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A Origem da Revolucao Industrial

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A Origem da Revolução Industrial
A Revolução Industrial e a Grã Bretanha:
 a 1ª Nação Industrial
Prof. Carlos Gabriel
GHT/UFF
2ª Aula
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1. O problema da origem da R.I.
O problema da origem para Eric Hobsbawm: 
1. “A R.I. não foi uma mera aceleração (arranco) do crescimento econômico (take off), mas uma aceleração em virtude das transformações econômicas e sociais, e através delas”;
2. A R. I. britânica foi a primeira.
A questão do take off resposta a Walt Whitman Rostow (economista norte-americano e assessor do governo John Kennedy) e seu livro, “Etapas do Desenvolvimento Econômico, um manifesto não comunista” (não marxista).
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Hobsbawm por ser a 1ª, a R. I. britânica não pode ser explicada por:
1º. Fatores externos, como por ex., imitação das técnicas mais avançadas, importação de capital, o impacto de uma economia mundial já industrializada;
2º. Não pode ser explicada, tampouco, em termos puramente britânicos, pois a economia britânica fazia parte de uma “Economia Europeia” ou “Economia Mundial dos Estados Marítimos Europeus”.
3º. Não pode ser explicada por uma ética protestante e o espírito do capitalismo - o trabalho duro e árduo, a poupança e o ascetismo (Max Weber, 1904, e Richard Henry Tawney, 1926).
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2. As pré-condições para a R.I.
As pré-condições para a R.I. já existiam ou podiam ser criadas facilmente na G. B.
Hobsbawm “os vínculos econômicos, sociais e ideológicos que imobilizavam a maioria das sociedades pré-industriais (mercado) em situações e ocupações tradiconais já eram fracos, e podiam ser removidos (a transferência do trabalho)”.
Hobsbawm “a GB acumulara capitais e tinha dimensões suficientes para permitir-se investimentos nos equipamentos necessários à tranformação econômica (não muito dipendiosos antes da ferrovia)” . 
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A GB não tinha escassez de capital e, embora sua economia não fosse (ainda) uma economia de mercado capitalista_ “aquela em que a maior parte dos bens e serviços fora do círculo familiar são comprados e vendidos”_ em muitos sentidos formava um único mercado nacional.
O setor manufatureiro era extensivo e bastante desenvolvido, assim como a sua estrutura comercial.
As principais pré-condições foram:
1ª. A expansão do mercado interno pré-industrial inglês;
2ª. A expansão do mercado externo;
3ª. A ação do Governo e a política econômica.
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2.1 A expansão do mercado interno pré-industrial
O crescimento do mercado interno ocorre através de:
1. Crescimento da população, que cria mais consumidores (e também produtores);
2. Um transferência de pessoas, das rendas não monetárias (produção destinada para o consumo ) para rendas monetárias, o que cria mais clientes;
3. Um aumento da renda per capita < é a renda obtida mediante a divisão da Renda Nacional ( i.é, PNB menos os gastos de depreciação do capital e os impostos diretos) pelo número de habitantes do país> o que cria melhores clientes;
4. O advento de bens produzidos industrialmente, em substituição a formas mais antigas de manufaturas ou importações.
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Mercado interno importante escoadouro para produtos manufaturados, que mais tarde se tranformaram em bens de produção, como o carvão vegetal e ferro.
Carvão vegetal consumido com o aumento das lareiras urbanas.
Ferro embora com um consumo menor, refletiu com a procura por panelas, caçarolas, pregos, fogões. 
A base pré-industrial da indústria do carvão era superior ao do ferro as máquinas a vapor foram frutos das minas_ em 1769, uma centena de caldeiras a vapor já estavam presentes em torno de Newsastle-on-Tyne. 
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Máquinas a vapor nas minas de carvão
Máquina térmica de Newcomen (1712) para ser utilizada em minas profundas com menor risco de explosões e que, além de elevar a água, poderia elevar cargas.
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Maquina a Vapor
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2.2 A expansão do mercado externo
As atividades exportadoras “atuavam em condições muito diferentes, e potencialmente mais revolucionárias”.
As flutuações domercado externo chegavam até 50% num único ano, “de modo que o fabricante que fosse capaz de correr o suficiente para companhar as expansõoes podia ganhar fortunas”.
As atividades exportadoras “a longo prazo, se expandiram com mais rapidez que as atividades voltadas para os mercados internos”. 
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Quadro 1: Crescimento das atividades para os mercados interno e externo
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O mercado externo foi“a centelha para a Revolução Industrial”.
 O mercado interno “não proporcionou a centelha, mas supriu a fogueira de combustível e de ventilação para que a mesma continuasse ardendo”.
A produção da têxtil do algodão foi a primeira a se industrializar, e estava vinculada essencialmente ao comércio ultramarino (a matéria prima importada dos trópicos ou sub-trópicos).
A razão da expansão das atividades exportadoras as atividades não dependiam da taxa modesta de crescimento “natural” da procura interna.
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2.3 A ação do Governo
 A ação política do governo subordinar toda a política externa a objetivos econômicos.
 A conquista dos mercados através da guerra e da colonização em benefício dos manufatureiros.
Os objetivos econômicos “ao contrário da Holanda, não eram dominados exclusivamente por interesses comerciais e financeiros” “eram influenciados, também, e cada vez mais, pelo grupo de pressão formado pelos produtores- manufatureiros (a princípio pelos produtores de lã) 
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A divergência entre a fabricação e o comércio (representado pela Cia das Índias Orientais) foi decidida em 1700, quando os produtores britânicos ganharam proteção contra as importações de têxteis indianos (fios e tecidos produzidos por milhões de artesãos indianos) e a legislação de 1721.
O protecionismo externo aconteceu após 1813, “quando a Cia das Índias Orientais foi privada de seu monopólio na índia e o sub-continente indiano aberto à importação em grande escala de panos de Lancashire.
A agressividade sistemática britânica das 5 grandes guerras do período (Sucessão Espanhola, Sucessão Austríaca, Guerra dos 7 anos, Independência dos EUA e Guerras Revolucionária e Napoleônicas), somente em uma estava na defensiva (o papel da guerra e o Estado). 
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3. Por que a GB foi a primeira? Por que ocorreu no final do século XVIII?
Respostas:
1ª. A Economia Internacional do período na qual a GB fazia parte. 
O comércio marítimo repousava sobre:
1.1) Na Europa, o surgimento de uma mercado consumidor para os produtos ultramarinos coloniais;
1.2) A forte expansão do tráfico de escravos no século XVIII relacionado com a demanda de trabalho por parte das plantations do mundo colonial.
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1.3) A expansão dos Impérios, como o inglês e francês.
Em 1701, as colônias da América do Norte tinham 300 mil habitantes.
Em 1790, a população aumentou para 4 milhões de hab.
2ª. A participação crescente do comércio externo na economia dos Estados nacionais.
3ª. A concentração dos mercados coloniais.
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Quadro 2: Crescimento (Inglaterra e Gales) no século XVIII (média % por ano)
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Gráfico 1: Crescimento (Inglaterra e Gales) no século XVIII (média % por ano)
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
TAWNEY, Richard H. A Religião e o Surgimento do Capitalismo. São Paulo: Ed. perspectiva, 1971.
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O motor é operado pelo vapor de condensação introduzido no cilindro, criando assim um vácuo parcial, permitindo assim que a pressão atmosférica empurre o pistão para dentro do cilindro. Foi o primeiro dispositivo prático a aproveitar o vapor para produzir trabalho mecânico.
Trabalho (w) é uma medida da energia transferida pela aplicação de uma força ao logo de um deslocamento.
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ELTIS, David, RICHARDSON, David e BEHRENDT, Stephen. A participação dos países da Europa e das Américas no Tráfico Transatlântico de Escravos: novas evidências. Afro-Ásia,
nº. 24, UFBA, 2000, p. 13 e 16.
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