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CASO CONCRETO 8 -16

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CASO CONCRETO 8
Claudinei Bom de Papo, proprietário de um veículo BMW, ano 1995, decide convidar Anabellla, colega de faculdade, para jantar em um caro restaurante próximo à casa da jovem a fim de impressioná-la. Combina de se encontrarem às 21h na porta do restaurante. Ao término do jantar romântico, Claudinei Bom de Papo estende o convite para um cineminha próximo à sua casa e pede que Anabella o acompanhe até o serviço de manobrista do restaurante para que ele possa retirar seu BMW. Poucos minutos após entregar o ticket de estacionamento ao manobrista recebe seu carro com um pequeno plus fornecido pelo restaurante outro carro, BMW, da mesma cor, mas 20 anos mais novo. Ciente do engano do manobrista e sem tecer qualquer comentário pega as chaves de seu novo carro e vai embora do restaurante com Anabella. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra o patrimônio, responda de forma objetiva e fundamentada: sendo certo que Claudinei Bom de Papo não provocou o engano e tampouco não o informou ao manobrista qual a correta tipificação de sua conduta?
A conduta de estelionato art. 171. Obter para si o para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, indevido ou mantendo alguém em erro, mediante artificio, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.
QUESTÕES OBJETIVAS
1) Determinado sujeito, que acabara de se desiludir amorosamente, decide matar sua até então namorada. Toma emprestado o automóvel de seu vizinho e, durante o trajeto, por descuido, abalroa gravemente outro veículo, causando sério prejuízo material. Mas, faltando-lhe coragem para consumar o homicídio, estaciona próximo a um bar, às portas da casa de sua ex-namorada e intencionalmente se embriaga, a fim de ganhar valentia para executar seu plano. Abandona o veículo, vai a pé até a casa da ex-namorada e, mediante asfixia, tira-lhe a vida. À luz do Direito Penal, o sujeito cometeu: (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto)
a) dano e homicídio duplamente majorado, pela embriaguez dolosa e asfixia. 
 b) homicídio qualificado pela asfixia. 
 c) homicídio qualificado pela asfixia e agravado pela embriaguez pré-ordenada. Art. 61,II,L
 d) dano e homicídio qualificado pela asfixia, em concurso material.
2) Jonas Esperto, assistente de Eleonora, designer de interiores, mantém união estável com esta. Certo dia, após perder muito dinheiro apostando em cavalos sem que sua companheira soubesse, pois havia pego emprestado de sua amada o dinheiro utilizado para as apostas, decide simular um sequestro a fim de obter, não só o valor perdido, mas também, mais dinheiro para futuras apostas. Procura um velho amigo, Beto Faz Tudo e o contrata para forjar o sequestro de sua companheira. Acordam que o valor do resgate será divido na porcentagem de 70% e 30%, já que ele ficou responsável pelo planejamento da operação por conhecer com riqueza de detalhes os horários de Eleonora. Realizada a empreitada criminosa, chega o momento da exigência do preço do resgate ao companheiro e aos filhos de Eleonora. Durante a conversa de Jonas Esperto com o sequestrador, Carlos Norberto Filho, filho de Eleonora descobre que Jonas foi o responsável por toda a organização do sequestro. Ante o exposto, com base nos estudos sobre os crimes contra o patrimônio é correto afirmar que a conduta de Jonas Esperto configura:
a) sequestro, mas será isento de pena.
b) estelionato, mas será isento de pena.
c) extorsão mediante sequestro na forma tentada.
d) extorsão mediante sequestro consumado.
e) extorsão mediante sequestro consumada, mas será isento de pena.
CASO CONCRETO 9
STJ reforma decisão e condena homem por estuprar enteada
Mariângela Gallucci - O Estado de S. Paulo
26 Agosto 2014 | 16h 24
O relator do caso fez críticas aos argumentos utilizados nas decisões das instâncias inferiores que haviam inocentado
BRASÍLIA - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reformou decisão do Judiciário paulista que havia absolvido um homem acusado de praticar sexo com a enteada de 13 anos. Por unanimidade, os ministros da 6ª. Turma do STJ decidiram condená-lo. O processo será encaminhado ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo para que a pena seja fixada.
Relator do caso, o ministro Rogerio Schietti Cruz fez críticas aos argumentos utilizados nas decisões das instâncias inferiores da Justiça, que tinham absolvido o padrasto. "Repudiáveis os fundamentos empregados pela magistrada de primeiro grau e pelo relator do acórdão impugnado (no TJ) para absolver o recorrido, reproduzindo um padrão de comportamento judicial tipicamente patriarcal, amiúde observado em processos por crimes dessa natureza, nos quais o julgamento recai inicialmente sobre a vítima para somente a partir daí julgar-se o réu", afirmou.
Para os ministros do STJ, a presunção de violência nos crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra menores de 14 anos tem caráter absoluto. "A interpretação que vem se firmando sobre tal dispositivo é no sentido de que responde por estupro o agente que, mesmo sem violência real, e ainda que mediante anuência da vítima, mantém relações sexuais (ou qualquer ato libidinoso) com menor de 14 anos", disse o relator. O caso chegou à Justiça após o padrasto ter sido denunciado pela própria companheira. A juíza de 1ª. Instância concluiu que a menina não foi vítima de violência presumida porque "se mostrou determinada para consumar o coito anal com o padrasto". "O que fez foi de livre e espontânea vontade, sem coação, ameaça, violência ou temor. Mais: a moça quis repetir e assim o fez", disse: "A vítima foi etiquetada como uma adolescente desvencilhada de preconceitos, muito segura e informada sobre os assuntos da sexualidade, pois 'sabia o que fazia'. Julgou-se a vítima, pois, afinal, 'não se trata de pessoa ingênua'. Desse modo, tangenciou-se a tarefa precípua do juiz de direito criminal, que é a de julgar o réu, ou, antes, o fato delituoso a ele atribuído", concluiu Schietti. 
A partir do caso concreto narrado, identifique:
Quais os reflexos da caracterização da expressão vulnerabilidade como absoluta ou relativa? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Recurso experimental Sumula STJ 
Nos casos de estupro contra vulnerável quem possui legitimidade para a propositura da ação penal? O Estado, O Ministério Publico, mediante ação penal publica incondicionada. Art. 225 CF.
O fato da conduta ter sido praticada pelo padrasto da vítima possui alguma relevância jurídica para fins de aplicação de pena? A pena é aumentada de metade se o agente é padrasto da vítima. 226 CP.
Caso na situação descrita a vítima tivesse 14 anos e a relação sexual fosse oriunda de grave ameaça proferida pelo padrasto as respostas anteriores se alterariam? Responda de forma objetiva e fundamentada. Sim, art. 213, paragrafo 1°
A propositura da ação penal ainda será do MP, e a pena é aumentada de metade se o agente é padrasto da vítima.
 
QUESTÕES OBJETIVAS
1) José, rapaz de 23 anos, acredita ter poderes espirituais excepcionais, sendo certo que todos conhecem esse seu (dom), já que ele o anuncia amplamente. Ocorre que José está apaixonado por Maria, jovem de 14 anos, mas não é correspondido. Objetivando manter relações sexuais com Maria e conhecendo o misticismo de sua vítima, José a faz acreditar que ela sofre de um mal espiritual, o qual só pode ser sanado por meio de um ritual mágico de cura e purificação, que consiste em manter relações sexuais com alguém espiritualmente capacitado a retirar o malefício. José diz para Maria que, se fosse para livrá-la daquilo, aceitaria de bom grado colaborar no ritual de cura e purificação. Maria, muito assustada com a notícia, aceita e mantém, de forma consentida, relação sexual com José, o qual fica muito satisfeito por ter conseguido enganá-la e, ainda, satisfazer seu intento, embora tenha ficado um pouco frustrado por ter descoberto que Maria não era mais virgem. (FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - X - Primeira Fase)
Com base na situação descrita, assinale a alternativa que indica o crime que José praticou.a) Corrupção de menores (Art. 218, do CP). 
 b) Violência sexual mediante fraude (Art. 215, do CP). 
 c) Estupro qualificado (Art. 213, § 1º, parte final, do CP). 
 d) Estupro de vulnerável (Art. 217-A, do CP).
2) Jorge, diretor financeiro de uma grande empresa, há semanas vem chamando sua secretária Luiza para saírem juntos. Como Luiza recusa todos os convites, Jorge, auxiliado por Pedro que trabalha como motoboy na mesma empresa, ameaça Luiza dizendo que, caso ela não vá a um motel com ele, no dia seguinte estará demitida. Luiza, mais uma vez, recusa a ceder e, muito abalada psicologicamente, leva o fato ao conhecimento do Presidente da empresa a fim de que as devidas providências sejam tomadas em relação a Jorge e Pedro. Diante dos fatos, é correto afirmar que:
a) Jorge e Pedro responderão por assédio sexual consumado.x
b) Jorge responde por assédio sexual tentado, pois não conseguiu obter favorecimento sexual, e Pedro não responde por nenhum crime, pois não é superior hierárquico da vítima.
c) Jorge e Pedro responderão por assédio sexual tentado, pois não houve a obtenção de favorecimento sexual.
d) Jorge responderá por assédio sexual consumado e Pedro pelo delito de constrangimento ilegal, pois não é superior hierárquico da vítima.
3) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem (MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça)
Durante o festival de balonismo, na cidade de Torres, Afonso Dias, 52 anos, deslocou-se até a Boate Cristal para festejar a sua classificação no evento. No recinto, conheceu o transformista Maitê, 21 anos, convidando-o para acompanhá-lo na comemoração. Enquanto conversavam, Afonso disfarçadamente colocou uma substância na bebida de Maitê, que o levou a perder os sentidos. Na sequência, conduziu o transformista desmaiado, sem poder oferecer resistência, até seu carro, onde praticou com ele sexo anal. No dia seguinte, Maitê registrou o fato delituoso contra Afonso na Delegacia de Polícia e adotou as medidas necessárias para responsabilizá-lo. No presente caso, o crime praticado pelo agente é o de _______e a ação penal correspondente é ________. 
a) estupro de vulnerável - pública incondicionada 
 b) estupro - pública incondicionada 
 c) violação sexual mediante fraude - pública condicionada à representação 
 d) estupro - pública condicionada à representação 
 e) violação sexual mediante fraude – privada
CASO CONCRETO 10
 Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar por um tempo como garotas de programa para seu sustento. A fim de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela administração do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam. Passados alguns meses do início das atividades, após diversas notificações às jovens reclamando sobre o excessivo movimento de estranhos no edifício, o síndico, desconfiado das atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos no local. Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de Luana, Vanessa e Isabela. Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art.229, do Código Penal, sendo cumulada à conduta de Luana a figura típica do art.230, do Código Penal.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a moderna teoria do delito, quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Lei 9296/96 – lei de interceptação telefônica (especifica para crimes dolosos).
Jurisprudência – própria casa não caracteriza casa de prostituição.
QUESTÕES OBJETIVAS
1) Com relação aos crimes de lenocínio tráfico de pessoa para fim de prostituição ou outra forma de exploração sexual analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
 I. Agente que aluga imóvel para a montagem de casa de prostituição, sabendo da finalidade do locatário sem, contudo, ter qualquer envolvimento com a referida exploração sexual não poderá ser responsabilizado pela conduta prevista no art.229, do CP.
 II. No delito de casa de prostituição tutela-se o interesse da coletividade de modo a evitar a proliferação de todas as formas de lenocínio.
 III. Para a consumação do delito de casa de prostituição é prescindível a prática efetiva de ato libidinoso, bem como a finalidade de lucro.
 IV. Agente que utiliza residência alheia, com habitualidade, para a prática da prostituição não pratica a conduta no art.229, do CP.
Estão corretas as assertivas:
a.	I, II e III.
b.	I, II e IV.
c.	II, III e IV.
d.	I e III.
2) Com relação aos crimes de lenocínio tráfico de pessoa para fim de prostituição ou outra forma de exploração sexual e aos crimes de ultraje público ao pudor analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
 I. Configura o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual, alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone. (art. 218-B)
 II. O crime de tráfico de pessoas poderá ser caracterizado ainda que haja consentimento da vítima.
III. Os processos em que se apurarem crimes, tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual e tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual correm em segredo de justiça, mas o mesmo não ocorre em relação ao crime de rufianismo.
 IV. A conduta de casal que, durante exibição de filme, aproveita-se do escuro do ambiente e é flagrado mantendo relações sexuais, em tese configura ato obsceno.
Estão corretas as assertivas:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) I e III.
CASO CONCRETO 11
Claudirene, às 20 horas do dia 15 de março de 1994, deu à luz um menino na única maternidade existente na pequena cidade onde morava. Ocorre, porém, que tão logo sai da maternidade, Claudirene, que havia sido abandonada pelo pai da criança e não desejava criá-la sozinha, acaba por entregar o recém-nascido para Lúcia, uma velha conhecida sua. Esta, visando evitar o trâmite legal do processo de adoção, registra o menino como sendo seu filho, levando-o para morar com ela em uma cidade distante. Em janeiro de 2010, o ex-companheiro de Claudirene a procurou, pois desejava conhecer o filho que havia abandonado dezesseis anos antes. Ao tomar conhecimento do que havia acontecido, vai até a Delegacia de Polícia e relata o fato às autoridades. Instaurado inquérito policial, Lúcia acaba sendo indiciada pelo crime previsto no art. 242, do Código Penal. Seu advogado, no entanto, impetra habeas corpus visando obter o arquivamento do procedimento inquisitorial em razão da ocorrência de prescrição da pretensão punitiva. Com base nos estudos realizados, diga fundamentadamente se deve prosperar a pretensão defensiva. Não prospera.
Sumula 400 – STJ
 
QUESTÃO OBJETIVA
Sobre os crimes contra a família, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
Maria Clara, pobre e desempregada, sem condições de criar o sexto filho recém-nascido, entregou a criança a Ludmila, que, de comumacordo com o marido André, e juntamente com este, registrou em cartório a menina como se fosse filha do casal. Nessa hipótese, Ludmila e André devem responder por falsidade ideológica, configurada como crime contra a fé pública. 
No delito de subtração de incapazes (art. 249 do CP), havendo a restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações, o Juiz pode deixar de aplicar pena.
João Bonitão casou-se com Maria Linda exclusivamente no religioso. Sendo certo que o casamento não produziu efeitos civis, casa-se novamente, desta vez com produção de efeitos civis com Bella. Nesta situação é correto afirmar que a conduta de João Bonitão não configura o crime de bigamia.
Aquela que, penalmente responsável, registrar, como seu, filho recém-nascido de outra mulher, alterando formalmente seu estado civil, responderá pelo crime de supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido em concurso formal com o crime de falsidade decorrente da inscrição falsa no registro de nascimento da criança.
 
De acordo com o Código Penal Brasileiro e o entendimento pacificado pelos Tribunais Superiores, estão corretos apenas os itens: 
 a) I e III 
 b) I e IV 
 c) II e III 
 d) III e IV
CASO CONCRETO 13
Olimar, Lucivaldo e Hergílio com unidade de vontade e desígnios, no dia 20 de dezembro de 2012, por volta das 20h, mediante grave ameaça exercida com arma de fogo, subtraíram para si um telefone celular e um tablet de Antônio Pereira, quando este saía do estacionamento do shopping Center Vilaverde. Ato contínuo, abordaram o veículo que vinha logo atrás de Antônio Pereira e subtraíram quinhentos reais em espécie e, ao tentar subtrair o veículo modelo Focus, marca Ford, placa EDV-XXXX, de São Paulo, de propriedade de Marilene Mendes foram presos em flagrante. 
Após instrução probatória, Olimar restou condenado à pena de 20 anos, 6 meses e 22 dias de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime fechado, pela prática dos crimes de roubo qualificado (art.157,§2º, I e II, CP) duas vezes, em concurso material,(art.69, CP) roubo qualificado na forma tentada (art.157,§2º, I e II, n.f art. 14, II, ambos do CP) e associação criminosa armada (art.288, parágrafo único, CP), em concurso material de crimes. 
Inconformado com a decisão condenatória a defesa de interpôs recurso de apelação com vistas, dentre outros pedidos, à exclusão da causa de aumento do parágrafo único do art.288, do Código Penal sob o argumento de configurar-se bis in idem, bem como ao reconhecimento da continuidade delitiva entre os delitos e não concurso material, como aplicado. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema responda de forma objetiva e fundamentada se os pedidos deverão ser julgados procedentes.
Segundo posicionamento do STF é admissível o concurso entre os crimes de associação criminosa (quadrilha) e de furto qualificado, não se configurando bis in idem, pois o crime de quadrilha se consuma pela simples associação e não pela participação conjunta das pessoas associadas. HC 77.485-9. Rel. Min. Mauricio Correa.
Art. 69. CP.
QUESTÃO OBJETIVA 
1) No que se refere aos crimes contra a paz pública, assinale a alternativa INCORRETA: (UESPI - 2014 - PC-PI - Delegado de Polícia) 
a) O art.288-A do Código Penal brasileiro constitui um tipo penal aberto, posto que o legislador deixara de definir o que se pode entender por “organização paramilitar”, “milícia particular”, “grupo” e “esquadrão”. 
b) Para configuração do crime de associação criminosa não se exige a realização do fim visado, mas tão somente o simples fato de figurar como integrante da associação. 
c) Como a nova redação do tipo penal previsto no art.288 do Código Penal brasileiro exige a associação de apenas três pessoas, esta se caracteriza como norma mais severa e, assim, irretroativa neste aspecto. 
d) O crime de constituição de milícia privada caracteriza-se como delito plurissubjetivo ou de concurso necessário. 
e) O crime de constituição de milícia privada não exige, para sua configuração, um elemento subjetivo especial, podendo a prática recair sobre qualquer crime previsto no ordenamento jurídico brasileiro. 
2) Sobre os crimes contra a paz pública, analise as assertivas abaixo e selecione a opção correta: 
I. Caracteriza bis in idem a condenação por crime de associação criminosa armada e roubo qualificado pelo uso de armas e concurso de pessoas. 
II. Para a configuração do delito de associação criminosa, verificado o número mínimo de agentes previsto em lei, basta que um dos integrantes seja imputável. 
III. O delito de incitação ao crime configura-se independentemente de a incitação ser dirigida à prática de determinada infração penal, estando configurado o crime com a mera incitação genérica. 
IV. Jonas, Bolão e Bebe Quieto, reúnem-se, de forma estável e permanente, com o fim de cometer crimes de estelionato. Todavia, tendo cometido um único estelionato, o grupo é desmantelado em virtude de uma denúncia anônima. Nesses termos, a conduta dos agentes configura os delitos de associação criminosa e estelionato em concurso material de crimes. 
Estão corretas as assertivas: 
a. I, II e IV. 
b. I, III e IV. 
c. II e IV. 
d. I, II e III.
CASO CONCRETO   14                    
   Cláudio Esperto adquiriu de pessoa desconhecida um aparelho destinado à falsificação de moeda. Em seguida, fabricou várias cédulas falsas de 10 reais. Resolvido a testar a qualidade de suas notas se dirigiu à uma padaria, adquiriu pães e bolo  e pagou as compras com  4 notas falsas. Ainda que descoberta posteriormente a falsidade das notas em decorrência do  prejuízo causado ao estabelecimento, sustentou em tese defensiva a incidência do princípio da insignificância para fins de exclusão de responsabilidade jurídico-penal de sua conduta.
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes de moeda falsa: 
Aplique a correta tipificação às condutas praticadas por Cláudio Esperto.
Cláudio Esperto praticou o crime de moeda falsa tipificado no art. 289, falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no pais ou no estrangeiro.
Tipificação inicial art. 289,Paragrafo 1°, e art. 291
Avalie a tese defensiva apresentada por Cláudio Esperto. 
Tem que levar a ofensividade da conduta do agente,
QUESTÃO OBJETIVA
Ângela recebeu, inadvertidamente, algumas notas falsas de R$ 50,00 (cinquenta reais) e não se recorda mais de quem as obteve. As notas em questão foram recusadas em diversas oportunidades em estabelecimentos comerciais que dispunham de equipamento apropriado à verificação da autenticidade de papel-moeda. Mesmo assim, e sentindo-se injustiçada por ter recebido as notas falsas em questão de boa-fé, como se verdadeiras fossem, continuou a repassá-las em outros estabelecimentos. Acerca de sua conduta, pode-se afirmar que Ângela: ( FGV - 2014 - DPE-DF ? Analista)
a) não praticou crime algum, pois recebeu as notas em questão de boa-fé. 
 b) praticou o crime de moeda falsa, a ser punido com a mesma pena prevista para a falsificação da moeda falsa. 
 c) praticou forma privilegiada do crime de moeda falsa, pois repassou as notas sabendo serem falsas. 
 d) praticou o crime de estelionato, uma vez que não realizou a falsificação das notas em questão, tendo apenas as restituído à circulação. 
 e) não praticou crime algum, pois não tem obrigação legal de reconhecer a falsidade de papel-moeda.
CASO CONCRETO 15
Adriano Chefe confiou a Alessandro Correto o preenchimento de uma folha de papel assinada em branco, na qual deveria constar proposta de trabalho com orçamento que seria remetida a um cliente. Alessandro Correto guardou a folha em uma gaveta, planejando preenchê-la assim que retornasse do almoço. Aproveitando-se da ausência de Alessandro, Haroldo Ocara retirou o papel da gaveta, redigiu uma confissão de dívida de duzentos mil reais de Adriano Chefe a seu favor, embora este não lhe devesse coisa alguma, e se apropriou do documento. 
A partirdo caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes de contra a fé pública:
a) Aplique a correta tipificação à conduta praticada por Haroldo Ocara. 
Tipificação art. 298 falsidade material
b) Caso Haroldo Ocara tivesse recebido a folha de papel assinada em branco de Adriano Chefe e tivesse redigido a referida confissão de dívida, a resposta seria a mesma? 
art.299 (posse) falsidade ideológica.
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Sobre os crimes contra Fé Pública, analise as assertivas abaixo e selecione a alternativa correta. 
I. Aquele que confecciona um cartão de crédito falso comete o crime de Falsificação de Documento Particular na modalidade equiparada. 
II. A modificação do numerário do chassi contido no documento de um veículo caracterizará a prática do delito de falsificação de documento público e não de adulteração de sinal identificador de veículo automotor. 
III. Incorre nas mesmas penas do crime de falsificação de documento público (art.297 do Código Penal) quem insere ou faz inserir na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório. 
IV. Agente que falsifica documento e depois o utiliza responde por falsificação e uso em concurso material de crimes. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I, II e IV. 
b) II, III e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
2) Sobre os crimes contra Fé Pública, analise as assertivas abaixo e selecione a alternativa correta. 
I. O crime de falsa identidade, quando elemento de crime mais grave, é sempre absorvido por este. 
II. A distinção entre falsidade material e ideológica de documento é que na falsidade material frauda-se a forma do documento e na ideológica o conteúdo é falso. 
III. Agente que, em razão de seus antecedentes criminais, insere sua fotografia na identidade de terceiro e a apresenta aos policiais em uma blitz comete, em tese, o delito de falsa identidade. 
IV. No crime de uso de documento falso a consumação se dá com o efetivo uso do documento, não se exigindo resultado naturalístico, já que se trata de delito formal. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I, II e IV. 
b) II, III e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III.

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