- Alteração da amplitude de distribuição dos genótipos (variância 
genética da população). 
 
➢ Objetivos de seleção: 
- Combinação de características importantes economicamente, dentro 
de um sistema de produção; 
▪ Definição dos objetivos de seleção: 
 - Sistema de produção da propriedade; 
 - Mercado consumidor; 
 
➢ Critérios de seleção: 
- São as características com base nas quais os animais são escolhidos; 
- O critério de seleção é, então, o meio utilizado para se atingir os 
objetivos de seleção. 
 
➢ Fonte de informação utilizada na seleção 
 
 
 
 
 
➢ Medidas auxiliares à seleção: 
- Seleção individual = seleção massal; 
- Seleção fenotípica individual com mais de um registro por animal – 
CMPP; 
- Seleção pela progênie; 
- Seleção com base nos colaterais; 
- Seleção pelos ancestrais ou pedigree. 
 
➢ Métodos de seleção para várias características: 
- Unitário ou “Tandem”; 
- Níveis Independentes de Eliminação; 
- Índices de Seleção Econômicos. 
 
 
AULA 8 – EXOGAMIA 
Sistema de acasalamentos entre indivíduos menos aparentados entre si, 
que a média do rebanho ao qual pertencem. 
O cruzamento consiste no acasalamento entre indivíduos de raças 
diferentes (e/ou grupos genéticos distintos). 
 
➢ Objetivos dos cruzamentos: 
- Produção de Heterose ou “Vigor Híbrido”; 
 - Incorporação de genes desejáveis na população mais rapidamente que por 
 seleção, dentro da população; 
 - Complementaridade entre raças; 
 - Formação de raças “Sintéticas ou Compostas”: Flexibilidade ao sistema de 
 produção. 
 
➢ Consequências da exogamia: 
- Aumento da heterozigose: Efeito primário da exogamia; 
 - Mascara a expressão de genes recessivos deletérios; 
 - Heterose ou “Vigor Híbrido”. 
➢ Heterose ou “vigor híbrido” 
Superioridade média das progênies resultantes do acasalamento entre 
animais de raças diferentes, em relação à média dos pais para uma 
 determinada característica. 
 
➢ Sistemas de cruzamentos: 
- Cruzamento Simples ou Industrial; 
- Cruzamento Contínuo ou Absorvente; 
- Cruzamento Rotacional ou Alternativo; 
- Formação de Raças Sintéticas e/ ou compostas. 
 
AULA 9 – ENDOGAMIA 
Sistema de acasalamento que consiste na união de indivíduos mais 
aparentados que a média da população. 
 Indivíduo Endogâmico ou Consanguíneo é resultante do acasalamento 
entre parentes. 
 
➢ Parentesco 
Em MGA, parentesco consiste na semelhança de genótipos. Dois 
indivíduos são considerados parentes quando possuem um ou mais ancestrais 
comuns ou um é descendente direto do outro. 
 
➢ Consequências da endogamia: 
- Alteração da Frequência Genotípica: Fração de decréscimo na 
frequência de heterozigotos, que resulta em um aumento das frequências 
dos homozigotos. 
 - Depressão endogâmica: Redução no valor fenotípico médio dos 
 animais, ocasionando alterações na capacidade reprodutiva e eficiência 
 fisiológica dos indivíduos da população. 
 
➢ Coeficiente de consanguinidade (F) 
- Mede a probabilidade que dois alelos presentes em um determinado 
“locus” sejam idênticos por descendência; 
- Varia de 0 a 1 (0 a 100%);

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