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Epidemiologia - Slides de Aula - Unidade II

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Unidade II
EPIDEMIOLOGIA
Profa. Ma. Anna Teles
Diagnóstico
 Informação clínica pode ser aplicada quando achados clínicos 
servem como teste diagnóstico.
 Acurácia do resultado do teste: estabelecer um diagnóstico é 
um processo imperfeito, resultando em probabilidade e não 
em certeza de estar correto.
 Avaliação de acurácia de um teste: relação do teste com 
meios de saber se a doença está ou não realmente presente.
 “Padrão-ouro” (gold standard; “teste padrão”).
Sensibilidade e especificidade
 Sensibilidade: proporção de indivíduos com a doença, que 
têm um teste positivo para a doença.
 Especificidade: proporção dos indivíduos sem a doença, 
que têm um teste negativo.
 Valor preditivo do teste: a probabilidade de doença.
 Valor preditivo positivo: probabilidade de doença com 
resultado positivo.
 Valor preditivo negativo: é a probabilidade de não ter a 
doença quando o resultado for negativo.
Teste diagnóstico e ocorrência da doença 
 Sensibilidade = porcentagem de doentes designados como positivos 
com o teste de triagem A/(A+C).
 Especificidade = porcentagem de não-doentes designados como 
negativos com o teste de triagem D/(B+D).
 Falso-positivo = B; Falso-negativo = C
 Valor Preditivo Positivo = A/(A+B)
 Valor Preditivo Negativo = D/(C+D)
 Acurácia = (A+D)/(A+B+C+D)
Fonte: Rev. CEFAC vol.14 n. 2 São Paulo Mar./Abr. 2012. Epub Julho 08, 2011
Doente Não Doente Total
Positivo A B A+B
Negativo C D C+D
Total A+C B+D A+B+C+D
Processos endêmicos
 Uma doença pode ser caracterizada como em nível endêmico, 
epidêmico, com casos esporádicos ou inexistente.
 Epidemia x endemia.
 A descrição epidemiológica de um evento ficaria incompleta 
se faltassem informações adequadas sobre: as características 
da população, do lugar e do tempo.
 Variações cíclicas, sazonais e irregulares.
Processos endêmicos
 Tipos de epidemia: explosiva e progressiva.
 Surtos epidêmicos.
Objetivos principais das investigações de surtos:
 Identificação da sua etiologia.
 Identificação das fontes e dos modos de transmissão.
 Identificação dos grupos expostos aos riscos.
Investigação de surtos: atividade que deve ser incorporada 
por qualquer sistema de vigilância.
Epidemia
Interatividade
O registro, em uma coletividade ou região, de casos de uma 
mesma doença em número que ultrapassa a incidência normal 
esperada denomina-se:
a) Endemia.
b) Surto epidêmico.
c) Epidemia.
d) Pandemia.
e) Febre.
Epidemiologia: doenças transmissíveis
 Doenças transmissíveis: ocorre a transmissão de um 
hospedeiro para outro, de um agente vivo que atua 
como causa “necessária” da doença.
 Por vezes, o agente elabora, antes de alcançar o novo 
hospedeiro, produtos tóxicos que, depois, por alguma 
forma, são até ele veiculado.
Formas pelas quais pode ser estabelecido o estímulo-doença:
 Infecção.
 Infestação.
 Absorção de produtos tóxicos do agente.
Doenças transmissíveis
 Fontes de infecção: homens ou outros animais, infectados, de 
cujos organismos o agente vivo pode sair e, por algum meio, 
alcançar outro hospedeiro vertebrado.
 Vias de eliminação: formas pelas quais o agente deixa a 
fonte de infecção. 
 Vias de transmissão: meios pelos quais o agente alcança 
o novo hospedeiro.
 Portas de entrada: vias pelas quais o agente penetra no 
organismo do hospedeiro vertebrado.
Cadeia epidemiológica
Fonte: Organização Pan-
Americana de Saúde, 1980
Agente
causal
específico
Reservatório
Porta de saída
do agente
Modo de
transmissão
do agente
Suscetibilidade
do hospedeiro
Porta de
entrada no
hospedeiro
Cadeia epidemiológica
Fontes de infecção
 Período de incubação: intervalo de tempo entre o momento 
em que ocorre a infecção e o aparecimento das primeiras 
manifestações de doença atribuíveis ao agente.
 Período prodrômico: intervalo de tempo em que o paciente 
apresenta manifestações inespecíficas, desde o aparecimento 
dos primeiros sinais e sintomas da doença até que surjam
os característicos, permitindo diagnóstico.
 Período de transmissibilidade: intervalo de tempo em 
continuidade ou com intermitências, podendo ocorrer 
“eliminação do agente”, a partir da fonte de infecção.
Cadeia epidemiológica
 Classificação das fontes de infecção: doentes e não doentes.
 Doentes: em período prodrômico e subclínicos 
ou ambulatoriais.
 Não doentes ou “portadores”: em incubação, 
convalescentes ou sãos.
 Vias de eliminação: secreções, fezes, urina, sangue, escarro, 
descamações epiteliais, leite, suor, entre outros.
 Vias de transmissão: vetores, ar, poeira, objetos 
contaminados, alimentos, solo, entre outros.
Cadeia epidemiológica
 Portas de entrada: respiratória, digestiva, mucosas e pele.
 Novo hospedeiro: uma vez que se tenha dada a penetração 
do agente no novo hospedeiro, o processo apresentará 
uma das seguintes sequências:
 O agente é destruído pelos mecanismos de defesa do 
hospedeiro, antes de se dar a infecção.
 O agente não é destruído pelos mecanismos de defesa 
do hospedeiro e nele se instala. 
Interatividade
Em relação às formas pelas quais pode ser estabelecido
o estímulo-doença, identifique a alternativa correta:
a) Agente elabora, após alcançar o novo hospedeiro, 
produtos tóxicos que depois são até ele veiculado.
b) A presença de agentes que não poderiam provocar doença se 
penetrassem no organismo, na superfície do corpo, 
em roupas ou objetos de uso, causam contaminação.
c) Infecção é a penetração, no organismo de um homem, 
de um agente que nele se desenvolve ou multiplica.
d) Infestação é o alojamento, sem desenvolvimento e 
reprodução, de artrópodes na superfície do corpo.
e) Da infecção sempre resulta uma doença, aparente ou 
inaparente, usualmente referida como infecciosa.
Prevenção
 Prevenção: “o ato de impedir que aconteça”.
Nível de prevenção primário:
 Estágio precoce.
 Objetivo de modificar os fatores de risco.
 Aplicável também às doenças crônicas não transmissíveis:
 Ações educativas.
 Ações saneadoras.
Prevenção
Nível de prevenção secundário:
 Evolução para o período patogênico.
 Diagnóstico precoce da fonte da doença.
 Intervenção imediata.
Nível de prevenção terciário:
 Período patogênico tardio.
 Limitar a incapacitação.
 Promover a reabilitação integral.
Vigilância Epidemiológica
 Criada a partir da necessidade em acompanhar a ocorrência 
de doenças em comunidades com o sentido de prevenir 
sua disseminação. 
 Objetivo principal: coletar dados para o desencadeamento 
de ações de prevenção e controle.
 As atividades se organizam de modo a garantir o 
cumprimento de suas principais funções e envolvem a coleta, 
o processamento, a análise e a interpretação de dados.
Vigilância Epidemiológica
Obtenção de dados:
 Visa a auxiliar o desencadeamento de ações de prevenção e 
controle de doenças e agravos.
 Necessário investir em treinamento e reciclagem regulares 
dos profissionais que atuam nos níveis locais do sistema 
de informação.
 Os dados são a matéria-prima da vigilância epidemiológica 
e a informação, o seu produto final.
Vigilância Epidemiológica
Tipos de dados:
 Demográficos.
 Morbidade.
 Mortalidade.
 Áreas e situações de risco.
Fontes de dados:
 Múltiplas fontes de dados e a acessibilidade a elas vem sendo 
facilitada pela informação crescente.
 Agilizar o processo de divulgação de dados deve caminhar
ao lado da necessidade de preservar e investir na 
qualidade da obtenção deles.
Fluxo e periodicidade de envio de informações: SINAN
Fonte: http://www.medicinanet.com.br
InteratividadeO trabalho do profissional da área da saúde é dirigido para 
prevenir a ocorrência inoportuna de morte (desenlace), doença, 
desconforto, deficiência funcional, descontentamento e 
despesa. A prevenção primária é efetuada com frequência fora 
do sistema de assistência à saúde na comunidade. Indique a 
alternativa que não represente um tipo de prevenção primária:
a) Uso de tampões auditivos ou máscaras protetoras de poeira. 
b) Uso de testes para detectar o vírus da hepatite B em 
doadores de banco de sangue.
c) Imunizações.
d) Cloração e fluoração da rede de água.
e) Rastreamento do diabetes em feiras.
Métodos de estudos em epidemiologia
Características consideradas para a classificação de um estudo:
 Ação do pesquisador: estudos observacionais e 
experimentais.
 Unidade de análise: individual e populacional.
 Tipos de estudo: caso-controle, coorte, ecológicos, ensaios 
clínicos, ensaios comunitários.
 Direção temporal: retrospectivo, longitudinal e transversal. 
Métodos de estudos em epidemiologia
 Na investigação de um tema, três estratégias são utilizadas 
pelos profissionais da área da saúde: estudo de casos, 
investigação experimental em laboratório e pesquisa 
ao nível de população.
Estudo de casos:
 Avaliação inicial de problemas ainda mal conhecidos 
e cujas características não foram devidamente detalhadas.
 Observação de um ou poucos indivíduos com uma mesma 
doença e, a partir da descrição dos casos, traçar um perfil 
das suas principais características.
Métodos de estudos em epidemiologia
Investigação experimental de laboratório:
 É possível maior precisão a todas as etapas de investigação.
 O grau de subjetividade na aferição dos dados pode ser 
reduzido pelo uso de rigorosos controles.
 Na grande maioria das vezes, por motivos éticos, 
o foco da avaliação incide sobre os animais.
Pesquisa populacional:
 É a abordagem central da epidemiologia, sendo também 
empregada em outras áreas, como na genética e nas 
ciências sociais.
Métodos de estudos em epidemiologia
Estudos descritivos:
 Objetivo: determinar a distribuição de doenças ou condições 
relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as 
características dos indivíduos.
 Examinam como a incidência ou a prevalência de uma doença 
ou condição relacionada à saúde varia de acordo com 
determinadas características.
Estudos analíticos:
 avaliar se a ocorrência de um determinado evento é 
diferente entre indivíduos expostos e não expostos 
a um determinado fator.
 Objetivo: testar hipóteses que relacionam eventos.
Interatividade
Quais dos estudos abaixo é o mais indicado para identificar os 
fatores de risco de uma doença?
a) Estudos descritivos.
b) Inquéritos epidemiológicos.
c) Estudos de prevalência.
d) Estudos experimentais.
e) Estudos de coorte.
ATÉ A PRÓXIMA!

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