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Percepção e Representação - Slides de Aula Unidade I

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Unidade I 
 
 
 
 
 
 
PERCEPÇÃO E REPRESENTAÇÃO 
 
 
 
Profa. Selma Rofino 
 
 A percepção e a psicologia das formas 
 
 Percepção é uma função cerebral que impõe significado a 
estímulos sensoriais. 
“A percepção não envolve apenas um ato fisiológico, mas um 
processo altamente dinâmico e característico da consciência 
humana.” 
Fayga Ostrower 
 São vários os tipos de percepção, podendo ser classificada 
como: visual, auditiva, olfativa, gustativa, tátil, temporal e 
espacial. 
 Perceber, portanto, depende do que é sentido pelo homem, 
seja por influências externas ou internas. 
 Como isso ocorre? 
 Por que atua de forma diferente nos indivíduos? 
A Escola Gestalt 
 Compreender aquilo que percebemos é a base da 
fundamentação teórica da Gestalt. 
A Psicologia da Gestalt: 
 Auxilia na compreensão da problemática da percepção. 
 Estuda os fenômenos da percepção humana, amparando-se 
dos resultados pictóricos sobre obras de arte. 
 Contribuiu para os estudos da percepção, fundamentando 
suas pesquisas no campo da “linguagem, inteligência, 
aprendizagem, memória, motivação e dinâmica de grupos 
sociais”. 
 Vai sugerir uma resposta ao porquê de umas formas 
agradarem mais e outras não. 
 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 Segundo Descartes, para compreender um fenômeno 
complexo, deve-se dividi-lo em quantas partes forem 
possíveis. 
 Esse princípio da fragmentação provocou grandes 
transformações, além da explosão tecnológica do século 
passado. 
 A teoria dos sistemas parte do pressuposto que observar a 
totalidade de um sistema significa contemplar as inter-relações 
complexas de seus componentes. 
 A fundamentação da Gestalt parte do princípio que o que 
enxergamos é diferente do que ocorre em nosso cérebro. 
 Na ilusão de ótica percebemos que não vemos as partes 
fechadas, mas as relações que há entre as partes. 
 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 No exemplo abaixo, a excitação cerebral se processa em 
função da figura total pela relação recíproca das suas várias 
partes dentro do todo. 
 A linha superior nos parece menor que a inferior. 
 
 
 
 
 
 Diante da ilusão de ótica, não enxergamos as partes fechadas, 
mas percebemos as relações que há entre as partes. 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 Esse processo psicofisiológico é regido por forças 
espontâneas da nossa estrutura cerebral que buscam 
organizar as formas de modo coerente e unificado. 
 Essas forças podem ser externas ou internas. 
Forças externas: 
 A luz que emana do objeto e nossa retina são os elementos 
que constituem as forças externas que procuram estabilizar 
nossa percepção. 
Forças internas: 
 Visam a estruturar e organizar os estímulos externos de 
maneira determinada pelas relações, que os psicólogos da 
Gestalt definiram como forças constantes. 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 O embasamento científico das Leis da Gestalt parte do 
princípio que tais forças regem a percepção da forma, e são 
elas: 
 Unidade, segregação, unificação, fechamento, continuidade, 
proximidade, semelhança e pregnância da forma. 
 Essas constantes são chamadas de padrões, fatores, 
princípios básicos ou leis da organização da forma 
perceptual. 
 São essas forças ou esses princípios que explicam por que 
vemos as coisas de uma maneira e não de outra. 
 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 A unidade: conjunto de elementos relacionados entre si e 
suas subunidades e que configuram o próprio objeto, o 
estímulo é homogêneo. 
 Estas partes (linhas, pontos, cores, brilhos, texturas e outras) 
podem ser segregadas, mas precisam ter relação com o todo 
para que ele faça sentido. 
 
 
Fonte: livro-texto 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 Segregação significa a capacidade perceptiva de separar, 
identificar, evidenciar ou destacar unidades formais em um 
todo compositivo, age pela descontinuidade de estímulo. 
 É possível segregar as unidades de um todo dependendo da 
desigualdade dos estímulos concebidos pelo nosso campo de 
visão. 
 
Fonte: livro-texto 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 A unificação da forma consiste na igualdade ou na semelhança 
dos estímulos. 
 Depende de variáveis como o equilíbrio, a ordem visual, a 
harmonia e a coerência do todo da composição. 
 A organização das partes, por sua vez, é essencial para definir 
a qualidade. Por isso, a imagem abstrata pode ser 
compreendida pela mente, ela preenche os espaços vazios em 
busca de um entendimento pelo caminho mais simples 
possível. 
 As leis da proximidade e da semelhança, se presentes nas 
partes ou no todo da composição, também fortalecem a 
unificação da organização da forma. 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
Fonte: livro-texto 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 Fechamento é importante para a formação de unidades. 
 As forças de organização da forma dirigem-se 
espontaneamente para uma ordem espacial que tende para a 
formação de unidades em todos fechados. 
 Há uma sensação de fechamento visual da forma pela 
continuidade bem definida dos elementos. 
 Essa percepção faz com que enxerguemos a imagem mesmo 
que ela não esteja estruturalmente lá, pois as informações 
necessárias se completam pelo alinhamento dos elementos. 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
Fonte: livro-texto 
Interatividade 
Observe as duas figuras: 
 
 
 
Assinale a alternativa que aborda corretamente os princípios da 
Gestalt percebidos nas figuras. 
a) Unidade e segregação na primeira e fechamento na segunda. 
b) Lei da pregnância da forma e lei da proximidade. 
c) Lei da continuidade em ambas as figuras. 
d) Lei da proximidade. 
e) Lei da semelhança. 
 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 Já a continuidade tem como princípio que “toda unidade 
linear tende, psicologicamente, a se prolongar na mesma 
direção e com o mesmo movimento”. 
 Como podemos observar na figura da esquerda: 
 
 
 
 
 A nossa organização tende a se orientar no sentido da boa 
continuação, ela é funcional quando há necessidade de 
organizar uma ou duas figuras, como podemos perceber na 
figura da esquerda. 
 
Fonte: livro-texto 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 A boa continuidade, ou boa continuação, é a impressão visual 
de como as partes se sucedem pela organização perceptiva da 
forma de modo coerente, sem quebras ou interrupções na sua 
trajetória ou na sua fluidez visual. 
 Esse princípio enfoca a tendência dos elementos de seguirem 
uns aos outros, como se uma direção fosse preestabelecida, 
mais suave e estável. 
Fonte: livro-texto 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 A lei da boa continuação, porém, não é interpretada na figura 
abaixo, em que observamos a interrupção natural da curva, o 
que nos causa uma sensação estética desagradável. 
 
 
 
 
 A Gestalt pode também explicar a lei da continuidade em 
formas tridimensionais. 
 Problema discutido em teorias, que vão desde a capacidade 
fisiológica, inata, da retina, como o hábito adquirido de 
perceber os objetos no campo da profundidade. 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 A teoria gestaltista não nega tais efeitos, mas os explica como 
processos oriundos da organização perceptiva do homem, 
conforme exemplos abaixo: 
 
 
 
 
 
 Forma bidimensional, forma bidimensional ou tridimensional e 
forma tridimensional, da esquerda para a direita. 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 A proximidade parte do princípio que quanto mais próximos 
estão os elementos óticos, mais configuram unidade. 
 
 
 
 A proximidade do grupo ab é maisnatural que o grupo ac. 
 A igualdade de forma e cor desperta a tendência dinâmica de 
constituir unidades, estabelecendo agrupamento das partes 
semelhantes. 
 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 Para explicar agrupamentos é necessário o fator da 
proximidade, pois ele indica as qualidades em comum entre 
os elementos. 
 
 
 
 Na figura da esquerda observamos a organização de grupos 
pela semelhança; já na figura da direita, apesar dos espaços 
iguais entre os elementos, o agrupamento se forma pela 
semelhança da cor. 
 A Gestalt corrobora a teoria de que existe ordem das partes 
dentro do todo. 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 Proximidade: quanto maior a semelhança entre as condições 
que envolvem as formas, maior tendência para se agrupar e 
constituir unidades, principalmente se estiverem próximas. 
 A proximidade e a semelhança são forças que, muitas vezes, 
agem em comum, não apenas se reforçando como se 
enfraquecendo mutuamente. 
Fonte: livro-texto 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 Semelhança: a igualdade de forma e de cor desperta também a 
tendência de se construir unidades, isto é, de estabelecer 
agrupamentos de partes semelhantes. 
 Vimos que elementos semelhantes tendem a se agrupar pela 
proximidade, mas essa tendência de permanecerem juntos 
também ocorre diante da similaridade. 
 A lei da semelhança, junto com o princípio da proximidade, 
confere ao objeto ordenação, harmonia e equilíbrio visual. 
Fonte: livro-texto 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 A teoria da boa forma determinou, ainda, um princípio ao 
qual abrangeu os demais. A lei da pregnância da forma. 
 Segundo esse princípio, as forças de organização da forma 
tendem a se dirigir tanto quanto o permitem as condições 
dadas no sentido da clareza, da unidade e do equilíbrio. 
 A teoria gestaltista não nega tais efeitos, mas os explica como 
processos oriundos da organização perceptiva do homem. 
 
Fonte: livro-texto 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 Pregnância da forma: qualquer padrão de estímulo tende a ser 
visto de tal modo que a estrutura resultante é tão simples 
quanto o permitam as condições dadas. 
 Tende a apontar a simplicidade natural perceptiva, por isso 
também é chamada lei da simplicidade. 
Fonte: livro-texto 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 Quanto maior a percepção de confusão refletida na 
organização visual, menor será o grau de pregnância. 
 A ordem baseada na técnica da simplicidade é elementar e 
imediata, sem preparações acessórias, enquanto sua técnica 
oposta, a complexidade, tende a compreender várias forças 
elementares, o que dificulta sua compreensão. 
Fonte: livro-texto 
Fundamentos teóricos da Gestalt 
 Profusão é a técnica de abundância visual pela ornamentação, 
que associa poder e opulência. 
 É oposta à técnica de economia que é a presença mínima de 
elementos na mensagem. 
 
 
 
 
 Verificamos o grau de baixa pregnância causado, 
principalmente, pelas irregularidades e pelas sobreposições 
dos elementos abstratos. Essa desarmonia visual causa 
desconforto e perturbação. 
Fonte: livro-texto 
Interatividade 
Observe a capa do CD da banda Blink-182: 
 
 
 
 
 
A partir da análise dessa capa, podemos perceber alguns princípios básicos da 
Gestalt. Assinale a alternativa que não indica corretamente um princípio básico 
da Gestalt: 
a) Podemos perceber o princípio da pregnância, na medida em que existe uma 
rapidez na leitura da forma pelos nossos olhos. 
b) Está presente nessa composição o princípio da semelhança. 
c) Podemos perceber o princípio da proximidade. 
d) A composição dessa forma é de alta pregnância. 
e) A abundância de elementos da imagem dificulta a compreensão deles. 
 
Fonte: livro-texto 
Definição e classificação dos elementos básicos da 
percepção visual 
 É difícil conceber uma dissociação entre percepção e criação, 
quase ninguém mais supõe que a criação surge do nada ou 
que a percepção seja um ato passivo e casual. 
 Não há dúvida, tanto que a arte não é só sentimento, mas 
detentora e desencadeadora de uma significação cognitiva e 
representacional, isso se deve, principalmente, aos 
enunciados formulados por Rudolf Arnheim e Erinaldo Alves 
do Nascimento. 
 Pessoas visitam museus, adquirem obras de arte, mas para 
realmente ter acesso a elas é preciso ir mais além. 
 
 
Definição e classificação dos elementos básicos da 
percepção visual 
 Um bom começo para se aproximar desse universo artístico e 
entender seu funcionamento é a pesquisa por meio da leitura 
de teóricos da área e do contato com a prática. 
 Às vezes deparamos com uma obra de arte e vemos nela 
qualidades que não conseguimos explicar. 
 Estamos vivenciando nesse momento experiências 
perceptivas. 
 Rudolf Arnheim, em seu livro “Arte e Percepção Visual: uma 
Psicologia da Visão Criadora”, escrito em 1954, nos diz: 
“Se alguém quiser entender uma obra de arte, deve antes de 
tudo encará-la como um todo.” 
 
Definição e classificação dos elementos básicos da 
percepção visual 
“Guiado com segurança pela estrutura total, tentamos, então, 
reconhecer as características principais e explorar seu domínio 
sobre detalhes dependentes.” 
 Percebe-se a riqueza dessa obra tanto em suas categorias 
visuais explicitadas, como nas relações estruturais que estão 
em ação. Dessa maneira, não se pretende substituir a intuição 
espontânea, e sim aguçá-la ainda mais, tornando seus 
elementos comunicáveis. 
 Discutiremos algumas das qualidades da visão, usando como 
apoio à psicologia, sem a qual não é possível discutir os 
processos criativos ou experimentar arte. 
Equilíbrio 
 A definição de equilíbrio que consta no dicionário online 
Aurélio: “Estado de repouso de um corpo solicitado por várias 
forças que se anulam”. 
 A palavra equilíbrio, segundo o dicionário Aurélio: 
“1 Estado de um corpo que se mantém, ainda que solicitado ou 
impelido por forças opostas. 2 Igualdade das forças de dois 
corpos que obram um contra o outro. 3 Igualdade. 4 Boa 
inteligência, harmonia. 5 Perder o equilíbrio, cair.” 
 Observe, agora, o quadrado a seguir: 
 
 
 
Equilíbrio 
 Não vemos os dois objetos separadamente, mas o 
“todo” como uma unidade, uma figura: o disco 
está fora do centro. 
 Existe aí repulsão e atração do círculo com o 
quadrado, como um jogo de forças em movimento. 
 Essas tensões independem do querer do observador, elas são 
inerentes a qualquer percepção como cor, local ou tamanho; 
podemos dizer que são “forças psicológicas”. 
 Como ocorre esse “ato de ver”? 
 Muitas são as possibilidades: a percepção da posição 
assimétrica do disco, a relação espacial que torna os dois 
objetos uma única figura, a escala de valores de claridade, o 
movimento do disco que se apresenta descentralizado. 
 
Equilíbrio 
 A experiência visual é dinâmica, sensorial e intuitiva. 
 
 
 
 
 
 Comparem as duas figuras. Qual é a mais equilibrada? 
 A percepção é fator primordial e segundo Arnheim: 
“não se pode descrever a natureza de uma experiência visual 
em termos de centímetros de tamanho e distância, graus de 
ângulo ou comprimentos de onda de cor.” 
 
Equilíbrio 
“Essas medições estáticas definem apenas o ‘estímulo’ [...], a 
vida daquilo que se percebe – sua expressão e significado – 
deriva inteiramente da atividade das forças perceptivas.” 
 Vamos analisar mais um exemplo: “Madame Cézanne em uma 
Cadeira Amarela”, de Paul Cézanne. 
 
Fonte: livro-textoForma 
 Definição online Michaelis: 
“1 Figura ou aspecto exterior dos corpos materiais. 2 Modo sob 
o qual uma coisa existe ou se manifesta. 3 Constituição, modo 
particular de ser. 4 Modelo, norma. 5 Talhe ou feição da letra. 6 
Modo, maneira. 7 Alinhamento de tropas; formatura. 8 Gram 
Aspecto sob o qual se apresenta um termo ou um enunciado.” 
 Forma é a configuração visível do conteúdo. 
 Podemos dizer que a configuração nos mostra, pela aparência 
externa, a natureza das coisas. 
Forma 
 Assim, uma configuração nunca é percebida como apenas a 
forma de uma coisa em particular, mas sempre como a de um 
tipo de coisa (ARNHEIM, 1989, p. 89). 
 A forma ultrapassa sua função prática e primeira das coisas 
quando percebemos fatores contraditórios e complementares 
em sua configuração. 
Orientação no espaço 
 Na figura a seguir, a mudança ocorre de maneira mais abrupta, 
pois a figura foi colocada de cabeça para baixo. 
 
 
Forma 
 Ambas as figuras são triangulares e do mesmo tamanho. O 
que difere são suas configurações. 
 Um exemplo excelente de mudança nas configurações de uma 
forma são os filmes surrealistas, nos quais os rostos se 
apresentam às vezes de cabeça para baixo. 
 As crianças possuem uma capacidade natural de reconhecer 
objetos fora da sua posição espacial original. 
Forma 
Qual o melhor aspecto? 
 Uma forma pode ser apresentada de diversas maneiras. 
 Qual a melhor ou mais adequada? Isso é muito relativo quando 
nos referimos ao “conceito visual” dos objetos, pois ele deriva 
de experiências perceptivas. 
 Podemos dizer que um objeto é tridimensional, tem forma 
constante e não se limita a qualquer aspecto projetivo 
particular. 
 Arnheim diz: “Concebe-se o objeto como tridimensional, de 
forma constante e não limitado a qualquer aspecto projetivo 
particular”. 
Forma 
 Ao olhar a imagem, temos uma ideia do “todo” e conseguimos 
projetar nela o significado real ou imaginário. 
 O que você vê na imagem a seguir? Dois círculos? Uma 
rosca? O que mais? 
 
 
 
 
 
 
 O real e o imaginário se contrapõem e se complementam ao 
mesmo tempo. 
Forma 
 Na figura abaixo, temos quatro representações da mesma 
figura vista por diferentes perspectivas: um objeto simples, 
uma cadeira. 
 
Fonte: livro-texto 
 
 
 Forma 
 
 
 Uma solução do problema é 
melhor exemplificada nas pinturas 
murais, nos relevos dos egípcios 
e nos desenhos de crianças. 
Consiste em escolher para cada 
parte de um objeto ou 
combinação de objetos o aspecto 
que melhor se adapte à finalidade 
pictórica. 
 Em artes, precisamos nos livrar 
desse “pré-conceito” de que 
existem sempre conceitos 
preestabelecidos que não 
podem ser rompidos. Fonte: livro-texto 
Interatividade 
Na confecção de uma imagem, podemos buscar uma maneira tradicional 
de se obter a composição de uma comunicação visual que é a chamada 
regra do terço. Como observamos na imagem, podemos dividir o suporte 
em três partes e posicionar as figuras, coincidindo-as com as linhas de 
intersecções da divisão. 
 
 
 
 
 
A imagem e o texto fazem referência a um elemento da percepção visual. 
Assinale a alternativa que o indica corretamente: 
a) Forma. 
b) Equilíbrio. 
c) Luz. 
d) Configuração. 
e) Contraste. 
 
Fonte: livro-texto 
Luz 
 A luz é mais do que apenas a causa física do que vemos. 
 É uma experiência humana fundamental, uma aparição 
venerada, celebrada e solicitada nas cerimônias religiosas. 
 É uma onda, uma partícula, composta de partículas como 
sugeriu Isaac Newton. 
 James Maxwell descreveu que a radiação luminosa era 
composta de ondas. 
 Einstein apresentou uma descrição dizendo que ela só seria 
válida se fosse “composta” por partículas. 
Luz 
 A luz precede todos os outros elementos importantes da 
percepção visual, pois sem ela não podemos ver cor, espaço, 
forma, movimento, entre outros. 
 O que é a sombra? Uma região escura, em que temos um 
espaço privado ou com ausência parcial de luz. 
 Ela muda de posição de acordo com a origem da luz. Por um 
lado, a sombra não existe – costumamos denominá-la de 
ausência de luz; por outro, ela ocupa espaço e pode ter peso, 
se pensarmos no equilíbrio de uma composição. 
 
Fonte: livro-texto 
Luz 
 A sombra pode sofrer uma distorção perspectiva, convergindo 
de sua base de contato com o objeto quando se encontra 
atrás dele e divergindo quando se encontra à sua frente. 
 Essa discordância será aumentada ou contrabalançada pela 
perspectiva, dependendo da posição da sombra em relação ao 
observador. 
Fonte: livro-texto 
Configuração 
 A forma física de um objeto é determinada por suas bordas, 
seu contorno e as superfícies que determinam os lados e/ou 
a base de uma figura. 
 A posição em que a figura se encontra, em pé ou de cabeça 
para baixo, não é de grande relevância, e sim sua forma 
exterior. 
 Definição da palavra configuração, dicionário Priberam: 
“1. Forma exterior dos corpos. 2. Figura que apresenta um grupo 
de coisas dispostas em certa ordem = composição, disposição. 
4. Ato ou efeito de configurar. 5. Conjunto de opções ou 
parâmetros definidos para um programa ou sistema informático 
ou para um equipamento.” 
Configuração 
 A configuração perceptiva é o resultado de uma interação 
entre três fatores: o objeto, a luz e o observador. 
 Quando o objeto físico é atingido pela luz que transmite 
informações, o resultado dependerá do sistema nervoso do 
observador. 
 A luz não atravessa os objetos, exceto os que chamamos de 
translúcidos. Isso significa que os olhos recebem informação 
somente sobre as formas exteriores e não sobre as interiores. 
 A luz se propaga em linha reta e, portanto, as projeções 
formadas na retina correspondem apenas àquelas partes da 
superfície externa que estão ligadas aos olhos por meio de 
linhas retas. 
Configuração 
 A forma do objeto que vemos não depende exclusivamente da 
projeção retiniana, pois nossos olhos recebem subsídios 
sobre as formas externas. 
 A imagem é gerada pela totalidade das experiências visuais 
que tivemos no decorrer da vida. 
 Se alguém fizer uma imagem de algo que experimentou, pode 
escolher quanto da configuração deseja incluir. O estilo de 
pintura ocidental criado pela Renascença limitou a 
configuração ao que se pode ver de um ponto fixo de 
observação. 
 Os egípcios, os índios americanos e os cubistas ignoram essa 
restrição. 
 Observe a figura. Mesmo a imagem estando incompleta, 
podemos imaginar seu todo; o fato de ela não ter um contorno 
não prejudica a nossa compreensão. 
 
 
 
 
 
 Podemos representar um objeto dando ênfase às suas 
características espaciais que, nesse caso, serão consideradas 
essenciais. 
Configuração 
Fonte: livro-texto 
Configuração 
 Uma figura pode mudar sua configuração subitamente quando 
nos dão uma nova informação. 
 
 
 
 
 
 
 
 Podemos fazer uma identificação com nossa memória visual. 
Fonte: livro-texto 
Expressão 
 Conceito: maneiras de comportamentos orgânico ou 
inorgânico revelados na aparência dinâmica de objetos ou 
acontecimentos perceptivos. 
Definição da palavra expressão: 
 Ação de exprimir. Manifestação do pensamento, do 
sentimento pela palavra, fisionomia ou gesto; fluência e 
elegância na linguagem; virtualidade ou fascínio com que um 
artista apresenta sua arte. 
 Muito usada na área das artes visuais, a expressão está 
presente o tempo todo, seja quando a composição tem figuras 
humanas ou não. 
Expressão Nas grandes obras de arte, a expressão pode ter seu ponto de 
destaque nos olhos dos seus personagens. 
 Tendo no seu esquema compositivo uma ação imediata pelas 
características perceptivas da obra. 
 Para Arnheim: “Nas grandes obras de arte, o significado mais 
profundo é transmitido aos olhos com poderosa imediatez 
pelas características perceptivas do esquema compositivo”. 
 Podemos observar essa característica na obra “Criação do 
Homem”, de Michelangelo. 
 A história está modificada de modo a torná-la mais 
compreensível e impressiva aos olhos. 
Expressão 
 
Fonte: livro-texto 
Expressão 
 
Fonte: livro-texto 
Interatividade 
“Essa Maria Fumaça é devagar quase parada 
Ô seu foguista, bota fogo na fogueira 
Que essa chaleira tem que estar até sexta-feira 
Na estação de Pedro Osório, sim senhor.” 
(KLEITON e KLEDIR. “Maria fumaça”) 
 
 
 
 
 
 
 
O texto e a imagem referem-se à ferrovia, porém trazem características opostas a 
saber: 
a) Ambiente iluminado e ambiente obscuro. 
b) Lentidão e rapidez. 
c) Proximidade e distanciamento. 
d) Transparência e opacidade. 
e) Cidade e campo. 
MONET. Le train dans la neige. 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA!

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