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EPIDEMIOLOGIA01Slides de Aula

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Unidade I 
EPIDEMIOLOGIA
Profa. Ma. Anna Teles
Conceitos e bases históricas da epidemiologia
 Fatores/condições que determinam ocorrência e distribuição 
de saúde, doença, incapacidade e morte entre indivíduos.
 Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e 
social, e não apenas a ausência de doenças (OMS).
 Antiguidade – Hipócrates: Teoria miasmática e dos germes.
 Séculos XIX e XX.
 Situação atual: epidemiologia clínica, social e análise 
multivariada.
História natural da doença
Medidas de frequência de doença
 Atribuir números a informações probabilísticas.
 Medidas de frequência/probabilidade de eventos: 
prevalência e incidência.
 Prevalência: fração de um grupo de pessoas que apresenta 
uma condição clínica ou desfecho em um determinado 
ponto no tempo.
 Prevalência ponto
 Prevalência período
P = nº de indivíduos com a doença
população total
Medidas de frequência de doença 
 Incidência: fração ou proporção de um grupo inicialmente 
livre de uma condição clínica que a desenvolve ao longo de 
um determinado período de tempo. 
Curas
Óbitos
Casos existentes
PREVALÊNCIA
Pereira, MG. Epidemiologia teoria e práticas. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1995.
Migração
Casos novos
INCIDÊNCIA
Diferentes relações entre prevalência e incidência
Fonte: http://portalses.saude.sc.gov.br/
Prevalência
Incidência
Incidência
Incidência
Nível
normal da
prevalência
Nível
normal da
prevalência
Elevação da
prevalência
Diminuição da
prevalência
Prevalência
Mortes
ou curasMortes
ou curas
Mortes
ou curasa b
c d
Medindo prevalência e incidência
 A prevalência da doença é medida pelo levantamento de um 
grupo de pessoas, algumas doentes naquele momento e 
outras sadias.
 A incidência é medida:
 identificando população livre do evento de interesse e 
acompanhando por meio do tempo.
 Medir o número de casos novos de uma população em que 
os sujeitos estão em estudo e são suscetíveis à doença.
Interatividade
Uma fábrica de cerâmica realiza, por meio do serviço de saúde 
do trabalhador, um check-up dos empregados a cada 5 anos de 
atuação da empresa. A avaliação dos resultados durante 10 
anos de implantação dessa rotina revelou que, dos 500 
empregados examinados ao raio X, 100 tinham lesões. 
A medida acima se trata de um coeficiente de:
a) Incidência.
b) Prevalência.
c) Letalidade.
d) Tendência.
e) Morbidade.
Epidemiologia moderna
Epidemiologia clínica
 Recusa a experiência acumulada pela clínica – não científica.
 Produzir e interpretar observações clínicas em medicina.
 Contagem de eventos clínicos que utiliza o método 
epidemiológico para proceder à essa contagem e à sua 
análise.
Epidemiologia social
 Contestação à visão clássica da epidemiologia.
 Procura melhor entender a situação de saúde da população.
 Produz conhecimento dentro de uma lógica.
Epidemiologia descritiva 
 Estudo.
 Distribuição.
 Determinantes.
 Eventos e estados relacionados à saúde.
 Populações específicas.
 Aplicação dos resultados.
Epidemiologia descritiva
“Estudo da distribuição da frequência das doenças e dos 
agravos à saúde coletiva, em função de variáveis ligadas ao 
tempo, ao espaço – ambientais e populacionais – e à pessoa, 
possibilitando o detalhamento do perfil epidemiológico, com 
vistas à promoção da saúde.” (ROUQUAYROL, 2000)
 Principais usos:
 Avaliação de tendências em saúde e doença.
 Fornecimento das bases para o planejamento, a organização 
e a avaliação de serviços de saúde.
 Identificação de problemas a serem investigados por 
estudos analíticos (geração de hipóteses).
Epidemiologia descritiva
Variáveis relacionadas às pessoas:
 Características gerais, familiares e endógenas.
 Nível socioeconômico.
 Hábitos e atividades.
Variáveis relacionadas ao tempo:
 Intervalo de tempo.
 Intervalo cronológico.
 Período de denominação.
Epidemiologia descritiva
Relação entre uma sucessão de marcos cronológicos são 
usados para:
 exibir a ação da doença, do passado à atualidade;
 mostrar se a doença tem caráter sazonal;
 revelar a tendência dessa doença;
 revelar o caráter endêmico/epidêmico da doença.
Tendência:
 incidência de doenças, a mortalidade por causas, 
ou qualquer outro evento de importância epidemiológica, 
quando acompanhados por anos consecutivos, podem 
estabilizar, intensificar ou decrescer.
Epidemiologia descritiva
Variáveis relacionadas ao espaço:
 Variáveis geopolíticas: comparação de variáveis entre 
continentes – estudos comparativos internacionais.
 Variáveis político-culturais: contexto econômico 
e sociocultural.
 Variáveis geográficas: a explicação da doença como 
fenômeno de massa pede a investigação de suas 
vertentes populacionais.
Interatividade
Em relação ao emprego da epidemiologia para o planejamento 
das ações em saúde, indique a resposta correta:
a) A epidemiologia não deve ser utilizada como base para 
o planejamento das ações do SUS.
b) A epidemiologia aplicada ao estudo das doenças se constitui 
uma base importante para o planejamento nos países 
em desenvolvimento.
c) A epidemiologia tem como função central propor medidas 
preventivas a partir da identificação dos agentes 
etiológicos das enfermidades crônicas.
d) Estudos sobre infecções hospitalares são prioridade para 
planejamento de ações.
e) O objetivo da epidemiologia é o estudo de novos 
agravos na população com baixa renda familiar.
Sistemas de Informação em Saúde
 Característica fundamental: capacidade de agrupar um grande 
número de registros, armazená-los e recuperá-los.
 Pacientes, profissionais, turnos de atendimento, atividades –
geram número de registros que são agregados em critérios 
preestabelecidos, criando números que resumem os 
registros individuais.
 Sistema de Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBD).
 Objetivos: armazenagem, processamento e recuperação de 
informações, pelo controle de qualidade em elementos que 
compõem o sistema de informação.
Sistemas de Informação em Saúde
 O sistema não pode fornecer informações de melhor 
qualidade que os dados que o alimentam.
 Deve-se evitar ao máximo a multiplicação de etapas de 
transcrição de dados.
 Os dados devem ser captados o mais próximo possível de sua 
fonte produtora.
 Tecnologia: acesso ágil a bases de dados com informações 
sobre registros de nascidos vivos, mortalidade, doenças de 
notificação, internações hospitalares, entre outras.
Sistemas de Informação em Saúde
Sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM):
 Modelo único de DO, definidos fluxo e periodicidade dos 
dados a serem computados.
 Década de 1990: descentralização do SIM para as SES e SMS.
 As DOs impressas em 3 vias pré-numeradas, pelo MS e 
distribuídas pelas SES e SMS que as repassam aos 
estabelecimentos de saúde, IML, serviços de verificação 
de óbitos, médicos e cartórios.
 Indicadores.
Sistemas de Informação em Saúde
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC):
 Objetivo: reunir informações epidemiológicas referentes aos 
nascidos vivos. 
 Abrangência geográfica nacional.
 As DNs impressas em 3 vias pré-numeradas, pelo MS e 
distribuídas pelas SES e SMS. A cada parto realizado, a 
primeira cópia da DN deve ser preenchida e enviada para o 
respectivo departamento de saúde. 
 Indicadores.
Classificação Internacional de Doenças (CID)
 Permite que se façam comparações entre áreas diferentes, 
inclusive entre vários países.
 A classificação deve ser abrangente para conter todos os 
diagnósticos possíveis.
 A CID permite todasas possibilidades de codificação, mesmo 
no caso do aparecimento de uma doença nova existem meios 
de se criar um código para classificá-la.
 Lista CID-10 – publicada pela OMS e visa a padronizar a 
codificação de doenças e outros problemas relacionados à 
saúde.
Epidemiologia hospitalar
 Objetivo: detectar e investigar doenças de notificação 
compulsória atendidas em hospital.
 Os profissionais dos núcleos detectam agravos ou DNC a 
partir da busca em locais estratégicos no hospital.
 A integração de todos os setores do hospital permite ampliar 
a sensibilidade do sistema da vigilância hospitalar.
 O Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em 
âmbito hospitalar é integrado por todo hospital.
Interatividade
São instrumentos de gestão dos serviços de saúde para a 
atenção integral à saúde da criança, exceto:
a) Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
b) Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB).
c) Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC).
d) Sistema de Informação sobre o Programa de Agentes 
Comunitários da Saúde (SISPACS).
e) Coordenação Geral do Programa Nacional de 
Imunizações (CGPNI).
Indicadores de saúde
 Utilizados quando se mostram relevantes, capazes de 
retratar com fidedignidade e praticidade aspectos da 
saúde individual ou coletiva.
 Mais apropriados: validade, reprodutibilidade, 
representatividade (cobertura), obediência a preceitos 
éticos, oportunidade, simplicidade, facilidade de obtenção 
e custo compatível.
 A preparação de indicadores envolve a contagem de 
unidades ou a medição de alguma característica em 
indivíduos e no ambiente.
Indicadores de saúde
 Frequência absoluta: forma mais simples de expressar 
um resultado.
 Frequência relativa: facilita comparações; valores absolutos 
são expressos em relação a outros valores absolutos que 
tenham alguma relação (ex.: taxa, índice).
Principais indicadores de saúde:
 Classificação: numerosas maneiras, entre as quais, os 
indicadores que se referem às condições de saúde das 
pessoas, às do meio ambiente e às dos serviços de saúde.
Indicadores de saúde
 Mortalidade: o registro obrigatório resulta na formação 
de uma base de dados, mantida e atualizada por técnicos 
do governo, divulgada periodicamente.
 Morbidade: o conhecimento do perfil de morbidade da 
população é essencial para o pessoal de saúde. As medidas 
de morbidade são mais sensíveis para expressar mudanças 
de curto prazo.
 Indicadores nutricionais: o estado nutricional das pessoas 
é usado na avaliação das condições de saúde e nutrição. 
No Brasil, a alteração da estrutura socioeconômica da 
população vem acompanhada da melhoria dos 
indicadores de desnutrição.
Indicadores de saúde
 Indicadores demográficos: permitem conhecer as 
características de uma população e sua evolução ao 
longo do tempo por dados brutos obtidos pelos Censos 
Populacionais. 
 Indicadores sociais: condições socioeconômicas estão 
intimamente relacionadas à saúde, de modo que são usadas 
como indicadores sanitários indiretos (ex.: renda per capita).
 Indicadores ambientais: podem fornecer uma síntese 
das condições ambientais, das pressões sobre o meio 
ambiente e das respostas encontradas pela sociedade 
para a redução de impacto.
Interatividade
O indicador de saúde deve revelar a situação de saúde de um 
indivíduo ou de uma população. Sobre esse tema, indique a 
alternativa correta:
a) No cálculo da incidência de uma doença, incluem-se todos os 
casos existentes no período de tempo avaliado.
b) Os indicadores de saúde, mortalidade e morbidade referem-se 
ao conjunto de indivíduos que morreram e se curaram.
c) Os indicadores são uma relação entre o número de vezes que 
ocorre determinado evento e o número de pessoas expostas 
ao risco de apresentar determinado evento.
d) Os coeficientes de mortalidade e morbidade não se referem a 
algum período de tempo e espaço.
e) Frequência relativa de uma doença facilita comparações.
ATÉ A PRÓXIMA!

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