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Programa Saúde na Escola: Promoção da Saúde

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PSE – Programa Saúde na Escola 
A escola como um espaço de relações é ideal para o desenvolvimento do pensamento crítico e político, à medida que contribui na construção de valores pessoais, crenças, conceitos e maneiras de conhecer o mundo e interfere diretamente na produção social da saúde.
Fruto de uma pareceria entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação e instituído, em 2007, pelo decreto presidencial n°6.286, o Programa Saúde na Escola almeja a construção de políticas multisetoriais para melhoria da qualidade de vida da comunidade escolar.
Com finalidade de contribuir para formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde
O público beneficiário do PSE são os estudantes da Educação Básica, inclusive assim, creche, ensino fundamental e médio, gestores e profissionais da educação e saúde, comunidade escolar e estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos.
 As ações previstas como essenciais no PSE variam de acordo com o nível de ensino , e estão compreendidas em três componentes
O primeiro componente consiste na avaliação das condições de saúde, envolvendo estado nutricional, saúde clínica, saúde bucal (controle de cárie), acuidade visual e auditiva e, ainda, avaliação psicológica do estudante.
O segundo componente trata da promoção da saúde e da prevenção, que trabalha as dimensões da construção de uma cultura de paz e combate às diferentes expressões de violência, consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Também neste bloco há uma abordagem à educação sexual e reprodutiva, educação ambiental e desenvolvimento sustentável, além de estímulo à atividade física e práticas corporais.
O terceiro componente do programa é voltado à educação permanente e capacitação de profissionais: Formação de profissionais da educação e saúde nos temas relativos ao Programa Saúde na Escola através de realização de atividades de educação permanente de diversas naturezas, junto aos(às) professores(as), merendeiros(as), agentes comunitários de saúde, auxiliares de enfermagem, enfermeiros(as), médicos(as), dentistas e outros profissionais das escolas. 
A avaliação e promoção de saúde bucal é ação essencial que integra o Componente I do Programa Saúde na Escola (Avaliação das Condições de Saúde) e se configura como uma forma do cirurgião-dentista e a equipe de saúde bucal identificarem sinais e sintomas relacionados a alterações identificadas em educandos matriculados nas escolas participantes do Programa.
A saúde bucal deve ser compreendida como parte constituinte e inseparável da saúde geral do indivíduo e, nesse sentido, os programas de saúde bucal, com ações educativas e/ou cirúrgicas restauradoras, são essenciais para aumentar a qualidade de vida da população de forma geral e, em particular, das crianças e adolescentes em idade escolar.
A integração de um psicólogo é de suma importância para Programa Saúde nas Escolas (PSE), atuando na prevenção de dificuldades de aprendizagem na Educação Infantil, visto que, na prática das escolas acompanhadas através dos encaminhamentos realizados pelas professoras e coordenação/gestão, muitas das “queixas” apresentadas estão vinculadas à área de dificuldades de aprendizagem . Fazendo uma acompanhamento histórico desses alunos , auxiliando no aumento da autoestima . 
O PSE faz parte do eixo de Promoção da Saúde, presente no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil – 2011-2022. O Plano tem, como um de seus objetivos, reduzir a prevalência de obesidade em crianças.8 O PSE, por sua vez, está configurado em diferentes componentes e suas respectivas ações, entre elas avaliação antropométrica, promoção da segurança alimentar, alimentação saudável, práticas corporais e atividade física, além daquelas relacionadas ao monitoramento e avaliação da saúde dos estudantes e do programa em si.
Durante atuação na área profissional o enfermeiro tem como foco a promoção, prevenção e manutenção da saúde. Inserindo estes aspectos no campo escolar torna-se de grande importância a atuação do enfermeiro, pois trata-se de um local onde crianças e adolescente tem seu senso crítico, moral, ético, e hábitos de saúde básicos para com a manutenção de sua própria saúde e para o ambiente em que vivem. Várias temáticas podem ser trabalhadas com os alunos, entre eles o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, observando e orientando sobre as transformações que acontecem em cada fase, e diante de cada uma destas são proporcionadas orientações pertinentes e especificas relacionada à nutrição, hábitos de higiene pessoal, drogas, DSTs, sexualidade dentre outros assuntos.  O enfermeiro é um profissional capacitado para realizar o preenchimento destas lacunas de conhecimento em integrar de forma abrangente a estes aspectos, visto que é esperado que o mesmo desempenhe a função de “educador da saúde”.
O Programa Saúde na escola , tem gerado grandes pontos positivos dentre eles foi a área de avaliação clínica seguido por: monitoramento da saúde das crianças a escola desempenhar o papel da família e o atendimento à população que normalmente não busca a UBS entrevistados. Incluindo , as ações de prevenção de doenças e agravos não transmissíveis; as ações de promoção da saúde; a potencialização do atendimento em saúde por ser em grupo; a capacidade de informações ou retorno do estado de saúde dos estudantes para os pais; os encaminhamentos realizados à UBS por demanda; além da persistência da equipe PSE na avaliação; e o acompanhamento longitudinal da saúde das crianças .
O PSE também encontra algumas dificuldades , levando em consideração como os pontos negativos do programa: a não incorporação do programa pela equipe de saúde , seguido pela falha de comunicação entre as equipes do Programa Saúde da Família (PSF) e do PSE a forma de implantação do programa e ainda a falta de conhecimento pelos familiares dos estudantes a respeito do programa ; e o pouco envolvimento da escola com o programa . A falta de recursos humanos e/ou materiais para implantação efetiva do programa . Falta de interação entre a escola e os profissionais de saúde , que ainda é limitada, sendo a proposta do PSE uma oportunidade para estabelecer vínculo e co-responsabilização entre ambos. É necessário repensar dinâmicas para fortalecimento dessas ações locais, mais articuladas, por meio de metodologias participativas.
E por fim como um dos principais pontos negativos temos a expressiva falta de conhecimento sobre o PSE, por parte dos profissionais da UBS, bem como suas áreas de abrangência, sugere que este seja um dos motivos do pouco envolvimento desses profissionais com a área da educação, o que reduz a capacidade de ampliar ações na comunidade em questão.

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