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Prova A e prova B transcritas 2014 direito internacional

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Prova A 
Quem pode ser considerado plenipotenciário? Há necessidade de documento de plenipotência ou há caso de 
presunção de poderes? 
É o ministro de Estado responsável pelas relações exteriores, ou, mesmo, pelo chefe de missão diplomática 
Em regra, os plenipotenciários precisam, para comprovar sua posição e agir em nome de seus 
representantes, possuir uma carta especial, denominada Carta de Plenos Poderes. Essa Carta é redigida, a 
pedido do Presidente da República, pela Divisão de Atos Internacionais do Itamaraty, devendo ser assinada 
pelo Presidente da República e referendada pelo Ministro de Relações Exteriores. Apesar de possuírem 
capacidade derivada, o Ministro de Relações Exteriores e os Chefes de Missão Diplomática não precisam 
dessa Carta, já que possuem os poderes de representação pelo cargo que exercem. Agora, qualquer outra 
pessoa, fora as já mencionadas, que queira ser plenipotenciária, precisa da Carta de Plenos Poderes. 
 
Consoante a convenção de Mondego bay (1982), o que se pode considerar passagem inocente? 
Convenção de Montego Bay. Ela classifica as águas e mares internacionais em várias espécies: a) águas 
interiores: b) mar territorial c) zona contígua. 
No mar territorial, a soberania exercida pelo Estado é limitada pelo direito de passagem inocente, que permite 
que navios de outros Estados passem por tais águas com o objetivo de atravessá-las, sem penetrar nas 
águas interiores ou fazer escala em ancoradouro ou porto, sem que possam ser impedidas pelo Estado 
costeiro, desde que a passagem seja contínua a breve. 
A Convenção de Montego Bay reconhece o direito de passagem inocente nos estreitos. 
Os Estados detêm todos os direitos de soberania sobre o espaço aéreo acima de seu território respectivo e 
de seu mar territorial. Não existe, relativamente ao espaço aéreo, o direito de passagem inocente, devendo 
ser a passagem pelo espaço aéreo de um Estado autorizada por est 
Art 1 da lei 8614/93 
§ 1º A passagem será considerada inocente desde que não seja prejudicial à paz, à boa ordem ou à segurança do 
Brasil, devendo ser contínua e rápida. 
2º A passagem inocente poderá compreender o parar e o fundear, mas apenas na medida em que tais 
procedimentos constituam incidentes comuns de navegação ou sejam impostos por motivos de força ou por 
dificuldade grave, ou tenham por fim prestar auxílio a pessoas a navios ou aeronaves em perigo ou em dificuldade 
grave. 
 
Ao buscar emprego, Ana Letícia depara-se com o seguinte anúncio na seção de classificados: “MOTORISTA. Casa 
de família procura motorista, homem, preferencialmente branco, salário R$ 850,00, para transporte de crianças, com 
referências. Enviar correspondência para a portaria do Jornal.” Com base nessa situação, responda às questões e 
apresente argumentos que justifiquem sua resposta. 
 
a) O anúncio incorre em modalidades de discriminação vedadas pela Convenção 111 da Organização Internacional 
do Trabalho. A ocorrência do ato discriminador é, por si só, capaz de configurar a responsabilidade internacional do 
Estado Brasileiro? (VALOR: 5 PONTOS) 
Não. Embora o ato discriminatório tenha ocorrido. A publicação do anúncio, por si só, não é capaz de 
configurar a responsabilidade internacional do Estado. É necessário que haja também a omissão do país em 
condená-lo ou repará-lo, para configurar sua responsabilidade Internacional 
b) O Ministério Público Federal tem legitimidade para a defesa judicial de Ana Letícia a fim de garantir e assegurar 
sua contratação? 
Apesar da ampla legitimidade ativa do Ministério Público do Trabalho para a defesa dos direitos coletivos 
dos trabalhadores e para a cessação de atos discriminatórios, no caso em tela a instituição não teria como 
assegurar a contratação de Ana Letícia, ademais, o Ministério Público do Trabalho, não se confunde com o 
Ministério Público Federal. 
 
 
15- Leia o trecho abaixo e responda: “Os belgas não se entendem entre si e já se teriam separado em países 
diferentes não fossem o seu rei e, mais recentemente, a adoção de uma forma de governo federativa, em que a 
Valônia, Flandres e Bruxelas têm grande autonomia política e administrativa em relação ao governo nacional, além 
do surgimento e fortalecimento da União Europeia, que faz com que os belgas se sintam cada vez mais membros de 
uma comunidade europeia multicultural e multilíngue, e menos belgas, o que ajuda a diluir seus antagonismos 
internos”. RICARDO C. COELHO Adaptado de Os franceses. São Paulo: Contexto, 2007. 
A compreensão da situação relatada no texto e representada em termos espaciais no mapa somente é 
possível a partir da distinção entre conceitos importantes para o Direito Internacional. Quais conceitos são 
estes? Justifique a sua resposta. 
Estado territorial e identidade nacional. O contexto belga é um exemplo de Estado Territorial de caráter multinacional - no 
caso, binacional. A Bélgica abriga flamengos e valões, nações com identidades próprias e com razoável antagonismo que 
ameaça fragmentar territorialmente o país. 
 
A partir da leitura do trecho acima, discorra sobre o fundamento jusnaturalista dos direitos humanos e sua aplicação 
nos dias atuais, em face da atuação de uma advocacia humanitária 
RESPOSTA 
O JUSNATURALISMO, postula que o homem possui direitos inatos relacionados à própria condição humana 
e universal, referentes a todo ser humano. 
Se um advogado, operador do Direito, embasar sua prática nesse conceito, vai enxergar o Direito positivado 
como algo que está a serviço do homem, que só faz sentido o ordenamento quando este coloca o homem no 
centro, utilizando os princípios para corrigir ou interpretar os a sociedade na aplicação das Leis 
 
 
CADERNO ENADE DI: 
 
1- De acordo com o Relatório anual de 2013 do Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos. 
Disponível em: http://scm.oas.org/PDFS/AG0645p.PDF: A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, no ano de 
2013, aprovou um total de quarenta e quatro relatórios de admissibilidade de denúncias contra os Estados, nove de 
inadmissibilidade, seis de solução amistosa, trinta e oito de arquivamento e dezesseis de mérito. Além disso, a CIDH 
recebeu trezentos e setenta e quatro solicitações de audiências, tendo realizado cento e quatorze audiências e trinta 
e seis reuniões de trabalho. Ainda no mesmo relatório, constatou-se que à Corte Interamericana de Direitos Humanos 
foram submetidos, no mesmo ano, onze novos casos contenciosos. A Corte emitiu o total de dezesseis sentenças, 
sendo treze sentenças resolvendo as exceções e mérito dos casos contenciosos, duas sentenças de Interpretação e 
um pedido de interpretação. A Corte emitiu vinte e seis resoluções de supervisão de cumprimento e adotou três 
novas medidas provisórias, reiteraram-se ou ampliaram-se sete medidas provisórias e se levantaram treze novas 
medidas provisórias. Esses dados são exemplificativos das diversas violações existentes aos Direitos Humanos 
previstos no Sistema Regional das Américas. 
No que se refere à aplicação dos dispositivos dos tratados internacionais no direito interno, avalie as seguintes 
asserções e a relação proposta entre elas. 
 
I. A recepção da Convenção Americana sobre Direitos Humanos — Pacto de San José da Costa Rica — pelo 
ordenamento jurídico brasileiro acarretou impedimento legal à prisão civil do depositário infiel. 
PORQUE 
II. A previsão constitucional para prisão civil do depositário infiel foi revogada por força do status normativo 
supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos subscritos pelo Brasil. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. 
C) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
D) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II éuma proposição falsa. 
E) As asserções I e II são proposições falsas. 
 
 
2-"Dizer que o jus cogens é norma imperativa de Direito Internacional geral não significa dizer que seus preceitos são 
somente obrigatórios, uma vez que mesmo aqueles que derivados do jus dispositivum também o são, mas quer 
significar que são insusceptíveis de derrogação pela vontade das partes. A imperatividade das normas de jus cogens 
passa, assim, a encontrar o seu fundamento de validade na sua inderrogabilidade.” (MAZZOULI, Valério de Oliveira. 
Direito Internacional Público: parte geral. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012. p. 136) 
Com relação à chamada “norma imperativa de Direito Internacional geral”, ou jus cogens, é correto afirmar que é a 
norma 
A) prevista no corpo de um tratado que tenha sido ratificado por todos os signatários, segundo o direito interno de 
cada um. 
B) reconhecida pela comunidade internacional como aplicável a todos os Estados, da qual nenhuma 
derrogação é permitida. 
C) Assembleia Geral das Nações Unidas e aplicável a todos os Estados membros, salvo os que apresentarem 
reserva expressa. 
D) de direito humanitário, expressamente reconhecida pela Corte Internacional de Justiça, aplicável a todo e qualquer 
Estado em situação de conflito. 
E) A definição das normas de ius cogens está prevista na Constituição Federal. 
 
Artigo 53 
 
Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens) 
 
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito 
Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral 
é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma 
da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito 
Internacional geral da mesma natureza. (grifo nosso) 
 
 
3- (OAB-Adaptado) O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (1966) admite, em seu artigo 4.º, a 
possibilidade de um Estado-parte suspender sua aplicação, “quando situações excepcionais ameacem a existência 
da nação e sejam proclamadas oficialmente”. O parágrafo 2.º do mesmo artigo não autoriza a suspensão de 
determinados direitos, entre os quais se destaca(m) 
A) a proibição da pena de morte e de tortura e penas ou tratamentos cruéis. 
B) a proibição de escravidão e de prisão por não cumprimento de obrigação contratual. 
C) a liberdade de pensamento, consciência e religião e proibição de propaganda em favor da guerra. 
D) a liberdade de expressão e a garantia do princípio da reserva legal. 
E) a liberdade de religião, a liberdade de expressão e a proibição da pena de morte. 
 
4- “Os Estados das Américas, em exercício de sua soberania e no âmbito da Organização dos Estados Americanos 
adotaram uma série de instrumentos internacionais que se converteram na base de um sistema regional de 
promoção e proteção dos direitos humanos, conhecido como o Sistema Interamericano de Direitos Humanos. 
Dito sistema reconhece e define os direitos reconhecidos nestes instrumentos e estabelece obrigações tendentes a 
sua promoção, e proteção. (...) 
O Sistema Interamericano começou formalmente com a aprovação da Declaração Americana dos Direitos e Deveres 
do Homem em 1948. Adicionalmente, o Sistema conta com outros instrumentos como a Convenção Americana sobre 
Direitos Humanos; Protocolos e Convenções sobre temas especializados, como a Convenção para Prevenir e Punir a 
Tortura, a Convenção sobre o Desaparecimento Forçado e a Convenção para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência 
contra a Mulher, entre outros; e os Regulamentos e Estatutos de seus órgãos.” 
 
A partir da leitura contextualizada do trecho acima, julgue os itens subsequentes CERTO (C ) ou ERRADO (E). 
 
(1) De acordo com a jurisprudência do STF, desde 1988 os tratados sobre direitos humanos podem ser incorporados 
ao ordenamento jurídico nacional com força de emenda constitucional. ( E ). 
(2) Compõem o Sistema Interamericano de Direitos Humanos a Assembleia Geral da Organização dos Estados 
Americanos, a Corte Interamericana de Direitos Humanos e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. ( E). 
(3) A Comissão Interamericana de Direitos Humanos tem por função principal a observância e defesa dos 
direitos humanos e, no exercício de seu mandato, tem a atribuição de formular recomendações aos governos 
dos Estados-membros. ( C). 
(4) Nos Estados federais, o governo central é o responsável pelas violações aos direitos humanos praticadas 
por agentes das suas unidades federadas. (C ). 
 
5- Segundo Antonio Perez Luño, Direitos Humanos são “o conjunto de faculdades e instituições que, em cada 
momento histórico, concretizam as exigências da comunidade, liberdade e igualdade humanas, as quais devem ser 
reconhecidas positivamente pelos ordenamentos jurídicos em nível nacional e internacional”. LUÑO, Antônio Peres. 
Derechos Humanos, Estado de Derecho y Constitución. 5ª ed.. Madrid: Tecnos, 1995. 
 
A partir da leitura contextualizada do trecho acima, julgue os itens subsequentes CERTO (C) ou ERRADO (E). 
 
(1) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade 
de assegurar cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos 
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o STJ, em qualquer fase do inquérito ou processo, 
incidente de deslocamento de competência para a justiça federal. ( C). 
(2) Aplica-se aos direitos sociais, econômicos e culturais o princípio da proibição do retrocesso. ( C). 
(3) A prescrição nos crimes previstos no Estatuto de Roma, de competência do Tribunal Penal Internacional, se opera 
nos mesmos prazos da legislação do Estado-parte do qual o réu é súdito. ( E). 
(4) No Brasil, o reconhecimento da condição de refugiado dá-se por decisão da representação do Alto Comissariado 
das Nações Unidas para refugiados ou por decisão judicial. (E). 
 
6- (OAB-Adaptado) Em setembro de 2014, na cidade de São Paulo, foi inaugurado o Centro de Referência e Acolhida 
para Imigrantes (CRAI), que é o primeiro do país e tem como objetivo oferecer a estrutura de uma casa de passagem 
e auxiliar os imigrantes na adaptação à vida na capital paulista, além de dar condições para a autonomia de tais 
imigrantes. Do ponto de vista dos Direitos Humanos, essa situação é regulada pela Convenção Internacional sobre a 
Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros das suas Famílias, adotada pela ONU 
em dezembro de 1990 e em vigor desde julho de 2003. Em relação ao posicionamento do Estado brasileiro perante 
essa Convenção, assinale a afirmativa correta. 
A) A Convenção não foi ratificada pelo Brasil e, por isso, suas normas não produzem efeito jurídico em 
território brasileiro. 
B) A Convenção foi ratificada pelo Brasil e, por isso, suas normas podem ser juridicamente exigidas. 
C) A Convenção foi ratificada pelo Brasil, mas não foi regulamentada. Por isso, suas normas possuem efeito contido 
no território brasileiro. 
D) A Convenção não foi ratificada pelo Brasil, mas suas normas produzem pleno efeito jurídico, uma vez que as 
normas de Direitos Humanos não dependem de ratificação para vigorar em território brasileiro. 
E) De acordo com o artigo 18 da Convenção de Viena de 1969 o tratado produz efeitos jurídicos no território nacional. 
 
7- (OAB-Adaptado) O MERCOSUL é um organismo internacional que visa à integração econômica de países que se 
localizam geograficamente no eixo conhecido como Cone Sul, nos termos do Tratado de Assunção (1991) e do 
Protocolo de Ouro Preto (1994). 
Sobre o sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O MERCOSUL não possui um sistema próprio de solução de controvérsias, adotando,nos termos do Tratado de 
Assunção, o sistema estabelecido no Anexo II do Tratado de Marrakesh para a Organização Mundial do Comércio. 
B) Provisoriamente estabelecido no Protocolo de Brasília (1993), o sistema de solução de controvérsias do 
MERCOSUL encontra-se, atualmente, normatizado pelo Protocolo de Ouro Preto (1994), que estabeleceu a estrutura 
orgânica definitiva do bloco 
C) O sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL, atualmente normatizado nos termos do Protocolo 
de Olivos (2002), estabeleceu como instância final judicante o Tribunal Permanente de Revisão. 
D) O sistema de soluções de controvérsias do MERCOSUL somente foi normatizado pelo Protocolo de Las Leñas 
(1996), que estabeleceu os procedimentos de cooperação e assistência jurisdicional em matéria civil, comercial, 
trabalhista e administrativa. 
E) O principal sistema de soluções de controvérsias do MERCOSUL é o boicote entre os países membros. 
 
8- (OAB-Adaptado) Como é sabido, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos estabelece em seu Art. 25 que 
todo cidadão terá o direito e a possibilidade de votar e de ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por 
sufrágio universal e igualitário e por voto secreto, que garantam a manifestação da vontade dos eleitores. Segundo 
informação da Agência Brasil (Empresa Brasileira de Comunicação), o Brasil possuía, em 2014, cerca de 230 mil 
presos provisórios. Em relação a tais presos, assinale a afirmativa correta. 
A) A despeito do Pacto supramencionado, eles não possuem direito ao voto, por estarem em situação de 
encarceramento, o que enseja perda da condição de cidadão. 
B) Tais presos provisórios têm direito ao voto apenas se manifestarem expressamente o interesse em votar e forem 
previamente cadastrados pelo TRE. 
C) Todos aqueles que estão privados de liberdade por ato legal do Estado perdem seus direitos políticos, não 
podendo, portanto, votar e nem se candidatar. 
D) Presos provisórios têm o direito de votar em seções eleitorais especiais devidamente instaladas em 
estabelecimentos penais e em unidades de internação de adolescentes. 
E) Apenas presos políticos, de acordo com o Pacto supramencionado, possuem direito ao voto. 
 
9- (OAB-Adaptada) A Lei nº 12.986, de 2 de junho de 2014, transformou o antigo Conselho de Defesa dos Direitos da 
Pessoa Humana em Conselho Nacional dos Direitos Humanos - CNDH. Esse Conselho poderá solicitar 
credenciamento junto à Organização das Nações Unidas (ONU) para ser reconhecido como Instituição Nacional de 
Direitos Humanos. Para isso, é necessário que atenda aos Princípios de Paris, que foram sugeridos durante o 
Encontro Internacional das Instituições Nacionais de Direitos do Homem, em 1991, e adotados pela Assembleia 
Geral das Nações Unidas, em 1993. De acordo com os Princípios de Paris, as Instituições Nacionais de Direitos 
Humanos devem atender a cinco características. Assinale a afirmativa que as indica. 
A) 1) Autonomia para monitorar qualquer violação de Direitos Humanos; 2) Autoridade para assessorar o 
Executivo, o Legislativo e qualquer outra instância sobre temas relacionados aos Direitos Humanos; 3) 
Capacidade de se relacionar com instituições regionais e internacionais; 4) Legitimidade para educar e 
informar sobre Direito Humanos; e 5) Competência para atuar em temas jurídicos (quase judicial). 
 
B) 1) Autonomia orçamentária; 2) Eleição direta de seus membros; 3) Autoridade para negociar com lideranças do 
setor público e do setor privado; 4) Jurisdição administrativa em matéria de Direitos Humanos; e 5) Competência para 
denunciar estados cumpram as convenções de que são parte. 
C) 1) Legitimidade legiferante e poder de veto em legislação relativa aos Direitos Humanos; 2) Competência 
deliberativa sobre a alocação de recursos públicos em programas e projetos de Direitos Humanos; 3) Capacidade de 
responder em juízo em casos de litígio que envolvam os Direitos Humanos; 4) Expertise para realizar pesquisas em 
Direitos Humanos; e 5) Autoridade para definir currículos escolares em matérias relativas aos Direitos Humanos. 
D) 1) Indivisibilidade; 2) Universalidade; 3) Complementaridade; 4) Imprescritibilidade; e 5) Irrenunciabilidade dos 
Direitos Humanos. Indivisibilidade; 2) Universalidade; 3) Complementaridade; 4) Imprescritibilidade; e 5) 
Irrenunciabilidade dos Direitos Humanos. 
E) 1) Autonomia legislativa; 2) Imprescritibilidade; 3)Historicidade; 4) Relatividade; e 5) Indivisibilidade. 
 
10 – (OAB-Adaptada) Na hipótese de inadimplência do Estado brasileiro, condenado ao pagamento de quantia certa 
pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, deverá o interessado 
A) executá-la perante a Justiça Federal pelo processo interno vigente para a execução de sentenças contra o 
Estado. 
 justificativa: art. 68 da Convenção Americana de Direitos Humanos e art. 109 da CF/88 
B) pedir que os autos do processo sejam encaminhados ao Conselho de Segurança da ONU para a imposição de 
sanções internacionais. 
C) reinvindicar pelo processo vigente no país, porque as sentenças proferidas pela Corte Interamericana de Direitos 
Humanos são desprovidas de executoriedade. 
D) postular perante a Corte a intimação do Estado brasileiro para efetuar o pagamento em vinte e quatro horas ou 
nomear bens à penhora. 
E) postular perante a Corte Internacional de Justiça sanções contra o Estado brasileiro. 
 
11- (OAB – Adaptado) Em maio de 1996, o Brasil instituiu seu primeiro Programa Nacional de Direitos Humanos 
(PNDH 1). Na Introdução do PNDH 2, adotado em maio de 2002, vem escrito o seguinte: “Entre as principais 
medidas legislativas que resultaram de proposições do PNDH figuram... a transferência da justiça militar para a 
justiça comum dos crimes dolosos contra a vida praticados por policiais militares (Lei 9.299/96), que permitiu o 
indiciamento e o julgamento de policiais militares em casos de múltiplas e graves violações como os do Carandiru, 
Corumbiara e Eldorado dos Carajás; a tipificação do crime de tortura (Lei 9.455/97), que constituiu marco referencial 
para o combate a essa prática criminosa no Brasil; e a construção da proposta de reforma do Poder Judiciário, na 
qual se inclui, entre outras medidas destinadas a agilizar o processamento dos responsáveis por violações, a 
chamada „federalização‟ dos crimes de direitos humanos.” 
Em relação ao último ponto descrito, é correto dizer que a federalização contra os crimes de direitos humanos pode 
ocorrer apenas no seguinte caso: 
A) havendo indício de violação de direitos humanos previstos na legislação nacional ou nos tratados internacionais. 
B) havendo grave violação de direitos humanos previstos nos tratados internacionais de direitos humanos 
dos quais o Brasil seja parte. 
C) havendo violação das leis protetivas dos direitos humanos, tais quais as leis citadas na Introdução do PNDH 2. 
D) havendo grave violação dos direitos humanos previstos na Constituição Federal. 
E) havendo grave violação dos direitos humanos previstos na Carta Europeia de Direitos Humanos. 
 
12- (OAB-Adaptado) A respeito da condição jurídica do estrangeiro, disciplinada pela Lei n. 6.815/80, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Nos casos de entrada ou estada irregular de estrangeiro, se este não se retirar voluntariamente do território 
nacional no prazo fixado em Regulamento, será promovida a sua expulsão. 
B) Quando mais de um Estado requerer a extradição da mesma pessoa pelo mesmo fato, terá preferência o 
pedido daquele em cujo território a infração foi cometida. 
C) A República Federativa do Brasil não extradita os seus nacionais, salvo em caso de reciprocidade. 
D) Conceder-se-á extradição mesmo quando o fato constituir crime político e o extraditando houver de responder, no 
Estado requerente, perante tribunal ou juízo de exceção. 
E) A República Federativa do Brasil não extradita brasileiros naturalizados. 
 
13-A respeitoda Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, assinale 
a opção correta. 
A) Os signatários da convenção em apreço devem apresentar, pelo menos uma vez, a cada seis anos, relatório 
concernente às medidas adotadas no respectivo Estado-parte para a efetivação das disposições acordadas. 
B) A tipificação penal da difusão de ideias embasadas no ódio racial é medida imposta por essa convenção. 
C) A exclusão, distinção, restrição ou preferência embasada na raça, cor, descendência ou origem étnica esgotam as 
modalidades de discriminação proibidas pela convenção em pauta. 
D) O Comitê Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial receberá comunicações de indivíduos ou 
grupos de indivíduos, relativas a qualquer Estado-parte da referida convenção, independentemente da declaração 
prévia do Estado-parte sobre a aceitação da competência do comitê. 
E) Até o ano de 2012, o Brasil não havia reconhecido a competência do Comitê Internacional para a Eliminação da 
Discriminação Racial.