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PPO DA CULPABILIDADE É o ppo/fundamento da pena (1ª decorrência) É a reprovação que recai sobre o sujeito que escolheu praticar a conduta ilícita quando era possível exigir que ele praticasse uma conduta lícita É exigibilidade (concreta, baseada em circunstâncias “normais” ou “anormais”) ex.: doente mental que mata (não pode ser punido) A culpabilidade é o elemento de graduação da pena (2ª decorrência) Proibição de responsabilidade objetiva em DP Somente é possível imputar responsabilidade penal se o agente atuou com dolo ou culpa (3ª decorrência) No DP não deve atuar a moral PPO DA OFENSIVIDADE OU INSIGNIFICÂNCIA Está dentro do ppo de Intervenção Mínima O DP somente é legítimo para punir condutas que lesionam bem jurídico ou que colocam um bem jurídico em perigo de lesão (art 17 CP) O DP não pode punir lesões insignificantes ou socialmente adequadas A função do DP é proteger o bem jurídico O DP que cria o bem jurídico O DP somente está de acordo com o ppo da dignidade humana se ele é utilizado não como instrumento de proteção ao bem jurídico, mas sim como instrumento de limitação do poder punitivo O DP não pode punir a autolesão TEORIA DO CRIME O conceito formal: crime é a conduta que viola a lei penal O conceito material: crime é a conduta que lesiona um bem jurídico ou o expõe a perigo de lesão O conceito analítico ou operacional: afirma que crime é uma conduta humana típica, antijurídica e praticada por um autor culpável SOBRE O FATO: típica – quando se amolda ao tipo penal Antijurídica – conduta contrária ao direito, ou seja, é a conduta que não apresenta uma justificação O TIPO DE INJUSTO DOS CRIMES DOLOSOS DE AÇÃO Crime é toda conduta humana típica, antijurídica Conduta humana: é uma ação dirigida a uma finalidade pela vontade 1º passo – escolha da finalidade (elemento subjetivo) 2º passo – escolha do meio e consequências (elemento subjetivo) - consequências necessárias: vai ocorrer - consequências possíveis: pode ou não ocorrer 3º passo – execução (elemento objetivo) ELEMENTO SUBJETIVO – depende da vontade da pessoa (depende do juiz) (prever as consequências) ELEMENTO OBJETIVO – independe da vontade (execução) O tipo penal descreve conduta humana Tem elemento subjetivo e objetivo A conduta humana se divide em ação e omissão (ação-omissão = objetivo) O TIPO OBJETIVO é formado por dois elementos: Causação dos resultados: é composta por CONDUTA HUMANA+NEXO DE CAUSALIDADE+RESULTADO Imputação do resultado: a causação de um resultado é um pressuposto para a imputação do resultado. Mas existem outros pressupostos, ou seja, nem sempre que alguém causar um resultado será imputado por esse resultado Causação dos resultados NEXO DE CAUSALIDADE tem duas teorias: TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES: qualquer contribuição para o resultado é a causa do resultado. Mais precisamente, causa é toda ação sem a qual o resultado não ocorreria. TEORIA DA ADEQUAÇÃO: causa é toda ação adequada à produção de um resultado, de acordo com um observador inteligente colocado antes do fato. O CP BRASILEIRO adota a teoria da EQUIVALÊNCIA, no art 13 caput A omissão não causa nada, mas é relevante (a omissão depende de uma obrigação) Imputação do resultado A imputação objetiva do resultado é uma categoria cientifica que tem como objetivo limitar a responsabilidade penal no âmbito da tipicidade. Isto quer dizer que, quando não houver nexo de causalidade, não se pode imputar responsabilidade penal, mas o fato de existir nexo de causalidade entre a ação e o resultado, não quer dizer que, necessariamente, haverá responsabilidade penal. O funcionalismo penal de Roxin, afirma que só se deve aplicar a responsabilidade penal sob alguém quando for útil para prevenção de crimes A Imputação Objetiva dos Resultados tem dois elementos: Criação de risco não permitido: é necessário punir somente aqueles que representam riscos. A função do DP é de proteger bens jurídicos. A conduta que reduz um risco já existente não é considerada juridicamente proibida. Realização do risco no resultado O TIPO SUBJETIVO é composto pelo dolo Elementos constitutivos: Elemento intelectual (conhecer): consiste no conhecimento das circunstâncias do fato. A falta de conhecimento daquilo que se faz (o desconhecimento dobre os elementos constitutivos do tipo) é chamado de ERRO DE TIPO, e exclui o dolo (art. 20 caput) ERRO DE TIPO: é a falsa representação da realidade, que faz com que o sujeito não entenda aquilo que está fazendo, ou seja, que não reconheça nas circunstâncias de fato a presença dos elementos do tipo Consequências jurídicas do erro de tipo: se o erro for inevitável, não há dolo nem culpa e o réu deve ser absolvido. Se o erro for evitável, não há dolo, mas o réu deve ser condenado por crime culposo se existir previsão legal (ex.: furto culposo não existe) O Erro de Tipo é um erro sobre o elemento essencial do tipo Elemento Essencial é aquele que, sem o qual, o tipo deixa de existir O erro sobre elemento acidental do tipo não exclui o dolo, porque o conhecimento (elemento do dolo) tem que incidir sobre os elementos essenciais, não sendo necessário o conhecimento sobre os elementos acidentais OBS.: somente a corrente minoritária é a mais compatível com o ppo da legalidade TIPO DE TENTATIVA, em toda tentativa, existem elementos comuns: Decisão para prática do crime (elemento subjetivo) Realização da conduta proibida pelo tipo Ausência do resultado por circunstâncias alheias à vontade do agente TENTATIVA INACABADA/FALHA (art 15 CP): não terminei os atos que planejei. Ocorre quando o sujeito, de acordo com seu plano, não terminou de praticar os atos de execução que havia planejado. TENTATIVA ACABADA: terminei os atos que planejei. Ocorre quando o sujeito, de acordo com seu plano, terminou de praticar os atos de execução. DESISTÊNCIA DA TENTATIVA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA: refere-se à tentativa inacabada. Ocorre quando o sujeito, de acordo com seu plano, inicia o ato de execução e, voluntariamente, desiste de prosseguir em seus atos. - Parte da Doutrina interpreta que voluntária é a ação que surgiu da mente do sujeito/agente - Outra parte da Doutrina diz que pode ser voluntária ou espontânea. Para outra parte da doutrina, a expressão “voluntariedade” não pode ser confundida com a ideia de espontaneidade. Espontânea é toda ação que surge da ideia do agente, e voluntária é a ação que depende da vontade do agente, que pode ser fruto de ideia própria ou de terceiros. TODA AÇÃO ESPONTÂNEA É VOLUNTÁRIA, NEM TODA AÇÃO VOLUNTÁRIA É ESPONTÂNEA ARREPENDIMENTO EFICAZ: refere-se à tentativa acabada. Ocorre quando o agente, de acordo com o seu plano, terminou os atos de execução e, por sua vontade, praticou uma conduta que impediu o resultado (a consumação do crime), com a lesão do bem jurídico. Quando o agente, por sua vontade, pratica atos dirigidos à proteção do bem jurídico, mas não consegue evitar o resultado, responderá por crime consumado, mas com a incidência de uma atenuante (circunstâncias que reduzem a pena. Art. 65) ARREPENDIMENTO POSTERIOR, tem três requisitos: CRIME CONSUMADO (o crime tem que ser consumado para que haja arrependimento) CRIME SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇÃ (ART. 16) (furto, estelionato) REPARAÇÃO DO DANO ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA O TIPO DE INJUSTO CULPOSO (imprudente) Culpa e imprudência são a mesma coisa (art. 18 CP) A culpa ocorre quando o sujeito produz um dano que ele não previu, mas que era previsível; ou quando produziu um dano que ele previu como possível, mas que acreditava que iria evitar. Ação é um fazer dirigido a uma finalidade A omissão não é um não fazer, mas sim, um fazer diferente daquilo que a norma manda Ação é ontológica, a omissão é normativa (valorativa) A omissão é normativa, porque somente é possível reconhece-la quando existe uma norma que ordena determinada ação OMISSÃO PRÓPRIA OMISSÃO IMPRÓPRIA A OMISSÃO PRÓPRIA DECORRE DE UMA DEVERGERAL DE SOLIDARIEDADE, QUE OBRIGA QUALQUERPESSOA A PRATICAR UMA AÇÃO DIRIGIDA À PROTEÇÃO DO BEM JURÍDICO A OMISSÃO IMPRÓPRIA DECORRE DE UM DEVER ESPECIAL DE EVITAR RESULTADOS DANOSOS A PESSOAS QUE ESTÃO SOB A RESPONSABILIDADE DO SUJEITO (ART 135, ART 13 PARÁGRADO 2) SUJEITO ATIVO PODE SER QUALQUER PESSOA SUJEITO ATIVO TEM QUE SER O GARANTIDOR DO BEM JURÍDICO OS CRIMES DE OMISSÃO PRÓPRIA POSSUEM TIPOS PENAIS ESPECÍFICOS (ART 135) OS CRIMES DE OMISSÃO IMPRÓPRIA NÃO POSSUEM UM TIPO PENAL ESPECÍFICO. A SUA APLICAÇÃO DEPENDE DA CONJUGAÇÃO DO ART 13, PARÁGRAFO 2, COM O TIPO PENAL DE AÇÃO CORRESPONDENTE NOS CRIMES DE OMISSÃO PRÓPRIA, O SUJEITO ATIVO RESPONDE PELO SIMPLES FATO DE NÃO PRATICAR A AÇÃO MANDADA, INDEPENDENTEMENTE DO RESULTADO QUE OCORRA NOS CRIMES DE OMISSÃO IMPRÓPRIA, O SUJEITO ATIVO RESPONDE PELO RESULTADO. SE ELE QUER, COM A SUA OMISSÃO, QUE O RESULTADO OCORRA, MAS ELE NÃO ACONTECE POR CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS À VONTADE DO AGENTE, PODE RESPONDER POR TENTATIVA
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