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História Social da Arte - Slides de Aula II

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Prof. Vinícius Albuquerque
UNIDADE II
História Social da Arte
Narração Histórica e o Estudo das Sociedades pelo uso da arte: 
 Outras manifestações artísticas: Arquitetura e fotografia.
 Novas fontes documentais no século XX: Escola dos Annales.
 1929 – Revista dos Annales, Marc Bloch e Lucien Febvre: novos documentos 
sobre a vida do homem e das sociedades, criticando os historiadores que dizem 
que fazer história só é possível com textos.
 Após 1968 - Nova História (origem nos Annales) novos 
sujeitos e temas: o estudo da participação das mulheres 
e dos trabalhadores, subjetividade na produção 
do conhecimento.
História Social da Arte: unidade II
 Grupos agricultores próximos aos rios: agricultura e construção de moradias, a 
concepção de aldeias, rios Nilo, Tigre e Eufrates deram origem às civilizações 
egípcias e mesopotâmicas.
 Monumentos “megalíticos”: blocos de pedras de dimensões gigantescas, 
provavelmente associados a questões de caráter religioso e também sepulturas.
 Esses monumentos aparecem dispostos de formas variadas.
Representações em diversas sociedades
Ex.: construção de moradias para se proteger do frio e das intempéries, um abrigo 
resistente e seguro.
Arquitetura Neolítica
Habitação neolítica arte: arquitetura I. Espanha:Ediciones 
del Prado, 1996. p. 12.
Entre os monumentos megalíticos, podemos destacar:
 Menires: grandes pedras isoladas erguidas em sentido vertical.
 Dólmens: duas pedras verticais que sustentavam uma terceira, que era 
posicionada horizontalmente.
 Henges: aterros circulares acompanhados por uma vala interna paralela.
 Cromlech: pedras agrupadas em um ou mais círculos 
em torno de um dólmen.
Monumentos Megalíticos
Dólmen ou mesa de pedra
www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_22/001b.jpg>.
 O que levaria esse homem neolítico, que não conhecia a roda ou a carroça, a 
carregar enormes rochas com cerca de quatro toneladas cada e empilhá-las a 
mais de 320 km de distância do lugar de onde eram provenientes?
Megalito
www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3401/006_.jpg>.
 O que levaria esse homem neolítico, que não conhecia a roda ou a carroça, a 
carregar enormes rochas com cerca de quatro toneladas cada e empilhá-las a 
mais de 320 km de distância do lugar de onde eram provenientes?
 Se devemos ou não chamar um monumento como esse de arquitetura, é uma 
questão de definição: temos uma tendência de pensar a arquitetura em termos de 
interiores fechados. [...] Talvez devêssemos consultar os gregos antigos que 
criaram a palavra. 
 Para os gregos, “arqui-tetura” significa algo mais alto que a “tetura” convencional 
(isto é, “construção” ou “edificação”), uma estrutura diferenciada daquela de tipo 
exclusivamente prático e cotidiano, em termos de escala, ordem, permanência ou 
suntuosidade de propósitos.
 Um grego, certamente chamaria Stonehenge de 
arquitetura. [...] Se a arquitetura é a “arte de adaptar o 
espaço às necessidades e aspirações humanas”, então, 
Stonehenge faz mais do que preencher esses requisitos 
(JANSON; JANSON, 1996, p. 18).
Monumentos Megalíticos são arquitetura?
 Diante do monoteísmo cristão, a divindade do imperador era inaceitável e assim os 
fiéis eram perseguidos.
 Não havia necessidade nem possibilidade de construir lugares públicos de culto -
igrejas e salas de reunião eram pequenas e simples, a fim de 
passarem despercebidas. 
 Há poucos registros da arte desses primeiros cristãos: as 
catacumbas e algumas tumbas com tetos e paredes 
laterais pintadas.
Construções dos primeiros cristãos
Construções dos primeiros cristãos
Catacumba Domitilla, Roma
PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: Ática, 1995. p. 45.
Detalhe das galerias: catacumba de Priscila, Roma
GOITIA, F. C. História geral da arte: arquitetura I. Espanha: Ediciones del Prado, 1996. p. 77.
Pinturas parietais
ww2.objetivo.br/conteudoonline/imagens/
conteudo_3399/02.gif>.
 Inicialmente essas pinturas limitavam-se a representações dos símbolos cristãos: a 
cruz – símbolo do sacrifício de Cristo; a palma – símbolo do martírio; a âncora –
símbolo da salvação; e o peixe – o símbolo preferido dos artistas cristãos – pois as 
letras da palavra “peixe”, em grego (ichtys), coincidiam com a letra inicial de cada 
uma das palavras da expressão Iesous Christos, Theou Yios, Soter, que significa 
“Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador” (PROENÇA, 1995, p. 45).
 O peixe era um dos principais símbolos cristãos.
Início da simbologia cristã: arte paleocristã
PROENÇA, G. História da Arte. 
São Paulo: Ática, 1995. p. 45.
 A arte paleocristã não era executada por artistas especializados.
“Os lugares de culto não podiam adotar por modelo os antigos templos, já que sua 
função era inteiramente diferente. O interior do templo era, usualmente, apenas um 
pequeno sacrário para a estátua de um deus. As procissões e os sacrifícios tinham 
lugar do lado de fora. A igreja, por sua vez, tinha que encontrar espaço para toda a 
congregação que se reunia para o serviço religioso, quando o padre recitava a missa 
no altar-mor ou proferia seu sermão. Assim, aconteceu que as igrejas não foram 
modeladas pelos templos pagãos” (GOMBRICH, 1998, p. 113).
 Iniciaram-se as construções das igrejas cristãs no 
território do império romano pois o cristianismo passou 
de religião perseguida à religião oficial.
 O que é arte românica? Quando ela surge? Em que locais da Europa ela ocorre? 
Quais são as suas características? Essas são algumas questões às quais 
responderemos sobre a arte românica. 
 Alta Idade Média: início da Idade Média (c. séc. V – séc. XI).
 Organização e consolidação do feudalismo como elementos romanos 
e germânicos.
Arte cristã na Idade Média
 Na Europa do ano mil, a realidade é o que chamamos de feudalismo. Ou seja, 
maneiras de comandar adaptadas às condições reais, ao estado real, tosco, pouco 
aprimorado pela civilização. Tudo se agita nesse mundo, já o dissemos; mas, sem 
estrada, sem moeda, ou quase, quem poderia executar suas ordens muito longe 
do lugar onde se encontra sua pessoa? (DUBY e LACLOTTE,1998, p. 5)
Arte cristã na Idade Média
 Representação: relações de suserania e vassalagem: a cerimônia de investidura. 
 Cerimônia de suserania e vassalagem.
Arte cristã na Idade Média
Fonte: 
www2.objetivo.br/conteud
oonline/imagens/conteudo
_9591/070b.jpg
 Não há homogeneidade na arte românica e as variantes são consideráveis.
 Apesar das diferenças, o que fez com que as produções artísticas desse período 
fossem vistas como pertencentes ao estilo equivalente? 
 Ponto comum: sentimento religioso (arte sacra).
 O românico da Alemanha se distingue da arte românica francesa ou da italiana. 
Além disso, em cada país existiam diferenças regionais.
 Influência do latim em dialetos europeus e a presença 
marcante da religiosidade cristã.
 A escultura românica era subordinada à arquitetura.
Arte cristã na Idade Média: arte românica
 França: que as igrejas românicas começaram a ser decoradas com esculturas.
 As figuras representadas relacionavam-se com os ensinamentos da Igreja. 
Permanecia a ideia de que as imagens tinham uma função evangelizadora. 
 Igreja “militante”.
 Os capitéis eram decorados com motivos diversos, tais como animais, demônios, 
figuras humanas e personagens bíblicos.
 Além dos capitéis, um local muito usado para a narração 
das histórias bíblicas era a entrada do templo.
Arte cristã na Idade Média: arte românica
 O termo afresco é oriundo da técnica de pintura sobre paredes úmidas. 
 Pintura com a argamassa ainda úmida: gesso fino e bem liso com a adesão do 
pigmento à parede.
 Pintura se incorporando à argamassaao secar.
 Os temas mais recorrentes nesses murais eram
a criação do mundo e do homem, o pecado original,
os símbolos dos evangelistas majestade
(Cristo Pantocrator).
Arte cristã na Idade Média: Afrescos e Mosaicos
Cristo em Majestade, igreja de São 
Clemente de Tahul, Espanha 
www2.objetivo.br/conteudoonline/im
agens/conteudo_9591/070b.jpg
Afresco e Mosaico
Mosaico da catedral de Palermo
www2.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_
1599/A_8_5.jpg
Afresco do Arcanjo São Miguel, Capua
ROMÂNICO. Florença: Editora Scala, 2011
 As iluminuras se destacam com cores vivas e materiais como o ouro e a prata, 
além de motivos como folhagens e flores empregadas como molduras para o texto.
Arte cristã na Idade Média: Iluminuras
Miniatura 
do Século 
XII
Autorretrato de 
um miniaturista 
Fonte: www2.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1599/A_8_2.jpg
www2.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9591/067c.jpg 
O uso de novas fontes documentais no século XX pode ser relacionado:
a) Ao retorno da história positivista. 
b) À afirmação da historicidade. 
c) Ao movimento da micro-história que dá origem aos Annales. 
d) À recusa do pensamento social na História. 
e) Ao desenvolvimento da Revista dos Annales e também à Nova História.
Interatividade
 Egito: arte e arquitetura profundamente relacionadas com a religião e a crença na 
vida pós-morte.
 Túmulos grandiosos, que não apenas serviam para proteger o corpo do morto, 
mas também para demonstrar a importância e o poder social dele.
 Antigo Império:
Quéops, Quéfren e Miquerinos e
Esfinge de Quéfren.
A arquitetura
Fonte: Esfinge
www.objetivo.br/conteudoon
line/imagens/conteudo_112
76/008.png
 O desejo de edificar inclui, evidentemente, respostas a requisitos funcionais, 
mas com frequência vai muito além deles e acaba por abordar necessidades 
espirituais, psicológicas e emocionais. Em alguns tipos de edificações, como as 
industriais, as questões práticas predominam naturalmente. Em outras, como as 
cívicas e religiosas, certos significados podem ser revelados de modo espetacular 
por meio de formas simbólicas. Para a maioria das pessoas, por exemplo, deve 
elevar o espírito humano, ao passo que um armazém precisa apenas proteger 
bens materiais [...].
 Assim, durante muitos períodos, as edificações religiosas 
foram os principais laboratórios de experimentação na 
área de arquitetura, tendo sido construídas para 
perdurar, enquanto a arquitetura habitacional e mesmo 
comercial era transitória [...] (FAZIO, 2011, p. 21).
A arquitetura 
 Mosteiros.
 Complexos arquitetônicos rurais e independentes, reunindo igreja, claustro, 
dormitório, moinho, biblioteca, escola e capelas, entre outras construções. A arcos 
e abóbadas nas paredes de pedra com janelas pequenas.
Arquitetura medieval românica: monastérios
Fonte: Saint-Pere de Roda 
PLAZAOLA, J. Arte e Iglesia: veinte 
siglos de arquitectura y pintura 
cristiana.Hondarribia: Nerea, 2001.
 Arte românica: estilo mais leve e delicado na Península Itálica.
 Influências greco-romanas (clássicas).
 Mármores, arcos e colunas.
 Pisa: igreja, batistério de planta circular e campanário.
Arquitetura medieval românica 
Pisa
Fonte: www2.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3362/51.jpg 
www2.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_879/imagem0010.gif 
 A basílica: [...] o nicho semicircular, ou abside, seria usado para o altar-mor, para 
o qual os olhos dos fiéis eram dirigidos. Essa parte do edifício, onde se situava o 
altar, passou a ser conhecida como o coro. O espaço central entre as colunatas, 
onde a congregação se reunia, seria mais tarde conhecida como a nave, que 
realmente significava “navio”, ao passo que os compartimentos laterais receberam 
o nome de alas, o que quer dizer “asas”.
 Na maioria das basílicas, a espaçosa nave era 
simplesmente coberta por um teto de madeira com vigas 
visíveis. As alas tinham com frequência um teto plano. As 
colunas, que separavam a nave das alas, eram muitas 
vezes suntuosamente decoradas. (GOMBRICH,1998, 
p.133).
Arquitetura na Idade Média: construção religiosa no Ocidente 
 A divisão do Império Romano logo levou, também, a uma cisão religiosa. 
 Divisão da Cristandade em uma Igreja ocidental, ou católica, e uma Igreja oriental, 
ou ortodoxa, tomou-se quase definitiva.
As diferenças entre ambas eram muito profundas:
 O catolicismo romano mantinha sua independência da 
autoridade imperial e de qualquer outra forma de 
autoridade do Estado, uma Igreja Universal. 
 Por outro lado, a Igreja Ortodoxa baseava-se na união da 
autoridade espiritual e secular, na pessoa do imperador.
Arquitetura na Idade Média: construção religiosa no Oriente cristão
Divisão do Império Romano: Ocidente e Oriente
A divisão do Império Romano
www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3399/mapa_07_pequeno.jpg
Divisão do Império Romano: Ocidente e Oriente
Basílica de Santa Sofia
www2.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9591/056b.jpg
Expressão foi criada na Itália por volta dos séculos XV e XVI: 
 Revalorização da Antiguidade greco-romana e desvalorização da arte medieval.
 Godos = bárbaros.
 Origem: Île de France, região da França onde se localiza Paris.
 Arquitetura com leveza e luminosidade.
 A introdução de janelas: iluminação interna. 
 O gótico é mais homogêneo do que o românico. 
 A catedral era a igreja do bispo e, ao contrário da arte 
românica, predominantemente rural, a arte gótica nasce 
com as cidades, tornando-se o centro das atenções.
Arte cristã na Idade Média: o Gótico
Catedrais Góticas
Catedral de Chartres, França
www2.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3363/100.jpg
Vista lateral da catedral de Notre Dame,
de Paris. Destaque para os arcobotantes
PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: Ática, 2011. p. 78
Catedrais Góticas
Fonte: – Fachada frontal da catedral de Saint-
Denis
GÓTICO. Florença: Editora Scala, 2011.
 A igreja é um “livro em pedra”: os escultores procuram detalhar a 
mensagem ilustrada.
 A escultura se faz vivaz e serena: é mais sincera e humana. 
 A preocupação com a naturalidade nas figuras e nas vestes mais leves, 
movimento e drapeado das roupas.
 Expressividade das feições: transmissão de sentimentos.
Arte cristã na Idade Média: o Gótico e a escultura
 As convenções iconográficas permitem identificar as personagens e as cenas. 
 Lugar de cada figura: Cristo situa-se ao centro. 
Composição da cena: quanto mais elevada encontra-se a personagem, maior é a 
sua categoria:
 Estar à direita de Cristo, por exemplo, representa uma 
honra maior do que estar à esquerda; nos Juízos Finais, 
os eleitos estão sempre à direita de Cristo, os 
condenados, à esquerda.
Arte cristã na Idade Média: o Gótico e as convenções iconográficas
Arte cristã na Idade Média: o Gótico e as esculturas 
Catedral de Reims
GÓTICO. Florença: Scala, 2011. p. 29.Escultura, catedral de Chartres
GÓTICO. Florença: Scala, 2011. p. 23.
Arte cristã na Idade Média: o Gótico e as esculturas 
Detalhe de escultura da Catedral de Naumburg 
PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: Ática, 2011. p. 84.
 Arquitetura com arco em ogiva.
 Produção típica: catedral.
 Construções não religiosas: mercados, sedes de corporações, casas e palácios 
particulares, fortalezas, muralhas de defesa, palácios públicos, batistérios, 
hospitais e castelos.
 Os próprios reis franceses apropriam-se desse estilo e o divulgam em todos os 
seus domínios territoriais.
 As cidades rivalizam: a catedral de Notre Dame, de Paris, 
atingiu 32 metros;a catedral de Reims, 38 metros; a 
catedral de Notre Dame, em Amiens, 42 metros, a 
catedral de Beauvais buscou atingir 48 metros, o que 
levou ao seu desabamento.
Arte medieval: arte Gótica
 Em busca da luminosidade, 
o grande destaque vai para os 
vitrais, que recobriam as janelas 
das capelas como se fossem 
grandes mosaicos de vidro, 
permitindo a entrada da luz solar, 
simbolizando a presença de Deus.
Arte cristã na Idade Média: o Gótico
Vitrais
GÓTICO. Florença: Editora Scala, 2011.
Rosácea da catedral de Reims
GÓTICO. Florença: Scala, 2011. p. 26.
No ensino de História, a opção de se trabalhar com a arte não se resume aos 
quadros nos museus, uma vez que:
a) Podemos observar os quadros fora dos museus.
b) Vai além das representações guardadas em acervos de museus para incluir 
expressões culturais mais amplas, tais como a arquitetura. 
c) As pessoas quase não frequentam mais os museus. 
d) A compreensão dos quadros é sempre muito mais 
complexa e hermética que as demais 
representações humanas.
e) Existem as estátuas incorporadas recentemente à noção 
acadêmica de arte.
Interatividade
Arte sincrética:
 A orientação da arte islâmica foi em grande parte marcada por estruturas políticas 
e sociais que desconheceram fronteiras geográficas. A natureza complexa da arte 
islâmica desenvolveu-se na base de tradições pré-islâmicas nos vários países 
conquistados, em uma síntese perfeitamente integrada de tradições árabes, turcas 
e persas, manifestando-se em todas as partes do império muçulmano. Além da 
forte presença da política na arte islâmica, são também cruciais as próprias 
crenças espirituais e normas religiosas, que aparecem nas várias expressões 
artísticas do islã como elemento fundamental (HISSA; PEREIRA, 2011, p. 3). 
 A arte islâmica foi essencialmente decorativa e voltada 
à religiosidade. 
Arte Islâmica: sincretismo
Arte Islâmica: religião e sincretismo
Interior dos banhos, Alhambra
www2.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3360/42.jpg
Exemplo de azulejo decorado
GALLENO, R. História del Arte. Madrid, Editorial Editex, 2009. p. 121
Alhambra
www2.objetivo.br/conteudoonline/
imagens/conteudo_9591/059b.jpg 
 Outras características são o uso de arcos com formas variadas (ogivas, ferraduras) 
e a presença de colunas de sustentação com capitéis enfeitados com rendilhados 
florais estilizados. 
 O edifício fundamental da arquitetura islâmica é a mesquita - “lugar de prostração”.
 Espaço de religiosidade e sociabilidade, a mesquita era o centro da vida cotidiana 
dos mulçumanos. 
Arte Islâmica: sincretismo
Arte Islâmica: sincretismo
Mesquita de Selim, Turquia
ARQUITETURA II. Espanha: Ediciones del 
Prado, 1996. p. 14.
Mesquita Azul, Turquia
ARQUITETURA II. Espanha: Ediciones del 
Prado, 1996. p. 14.
 Uma cúpula hemisférica central rege toda a simetria, medindo 26 metros de altura 
por 20 metros de diâmetro. Sobre esta se apoia outra, de aspecto de bulbo, que 
mede 60 metros de seu ápice até o nível da plataforma.
 O palácio de Alhambra, em Granada, na Espanha, é o maior dos muçulmanos. 
É um complexo de pátios abertos, vestíbulos e salão desorientado pela extensão 
e variedade. O exterior singelo e austero lembra uma fortaleza.
Arte Islâmica: sincretismo
Pátio dos 
Leõeswww2.objetivo.br/conteudoon
line/imagens/conteudo_3360/41.jpg
Taj Mahal. 
Arquitetura II. 
Espanha: 
Ediciones del 
Prado, 1996.
Arte Islâmica: sincretismo
 Pintura medieval era fortemente marcada pelos aspectos das relações de poder na 
sociedade e, principalmente, pela religiosidade. 
 A pintura gótica ocorre do século XIII até o século XV.
 Para alguns os pintores dos séc. XIV e XV seriam pré-renascentistas ou 
pertencentes ao Trecento italiano.
 Os pintores italianos de grande destaque:
Giotto di Bondone Duccio, Cimabue,
Simone Martini e os irmãos Lorenzetti.
Mudanças nas imagens no decorrer da História 
Mudanças nas imagens no decorrer da História 
Cristo Entrando em Jerusalém, Duccio
JANSON, H. W.; JANSON, A. F. Iniciação à 
história da arte. Tradução de Jefferson Luiz 
Camargo. 2. ed.
São Paulo: Martins Fontes, 1996.
 A pintura mural: afrescos.
 Também era comum o desenho em madeira com painéis e retábulos.
 Duccio di Buoninsegna, influenciado pela arte grego-romana, busca transmitir uma 
sensação de profundidade em sua obra com elementos góticos.
 Cimabue: influência dos ícones bizantinos; representa figuras humanas realistas 
e com movimentos conseguidos pela postura corporal e pelos drapeados 
das roupas. 
 Giotto: afrescos na igreja de São Francisco, em Assis. 
Procurou identificar a figura dos santos com pessoas 
comuns, destacando-os na pintura o caráter 
tridimensional: com profundidade e volume.
Pintura mural: afrescos e outras pinturas 
 [...] o caráter tridimensional de seus traços vigorosos é tão convincente que eles 
parecem quase tão sólidos como esculturas independentes. Com Giotto, as figuras 
criam o seu próprio espaço, e a arquitetura é reduzida ao mínimo necessário 
exigido pela narrativa. Consequentemente, sua profundidade é obtida através dos 
volumes combinados dos corpos sobrepostos na pintura, mas, mesmo restrito a 
esses limites, os resultados são muito convincentes. Giotto considerava a pintura 
superior à escultura – uma pretensão nada vã, pois ele de fato inicia o que 
poderíamos chamar de “era da pintura” na arte do Ocidente.
 Entretanto, seu objetivo não era simplesmente rivalizar 
com a estatuária; queria, antes, que o impacto total da 
cena atingisse o espectador de imediato (JANSON; 
JANSON, 1996, p. 150).
Giotto
 É importante ressaltar que o trabalho de Giotto para a família Scrovegni foi um dos 
primeiros de que se tem notícia que teria sido financiado pela burguesia –
antecipando o mecenato renascentista.
 Outros dois pintores da Baixa Idade Média que muitas vezes são analisados a 
partir das características renascentistas são Bosch e Jan van Eyck.
 Por meio das obras de Giotto e dos irmãos Van Eyck, é 
possível perceber não apenas as mudanças de estilo da 
pintura, mas também as vividas pela sociedade medieval.
Giotto
 Entrada de Cristo em Jerusalém, Giotto afresco da capela da Arena, Pádua.
Giotto
Lamento sobre Cristo Morto,
Giotto, capela dos Scrovegni, Pádua
JANSON, H. W.; JANSON, A. F. 
Iniciação à história da arte. 2. ed.
São Paulo: Martins Fontes, 1996.
JANSON, H. W.; JANSON, A. F. Iniciação 
à história da arte. 2. ed.
São Paulo: Martins Fontes, 1996.
A ideia da arte como algo absolutamente estático é, no mínimo, imprecisa, pois:
a) O estudo da arte nos mostra como alguns poucos gênios conseguem fazer 
importantes modificações.
b) Mesmo sendo um momento pouco estudado, o Renascimento comprova 
que existem mudanças.
c) Mesmo que as mudanças nos quadros sejam muito poucas na história, 
a arquitetura evolui muito. 
d) As esculturas podem mostrar movimentos, mesmo que 
isso seja impossível em outras representações. 
e) Nas variações de estilos e mudanças na maneira de 
fazer arte percebemos o intenso dinamismo da produção 
humana em diferentes épocas. 
Interatividade
 Além da pintura também são importantes documentos a arquitetura, a escultura e 
a fotografia.
 Fontes de cultura material e iconográfica.
Outras manifestações artísticas: arquitetura e fotografia
 A cultura visual, ou estudos visuais: Estados Unidos, década de 1990.
 Estudos de Artes, Comunicação, Antropologia, História e Sociologia.
 Perspectiva multidisciplinar e procuravam problematizar a centralidade das 
imagens e a importância do olhar na sociedade ocidental contemporânea.
 Para algunsvivemos um pictorial turn ou um visual turn, 
uma vez que o papel do visual e da visualização é 
extremamente importante no mundo atual.
 Marcado pelas imagens digitais e virtuais presentes em 
todas as instâncias da vida cotidiana.
Fotografia e cultura visual
 Segundo Knauss (2006, p. 108-110), é possível identificar duas grandes 
perspectivas de estudo da cultura visual: uma mais restrita, que analisa experiência 
visual da sociedade ocidental na atualidade, completamente marcada pela imagem 
digital e virtual. A outra perspectiva é mais abrangente, e permite pensar diferentes 
experiências visuais ao longo da história em diversos tempos e sociedades.
Nessa conjuntura, como a fotografia se insere no contexto mais amplo dos estudos 
sobre a imagem?
Estudo da cultura visual
 Kern (2005, p. 7) defende que, desde seu início, a ilustração esteve relacionada à 
representação e à noção de imitação do real. Ela emerge de uma troca simbólica e 
de um simulacro fabricado para enfrentar a destruição provocada pela passagem 
do tempo, surge para agenciar a memória, manter a coesão social e ainda exercer 
o controle político. Funções sociais não abolem a dimensão artístico-criativa do 
ato de criação da imagem no tempo. A imagem situava-se entre a mimese, pela 
produção de uma cópia do real por meio da semelhança, e a representação, ao 
buscar tornar presente uma ausência e conferir-lhe significados sociais precisos 
e controlados.
A fotografia e a cultura visual 
 A partir do século XIX, com o advento da fotografia, a imagem fotográfica altera
de forma radical o mundo no contexto da Revolução Industrial.
 Anseio da burguesia de se autorrepresentar, buscando uma cópia rápida e fiel de 
si mesma.
 Urbanização e industrialização: foto de identificação, controle e disciplina social.
 Santaella (2009, p. 295-307) afirma que esse mundo das 
imagens pode ser dividido em termos de diferentes meios 
de produção, ambientes de circulação, formas de 
recepção e de estatuto dos quadros no tempo, em três 
paradigmas: pré-fotográfico, fotográfico e pós-fotográfico.
Fotografia: pré-fotográfico, fotográfico e pós-fotográfico
 Paradigma pré-fotográfico: conjunto das imagens produzidas de forma artesanal 
pela mão do homem, dependendo de sua habilidade e imaginação, para plasmar o 
visível, portanto guardam a sua marca e a aura de objetos originais; circulação 
restrita, feitas sobretudo para serem expostas em galerias e museus.
 Paradigma fotográfico: as ilustrações produzidas por captação física de fragmentos 
do mundo visível com o auxílio de um aparelho mecânico, visando a sua 
reprodução em série; saem das galerias e museus para circular em diferentes 
meios de comunicação de massa. Origina-se da câmara obscura (Renascimento).
 O ato fotográfico é o fruto de um corte, tanto no campo 
visual (espaço) quanto na duração (tempo).
Fotografia: pré-fotográfico, fotográfico e pós-fotográfico
 Embora a fotografia não inaugure a era da reprodutividade das ilustrações 
(precedida por outras técnicas como a xilogravura, litografia etc.), ela inaugura a 
era da reprodutividade técnica das imagens, permite que essa reprodução seja 
muito mais rápida, barata e em massa, bem como considerada mais fiel do que 
aquelas obtidas pelas tecnologias anteriores.
 Para Dubois (1993, p. 23-56),esse percurso pode
ser pensado em três tempos: a fotografia do real
(o discurso da mimese); a fotografia como 
transformação do real (o discurso do código
e da desconstrução); a fotografia como um
traço do real (o discurso do índice e da referência).
Fotografia e a reprodutividade das imagens 
 Um segundo momento – transformação do real – é caracterizado pela denúncia da 
fotografia como metamorfose do real. 
 Fim do século XIX e início do século XX: falsa neutralidade e a redução do real 
produzida pela fotografia.
 Segundo Dubois (1993, p. 61), a fotografia seria um índice, pois guardaria um elo 
físico com o seu referente. Ela seria uma marca deixada pelo rastro de luz emitido 
ou refletido por um corpo físico (pessoa ou objeto) sobre uma superfície sensível 
(filme, papel etc.). 
 Mario Costa (2006, p. 179-92), questiona essa posição, ressaltando 
a importância do processo mecânico e da produção de uma memória 
da máquina ou dos materiais (película, papel), e não de uma projeção 
do referente na superfície sensível.
 Roland Barthes, em A Mensagem Fotográfica (1982, p. 
11- 25), defende que a fotografia é uma imagem híbrida 
parte do aparelho técnico e parte, uma mensagem com 
conteúdo histórico, social e cultural. 
 A fotografia é uma convenção do olhar e uma linguagem de representação 
e expressão de uma visão sobre o mundo.
 As imagens são ambíguas (por sua natureza técnica) e passíveis de múltiplas 
interpretações (em relação ao meio por meio do qual elas circulam e do olhar 
que as contempla).
 Para a análise são necessárias a compreensão e a 
desconstrução do olhar fotográfico, discussão teórico-
metodológica que permita formular problemas históricos.
Fotografia: análise como compreensão e desconstrução do olhar
 Kossy (Fotografia e História, 1989): necessidade de pensar a tríade sujeito 
(fotógrafo), técnica (equipamento) e assunto (a história do tema abordado).
 O historiador deveria procurar informações sobre a atuação profissional do 
fotógrafo (ateliê, clientela, encomendas, a classe social a que pertencia, os seus 
gostos e os preços cobrados).
 Considerar filtros culturais e ideológicos de classe do fotógrafo e de sua época.
 Equipamentos e técnicas empregadas: o tipo de câmara, o modelo de negativo, 
as lentes, a forma de revelação, os moldes das fotografias etc.
 O assunto deve ser colocado no seu tempo e gênero 
específico: retrato, vistas urbanas, cartão-postal, álbum 
de família, último retrato ou fotorreportagem.
Fotografia: análise como compreensão e desconstrução do olhar
Para Kossoy (1989), o assunto tem uma lógica própria que extrapola os quadros da 
imagem fotográfica. Para discutir determinado tipo de fotografia, diz que é preciso 
compreender o percurso histórico do assunto:
 das formas de representação do poder da classe dominante, do jogo político ou 
da cidade.
 a fotografia tem uma primeira realidade ligada ao momento de produção da 
imagem pelo fotógrafo.
 segunda realidade, ligada à circulação e aos usos 
posteriores da imagem em contextos sob formas 
que não foram previstas pelo fotógrafo no momento 
de sua produção.
Fotografia: análise como compreensão e desconstrução do olhar
 Brasil, nos anos 1980, publicação de autores como Roland Barthes, Susan Sontag, 
Philippe Dubois, Jean-Marie Schaeffer e Rosalind Krauss.
Novo contexto de pesquisa histórica impulsionando investigações a partir da 
renovação da matriz teórica e da elaboração de novos problemas de pesquisa 
relativos ao campo visual:
 História visual, cultura visual e regimes de visualidade.
 Na década de 1990, multiplicaram-se as investigações 
sobre fotografia e cidade para refletir sobre o acelerado 
processo de transformação da paisagem e da sociedade 
urbana brasileira no século XX.
Fotografia: análise como compreensão e desconstrução do olhar
Ana Maria Mauad.
 Representa uma nova fase dos estudos sobre cidade e fotografia, pesquisando a 
construção da visualidade urbana do Rio de Janeiro em revistas ilustradas na 
primeira metade do século XX.
 Estudo dos privados da fotografia pelo grupo familiar.
 Abordou a fotografia de imprensa a partir das revistas 
Careta e O Cruzeiro, esta última sendo a mais importante 
e inovadora revista ilustrada brasileira entre as décadas 
de 1930 e 1960.
Novas investigações sobre a fotografia
 Problemática do espaço na construçãode códigos de expressão fotográfica do 
comportamento da sociedade burguesa carioca entre 1900 e 1950. 
Mauad (2004, p. 19-36) estabeleceu para sua análise das imagens fotográficas
cinco categorias espaciais, que abrangem tanto o plano do conteúdo quanto o 
da expressão: 
 O espaço fotográfico, geográfico, do objeto, da figuração e da vivência. 
 Mauad relacionou e cruzou os padrões técnicos 
envolvidos na forma de expressão das imagens com os 
padrões de conteúdo para elaborar a sua interpretação 
dos códigos de representação social da classe dominante 
carioca. Esse trabalho sugere uma série de questões 
sobre a predominância de certas imagens, por exemplo, 
as urbanas, de específicos grupos sociais, de um gênero 
sobre outro e de certos objetos a eles associados.
Novas investigações sobre a fotografia
O uso de fotografias no estudo da arte é uma grande contribuição para a 
compreensão da História. Como toda forma de análise, envolve peculiaridades,
uma vez que: 
a) Apenas fotógrafos profissionais conseguem decodificar as fotografias.
b) As representações presentes nas fotografias são incompreensíveis a grande 
parte dos observadores. 
c) É preciso compreender o percurso histórico do assunto apresentado.
d) Por se tratar também de relações de poder, as fotografias 
são objetos que apresentam mais dificuldades do que 
contribuições para o olhar histórico.
e) A fotografia deve ser evitada sempre que envolver 
representações políticas, pois isso deve ser dissociado 
dos estudos históricos.
Interatividade
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