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criacão de capivara

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Introdução
Este trabalho relata informações sobre a biologia e natureza da capivara (Hydrochoerus hydrochaerys) maior roedor do mundo, informações sobre a criação, abate e comercialização dos produtos. A capivara é a espécie silvestre mais criada no Brasil (CARNEIRO, Bruno Ferreira). A espécie é considerada uma praga agrícola em determinadas regiões do Brasil, sendo sua criação comercial por produtores rurais legalizada por órgãos governamentais competentes. Os produtos derivados deste animal têm uma grande procura no mercado interno e no externo, tornando este tipo de criação uma alternativa vantajosa no agronegócio. As primeiras tentativas de criação da capivara com intuito comercial no Brasil, registradas na literatura, tiveram início em Belém, no Museu Paraense Emílio Goeldi, motivadas pelo comércio de peles (PICCININI et al., 1971)
A Criação de animais silvestres com finalidade comercial é um caminho para a preservação. Pois, além de diminuir o tráfico destes animais, propicia a auto-recuperação das populações selvagens (Orsini e Bondan, 2006; Machado, 2014).
Esses sistemas de criação pode colaborar com a manutenção do meio ambiente de forma sustentável.
Características
Reino: Animal; Filo: Vertebrata; Classe: Mammalia; Subclasse: Placentário; Ordem: Rodentia; Subordem: Caviomorphae; Família: Hydrochoeridae; Subfamília: Cavioidae; Gênero: Hydrochoerus; Espécie: hydrochaeris.
	São animais Gregários, rústicos, com excelente adaptabilidade, boa taxa de ganho de peso, habilidade para nadar, saltar, e habilidade materna. Portanto é uma espécie adaptada a climas adversos, parasitas e enfermidades de matas tropicais. 
	Machos e fêmeas atingem sua maturidade sexual de 10 à 12 meses, a gestação dura em cerca de 150 dias, podendo ter até 2 gestações por ano, e 4 crias por parto, sendo necessário 1 macho pra cada 8 fêmeas. 
A população de capivaras se estrutura em grupos estáveis, com um número de animais que pode variar de 8 a 40, contendo animais de ambos os sexos. Em média, uma família ou grupo tem de 7 a 10 animais. Quando se incluem os jovens, pode ultrapassar 15 indivíduos. Excepcionalmente no período da seca, as manadas podem chegar até 100 animais por (JIMÉNEZ, 1995). 
Normalmente a média de indivíduos por grupo familiar se apresenta entre 5 e 6 indivíduos no período chuvoso e entre 15 e 16 no período seco (JIMÉNEZ, 1995 e EMBRAPA, 2000).
Morfologia 
Obtém de um corpo de características arredondada, com uma notória curvatura da coluna vertebral sustentada por uma musculatura abundante em todo o tronco. As fêmeas possuem seis pares de tetas, ventrolaterais e pouco salientes (HOSKEN, 1999) 
O pescoço é volumoso, impedindo o animal de girá-lo para trás, necessitando, girar também o corpo. A cabeça é grande e com pêlos longos no focinho. O lábio superior tem características leporinas. As orelhas são arredondadas e muito curtas, porém com ouvidos bastante desenvolvidos, captando ruídos a longas distâncias. O focinho alongado possui em sua extremidade fossas nasais muito desenvolvidas e de coloração escura. Os olhos da capivara são grandes, desenvolvidos para visão noturna, apresentando estruturas e funcionamento semelhantes aos dos demais vertebrados (DIESEM, 1986; FELIX, 2012).
Cada uma das patas dianteiras apresenta quatro dedos, enquanto nas patas traseiras apenas três. A presença de membranas interdigitais possibilita o animal a nadar com grande facilidade (NOGUEIRA FILHO, 1996)
Possui dimorfismo sexual discreto, se dá como caráter secundário caracterizado por uma intumescência glandular na parte superior do focinho dos machos adultos. Este aumento de volume tem forma oval, de cor preta, brilhante e desprovida de pelo, constituída por um aglomerado de glândulas sebáceas que, quando comprimidas, expelem ferormônios e este crescimento está relacionado à atividade sexual dos animais (COSTA et al., 2002; FELIX, 2012).
Distribuição Natural
A Hydrochoerus hydrochaeris é encontrada no leste da Colômbia, nas planícies orientais, nas planícies da Venezuela, no Suriname, na Guiana e na Guiana Francesa. Estão presentes nas regiões amazônicas do Equador, Peru, Bolívia e Brasil. No Brasil possui ampla distribuição, exceto no Nordeste. Também é encontrada no Paraguai, no Uruguai e na parte norte da Argentina, chegando até o Rio Quenequen na província de Buenos Aires. Portanto, geograficamente, correspondem às bacias hidrográficas dos principais rios sul-americanos, Orinoco, Amazonas, Paraná e Rio da Prata (JIMÉNEZ, 1995). 
Como a capivara não habita a Cordilheira dos Andes, devido às altitudes elevadas, suporta-se então a teoria de que a espécie Hydrochoerus isthmius é mais antiga que o surgimento do maciço andino (JIMÉNEZ, 1995).
Habitat Natural
Um de fator grande importância é do seu habitat natural, pois preferem áreas com abundância de água e alimentos, constituídos, principalmente, de certos tipos de capim, ervas e determinadas plantas aquáticas.
O habitat natural da capivara tem como característica mais importante a existência de cursos d’água permanentes, ou seja, rios, lagoas e, em último caso pântanos. A água serve como esconderijo e proteção contra os predadores naturais, além de ser sítio natural de reprodução (SILVA, 1986). 
Em grande parte da América Latina as capivaras são encontradas nas savanas inundáveis. À primeira vista, tem-se a impressão de ser lugar de topografia plana, porém, trata-se de terrenos discretamente ondulados. Estes terrenos apresentam diferentes níveis de inundação, o que propicia o surgimento de uma vegetação com características fitofisionômicas e florísticas particulares (JIMÉNEZ, 1995).
Sistemas de criação
No Brasil, somente em 1984 a criação de capivara tomou corpo, com os trabalhos pioneiros de pesquisa desenvolvidos no então CIZBAS (Centro Interdepartamental de Zootecnia e Biologia de Animais Silvestres) da Esalq/USP, Piracicaba. Também na Embrapa Pantanal iniciaram-se ações de pesquisa em 1986, incluindo objetivos de criação e manejo de populações naturais. Alguns eventos foram também importantes nas discussões da utilização sustentável da capivara na América Latina: Simpósio Internacional sobre Fauna Silvestre e Pesca Fluvial e Lacustre Amazônica, Manaus (1973); I Seminário Colombo-Venezolano sobre la cria de capibaras y babas, Bogotá Sistemas de criação de capivaras 11 (1974); II Seminário sobre chigüires y babas, Maracay (1976), I Simpósio sobre recursos naturais e socioeconômicos do Pantanal (1984); Taller sobre estrategias para el manejo y el aprovechamiento racional de capibara (Hydrochoeris hydrochaeris), caimán (Caiman crocodilus) y tortugas de agua dulce (Podocnemis expansa y Podocnemis unifilis), organizado pela FAO e pela ESALQ/USP, em Piracicaba (1987), e os Congressos Internacionais sobre Manejo de Fauna na Amazônia e América Latina.(PINHEIRO .M.S. , SILVA .J.J.C. e RODRIGUES .R.C. 2005).
Existem três sistemas de manejo, sendo a criação sistema intensivo, sistema semi intensivo e sistema intensivo. 
Manejo Extensivo
Animais criados em vida livre, não é muito lucrativo. Fatores como a disponibilidade de área, matrizes e reprodutores, forrageiras, água e vegetação arbórea devem ser considerados quando da escolha dos diferentes sistemas de criação que podem ser utilizados para o manejo de capivaras
No Brasil, o IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –, tem, excepcionalmente, autorizado o manejo destes animais em sistema extensivo, caso a propriedade apresente um isolamento tal que não permita o abate de animais “selvagens”, uma vez que a Lei de Proteção à Fauna é bem clara quando diz que somente produtos de animais silvestres criados em cativeiro é que podem ser comercializados. O principal problema deste tipo de manejo é que as capivaras podem provocar uma rápida degradação do pasto, devido ao seu hábito de pastejo seletivo, consumindo principalmente a rebrota. Então, haverá a necessidade de vedar algumas áreas para reforma. (SILVIA .E. , VIÇOSA. 2013). 
Manejo Intensivo 
Toda propriedadeé isolada para não ocorrer fugas, há um maior controle dos animais e melhor lucratividade.
Em um sistema de criação bem planejado, o manejo intensivo torna-se viável em pequenas propriedades rurais, pois se podem minimizar os gastos com instalações e mão-de-obra, permitindo um melhor retorno financeiro. A criação deve ser bem estruturada, de modo a fornecer condições adequadas para a sobrevivência, o crescimento e a reprodução no cativeiro. A experiência de criação intensiva de capivaras na CIZBAS/ESALQ/USP mostrou que não há necessidade de separação das fêmeas para parir quando são montados grupos de fêmeas aparentadas. Neste caso, os filhotes são tolerados pelo grupo, chegando até mesmo a ocorrer a amamentação coletiva que é observada na natureza. Além disso, em torno de 20 dias após o parto, a fêmea, mesmo amamentando, poderá ser coberta pelo macho. Desta forma, é possível reduzir o intervalo entre partos e aumentar o número de filhotes produzidos por matriz (NOGUEIRA FILHO, 1996).
O tamanho das áreas cercadas a serem utilizadas vai depender do tamanho das famílias ou grupos de animais reprodutores a serem utilizados. De acordo com SILVA (1986), em uma área de 10 x 15 m (150m2) pode-se colocar um macho e cinco fêmeas. No caso de famílias maiores, contendo por exemplo um macho e oito fêmeas, NOGUEIRA FILHO (1996) aconselha uma área cercada entre 350 a 400 m2. A área cercada, seja ela maior ou menor, deve conter um tanque, comedouros, bebedouro e área coberta. É necessário também que se construa um pequeno abrigo para proteger as capivaras e os alimentos da chuva e do sol. Utilizando-se materiais disponíveis na propriedade (troncos de árvores finas, sapé, capim-do-banhado etc.)
A área de criação deve ser totalmente cercada. O material mais aconselhável é a tela de alambrado, feita com arame galvanizado (fio 16) e malha de duas e meia polegadas, com pelo menos 1,50 m de altura, reforçada por três arames esticados (fio 10). A tela deverá ser sustentada por postes de concreto ou madeira distanciados 2 a 2,5 m um do outro, proporcionando maior resistência, pois os animais recém-introduzidos são agressivos e normalmente se jogam contra a cerca. Aconselha-se ainda a construção de um baldrame, que é uma viga de concreto rente ao solo, na qual a tela fica presa. Isto confere maior durabilidade ao alambrado e dificulta a fuga por baixo da tela (SILVA, 1986 e NOGUEIRA FILHO, 1996)
Semi-intensivo
Parte da propriedade deve ser isolada para evitar fugas. Assim delimitando a área de tal forma que as capivaras não possam fugir para as propriedades vizinhas, a área deverá conter pasto e vegetação suficientes para alimentar os animais.
Nas propriedades agrícolas geralmente existem áreas “abandonadas”. Caso esta área apresente um lago ou açude de pelo menos 100 m2 e vegetação arbórea e arbustiva, provavelmente ela está apta para a criação semi-intensiva de capivaras (SILVA, 1986 e NOGUEIRA FILHO, 1996).
É o sistema que apresenta melhor relação custo-benefício, levando-se em conta o investimento inicial, a produtividade, o tempo de retorno e a rentabilidade (HOSKEN e SILVEIRA, 2002)
Deve-se evitar local com movimentação Archivos de zootecnia vol. 63 (R), p. 194. ANTONUCCI E RIBEIRO excessiva, barulho, trânsito de veículos, cães, trânsito constante de animais e máquinas, evitando que os reprodutores se estressem. A utilização de cercas vivas atenua os efeitos maléficos à criação, pois impede a visualização dos animais, diminui os barulhos e funciona como quebra-vento, o que contribui para reduzir a incidência de doenças pulmonares nos filhotes de fase inicial. Também é importante a proximidade do piquete de reprodução com a casa do tratador ou com a sede da propriedade para assegurar vigilância constante (HOSKEN, 1999).
MANEJO ALIMENTAR
A capivara é um animal exclusivamente herbívoro, cuja alimentação muito se assemelha à dos cavalos. Seus incisivos superiores e inferiores funcionam como se fosse uma tesoura cortando capim. Uma capivara jovem, de aproximadamente 10 kg, come cerca de 2 kg de forragens verde e 2 a 3 kg de forragem seca. A capivara também alimenta-se de macrófitas aquáticas, fazendo com que a existência destas plantas nos piquetes auxiliem no manejo alimentar dos animais (SILVIA e MAURO 2002; PINHEIRO et al., 2005; STRUZA et al., 2011). 
. Os poderosos incisivos permitem o pastejo rente ao chão da menor brotação de pastagem e os grandes molariformes, através de movimentos anteroposteriores da mandíbula, promovem uma significativa trituração do alimento. Além disso, por meio da cecotrofagia, ingestão de fezes do ceco que as capivaras fazem da mesma forma que os coelhos, mas com menor freqüência (Mendes, 1998), sua capacidade de aproveitamento nutricional do alimento ingerido multiplica-se, Sistemas de criação de capivaras com efeito provavelmente maior que o da ruminação (remastigação do alimento) na potencialização da nutrição de ruminantes, devido à utilização da proteína microbiana (de alto valor nutritivo), vitaminas e outros nutrientes contidos nas fezes do ceco. 
Quando em cativeiro, a capivara não tem acesso aos capins e plantas que ela come na natureza, cabendo ao produtor suplementar a pastagem da sua propriedade com outros alimentos, como: espiga de milho, cana ou bagaço de cana, farelo de soja, bananas verdes, coquinhos silvestres, talos novos de bambus, aguapés frescos, cenoura, pepino, abóbora.
Obtém de um grande poder de digestão de alimentos fibrosos, semelhante ao de ruminantes e, principalmente, de grãos e concentrados, para os quais tendem a apresentar desempenho superior a coelhos e ovinos (GONZALES, J. .ESCOBAR, 1975)
Doença
A capivara é um animal bastante rústico e resistente a doenças se comparado com animais domésticos, porem ocorrer problemas sendo os mais comuns as parasitoses, tanto as endo como ectoparasitoses ( principalmente carrapatos e sarnas). Também podem ser acometidas por algumas moléstias infecciosas, como a brucelose e leptospirose.
Um parasito que causa problemas graves é o carrapato, encontraram-se quatro tipos de carrapato, Amblyoma cajannense, A. maculatum, A. auriculatum e Dermacenter nitens, mais o de maior importância é o Amblyoma cajannense, transmissor da Febre Maculosa.
As endoparasitoses que acometem os intestinos da capivara causam perda de apetite, pêlo eriçado, áspero e sem brilho, debilidade, anemia e até mesmo dificuldade ao andar e morte súbita (Jardim et al., 1987). Os animais, especialmente os jovens, apresentam fezes amolecidas aderidas à região perianal. Um sintoma destacável, que capivaras subadultas e adultas apresentam, é a claudicação de membro posterior ou movimentos rítmicos de um dos membros (como se o animal estivesse levando pequenos choques). Esse sintoma pode estar associado a uma reação do animal à coceira ou lesões na cloaca, causadas pelo intenso parasitismo intestinal, entre eles os causados por Strongyloides, Trichoestrongilos, Coccídios e Trematódeos.
Sobre a Tripanosomose não se conhece bem os transmissores. O morcego hematófago Desmodus rotundus é um simples transmissor mecânico. Estando a criação sob controle constante não há o que temer. Aconselha-se sacrificar o animal infectado e cremar a carcaça antes que a doença se dissemine pelo plantel (PICCININI et. al., 1971)
A Miíase (bicheira) ocorre mesmo durante o inverno no sul do Brasil, principalmente em animais com ferimentos (MORAIS .S. , 1999), causando aprofundamento do ferimento e eliminação de tecidos internos. O animal, após contido em gaiola com vãos suficientes para passar uma mão, pode ser tratado com larvicidas, repelentes e cicatrizantes em aerossol. 
A presença de microfilárias na pele de capivaras em regiões como o dorso anterior e posterior, ventral, inguinal e axilar (Campo-Aasen,1976, 1977, 1981), provavelmente Cruorifilaria tuberocaudata, também foi associada a uma intensa reação granulomatosa com mastocitose e exacerbada presença de eosinófilos, (GONZÁLES .J.1995) manejo. O berne é raro em capivaras, não sendo problema. Segundo Hosken2(2004), não há condições propícias para o desenvolvimento das larvas da mosca do berne na capivara, porque seu pelo não é denso, mas disposto em tufos espaçados.
O uso de vermífugo oral na ração tem a vantagem da facilidade de ministração, pois a contenção não é necessária, mas ocorre a desvantagem de não se saber se os animais, de pesos diferentes, vão ingerir a dose mínima necessária, uma vez que os filhotes se alimentam nos mesmos cochos dos adultos em reprodução.
ASPECTOS COMERCIAIS
O Mercado da Carne no mercado nacional o consumo de carne de capivara está aumentando a cada ano. A maioria das grandes churrascarias já possui a capivara em seu cardápio, com grande aceitação de seus fregueses. Os grandes supermercados e açougues que comercializam carnes especiais parecem ser um sistema de distribuição muito eficiente para este produto. A carne de capivara pode ser facilmente comercializada em nível de classe A, para uma clientela de alto poder aquisitivo e interessada num prato distinto do cotidiano. Faz-se necessário, todavia, haver uma garantia de abastecimento contínuo, o que significa um excelente estímulo para a criação deste animal em cativeiro (SILVA, 1986)
 O principal problema enfrentado pelo pequeno criador de capivaras é o de não ter como atender diretamente os consumidores em virtude das dificuldades como: tamanho da produção, legislação para o abate e outros fatores. Desta forma, a comercialização se concentra nas mãos de alguns atravessadores que não remuneram adequadamente o produtor. Isto, associado com as dificuldades que o pequeno produtor encontra para legalizar a sua criação junto ao IBAMA, tem desestimulado as pessoas interessadas na criação deste animais, principalmente o pequeno criador (NOGUEIRA FILHO, 1996).
 O óleo utilizado para tratamento de doenças com asmas. A carne principal produto de comercialização, tem boa aceitação no mercado principalmente por ser muito saborosa, mas apresenta ainda qualidades bastante procuradas por certas camadas da população brasileira, tais como alto teor protéico, baixa porcentagem de gordura e colesterol, se comparado ao boi, porco e frango. Atualmente a demanda pela carne de capivara é grande e tende a aumentar ainda mais, principalmente no centros urbanos.
O couro da capivara tem grande aceitação no mercado internacional, haja vista sua suavidade, resistência e superfície vistosa. É denominado de “carpincho leather”, devido à sua nomenclatura argentina, pois é esse país que processa e exporta maior quantidade do produto (JIMÉNEZ, 1995) A experiência de outros países mais desenvolvidos na criação e aproveitamento da capivara demonstra que o couro deste animal é apreciadíssimo na fabricação de luvas, bolsas, sapatos, cintos etc.
A pele da capivara se destaca como um produto de alto valor comercial para a indústria do couro, visto que é muito forte e resistente (SILVA, 1986 e EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA, 2000).
REFERÊNCIAS
(ANTONUCCI, A.M. e RIBEIRO, T.S. CRIAÇÃO COMERCIAL DE CAPIVARA (HYDROCHOERUS HYDROCHAERYS) NO BRASIL, FAEF. Garça-SP).
(PINHEIRO, M.S. SILVA, J.J.C. e RODRIGUES, R.C. Sistemas de Criação de Capivaras, Pelotas-RS 2005).
(CARNEIRO, B.F. CRIAÇÃO DE CAPIVARA, IUESO GOIÂNIA-GO).
(SILVA E. A Capivara: uma ampla revisão sobre este animal tão importante, VIÇOSA - MG 2013)
(IBAMA. 1997. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Portaria nº 118-N/97, de 15 de outubro de 1997)
(Hosken, F.M. e Silveira, A.C. 2002. Criação de Capivara. UFV. Viçosa)
(Nogueira, M.F. e Cruz, T.F. 2007. Doenças da capivara. EMBRAPA Pantanal. Corumbá)
(Deutsch, L.A. e Puglia, L.R. 1988. Capivara, In: Deutsch, L.A. e Puglia, L.R. (Eds.). Os animais silvestres. Proteção, doenças e manejo. Globo Rural. Rio de Janeiro)
(DEWANTIER, L.R.; PINHEIRO, M.S.; GARCIA, C.A.N. Observações comportamentais de capivaras (Hydrochaeris hydrochaeris) criadas em sistema semi-intensivo na região costeira sul do Rio Grande do Sul. In: ENCONTRO ANUAL DE ETOLOGIA, 21., 2003. Uberlândia)
(SILVA, L. F. W. Criação de capivaras em cativeiro. São Paulo).
 
Instituto Unificado de Ensino Superior Objetivo
CRIAÇÃO DE CAPIVARA
Docente: Jordanna de Almeida
Discente: João Vítor Marinho Borges
Período: 4º 
R.A: 02290007409
Disciplina: ED 553Q
GOIÂNIA
2016

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