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Unidade I HISTORIOGRAFIA GERAL Prof. Gabriel Grof O que é História? Busca pela verdade? Contar “exatamente o que se passou” Construção do discurso histórico Estudo do passado? “Antiquarismo” Estudo crítico História e/ou história Papel do historiador Raízes da Ciência Antecedentes Antiguidade clássica Humanismo Revolução Científica (século XVI) Procedimentos Experimentação Indução René Descartes e Francis Bacon Filósofos René Descartes Dualidade: mente e matéria Método: eliminar totalmente a dúvida Método dedutivo Francis Bacon “Ídolos”: percepções distorcidas Método: observação empírica Método indutivo Filósofos David Hume Impressões e ideias Provisoriedade do discurso científico Isaac Newton Previsibilidade dos fenômenos Imanuel Kant Subjetividade do conhecimento científico O que posso conhecer Interatividade Na teoria de Francis Bacon, os ídolos seriam: a) Objetos utilizados em práticas de feitiçaria. b) Personalidades famosas de sua época. c) Conclusões corretas sobre um dado assunto. d) Imagens usadas em cultos religiosos. e) Percepções distorcidas da realidade. Método científico Forma possível de conhecimento, entre outras Investigação racional Identificação do objeto Análise (decomposição) Síntese e enumeração Racionalidade dos fenômenos Previsibilidade Cientificismo: “mito” da ciência Ciências nomotéticas “São disciplinas que procuram estabelecer leis no sentido, por vezes, de relações quantitativas relativamente constantes e exprimíveis sob a forma de funções matemáticas, mas, igualmente, no sentido de fatos gerais ou de relações ordinais, de análises estruturais etc.” (PIAGET, 1976, p. 30) Ciências da natureza Ciências ideográficas Não se ocupam de generalizações ou em estabelecer leis. O objetivo é compreender fenômenos particulares por meio de uma leitura racional e metodologicamente constituída Ciências sociais ou humanas, entre as quais a História Nomotéticas x Ideográficas Oposição aparente Nomotéticas: ocupa-se do que é geral Ideográficas: ocupa-se do específico Estatuto científico em jogo Crítica à oposição entre os dois tipos Falácia da superioridade das exatas sobre as humanas Uso de generalizações e especificidades entre os dois tipos Explicação e compreensão Relação de conhecimento Sujeito e objeto Apreensão do objeto Explicar e compreender: formas distintas de apreensão História: explicação ou compreensão da mudança? Explicação Explicar: ex-plicare ou desdobrar Estabelecer relações a partir de um objeto específico Causas e efeitos Estabelecimento de variáveis e seu peso ao explicar eventos históricos Determinismo forte e fraco Hempel e a unidade de método entre ciências sociais e naturais Compreensão Compreender: apreender um significado para si Apreensão de conhecimento exclusivo das ciências humanas Autorreconhecimento – como ser humano – no objeto estudado Empatia x compreensão científica R. G. Collingwood: Re-enactement Edward Carr: conceitos Interatividade O principal foco das ciências nomotéticas seria: a) Encontrar elementos singulares no transcorrer da história. b) Definir as influências culturais no comportamento de cada indivíduo. c) Estabelecer leis gerais para explicar fenômenos naturais. d) Demolir os postulados estabelecidos pelas ciências ideográficas. e) Transformar a história em uma ciência exata. História e outras ciências sociais Ciência Social: início do século XIX Antecedentes: Espinoza Influência iluminista Ciência dos costumes “Não importa que os fatos sejam físicos ou morais: todos têm causas. Há as para a ambição, a coragem, a veracidade, como para a digestão, o movimento muscular, o calor animal. O vício e a virtude são produtos como o vitríolo e o açúcar.” (TAINE apud TODOROV, 1992, p. 9) História surgida no bojo do cientificismo do século XIX História e Sociologia Relação problemática: método de abordagem de fenômenos sociais Sociologia Primeira aproximação com ciências naturais Previsão de regularidades nos fenômenos sociais Dukheim e os fatos sociais: objetos coisificados História Aproximação com positivismo: crítica documental Documento-monumento Singularidade e representatividade História e Sociologia Aproximação: superação do paradigma positivista em História Historiador ativo diante das evidências Problematização Aproximação com o marxismo Fim das narrativas da História Política tradicional Exemplos: História dos preços: Simiand Longa-duração: Braudel Sociologia histórica: I. Wallerstein Sistemas-mundo Métodos sociológicos e linguísticos na historiografia Intercâmbio de método entre História e Sociologia Amostragem documental: “A dificuldade consiste aqui em determinar as escolhas em função de elementos considerados típicos ou particularmente característicos” (MANDROU, 1989, p. 24) Uso da linguística em análises textuais: detecção das ideologias presentes nas evidências discursivas Interdisciplinaridade História e Sociologia: métodos e objetos História e Linguística: análise documental História e Filosofia: sentido do devir histórico História e Geografia: análise de processos sociais em um dado espaço História e Antropologia: estudo comparativo de culturas Arqueologia como técnica Interatividade As relações entre História e Sociologia: a) São estéreis, já que ambas possuem objetos distintos. b) São absolutamente fluentes desde seus primórdios. c) Foram rompidas quando a História deixou de lado o paradigma positivista. d) Aprofundaram-se na crítica às narrativas tradicionais. e) São impossíveis, já que a Sociologia utiliza o método das ciências naturais até hoje. Memória e História Memória Função biológica Função social Memória pessoal e memória coletiva História Transformação Devir Evidências: matérias-primas da memória e da História. Memória Forma mais ampla de resgate do passado Âmbitos da memória Pessoal Coletiva Monumento: objeto da memória Rememoração Reafirmação Transmissão de ideologias História Tipo de memória: memória científica Lugares institucionais Universidade Escola Documento: ferramenta do historiador Análise crítica Trabalho metodológico: historiografia Desmontagem de ideologias e maior neutralidade possível Documento/Monumento Monumento: guardar na memória Tipos variados: pinturas, músicas, esculturas etc. Materiais da memória Documento: ensinar, provar Tipos variados: escrito, iconográfico, tridimensional etc. Materiais da História Monumento pode ser documento Problematização da relação história/memória Paradigma científico posto em xeque: década de 1960 Crítica à noção de neutralidade científica Distinção entre historiografia e livros de História mais gerais Papel do historiador na formação da memória Papel do professor de História na formação da memória Interatividade A relação entre memória e história: a) É de total oposição, já que a memória é totalmente neutra e a História, não. b) É inexistente, já que o trabalho historiográfico não possui métodos claros. c) É problemática, já que, em virtude da total objetividade do discurso histórico, a História sempre refuta a memória. d) Pode ser reforçada na medida em que o historiador também produz memória. e) É totalmente fluida e historiadorestrabalham em perfeita harmonia com outros produtores de memória. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 O que é História? Raízes da Ciência Filósofos Filósofos Interatividade Resposta Método científico Ciências nomotéticas Ciências ideográficas Nomotéticas x Ideográficas Explicação e compreensão Explicação Compreensão Interatividade Resposta História e outras ciências sociais História e Sociologia História e Sociologia Métodos sociológicos e linguísticos na historiografia Interdisciplinaridade Interatividade Resposta Memória e História Memória História Documento/Monumento Problematização da relação história/memória Interatividade Resposta Slide Number 31
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