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Unidade II MONITORAMENTO E CONTROLE DE POLUIÇÃO AMBIENTAL Profa. Claudia Figueiredo Controle da poluição ambiental O meio ambiente sempre terá capacidade de se autorrecuperar desde que ocorra tempo o suficiente e a demanda de uso não ultrapasse a capacidade de regeneração. Um grande avanço para os tempos modernos é que as responsabilidades pela poluição já estão sendo identificadas e a sociedade já está cobrando as melhorias. A legislação tem se adaptado às novas realidades, com a criação da rotulagem ambiental, as “ecomarcas”, que tem oferecido valoração do produto ecologicamente correto, agregando assim um valor de mercado e um valor ambiental. As diversas tecnologias de controle e diminuição da poluição atmosférica, as indústrias e os veículos automotores. Controle da poluição ambiental Entre essas tecnologias de controle da poluição, temos: os ciclones de poeiras, que são separadores mecânicos de partículas; os precipitadores eletrostáticos, que são equipamentos utilizados na indústria e que são capazes de captar partículas de gases de exaustão; o carvão ativado, utilizado em filtros com carvão na purificação de gases, a fim de remover vapores de óleos, cheiros e hidrocarbonetos do ar; o conversor catalítico, que diminui a toxicidade das emissões dos gases da combustão de um motor; os biofiltros – filtros que contêm microrganismos com a função degradar os compostos poluentes. Controle da poluição ambiental Restringir a poluição atmosférica depende de duas estratégias: medidas diretas – para remover os poluentes antes que eles se dispersem; medidas indiretas – alterar as condições para reduzir a quantidade de poluentes produzidos inicialmente. Os poluentes na atmosfera sofrem reações, conforme seu tempo de residência (tempo médio de permanência do composto na atmosfera). Exemplos: Dióxido de carbono (CO2)............ 4 anos. Monóxido de carbono (CO).......... 3 meses. Metano (CH4).................................. 8 anos. Oxido nítrico (NO).......................... 1 dia. Controle da poluição ambiental O tempo de residência é um valor médio de referência e que pode mudar. Dependendo das condições ambientais, o poluente poderá atuar em toda a extensão em que o vento conseguir levá-lo. Um composto pode ser retirado naturalmente da atmosfera pela ação da chuva (deposição úmida). Ou pela ação do vento arrastando o composto para o chão (deposição seca). Referente à poluição do ar, podem ser consideradas quatro etapas a saber: 1) a produção; 2) a emissão; 3) o transporte; e 4) a recepção de poluentes. Em cada etapa é possível intervir. Controle da poluição ambiental Entre as possíveis interferências por métodos diretos no processo de emissão de poluentes, podemos citar: Planejamento Territorial e Zoneamento Urbano: limitando o número de fontes em função dos padrões de emissão e qualidade do ar. Eliminação e Minimização de Poluentes: com utilização de matérias-primas e combustíveis de baixo potencial poluidor. Concentração dos Poluentes na Fonte para Tratamento antes do Lançamento: lançar substâncias após tratamento. Diluição e Mascaramento dos Poluentes: uso de chaminés elevadas e emprego de substâncias que possibilitem reduzir a emissão de substâncias desagradáveis. Equipamentos de Controle de Poluentes: remoção dos poluentes antes da emissão. Controle da poluição ambiental A retirada dos poluentes da atmosfera por métodos indiretos é baseada na diminuição da geração dos poluentes por medidas mais sustentáveis, como: substituição das matérias-primas por outras que gerem menor quantidade de poluentes; substituição dos combustíveis utilizados pelo emprego de fontes renováveis de energia; introdução de sistemas fechados, em que o gás é canalizado e pode ser resfriado, umedecido, provocando deposição das partículas; pesquisar reagentes que sofram menor número de modificações e recombinações com outros gases, diminuindo a quantidade de poluentes secundários. Óxidos de enxofre Diversos processos são empregados para controle e remoção do enxofre e os óxidos de enxofre dos combustíveis se concentram no carvão, sua a principal fonte. Entre esses processos, temos: transformar o carvão sólido em combustível gasoso ou líquido, podendo-se remover muitas das impurezas e reduzir a emissão proveniente da queima; substituir o carvão comum pelo carvão de baixo teor de enxofre e remover o enxofre do combustível antes da queima; remover o dióxido de enxofre do gás liberado em chaminés, fazendo com que tenha contato com substâncias alcalinas como cal ou calcário, formando um resíduo que possa ser coletado. Óxidos de enxofre A amônia da produção de fertilizantes pode ser desviada para um purificador e as condições são ajustadas para oxidar o SO2 em sulfato de amônio, que pode então ser comercializado como fertilizante. Os coletores úmidos (lavadores de gases) são os mais empregados na remoção de dióxido de enxofre dos gases de chaminé. Removem aproximadamente 90% do SO2 da fumaça emitida pela chaminé. Mas sofrem uma série de desafios, como a formação de escamas, a corrosão, a dificuldade no manuseio de lamas e o esfriamento do gás. Óxidos de nitrogênio A combustão atmosférica produz óxidos de nitrogênio como inevitáveis subprodutos. Seus níveis de emissão dependem das temperaturas alcançadas no processo de combustão. Quanto mais quente a chama, maior a taxa de produção de NOx. Uma opção interessante para o controle do NOx é a adoção de biofiltros, que empregam microrganismos em um leito fixo ou fluidizado em contato com os gases para absorver poluentes. Os microrganismos degradam os poluentes retidos no meio filtrante. Em uma situação ideal, os biofiltros operam a custos relativamente baixos e com pouca manutenção. Monóxido de carbono e hidrocarbonetos A maior parte do CO está presente como intermediário da oxidação do metano. Devido às emissões de monóxido de carbono e hidrocarbonetos por motores a combustão interna, os níveis mais altos normalmente ocorrem em áreas urbanas. É possível reduzir tanto o NO quanto o HC, conduzindo-se a combustão em duas etapas: a primeira abundante em combustível e a segunda abundante em ar. O combustível é completamente queimado, mas a temperatura nunca chega a ser tão alta como em uma mistura. Ou remover o poluente dos gases de exaustão, nos automóveis, com a instalação do conversor catalítico. Interatividade Quanto a utilizar o Planejamento Territorial e Zoneamento Urbano como medida para o controle da poluição ambiental, assinale a alternativa correta: a) Essa medida pode substituir os combustíveis utilizados pelo emprego de fontes renováveis de energia. b) Essa medida pode limitar o número de fontes em função dos padrões de emissão e qualidade do ar. c) Essa medida pode favorecer processos industriais de emissão de partículas dos gases de exaustão. d) Essa medida pode definir as políticas públicas ambientais de monitoramento dos animais silvestres. e) Essa medida favorece a mídia quanto à formação da opinião da coletividade. Equipamentos de controle de poluentes As técnicas de controle da poluição na fonte emissora referentes às fontes fixas devem estar ligadas: às modificações no processo (troca de combustível); e ao uso de equipamentos de controle. Os equipamentos de controle devem ser escolhidos conforme o estado físico do poluente. Gases e vapores os equipamentos de controle mais utilizados são as torresde adsorção, os condensadores e os incineradores. Material particulado, sólido ou líquido geralmente utilizam-se coletores inerciais, coletores centrífugos, lavadores, filtros e precipitadores eletrostáticos. Equipamentos de controle de poluentes Referente ao grau de limpeza desejada deve-se relacionar à existência de padrões de emissões e de qualidade. A eficiência do equipamento é o principal ponto a ser observado. As propriedades do gás transportado devem ser considerados a sua composição química, temperatura, viscosidade, umidade, combatividade, reatividade química, propriedades elétricas e propriedades contaminantes. As propriedades contaminantes devem ter pontos considerando a concentração do poluente, a solubilidade, o tamanho, a forma e a densidade de partícula. Quanto ao custo gerado pode ser calculado com dados gerados pelo capital empregado e do custo das operações. Equipamentos industriais – precipitador eletrostático O precipitador eletrostático remove até 99,5% da massa total de particulado. No interior do precipitador existem placas eletrizadas que criam um campo eletrostático que atraem as partículas. As partículas são atraídas a uma superfície aterrada, de onde podem ser removidas mais tarde. São empregados em caldeiras e em sistemas de separação de particulados de fornos de cimento. Fonte: BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. 2ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. 1ª reimpressão, pág. 194. Equipamentos industriais – filtros de manga Os filtros de manga removem até 99,9% das partículas, incluindo as partículas finas. São filtros de tecidos ou materiais sintéticos que retêm as partículas de diâmetro maior que sua porosidade. Os tecidos permitem a passagem de gás, mas retêm o material particulado. De tempos em tempos, o tecido do filtro é sacudido para remover às partículas. Fonte: BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. 2ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. 1ª reimpressão, pág. 195. Equipamentos industriais – separador ciclone O separador tipo cliclone é um coletor centrífugo que remove de 50% a 90% das partículas grandes, mas muito pouco do material médio e fino. Um jato de gás é soprado por hélices, e o material particulado pode ser coletado na parede de um separador. O ar limpo sai na parte superior do equipamento, e as partículas caem para o fundo do ciclone. Fonte: BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. 2ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. 1ª reimpressão, pág. 195. Equipamentos industriais – lavadores de gás Os lavadores de gás removem gases, vapores e particulados. Removem até 90% das partículas. Removem de 80% a 95% do SO2 e outros gases ácidos. Separam materiais pela passagem do gás por um meio líquido, geralmente água mais um agente. Fonte: BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. 2ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. 1ª reimpressão, pág. 195. Equipamentos industriais – lavadores de gás Os lavadores de gás são muito utilizado em laboratórios de análises químicas e cabines de pinturas. O Lavador Venturi é um tipo de lavador de gás. Além de remover partículas, os coletores Venturi atuam como refrigerantes, para reduzir a temperatura dos gases de exaustão. Os coletores por ionização a úmido induzem uma carga elétrica nas partículas antes de um coletor úmido (ou lavador de gás), removendo as partículas maiores; as partículas menores são removidas pela atração das cargas opostas. Equipamentos industriais Queimadores: queimam o ácido sulfídrico antes de descarregar o efluente na atmosfera. Tal tecnologia pode ser encontrada na ponta das chaminés de refinarias de petróleo. Câmaras de sedimentação: o meio mais simples para a remoção de material particulado. Trata-se de um alargamento nos dutos de exaustão, que provoca uma redução de velocidade de escoamento do gás. As partículas pesadas caem ao fundo do equipamento, e o gás segue mais purificado. Filtros de carvão ativado: o carvão ativado tem a propriedade de absorver produtos diversos. Utilizado para remoção de odores, não é indicado para reter partículas. Equipamentos de controle de poluentes O controle das fontes móveis é um grande desafio. Entre as dificuldades de controle da emissão de poluentes, destacam-se: a forma como os veículos são projetados e produzidos; o tipo e a qualidade dos combustíveis utilizados; a falta de planejamento das vias e do sistema de tráfego; a insuficiência de transporte coletivo; a manutenção e o uso inadequado dos veículos; a deficiência de fiscalização destes. As emissões resultantes das fontes móveis podem ser reduzidas por meio de equipamentos de controle (filtro ou catalisador) ou ainda da utilização de combustíveis de menor potencial poluidor. Equipamentos de controle de poluentes Nos automóveis, o controle é realizado com um conversor catalítico de três vias, que reduz as emissões de hidrocarboneto (HC), monóxido de carbono (CO) e óxido nítrico (NO). Possui duas câmaras em série: a de redução e a de oxidação. Na câmara de redução, o NO é reduzido para N2; e na câmara de oxidação, o ar é adicionado, e tanto o CO quanto os hidrocarbonetos não queimados são oxidados para CO2 e H2O na superfície de um catalisador de platina/paládio. É ineficaz quando o motor está frio, pois os catalisadores requerem uma temperatura de cerca de 250 a 300ºC para iniciar as reações em sua superfície. Interatividade Analise as sentenças e assinale a alternativa correta: I. Os catalisadores transformam toneladas de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio em metano antes de serem liberados para a atmosfera. II. O separador ciclone controla em 50 a 90% a emissão das partículas grandes, mas não é eficiente para o material fino. III. Chaminés elevadas favorecem a dispersão, mas não diminuem a emissão de gases. a) Apenas a sentença I está correta. b) Apenas a sentença II está correta. c) Apenas a sentença III está correta. d) Apenas as sentenças I e II estão corretas. e) Apenas as sentenças II e III estão corretas. Amostragem de poluentes A coleta de amostra de gás no ambiente frequentemente tem como matriz a atmosfera e, na maioria das vezes, a amostra é homogênea e muito diluída. Fatores como pressão atmosférica, temperatura, vento e chuva influem nas propriedades e na composição da atmosfera. Conhecer as condições ambientais durante a etapa de coleta de amostra pode ser uma necessidade. Como o volume da atmosfera é muito grande, a diluição dos compostos é favorecida, não existindo técnicas sensíveis o suficiente para a determinação direta do poluente. A pré-concentração é muito comum nas coletas, fazendo com que um grande volume de ar passe por um meio absorvente; depois, uma bomba aspira o material concentrado. Amostragem de poluentes A coleta de amostras de pequenos volumes pode ser feita com o uso de seringas, balão de plástico, balão de festa, saco plástico ou frasco de vidro. Desde que possa coletar e ser fechado posteriormente. Em ambientes industriais, onde a concentração de poluentes costuma ser alta, podem ser utilizados pequenos tubos contendo reagentes que mudam de cor na presença de um poluente específico e com intensidade de cor proporcional à concentração do poluente no ambiente. Uma escala de intensidade de cor associada a intervalos de concentração possibilita conhecer com boa aproximação a concentração do poluente na atmosfera. Amostragemde poluentes Para coletar o gás dióxido de enxofre, utiliza-se uma solução diluída de água oxigenada em meio ligeiramente ácido. A água oxigenada transforma o dióxido de enxofre em ácido sulfúrico, um composto muito solúvel em água e mais fácil de determinar. Outra forma de coleta é usar sólidos que possuem a propriedade de reter compostos químicos. O carvão ativo é utilizado para coletar compostos apolares, como o benzeno. Na determinação da qualidade do ar em ambientes de trabalho ao longo do dia, existe a necessidade de mapear uma região para buscar os locais onde a concentração de um determinado poluente é maior. Amostragem de poluentes A qualidade do resultado da análise de uma amostra depende da qualidade do método empregado para obtê-la. Diversos fatores influenciam a obtenção de uma boa amostra: o tamanho da amostra (volume total de ar amostrado) e a sensibilidade do método analítico usado; a velocidade de coleta depende do equipamento usado. Porém, com frequência as amostras são coletadas de modo discreto (não contínuo) para análise posterior. Em alguns sistemas de monitoramento mais sofisticados, as amostras são coletadas e analisadas automaticamente. E os resultados são transmitidos a uma estação receptora central. Técnicas de amostragem A análise dos poluentes do ar são a base para que ocorra um monitoramento eficiente das emissões baseadas nos parâmetros estabelecidos pela EPA. Os principais métodos de amostragem de partículas são: a sedimentação simples e a filtração e a impactação de um jato de ar em uma superfície que coleta partículas. As técnicas de amostragem de vapores e gases variam desde a coleta de um único poluente aos métodos projetados para coletar todos os contaminantes. Um volume de ar é coletado em uma bolsa ou um recipiente de aço ou vidro. Um dos problemas possíveis é a perda do analito por aderência deste nas paredes do recipiente. Técnicas de amostragem Para amostragem dos compostos orgânicos voláteis (COV), utiliza-se a microextração em fase sólida, que combina amostragem e pré-concentração. Os compostos são coletados do ar por bombeamento sobre uma pequena quantidade de fibras que os retêm (meio de extração). O analito pode então ser retirado do dispositivo de extração diretamente para um cromatógrafo a gás para a análise. Um grande desafio à amostragem de gases é conseguir coletar os poluentes em fase gasosa sem risco de contaminação por partículas. Os denuders, também conhecidos como tubos de difusão, resolvem em grande parte esse tipo de problema na amostragem de gases. Técnicas de amostragem Nos denuders de difusão, uma corrente laminar de ar flui por um tubo cujas paredes são cobertas por um meio de coleta absorvente ou reativo para os analitos em questão. Os coeficientes de difusão de pequenas partículas são menores que os dos gases. Assim, as partículas passam pelo tubo e os gases se difundem nas paredes, sendo então coletados. Os denuders são tubos ocos com paredes revestidas. O revestimento de ácido cítrico serve para coletar amônia gasosa no ar. O revestimento de carbonato de cálcio serve para a coleta de ácido clorídrico, dióxido de enxofre e o ácido nitroso. Técnicas de amostragem Os dispositivos de amostragem passiva do ar, para coleta de poluentes orgânicos persistentes, como as bifenilas policloradas (PCBs), são revestidos com lipídeo. São simples de montar e operar e de custo reduzido, por não necessitarem de fontes de energia e bombas de amostragem. Reações de quimiossorção se baseiam na passagem de ar em um cartucho com carbonilas, permitindo a coleta (aldeídos e cetonas). As substâncias produzidas são mensuradas por cromatografia em espectrofotômetro. Análise dos gases A poluição atmosférica é dependente de vários fatores, entre eles: a forma de dispersão, as condições atmosféricas e a direção dos ventos. No caso da altura das chaminés, temos que: quanto mais alta for a chaminé, maior a possibilidade de os poluentes se dispersarem. Os poluentes, ao se dispersarem no ar, resultam na formação de uma pluma. A forma da pluma dos poluentes emitidos por uma chaminé pode ser classificada de acordo com o perfil de temperatura da atmosfera e do clima da região. A dispersão dos poluentes ainda pode ser influenciada pela topografia, da proximidade do mar. Análise dos gases Partículas com diâmetro médio menor que 10 µm são consideradas partículas em suspensão, pois são pequenas e em suspensão. Partículas com diâmetro médio maior que 10 µm são consideradas partículas sedimentáveis que, devido ao tamanho, depositam-se próximas à fonte de emissão e permanecem flutuando no ar por longos períodos. As coletas das partículas em suspensão utilizam o mecanismo de filtração. A escolha do filtro depende da finalidade da coleta: conhecer a composição do material em suspensão e a quantidade de material. Interatividade Quanto aos equipamentos desenvolvidos para o controle da poluição do ar, assinale a alternativa correta: a) Os ciclones de poeira diminuem a toxicidade das emissões dos gases da combustão de um motor. b) O filtro de carvão ativado purifica o ar de gases, removendo vapores de óleos, cheiros e hidrocarbonetos do ar. c) O conversor catalítico é um equipamento que contém microrganismos com a função degradar os compostos poluentes. d) Biofiltros são separadores mecânicos de partículas. e) O precipitador eletrostático é composto por placas de tecidos que retêm particulados nas porosidades do tecido. Padrões de qualidade do ar e limites de tolerância O Brasil segue as leis norte-americanas estabelecidas pela Agência de Proteção Ambiental (EPA), que determina os níveis máximos (padrões) para poluentes atmosféricos em função de um determinado período de tempo. Existem dois padrões: o primário e o secundário. O padrão primário inclui: uma margem de segurança adequada para proteger indivíduos mais sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios. Definem o nível da qualidade do ar necessário para manter a saúde pública. Os padrão secundário considera: danos à vida animal, à agricultura, a materiais e edifícios, mudanças de clima, problemas de visibilidade e conforto pessoal. Padrões de qualidade do ar e limites de tolerância O Índice de Qualidade do Ar (IQA) diz respeito aos limites estabelecidos para manter o público informado sobre a qualidade do ar e atua em situações críticas. O IQA é obtido dividindo-se a concentração de um poluente por padrão primário de qualidade e multiplicando o resultado por 100, para que seja obtido um valor percentual. IQA = [poluente] / padrão primário x 100 Para situações críticas, temos três níveis a considerar: nível de atenção, nível de alerta e nível de emergência. Nível de atenção: causa decréscimo da resistência física, principalmente em pessoas mais sensíveis. Precauções: reduzir as atividades físicas e permanecer em casa. Padrões de qualidade do ar e limites de tolerância Nível de alerta: aparecimento de doenças, agravo de sintomas respiratórios, diminuição da resistência física em pessoas saudáveis. Precauções: população geral, idosos e doentes devem permanecer em casa e evitar esforço físico. Nível de emergência: pode causar morte prematura de idosos e pessoas doentes. Pessoas saudáveis podem acusar sintomas adversos que afetam sua atividade normal. Precauções: as pessoas devem permanecer em casa, mantendo as portas e as janelas fechadas, minimizar as atividadesfísicas e evitar o tráfego. A principal dificuldade é estabelecer o nível crítico quanto à ação de concentração de poluentes na saúde e separar a ação de cada um. Padrões de qualidade do ar e limites de tolerância Para cada poluente medido é calculado um índice, e o ar recebe uma nota para a qualidade que apresenta: 1) Bom; 2) Moderado; 3) Ruim; 4) Muito ruim; e 5) Péssimo. Essa classificação pode se alterar a cada medida realizada. Para MP10, MP2,5, e SO2, as medidas são realizadas a cada 24 horas. Para O3 e CO, as medidas são realizadas a cada 8 horas. Para NO2, as medidas são realizadas a cada 1 (uma) hora. Na atmosfera é comum efeito sinérgico, em que duas ou mais sustâncias têm seus efeitos potencializados quando atuam juntas. É muito difícil obter registros de doenças e mortes associados apenas a poluentes atmosféricos. Monitoramento contínuo de poluentes O monitoramento dos poluentes atmosféricos marca uma das principais etapas para o controle da qualidade ambiental. Vários métodos podem ser utilizados, sendo que para cada tipo de composto analisado podem-se encontrar equipamentos mais específicos, em que a análise da amostra é mais refinada. A atmosfera é um sistema difícil de ser analisado, pois a concentração das substâncias é muito baixa. É preciso considerar variações ao longo do tempo, a localização, as diferenças em temperatura e umidade e o local para a coleta de amostras. A lacuna atual: a legislação brasileira é voltada para fontes móveis ou fixas e na combustão de combustíveis fósseis. Mas não tem referência para produtos químicos. Monitoramento contínuo de poluentes A técnica chamada de LIDAR ou alcance e detecção da luz (análoga à detecção por radar, rádio e telemetria) vem conquistando espaço no monitoramento da atmosfera. Os sistemas LIDAR enviam pulsos curtos de luz ou radiação infravermelha para a atmosfera e coletam a radiação espalhada de volta pelas moléculas ou partículas presentes nela. A diferença de intensidade dos dois sinais indica a concentração do composto. Essa técnica é muito útil na análise do controle de partículas, que são transportadas basicamente na velocidade do vento. E a análise computadorizada propicia um meio de medir a concentração e a velocidade do vento. Modelos de dispersão Um modelo de dispersão atmosférica é uma representação matemática dos processos de transporte e difusão que ocorrem na atmosfera. São específicos para cada poluente. Procuram reproduzir as variáveis que ocorrem na atmosfera, estimando o grau de determinado poluente em diferentes distâncias da fonte de emissão por meio dos chamados receptores. Os modelos de dispersão geralmente utilizam três tipos de dados: as características da emissão e da fonte; as características de deposição devido à força gravitacional; a capacidade de ser eliminado da atmosfera (meia-vida). Legislação As leis quanto à poluição do ar começaram a surgir com episódios críticos de poluição: Névoa (fog) e fumaça (smoke), formando o chamado smog. 1943 – episódio de smog na Califórnia. 1952 – episódio de smog em Londres, com mais de 4 mil mortos, que resultou na Lei do Ar Puro (1956). A tomada de consciência vem crescendo desde então, com conferências internacionais e o apoio da mídia na conscientização da população. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é o órgão responsável pela formulação, coordenação e execução da política nacional de controle da poluição do ar. Legislação Do ponto de vista do controle da poluição do ar, a legislação federal leva em conta padrões de qualidade do ar e de emissões para determinados tipos de fontes. Quanto à qualidade, foram estabelecidos padrões primários e secundários. Em termos de qualidade do ar, foram ainda estabelecidos níveis que possibilitam a elaboração do Plano de Emergência para Episódios Críticos. Foram estabelecidos três níveis: Atenção, Alerta e Emergência. Quanto à esfera estadual, são criadas companhias de controle ambiental. Um exemplo é a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), no Estado de São Paulo. Interatividade Do ponto de vista do controle da poluição do ar, a legislação federal leva em conta padrões de qualidade do ar e de emissões para determinados tipos de fontes. O índice de qualidade do ar (IQA) estipula parâmetros de controle dos poluentes atmosféricos. Assinale a alternativa que identifica corretamente esses parâmetros: a) Alerta, Emergência e Calamidade Pública. b) Baixo, Médio e Alto. c) Primário, Secundário e Terciário. d) Atenção, Alerta e Emergência. e) Químico, Físico e Biológico. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Controle da poluição ambiental Controle da poluição ambiental Controle da poluição ambiental Controle da poluição ambiental Controle da poluição ambiental Controle da poluição ambiental Óxidos de enxofre Óxidos de enxofre Óxidos de nitrogênio Monóxido de carbono e hidrocarbonetos Interatividade Resposta Equipamentos de controle de poluentes Equipamentos de controle de poluentes Equipamentos industriais – precipitador eletrostático Equipamentos industriais – filtros de manga Equipamentos industriais – separador ciclone Equipamentos industriais – lavadores de gás Equipamentos industriais – lavadores de gás Equipamentos industriais Equipamentos de controle de poluentes Equipamentos de controle de poluentes Interatividade Resposta Amostragem de poluentes Amostragem de poluentes Amostragem de poluentes Amostragem de poluentes Técnicas de amostragem Técnicas de amostragem Técnicas de amostragem Técnicas de amostragem Análise dos gases Análise dos gases Interatividade Resposta Padrões de qualidade do ar e limites de tolerância Padrões de qualidade do ar e limites de tolerância Padrões de qualidade do ar e limites de tolerância Padrões de qualidade do ar e limites de tolerância Monitoramento contínuo de poluentes Monitoramento contínuo de poluentes Modelos de dispersão Legislação Legislação Interatividade Resposta Slide Number 49
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