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MICROBIOLOGIA Prof Valdo Araujo 1 2 Características Formas Crescimento Genética Microbiologia 3 4 Cuidado!!!! 5 bactérias vírus fungos parasitas 6 7 8 9 10 11 12 Estrutura da célula bacteriana 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Crescimento 22 23 24 25 26 27 28 Crescimento aeróbio e anaeróbio 29 30 31 32 Genética Bacteriana 33 34 35 36 Genética Bacteriana 37 37 38 39 1. Cada uma das afirmações a seguir, referentes às estruturas de superfície de bactérias, está correta, À EXCEÇÃO DE: (A) Os pili medeiam a interação das bactérias com o epitélio mucoso. (B) Cápsulas polissacarídicas retardam a fagocitose. (C) Bacilos e cocos gram-negativos apresentam lipopolissacarídeos (“endotoxinas”) em sua parede celular. (D) Flagelos bacterianos não são antigênicos para humanos, uma vez que sua composição química é bastante similar à dos flagelos humanos. Questões de Revisão 40 2. Cada uma das afirmações a seguir, referentes aos esporos bacterianos, está correta, À EXCEÇÃO DE: (A) A capacidade de sobrevivência é baseada na maior atividade metabólica. (B) São formados por bacilos gram-positivos. (C) Podem ser mortos quando aquecidos a 121°C por 15 minutos. (D) Contêm menor teor de água que células bacterianas. 41 3. Na coloração de Gram, a descoloração das bactérias gram-negativas pelo álcool está MAIS relacionada a (A) Proteínas codificadas por plasmídeos F. (B) Lipídeos da parede celular. (C) Ribossomos 70S. (D) Polissacarídeos ramificados na cápsula. 42 Profº Valdo Araújo Fonte: Tortora Fonte: Tortora Revisão Fonte: Tortora Fonte: Tortora Microbiota Normal É o termo utilizado para descrever as várias bactérias e fungos que são residentes permanentes de determinados sítios corporais, especialmente a pele, a orofaringe, o cólon e a vagina. Vírus e parasitas não correspondem. Os membros da microbiota normal variam de um sítio (local anatômico) a outro quanto ao número e ao tipo. Os órgãos internos habitualmente são estéreis. Regiões como o sistema nervoso central, o sangue, os brônquios inferiores e alvéolos, o fígado, o baço, os rins e a bexiga são desprovidas de organismos. Existe também uma distinção entre a presença desses organismos e o estado de portador; O termo “portador” implica o fato de um indivíduo albergar um patógeno em potencial e, portanto, poder representar uma fonte de infecção de terceiros. Refere-se a uma pessoa que apresenta infecção assintomática ou a um indivíduo que se recuperou de uma doença, mas ainda carreia o organismo, podendo albergá-lo por um longo período. Patogênese Um micro-organismo é considerado um patógeno quando é capaz de causar doença; entretanto, alguns organismos são altamente patogênicos, isto é, frequentemente causam doença, enquanto outros raramente o fazem. Patógenos oportunistas são aqueles que raramente, ou nunca, causam doença em indivíduos imunocompetentes, mas são capazes de causar infecções graves em pacientes imunocomprometidos. Esses oportunistas são membros frequentes da microbiota normal do corpo. A Virulência é uma medida quantitativa da patogenicidade, sendo determinada pelo número de organismos requeridos para causar a doença. A dose infectante de um organismo necessária para causar doença varia significativamente entre as bactérias patogênicas. Por exemplo, Shigella e Salmonella causam diarreia ao infectarem o trato intestinal. Contudo, a dose infectante de Shigella é inferior a 100 organismos, enquanto a dose infectante para Salmonella é da ordem de 100.000 organismos. A dose infectante das bactérias depende principalmente de seus fatores de virulência, como, por exemplo, se os pili permitem sua adesão adequada à membrana mucosa, se produzem exotoxinas ou endotoxinas, se apresentam uma cápsula para proteção contra a fagocitose e se são capazes de sobreviver às diferentes defesas inespecíficas do hospedeiro, como o ácido estomacal. POR QUE OS INDIVÍDUOS SÃO ACOMETIDOS POR DOENÇAS INFECCIOSAS? Números de Organismos X Fatores de Virulência. Doença: Alta Qtd de Organismos – baixa Virulência Doença: Baixa Qtd de Organismos – Alta Virulência As bactérias causam doenças por dois mecanismos principais: (1) produção de toxinas e (2) invasão e inflamação. As toxinas são classificadas em duas categorias gerais; Exotoxinas: são polipeptídeos liberados pela célula Endotoxinas: correspondem a lipopolissacarídeos (LPS) que são parte integral da parede celular. (Apenas Gram Negativas que tem). MEIOS DE CULTURA E Testes BIOQUÍMICOs DE IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS Definição Material nutriente preparado no laboratório para crescimento de micro-organismo Agar nutriente Caldo nutriente Agar inclinado Meio de cultura Seletivo e Diferencial ▪ Seletivo – elaborados com o objetivo de favorecer o crescimento da bactéria de interesse e impedir o crescimento de outras bactérias ▪ Diferencial – utilizado para fácil identificação da colônia de bactéria de interesse quando existem outras bactérias crescendo na mesma placa PROVAS BIOQUÍMICAS Diagnóstico Laboratorial O diagnóstico laboratorial de doenças infecciosas envolve duas abordagens principais: Uma consiste na abordagem bacteriológica, na qual o organismo é identificado por meio de técnicas de coloração e cultivo. A outra consiste na abordagem imunológica (sorológica), na qual o organismo é identificado pela detecção de anticorpos contra o organismo no soro do paciente. CULTURA – SEMEADURA PRIMÁRIA Diversos materiais: urina, fezes, secreções em geral, lavado brônquico, liquor, esperma, sangue, escarro, fragmentos de tecidos, líquidos orgânicos, etc. Pontos importantes no processamento inicial: Seleção correta do meio de cultura; Adição de outro meio de cultura, quando necessário; Metodologia de semeadura adequada; Temperatura, atmosfera e tempo de incubação. Fármacos Antimicrobianos: Mecanismo de Ação Os fármacos antimicrobianos podem ser bactericidas (destroem os micróbios diretamente) ou bacteriostáticos (impedem o crescimento dos micróbios). Na bacteriostase, as próprias defesas do hospedeiro, como a fagocitose e a produção de anticorpos, normalmente destroem o microrganismo. ATIVIDADE BACTERICIDA E BACTERIOSTÁTICA Bacteriologia Clínica Cocos Gram Positivos e Gram Negativos Profº Valdo Araújo Cocos Gram Positivos Há dois gêneros de cocos gram-positivos de importância médica: Staphylococcus: Staphylococcus aureus Streptococcus: Streptococcus pyogenes São Cocos Gram Positivos, algumas diferenças: Microscopicamente, os estafilococos apresentam-se como agrupamentos semelhantes a cachos de uvas, enquanto os estreptococos formam cadeias; Bioquimicamente, os estafilococos produzem catalase ao contrário dos estreptococos. Propriedades Importantes: Cocos Gram Positivos; Produzem Catalase (importante fator de virulência, o H2O2 é microbicida e sua degradação limita a capacidade de os neutrófilos promoveram a morte); S. aureus: único que é coagulase positiva; produz um pigmento carotenoide que confere uma coloração dourada a suas colônias e causa hemólise. S. aureus codifica ß-lactamese: degrada penicilinas e cefalosporinas e classificam como S. aureus resistentes à meticilina (MRSA, do inglês, methicillin-resistant S. aureus). Gênero Staphylococcus S. aureus possui vários componentes importantes de parede celular e antígenos. A proteína A: Se liga à porção Fc da IgG no sítio de ligação do complemento, impedindo, assim, a ativação do complemento. Como consequência, não há produção de C3b, e a opsonização e a fagocitose dos organismos são significativamente reduzidas; Os ácidos teicoicos; A cápsula polissacarídica: Pouco Imunogênica. A maioria das linhagens de S. aureus é revestida por uma pequena quantidade de cápsula polissacarídica a qual é antifagocitária. Staphylococcus aureus Patogênese: Abscesso; Toxinas;Enterotoxina causa intoxicação alimentar, caracterizada por vômito proeminente e diarreia aquosa não sanguinolenta. A toxina atua como um superantígeno no interior do trato gastrintestinal, estimulando a liberação de grandes quantidades de interleucina-1 (IL-1) e interleucina-2 (IL-2) por macrófagos e células T auxiliares, respectivamente. Staphylococcus aureus A toxina da síndrome do choque tóxico: Acomete mulheres menstruadas (abs interno), indivíduos apresentando infecções de ferimentos. Pacientes utilizando tampão nasal para estancar sangramento nasal; É produzida localmente, mas pode atingir a circulação sistêmica e causar toxemia; É um superantígeno e causa choque tóxico por estimular a liberação de grandes quantidades de IL-1, IL-2, e fator de necrose tumoral; O choque tóxico ocorre em indivíduos que não apresentam anticorpos contra a toxina. Staphylococcus aureus Síndrome do choque tóxico Staphylococcus aureus A esfoliatina causa a síndrome da “pele escaldada” em crianças. É “epidermolítica” e atua como uma protease que cliva a desmogleína dos desmossomos, levando à separação da epiderme na camada de células granulares. Staphylococcus aureus Várias toxinas podem matar leucócitos (leucocidinas) e causam necrose de tecidos in vivo. Dentre elas, uma das mais importantes é a toxina alfa, que provoca intensa necrose de pele e hemólise. Staphylococcus aureus Gênero Streptococcus São Cocos Gram-positivos, organizados em cadeias ou pares; Todos os estreptococos são catalase-negativos, enquanto os estafilococos são catalase-positivos; Uma das características mais importantes para a identificação de estreptococos é o tipo de hemólise; Diferenciação dos Streptococcus Os estreptococos de beta-hemolíticos possuem dois importantes antígenos: O carboidrato C determina o grupo dos estreptococos beta-hemolíticos. Situa-se na parede celular, e sua especificidade é determinada por um amino-açúcar; A proteína M (antifagocitária) é o fator de virulência mais importante e determina o tipo dos estreptococos beta-hemolíticos do grupo A. São Reumatogênicas ou Nefritogênicas; Possuem capsula. Gênero Streptococcus Cocos Gram Negativos Doenças: O gênero Neisseria contém dois importantes patógenos de humanos: Neisseria meningitidis e Neisseria gonorrhoeae. N. meningitidis causa principalmente meningite e meningococcemia. Também causa conjuntivite neonatal (oftalmia neonatorum) e doença inflamatória pélvica (DIP). N. meningitidis – Capsula polissacarídica N. gonorrhoeae – Pili São bactérias gram-negativas e contêm endotoxina em sua membrana externa. A endotoxina de N. meningitidis é um lipopolissacarídeo (LPS) similar àquele encontrado em diversos bacilos gram-negativos, enquanto a endotoxina de N. gonorrhoeae é um lipooligossacarídeo (LOS). São oxidase-positivas Cocos Gram Negativos Casos Clínicos Caso 1 Um menino de 12 anos de idade apresenta o braço dolorido, que acredita o ter lesionado durante os arremessos em um jogo de beisebol da Liga Infantil. A dor agravou-se ao longo de um período de duas semanas e atualmente ele apresenta temperatura de 38ºC. O raio-X do úmero revela elevação do periósteo. O aspirado da lesão revela cocos gram-positivos em agrupamentos. Caso 2 homem de 20 anos exibe tornozelo edemaciado, rubro, quente e doloroso, acompanhado de temperatura corporal de 38ºC há dois dias. Não há histórico de trauma. Observam- se diplococos gram-negativos no aspirado de fluido articular. O organismo é oxidase-positivo. Casos Clínicos
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