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Vigilância Epidemiológica - Joy

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Joyce Paloma Xavier Santos
INTRODUÇÃO
Estudo sobre o processo de saúde e doença humana, seus determinantes e causas. Esse estudo é baseado em fatores que determinam as causas e incidências dessas doenças que afetam uma comunidade/população com características semelhantes. 
Para isso, dados e estatísticas são coletados para a fim de monitorar incidências de doenças, mortalidades, desenvolvimento, movimentos migratórios, distribuição demográfica de acordo com sexo e idade, escolaridade e renda, e qualidade dos serviços de saúde.
CONCEITOS BÁSICOS DA EPIDEMIOLOGIA
“É a ciência que estuda a distribuição e os determinantes dos problemas de saúde (fenômenos e processos associados) em populações humanas”, segundo definem Almeida e Rouquayrol.
Ou seja, é a ciência básica para a saúde coletiva, obtendo informações sobre saúde, ou melhor, sobre a ausência de saúde, identificando doenças e agravos, estados e eventos associados à saúde. A epidemiologia tem como objeto de estudo as comunidades, classes sociais, grupos específicos.
O conceito de epidemiologia abrange aspectos sociais determinantes nesse processo, como: estratégias de promoção e proteção à saúde e outras políticas de saúde.
DEFINIÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA
“O estudo da distribuição e dos determinantes de estados ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, e sua aplicação na prevenção e controle dos problemas de saúde”, definida por Last. 
Desse modo, é possível observar que os epidemiologistas analisam também a melhoria nos indicadores de saúde e promoção da saúde
PERSPECTIVA HISTÓRICA
Hipócrates: Observou que fatores ambientais influenciam na ocorrência de doenças.
John Snow: Médico pesquisador que descobriu que se contraia cólera em Londres da água fornecida por determinada companhia. 
John Graunt: Pioneiro em quantificar os padrões de natalidade e mortalidade.
Pierre Louis: Investigações clínicas de doenças. 
Louis Villermé: Pesquisou o impacto da pobreza e das condições de trabalho na saúde das pessoas. 
William Farr: Produziu informações epidemiológicas para o planejamento de ações de saúde. 
PERSPECTIVA HISTÓRICA
Final do século XIX e início do século XX: Estudos comparativos em taxas de doenças de uma comunidade.
Atualmente: O estudo epidemiológico se baseia em métodos quantitativos para estudar a incidência de doenças nas populações humanas e para definir estratégias de prevenção e controle. 
APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA 
A epidemiologia tornou-se ao longo dos anos uma ciência ampla que abriga inúmeras áreas do conhecimento e muitas subdivisões, tais como:
Epidemiologia clínica; 
Epidemiologia investigativa; 
Epidemiologia nutricional; 
Epidemiologia de campo; 
Epidemiologia descritiva.
APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA 
No entanto, em linhas gerais, ela apresenta três grandes áreas de atuação:
Descrição das condições de saúde da população por meio da construção de indicadores de saúde. Exemplo: taxa de mortalidade, taxa de incidência de uma doença; 
Investigação dos fatores determinantes da situação de saúde. Exemplo: investigação de agentes etiológicos, fatores de risco; 
Avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde. Exemplo: avaliação do impacto do saneamento para diminuir parasitoses na comunidade.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 
DOENÇA
A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece (CANGUILHEM; CAPONI apud BRÊTAS e GAMBA, 2006).
CONCEITO DE SAÚDE - O QUE É SAÚDE? 
Segundo o conceito de 1947 da Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é definida como: “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 
O processo saúde-doença constitui-se das etapas pelas quais passa o indivíduo, ou a população, durante o processo de adoecimento, levando-se em consideração todas as variáveis que influenciam a saúde e as doenças, bem como seus desfechos, a cura ou a morte.
A concepção de História natural da doença torna-se fundamental. Um dos conceitos clássicos, que definem história natural da doença como um conjunto de processos interativos que compreendem as inter-relações do agente etiológico, do suscetível e do meio ambiente, passando desde as variações ambientais/biológicas, que criam o estímulo patógeno, até a resposta do suscetível a este agente, e que pode levar o indivíduo à doença, à invalidez, à recuperação ou à morte - Leavell e Clack (1976).
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 
O PAPEL DA EQUIPE NA ATUAÇÃO NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
A equipe da Estratégia Saúde da Família precisa ter consciente seu papel de educador em saúde e conjuntamente saber o resultado que quer atingir em cada situação;
Ao prestar a assistência ao indivíduo, à família ou à comunidade, há de se considerar quem são os usuários, como se apresentam na situação de necessidade de saúde, seus direitos, deveres, valores e prerrogativas;
Os profissionais da saúde que buscam promover a saúde, cuidando para que as pessoas possam ter, tanto quanto possível, uma boa qualidade de vida, mesmo quando as limitações se estabelecem;
Os profissionais se concentram nos pontos de interesse ditados por suas áreas de ação. Porém não basta a seleção desses pontos, ou ideias centrais; é necessário relacionar uns aos outros, pois dados separados pouco contribuem para o conhecimento e para a ação.
MODELOS PARA REPRESENTAR OS ASPECTOS ETIOLÓGICOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Alguns desses modelos, salientando que não existe um modelo ideal de representação deste processo, mas sim um que melhor se ajuste ao cenário individual ou coletivo para a ocorrência da doença. Segundo Pereira (2013), como principais modelos podem ser citados: 
Cadeia de eventos; 
Modelos ecológicos; 
Rede de causas; 
Múltiplas causas-múltiplos efeitos; 
Abordagem sistêmica da saúde; 
Etiologia social da doença. 
Cadeia de eventos: modelo simples que apresenta a doença como uma relação estreita entre o agente causador e o indivíduo susceptível. O agente pode ser 23 de natureza biológica, genética, química, física, psíquica ou psicossocial. Nesse modelo, o vetor pode ser necessário para fechar o ciclo de transmissão entre o agente e o susceptível. 
MODELOS PARA REPRESENTAR OS ASPECTOS ETIOLÓGICOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Modelos ecológico: os dois principais modelos ecológicos são: a tríade ecológica (agente, hospedeiro e meio ambiente) e a dupla ecológica (hospedeiro e meio ambiente). As grandes diferenças da dupla para a tríade ecológica são: a ausência explícita do “agente” e a ampliação do conceito de ambiente e hospedeiro.
MODELOS PARA REPRESENTAR OS ASPECTOS ETIOLÓGICOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Rede de Causa: muito utilizados para representar a multicausalidade de problemas de saúde, em que os fatores etiológicos representam pesos variados para manifestação da doença e, assim como no modelo da dupla ecológica, podem interagir entre si. Um exemplo clássico desse modelo é o da doença coronariana, que apresenta inúmeros fatores de risco: altos níveis de colesterol, hipertensão arterial, obesidade, idade, gênero, genética, entre outros.
MODELOS PARA REPRESENTAR OS ASPECTOS ETIOLÓGICOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Múltiplas Causas–múltiplos efeitos: Este modelo de representação da doença está bastante atual tendo em vista a ocorrência de múltiplas doenças que compartilham dos mesmos fatores de risco. Este é um modelo muito útil para representar doenças crônico-degenerativas, em que o indivíduo está suscetível a vários agentes ao longo da vida, que acabam provocando diversos efeitos (agravos à saúde).
MODELOS PARA REPRESENTAR OS ASPECTOS ETIOLÓGICOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Abordagem sistêmiCa da saúde: Abordagem dos problemas de saúde dentro de vários sistemas que constituem a sociedade, nos quais vários sistemas englobam ou são englobados
por outro(s). representa a multicausalidade de uma doença ou condição de saúde dentro de uma perspectiva mais subjetiva, na qual são consideradas as causas diretas e indiretas que levaram ao desfecho (doença ou morte). 
MODELOS PARA REPRESENTAR OS ASPECTOS ETIOLÓGICOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Etiologia social da doença: Este modelo tem como principal fundamento a busca por explicações sociais (não biológicas) para a ocorrência e manutenção de doenças na sociedade, pois busca identificar a epidemiologia social das doenças. Agravos relacionados à condição social, à educação e à cultura de uma sociedade podem ser bem explicados por esse modelo. 
MODELOS PARA REPRESENTAR OS ASPECTOS ETIOLÓGICOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
INDICADORES DE SAÚDE
Os indicadores de saúde fornecem informações relevantes sobre a situação atual da saúde e a dimensão populacional, relacionando a fatores ambientais, socioeconômicos e a efetividade dos serviços de saúde. 
A comparação, disponibilidade, atualização e organização são necessárias para que os indicadores de saúde se mantenham efetivos e utilizáveis.
Na Enfermagem eles são importantes para reconhecer o perfil epidemiológico da região onde se trabalha, como doenças mais incidentes, faixa etária predominante, demanda de pacientes por período etc e realizar um planejamento para que o serviço prestado seja de qualidade.
INDICADORES DE SAÚDE
INDICADORES DE SAÚDE
Entre os principais indicadores estão:
Indicadores de morbidade: incidência e prevalência das doenças;
Indicadores de mortalidade: indicam a mortalidade através da taxa de mortalidade geral, taxa de mortalidade infantil, taxa de mortalidade por grupos de causas e razão de mortalidade materna;
Indicadores relacionados à nutrição, crescimento e desenvolvimento: taxa de nascidos vivos com baixo peso e proporção de adultos com obesidade;
Indicadores demográficos: distribuição da população segundo o sexo e a idade;
Indicadores socioeconômicos: escolaridade e renda;
Indicadores relacionados à saúde ambiental: qualidade da água;
Indicadores relacionados ao serviço de saúde: número de profissionais da saúde por 1.000 habitantes.
MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE DOENÇAS
O que são?
Cálculos que avaliam a população a fim de encontrar a frequência com que os problemas de saúde ocorrem. Para mensurar essa frequência duas medidas são utilizadas:
Incidência: corresponde ao número de casos novos de alguma doença que surgiu com frequência num determinado período;
Prevalência: corresponde ao número de casos existentes de alguma doença durante determinado período, podendo ser de três tipos:
a) 	Prevalência pontual ou instantânea: 	frequência de casos existentes em um dado instante, por exemplo, em determinado mês;
MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE DOENÇAS
b) 	Prevalência de período: frequência de casos existentes em um determinado período como, por 	exemplo, um ano;
c) 	Prevalência na vida: frequência 	de pessoas apresentaram pelo menos um episódio da doença ao longo 	da vida.
Entre as medidas que contribuem para o aumento da prevalência estão a maior frequência de casos e melhoria no tratamento, que não promove a cura mas aumenta a sobrevivência; e entre as que diminuem estão redução de novos casos e redução no tempo de duração de casos já existentes.
INDICADOR DE MORBIDADE
Tem por finalidade medir a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento e seus riscos.
São apresentados ao medir os coeficientes de incidência e de prevalência de determinada doença.
Pode ser influenciado por diversos fatores, como:
Qualidade de dados;
Validade dos instrumentos de mensuração;
Gravidade da doença;
Normas culturais
Confidencialidade;
Sistema de informação em saúde.
Qualidade: Comprometimento dos dados pela grande diversidade das fontes (sistemas de vigilância, registros hospitalares (públicos e particulares), inquéritos e pesquisas realizadas por grupos acadêmicos;
Validade: Exatidão dos exames de diagnóstico clínico e validade dos instrumentos utilizados nas coletas;
Gravidade: Gravidade da doença (a mesma doença pode levar um paciente a internação e outro não);
Normas: Percepção cultural e maneira como as famílias percebem as doenças;
Confidencialidade: Por parte do paciente (omissão de dados como infecção por HIV e abortos ilegais);
Sistema: Existência ou a falta de sistemas produzindo dados confiáveis.
INDICADOR DE MORBIDADE
COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA
	Representa o risco de ocorrência de casos novos de uma doença na população. Pode ser calculado pela fórmula:
 
casos NOVOS da doença em determinada comunidade e tempo 
 x 10ⁿ 
população da área no mesmo tempo
Giovana Mendes () - Base referencial da população (1.000, 10.000, 100.000)
INDICADOR DE MORBIDADE
COEFICIENTE DE PREVALÊNCIA
	Representa o número de casos presentes (novos + antigos) em uma determinada comunidade em um período de tempo específico. É representado por:
 
casos PRESENTES da doença em determinada comunidade e tempo 
 x 10ⁿ 
população da área no mesmo tempo
TAXA DE INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO PELO VÍRUS HIV
Estima o risco de ter aids nos indivíduos de uma população definida em um tempo especificado. 
Fornece evidências preliminares sobre a efetividade das políticas e programas de prevenção da doença. 
casos de HIV diagnosticados em determinada 
comunidade e tempo 
 x 100.000
n° de indivíduos em risco de adquirir a infecção no mesmo 
tempo e espaço
TAXA DE PREVALÊNCIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
Estima a prevalência da hipertensão na população.
Permite monitorar a magnitude do indicador e prever a demanda de serviços de saúde relacionada à doença, assim como fazer o planejamento de intervenções de prevenção e promoção.
número de casos existentes de hipertensão arterial 
 x 100.000
número de indivíduos que formam a população em 
determinado momento
INDICADORES DE MORTALIDADE
Tem por finalidade indicar o número de indivíduos que morreram em determinado grupo, em um dado intervalo de tempo.
É uma fonte fundamental de informação demográfica, geográfica e de causa de morte, usados para quantificar os problemas de saúde e determinar ou monitorar prioridades ou metas em saúde.
Uso e forma de cálculo dos principais indicadores de mortalidade usados na Saúde Pública:
MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS
Indicador do tipo proporção, que apresenta no numerador, os óbitos (por região, causa, sexo ou idade), e no denominador o total de óbitos cuja fração se deseja conhecer.
n° de óbitos por determinada causa no período
 x 100
total de óbitos no período
	Exemplo:
Em 2006 morreram 1.031.691 pessoas. Desse total, 302.817 foram por doenças do aparelho circulatório. Aplicando a fórmula, dividimos 302.817 por 1.031.691 e, em seguida, multiplicamos o valor obtido por 100, chega-se a 29,35%. Portanto, de cada 100 mortes que ocorreram no Brasil, em 2006, 29,35 foram por doenças do aparelho circulatório.
MORTALIDADE PROPORCIONAL POR IDADE
Indicador utilizado para comparar regiões com diferentes graus de desenvolvimento. 
É calculado dividindo-se o número de óbitos em indivíduos com 50 anos ou mais pelo total de óbitos da população.
Ele permite classificar regiões ou países em quatro níveis de desenvolvimento:
1° nível (RMP ≥75%): países ou regiões onde 75% ou mais da população morrem com 50
anos ou mais, padrão típico de países desenvolvidos;
2° nível (RMP entre 50% e 74%): países com certo desenvolvimento econômico e regular organização dos serviços de saúde;
3o nível (RMP entre 25% e 49%): países em estágio atrasado de desenvolvimento das questões econômicas e de saúde;
4º nível (RMP< 25%): países ou regiões onde 75% ou mais dos óbitos ocorrem em pessoas com menos de 50 anos, característico de alto graus de subdesenvolvimento.
TAXA OU COEFICIENTE GERAL DE MORTALIDADE
Refere-se a toda população e não ao total de óbitos. É calculado dividindo o total de óbitos, em determinado período, pela população calculada para a metade do período.
n° total de óbitos no período
 x constante
população total na metade do período
As vantagens desse indicador são a simplicidade de seu cálculo e a facilidade de obtenção de seus componentes.
Podemos calcular o coeficiente de mortalidade específico segundo algumas características da população, como sexo, idade ou causa.
MORTALIDADE INFANTIL
Estimativa do risco de morte a que está exposta uma população de nascidos vivos em determinada área e período, antes de completar o primeiro ano de vida.
É calculada por meio da seguinte equação:
n° de óbitos de menores de 1 ano de idade no período
 x 1.000
n° de nascidos vivos no período
É um dos indicadores mais consagrados mundialmente, sendo utilizado, internacionalmente como indicador de qualidade de vida e desenvolvimento. 
O risco de morte não é constante ao longo do primeiro ano de vida, sendo decrescente conforme a idade avança, por isso ele é subdividido em: neonatal e pós-neonatal.
MORTALIDADE INFANTIL
MORTALIDADE NEONATAL
 
n° de óbitos de crianças entre 0 e 27 dias de vida
 x 1.000
n° de nascidos vivos no período
Pode ser subdividida em: 
Neonatal precoce: 0 a 6 dias de vida
Neonatal tardio: 7 a 27 dias de vida
As causas da mortalidade no período neonatal se relacionam com as condições da gestação e do parto , sendo particularmente influenciadas pela qualidade da assistência ao pré-natal e ao parto.
MORTALIDADE INFANTIL
MORTALIDADE PÓS-NEONATAL
 
n° de óbitos de crianças entre 28 dias a 1 ano de vida
 x 1.000
n° de nascidos vivos no período
As causas da mortalidade no período pós-neonatal se relacionam com as condições socioeconômicas e ambientais, sobretudo nutricionais e agentes infecciosos. Por exemplo, pneumonia e diarréia.
MORTALIDADE MATERNA
“morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais.” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1998, p. 143).
A razão de mortalidade materna é calculada através da seguinte equação:
n° de óbitos de mulheres por causas ligadas à gravidez, 
parto e puerpério no período
 x 100.000
n° de nascidos vivos no período
A mortalidade materna é considerada evitável pelo adequado acompanhamento da gestação e do parto.
Giovana Mendes () - É utilizado o n° de nascidos vivos pois no país, não existe a informação sistematizada sobre o n° total de gestantes.
DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS
Avaliar: 
As tendências e os períodos de maior ocorrência das doenças; 
A velocidade da ocorrência;
A Evolução Temporal pode predizer sua ocorrência futura.
Analisar:
A possibilidade de haver padrões espaciais na distribuição de doenças; 
As áreas específicas para manifestação das doenças.
 Características Pessoais:
Sexo, Idade, Raça
Condição Socioeconômica, Hábitos Alimentares e Culturais
DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO
O estudo sobre a distribuição da doença no tempo fornece valiosas informações para a compreensão, previsão, busca etiológica, prevenção de doenças e avaliação do impacto de intervenções em saúde.
 Faz-se necessário o registro e acompanhamento da evolução temporal das doenças para que seja possível se reconhecer padrões e tendências para a ocorrência de doenças ao longo do tempo (dias, semanas, meses e anos) e se determinar os limites para as variações periódicas de um evento, fazendo com que seja possível se identificar elevação da incidência ou prevalência de uma doença para além do que se espera num dado período.
Segundo Medronho, Werneck e Perez (2009), são quatro os principais tipos de evolução temporal de uma doença:
Tendência secular ou histórica;
Variações cíclicas não sazonais;
Variações sazonais; 
Variações irregulares.
DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO
Tendência secular ou histórica:
Refere-se à análise das mudanças na frequência de uma doença (incidência, mortalidade, etc.) por um longo período de tempo, em geral, décadas.
A evolução histórica da tuberculose representa bem o tipo de distribuição secular da doença, tendo como enfoque o impacto de medidas de diagnóstico, tratamento e prevenção da doença sobre sua mortalidade.
A tendência histórica também foi utilizada para avaliar e explicar a inversão da causa morte no século XX (de doenças infecciosas para as doenças crônico-degenerativas), sabidamente influenciada pela transição demográfica, que foi reflexo da melhoria das condições de vida da população (sociais, ambientais, econômicas, saúde, etc.).
DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO
Variações cíclicas
Determinadas pelas flutuações na incidência de uma doença ocorridas em um período maior que um ano. A este tipo de variação estão muito associadas as doenças virais, nas quais existe um pico de incidência.
Outra forma de susceptibilidade é provocada pela não cobertura vacinal, como é o caso do sarampo, que apresenta variações cíclicas de 3 anos no Brasil – fato diretamente influenciado pelo aumento de susceptíveis (nascimento de crianças).
Variações sazonais
É a variação da incidência de uma doença que ocorre em sintonia com as estações do ano. As doenças infecciosas estão muito associadas a este tipo de variação. Exemplos: gripe, dengue, malária. 
Segundo Medronho, Werneck e Perez (2009), esse tipo de variação também é associado a outros fenômenos, como, por exemplo,a fenômenos demográficos (nascimento) e à mortalidade por certas causas, alguns acidentes de trabalho, etc.
GRIPE
DENGUE
MALÁRIA
DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO
 Variações irregulares
Dizem respeito às variações não esperadas para a ocorrência de uma doença, que pode ser verificada através de técnicas estatísticas que levam em consideração a distribuição normal ou já conhecida da doença no tempo (baseada em dados históricos).
Tal variação irregular para a ocorrência de uma doença pode ser classificada como epidemia, que pode ser definida “como sendo a ocorrência, numa comunidade ou região, de casos da mesma doença, em números que ultrapassam nitidamente a incidência normalmente esperada” 
E o termo endemia refere-se à: “presença constante de uma doença dentro dos limites esperados, em uma determinada área geográfica, por um período de tempo ilimitado” Esse fenômeno acontece quando há uma constante renovação de susceptíveis na comunidade e exposições múltiplas e repetidas destes a um determinado agente.
DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO
Variações irregulares
Uma epidemia pode ser classificada de acordo com a abrangência geográfica em:
Pandemia: é o nome dado à ocorrência epidêmica caracterizada por larga distribuição espacial, atingindo
várias nações. Em outras palavras, a pandemia pode ser tratada como a ocorrência de uma série de epidemias localizadas em diferentes regiões e que ocorrem em vários países ao mesmo tempo. 
DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO
Variações irregulares
Surto: é uma ocorrência epidêmica onde todos os casos estão relacionados entre si, atingindo uma área geográfica pequena e delimitada, como vilas e bairros, ou uma população institucionalizada, como colégios, quartéis, creches, asilos.
DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO
A distribuição da doença no espaço responde à questão: onde a doença ocorre? 
O ponto de partida para a espacialização da informação de saúde é a delimitação do espaço geográfico a ser trabalhado (país, estado, cidade, bairro, área, microárea, etc.). Uma vez delimitado o espaço, é necessário se construir um mapa da área, que pode ser desde um croqui, até um mapa georreferenciado. Em seguida, é necessário se plotar a informação de saúde/ou doença no mapa, portanto é sempre importante se coletar informações sobre a localização da doença. 
A grande importância de se mapear a ocorrência de doenças consiste na determinação de condições e fatores de risco relacionados ao ambiente. Portanto, quando se consolida um dado em um indicador de saúde ou em uma medida de frequência da doença sem considerarmos o espaço, pode-se estar introduzindo um viés de interpretação ou até de confundimento, tendo em vista o fato de que como as condições ambientais variam, certamente o cenário epidemiológico é influenciado por tais variações.
DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO ESPAÇO
 	Após a coleta de dados, assim como na construção de qualquer outro indicador de saúde, é necessário transformar tais dados em informações em saúde. Para tanto, é necessário realizar a análise espacial dos dados, que vai desde uma visualização de um mapa temático, onde são plotadas as informações de saúde - no qual é possível identificar áreas com maior ocorrência para uma determinada doença; até a análise exploratória dos dados através de ferramentas geoestatísticas e a modelagem matemática, que tem por objetivo testar hipóteses e estimar 
Vale ressaltar que a diferença entre a análise de dados pontuais ou de área não resulta apenas no visual do mapa, mas também em como os dados podem ser analisados espacialmente. Portanto, antes de iniciar a coleta de dados geoespaciais, é fundamental saber quais os pré-requisitos dos testes geoestatísticos que se pretende realizar, pois é isso que definirá a escolha por coleta de dados pontuais ou de área. 
DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO ESPAÇO
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
Histórico:
Início do século XX, pela descoberta dos ciclos epidemiológicos de algumas doenças infecciosas e parasitárias;
A expressão vigilância epidemiológica: década de 50, para designar uma série de atividades subseqüentes à etapa de ataque da campanha de erradicação da malária;
“A observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos”. ->Isolamento ou quarentena individual.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
Na década de 60: detecção precoce de surtos e o bloqueio imediato da transmissão da doença;
A vigilância epidemiológica foi o tema central da 21ª Assembléia Mundial de Saúde realizada em 1968;
No Brasil: Campanha de Erradicação da Varíola (CEV) − 1966-73 − marco da institucionalização das ações de vigilância no país;
5ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1975, o Ministério da Saúde instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), por meio de legislação específica (Lei nº 6.259/75 e Decreto nº 78.231/76);
O atual Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o SNVE.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
Conceito:
Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990:
"conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos“
Indivíduo -> Coletivo
Contexto de profunda reorganização do sistema de saúde brasileiro, caracterizada pela descentralização de responsabilidades e integralidade da prestação de serviços.
Meta: discussão da incorporação de doenças e agravos não-transmissíveis ao escopo de atividades da vigilância epidemiológica.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
Propósitos:
Fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos.
Instrumento para o planejamento, organização e operacionalização dos serviços de saúde.
Normatização das atividades técnicas correlatas.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
Funções:
coleta de dados;
processamento dos dados coletados;
 análise e interpretação dos dados processados;
recomendação das medidas de controle apropriadas;
promoção das ações de controle indicadas;
avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
 divulgação de informações pertinentes.
As competências de cada nível do sistema de saúde (municipal, estadual e federal) abarcam todo o espectro das funções de vigilância epidemiológica, porém com graus de especificidade variáveis.
 Foco: instância local fortalecida
 	 estadual e federal seletivas
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
O Brasil dispõe de vários Sistemas de Informações em Saúde (SIS), definidos pela Organização Mundial de Saúde como um conjunto de componentes que atuam de forma integrada, por meio de mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessários para planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde.
A informação para a vigilância epidemiológica destina-se à tomada de decisões;
Historicamente, notificação compulsória: processo informação-decisão-ação.
Outras bases de dados dos sistemas nacionais de informação:
Laboratórios
Investigação epidemiológica
Imprensa e população 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Aspectos que devem ser considerados na notificação:
Notificar a simples suspeita da doença. Não se deve aguardar a confirmação do caso para se efetuar a notificação, pois isto pode significar perda da oportunidade de intervir eficazmente;
A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico -sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos;
 O envio dos instrumentos de coleta de notifi cação deve ser feito mesmo na ausência de casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Retroalimentação do sistema:
Retorno regular de informações às fontes produtoras, demonstrando a sua contribuição no processo.
Podendo variar desde a simples consolidação dos dados até análises epidemiológicas complexas correlacionadas com ações de controle.
Disseminação periódica de informes epidemiológicos sobre a situação local, regional, estadual, macrorregional ou nacional
Organização de boletins informativos.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE (SIM) 
Criado pelo DATASUS para a obtenção regular de dados sobre mortalidade no país;
Há mais de 1250 anos a.C., a notificação do óbito era compulsória com a finalidade de recolhimento de impostos;
As primeiras publicações sobre estatísticas vitais, surgiram apenas em 1837, na Inglaterra, com William Farr;
No Brasil, somente na década de 1970 um sistema de informação de saúde se sedimentou;
Cada pessoa que morre no país tem preenchida uma Declaração de Óbito (DO), padronizada para todo o Brasil;
DO é composta por diferentes campos;
É a DO que alimentará o SIM.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE (SIM) 
Vantagens do SIM 
A sua cobertura é nacional e tem alta abrangência;
O formulário da DO é distribuído gratuitamente em todo o território nacional;
A notificação dos óbitos é obrigatória;
A qualidade do preenchimento das declarações e
sua cobertura vêm sendo ampliadas.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE (SIM) 
Limitações do SIM 
Em algumas localidades há cemitérios clandestinos e muitas pessoas são enterradas sem a necessidade de preenchimento da DO;
Ainda ocorrem erros de preenchimento, e muitas DOs encontram-se incompletas em vários campos;
Há diferenças regionais na qualidade de preenchimento das declarações, com melhores indicadores no Sul e Sudeste do país.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS (SINASC) 
O DATASUS desenvolveu o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) visando reunir informações epidemiológicas referentes aos nascimentos informados em todo território nacional; 
Sua implantação ocorreu de forma lenta e gradual em todas as Unidades da Federação;
O SINASC coleta dados sobre todos os nascidos vivos no Brasil, independentemente se o nascimento se deu numa instituição pública, privada ou no domicílio.
Logo após o parto, é preenchida a Declaração de Nascido Vivo (DN) por um profissional treinado, não necessariamente por um médico (como ocorre na DO);
A DN foi criada no Brasil em 1990;
Assim como no caso do SIM, o documento tem três vias;
A DN é composta por diferentes blocos de informações.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS (SINASC)
Limitações do SINASC
Mais uma vez, destaca-se o sub-registro dos dados em muitas localidades do país;
Diversas crianças nascem e não têm preenchida a sua DN;
Mesmo quando preenchida a DN, em alguns casos, há registro inadequado ou incompleto dos campos que a compõem;
De qualquer maneira, como dito anteriormente, o preenchimento vem melhorando muito, e o SINASC é considerado um sistema de informações bastante confiável.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN)
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória;
Os profissionais da saúde são obrigados a comunicar aos gestores do SUS;
A lista é atualizada e publicada pelo Ministério da Saúde;
Os estados e municípios podem incluir outros problemas de saúde relevantes para as suas regiões.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN)
Assim, sempre que na Unidade de Saúde, por exemplo, um profissional identificar um caso de rubéola, deve preencher uma Ficha Individual de Notificação; 
Será gerada uma Ficha Individual de Investigação, que é um roteiro de investigação para que se identifique a fonte de infecção e como se deu a transmissão da doença; 
 Os municípios devem enviar os dados aos estados e estes devem repassar ao Ministério da Saúde.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN)
O SINAN tem como objetivos:
Monitorar a saúde da população e prever a ocorrência de eventos; 
Fornecer subsídios para explicações causais, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas;
Auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção e avaliar o impacto das ações de controle desenvolvidas. 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES HOSPITALARES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SIH-SUS)
Originalmente, o SIH foi implementado para ordenar os pagamentos das internações e para permitir controle e auditoria destas no âmbito do setor público;
Destaca-se que os dados oriundos do SIH referem-se apenas às internações financiadas pelo Sistema Único de Saúde;
Cada internação que ocorre pelo SUS exige o preenchimento de uma Autorização de Internação Hospitalar (AIH);
As informações coletadas pela AIH são relativas ao paciente;
SISTEMA DE INFORMAÇÕES HOSPITALARES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SIH-SUS)
O SIH tem como vantagem o fato de abranger um extenso número de instituições de saúde pertencentes ou credenciadas ao SUS; 
Suas limitações estão, sobretudo, relacionadas ao mal preenchimento de algumas fichas e ao fato de mudanças na forma de pagamento e financiamento do SUS poderem alterar a quantidade e a qualidade das AIHs preenchidas.
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE ATENÇÃO BÁSICA (SIAB)
O Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB foi implantado em 1998 em substituição ao Sistema de Informação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde - SIPACS;
Diferente dos SIS que vimos anteriormente, o SIAB está mais próximo da ESF (Estratégia Saúde da Família), seja na coleta dos dados, na sua análise ou na possibilidade de subsidiar ações locais;
Segundo o Ministério da Saúde, O SIAB é um sistema idealizado para agregar e para processar as informações sobre a população visitada;
Estas informações são recolhidas em fichas de cadastramento e de acompanhamento e analisadas a partir dos relatórios de consolidação dos dados.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE ATENÇÃO BÁSICA (SIAB) 
Instrumentos de coletas de dados do SIAB
Cadastramento das famílias – Ficha A
Acompanhamento de gestantes – Ficha B-GES
Acompanhamento de hipertensos – Ficha B-HAS
Acompanhamento de diabéticos – Ficha B-DIA
Acompanhamento de pacientes com tuberculose – Ficha B-TB
Acompanhamento de pacientes com hanseníase – Ficha B-HAN
Acompanhamento de crianças – Ficha C 
Registro de atividades, procedimentos e notificações – Ficha D
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE ATENÇÃO BÁSICA (SIAB) 
Essas fichas descritas são consolidadas nos seguintes relatórios
Consolidado anual das famílias cadastradas – Relatórios A1, A2, A3 e A411;
Situação de saúde e acompanhamento das famílias – Relatórios SSA2 e SSA4;
Produção e marcadores para avaliação – Relatórios PMA2 e PMA4.
e-SUS A NOVA ESTRATÉGIA PARA REESTRUTURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA SAÚDE BÁSICA 
Também denominado Sistema de Informação da Atenção Básica, só que representado pela sigla SISAB;
É uma estratégia do Departamento de Atenção Básica para reestruturar as informações da Atenção Básica em nível nacional;
A estratégia e-SUS faz referência ao processo de informatização qualificada do SUS em busca de um SUS eletrônico;
Com a implantação do e-SUS-AB, pretende-se reduzir a carga de trabalho empregada na coleta, inserção, gestão e uso da informação na Atenção Básica à Saúde.
As principais premissas do e-SUS-AB são
Reduzir o retrabalho de coleta dados;
Individualização do registro;
Produção de informação integrada;
Cuidado centrado no indivíduo, na família e na comunidade e no território;
Desenvolvimento orientado pelas demandas do usuário da saúde.
e-SUS A NOVA ESTRATÉGIA PARA REESTRUTURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA SAÚDE BÁSICA 
As principais diferenças entres SIAB e SISAB são
e-SUS A NOVA ESTRATÉGIA PARA REESTRUTURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA SAÚDE BÁSICA 
As principais diferenças entres SIAB e SISAB são
e-SUS A NOVA ESTRATÉGIA PARA REESTRUTURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA SAÚDE BÁSICA 
As principais diferenças entres SIAB e SISAB são
e-SUS A NOVA ESTRATÉGIA PARA REESTRUTURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA SAÚDE BÁSICA 
Já no que diz respeito aos aspectos tecnológicos da informação, as principais diferenças nos programas (softwares) do SIAB e SISAB podem ser observadas no quadro a seguir
e-SUS A NOVA ESTRATÉGIA PARA REESTRUTURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA SAÚDE BÁSICA 
e-SUS A NOVA ESTRATÉGIA PARA REESTRUTURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA SAÚDE BÁSICA 
Segundo o Brasil, tais formatos de implementação podem ser caracterizados da seguinte forma
e-SUS AB CDS – software para Coleta de Dados Simplificada;
e-SUS AB PEC – Software com Prontuário Eletrônico do Cidadão;
Portanto, a escolha do formato de implantação vai depender da infraestrutura que o município possui no momento da implantação.
A complexidade do sistema de coleta de dados também vai depender do formato do e-SUS-AB implantado, como pode ser observado no quadro a seguir
e-SUS A NOVA ESTRATÉGIA PARA REESTRUTURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA SAÚDE BÁSICA 
e-SUS A NOVA ESTRATÉGIA PARA REESTRUTURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA SAÚDE BÁSICA 
O e-SUS-AB CDS utilizará sete fichas para o registro das informações, que estão divididas em três blocos;
Já
o e-SUS-AB PEC será capaz de coletar mais informações, sendo essas compiladas em 7 módulos.
e-SUS A NOVA ESTRATÉGIA PARA REESTRUTURAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA SAÚDE BÁSICA 
O USO DA EPIDEMIOLOGIA NO CONTEXTO DAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
Começando com as aplicações da epidemiologia, podemos identificar pelo menos quatro usos na USF:
Diagnóstico da situação de saúde;
Investigação etiológica;
Determinação de risco;
Planejamento e organização do serviço.
O USO DA EPIDEMIOLOGIA NO CONTEXTO DAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
Com os dados coletados mensalmente na USF, podem ser calculadas as principais medidas de frequência de uma doença
Incidência: novos casos de dengue e taxa de manutenção de uma doença na população;
Prevalência: hipertensão arterial (casos novos + casos antigos).
Também é possível calcular os indicadores de mortalidade e morbidade. Além desses, mensalmente são levantados dados sobre a saúde das crianças menores de 2 anos, o que possibilita construir indicadores de crescimento e desenvolvimento dessas crianças, averiguados nas curvas de crescimento e desenvolvimento presentes no Cartão da Criança.
O USO DA EPIDEMIOLOGIA NO CONTEXTO DAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
Além da coleta de dados diários que alimentam os Sistemas de Informação em Saúde, os profissionais de saúde da USF coletam dados que alimentam o:
SISPRENATAL;
SINAN;
HIPERDIA; 
SISCOLO.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM TEMPOS DE COVID-19
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM TEMPOS DE COVID-19
O COVID-19 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO PARA POPULAÇÃO GERAL 
CONCLUSÕES FINAIS 
É importante a compreensão que a investigação epidemiológica se trata de uma pesquisa de campo, a partir dos casos notificados, a fim de: identificar fonte de infecção e modo de transmissão, identificar grupos expostos, confirmar diagnóstico, determinar características epidemiológicas; com o objetivo final de orientar medidas de controle para impedir ocorrências de novos casos.A Epidemiologia pode ser definida, de forma bastante preliminar, como a disciplina que estuda os determinantes do processo saúde-doença nas populações. Ao se iniciar qualquer investigação acerca do processo saúde-doença, algumas perguntas fundamentais devem ser formuladas, no intuito de descrever e mesmo comparar grupos ou subgrupos populacionais em relação a distribuição de doenças (morbidade) ou óbitos (mortalidade).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1]. https://ares.unasus.gov.br/assetstore/37/52/69/37526977859140716131665198799384657433
[2]. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica. 7. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 816 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
[3]. Epidemiologia: conceitos e aplicabilidade no Sistema Único de Saúde/Regimarina Soares Reis (Org.). - São Luís: EDUFMA, 2017.
[4] Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005.

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