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Prof. Maurício Manzalli UNIDADE II Finanças e Orçamentos Públicos Familiarizar o discente com o assunto específico de planejamento, orçamento e finanças públicas, tanto do ponto de vista teórico, quanto do ponto de vista prático. Entender como, a partir das iniciativas gerenciais do setor privado, o governo avança em termos de processo orçamentário, pela introdução das práticas gerenciais da iniciativa privada. Objetivos da disciplina Conceito de finanças e orçamentos. Tópicos importantes de finanças públicas. Falhas de mercado. Funções do governo. Planejamentos e orçamentos. Planejamento na iniciativa privada. Planejamento no setor público. Temas da unidade I Histórico do planejamento no Brasil. Investimentos e carga tributária. Receitas e despesas do setor público: classificações. Temas da unidade II Estado: função explícita de planejamento. É uma imposição constitucional. No Brasil, o assunto é tratado na Constituição Federal de 1988. Histórico do planejamento no Brasil Razões da expansão do Estado no Brasil: expandir a produção em decorrência de um setor privado restrito; amenizar efeitos de crises externas; controlar a expansão de capital estrangeiro; industrialização; Estado desenvolvimentista. Histórico do planejamento no Brasil Antes de 1930 e depois de 1930 Até então, não existia um planejamento deliberado. Década de 1930: ações em resposta às crises internacionais. Proteção de setores: água, energia, combustível, cafeicultura, indústria local. Administração de taxa de juros e criação de linhas de financiamento. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Décadas de 1940 e 1950 1942 = criação da CSN e da CVRD. 1943 = criação da FNM – Fábrica Nacional de Motores. 1952 = criação do BNDE. 1953 = criação da Petrobras. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Década de 1950 Nacional desenvolvimentismo enquanto projeto industrializante. Juscelino Kubitschek e o Plano de Metas. Setores de investimentos: energia; transportes; indústria básica; educação; alimentação. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Desfecho do Plano de Metas. Crescimento da produção industrial. Crescimento da produção de automóveis. Ingresso de capitais. Ingresso de empresas multinacionais. Intensidade no uso de tecnologia importada. Economia doméstica dependente de importação tecnológica. Contas externas deterioradas. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Vários foram os efeitos positivos do Plano de Metas para a economia brasileira do período, exceto: a) a construção da capital federal. b) o investimento público e privado. c) a participação das empresas multinacionais auxiliando o crescimento econômico. d) a expansão do mercado de trabalho. e) contas de balanço de pagamentos negativas, principalmente em transações correntes. Interatividade Período do governo militar – diretrizes: criação das condições para o crescimento econômico; consolidação do sistema capitalista; aprofundar a integração da economia brasileira ao mercado internacional; transformar o Brasil em potência mundial, colocando-o na trajetória do desenvolvimento. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Governo João Goulart: Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social Ano: 1962, compreendendo o período de 1963 a 1965. Preocupação principal do Plano: inflação e seus elementos impulsionadores – excesso de demanda impulsionada por gastos públicos. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social – metas: crescimento do produto nacional; reforma agrária; melhorar relacionamento financeiro com o setor externo; diminuição da pressão inflacionária; melhoria na qualidade do ensino; o Plano foi ao fracasso devido ao golpe militar de 1964. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Período 1964-1967 Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Ato Institucional nº 1: controle à informação; eliminação do direito à greve; eleições indiretas; criação do BNH e do Bacen; instituição da correção monetária; instauração do regime autoritário. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Vive-se um modelo de substituição de importações Reforço à industrialização interna. Proteção ao empresariado nacional. Deterioração dos termos de troca entre importações e exportações. Esgotamento do modelo em função de instabilidades e distorções. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Vive-se um modelo de substituição de importações Distorções: processo inflacionário; capital intensivo na produção (poupador de mão de obra); presença do setor público em diferentes setores; estagnação da agricultura. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Período 1964-1966: PAEG Recolocar a economia brasileira na trajetória do desenvolvimento. Políticas do PAEG: política de crédito ao governo; política de crédito ao setor privado; política salarial. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Década de 1970: milagre econômico Costa e Silva (1967-69): PED Plano Estratégico do Governo. Médici (1969-1974): I PND – Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento. Ernesto Geisel (1975-1979): II PND. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Década de 1980 Nova República. José Sarney: março de 1985. Planos de estabilização: Plano Cruzado e Cruzado 2 (1986); Plano Bresser (1987); Plano Verão (1987). Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Décadas de 1990 e 2000 Fernando Collor de Mello: Plano Collor. Itamar Franco: governo de transição e Plano Real. Fernando Henrique Cardoso: estabilidade; crescimento; desenvolvimento. Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Anos 2000 em diante Governos: Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010); Dilma Rousseff (dois mandatos). Histórico do planejamento no Brasil: cronologia Em todos os planos econômicos da década de 1980 em diante, é recorrente: I. o ataque ao processo inflacionário. II. o problema do déficit público. III. a retomada de crescimento. É correto o que se afirma em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I, II e III. Interatividade Receitas públicas Conjunto de arrecadação com fontes e fatores geradores próprios e permanentes. Arrecadação tributária: principal fonte de recursos utilizados no financiamento dos programas governamentais. Receitas do setor público Receitas públicas Classificação das receitas orçamentárias: da captação dos recursos; da origem dos recursos; do orçamento a que estão vinculadas. Receitas do setor público Receitas públicas Da captação dos recursos: receitas próprias ou transferências: receitas próprias: arrecadadas pelo próprio ente arrecadador (União, Estados, Municípios); transferências: repasses entre os entes federativos. Receitas do setor público Receitas públicas Da origem dos recursos: receitas correntes: tributária; contribuições; patrimônio; indústria, serviços e agricultura. receitas de capital: crédito; alienação de bens; amortizações. Receitas do setor público Receitas públicas Do orçamento a que estão vinculadas: orçamento da seguridade social; orçamento fiscal. Receitas do setor público Receitas públicas Classificação de categorias: Impostosobre Patrimônio; Imposto sobre Renda; Imposto sobre Venda de Mercadorias e Serviços. Apesar da classificação, é difícil entender onde se localiza o ônus da tributação: se sobre o vendedor ou sobre o comprador. Receitas do setor público Receitas públicas Tributo direto: são os contribuintes que arcam com o ônus da respectiva contribuição. Tributo indireto: os contribuintes podem transferir o ônus da contribuição para terceiros. Receitas do setor público É exemplo de imposto sobre patrimônio: a) ICMS. b) IPI. c) IPVA. d) ISS. e) IRRF. Interatividade Despesas públicas Apresentam-se como uma escolha política por parte dos governos quando se anunciam os diversos serviços e bens públicos oferecidos na sociedade. Devem-se diferenciar gastos governamentais de gastos públicos. Despesas do setor público Despesas públicas Gastos governamentais: são as despesas realizadas pelas unidades que compõem a administração governamental direta e indireta. Gastos públicos: compreendem os gastos governamentais e as despesas do governo com as empresas estatais e sua produção. Despesas do setor público Despesas públicas Os gastos públicos permitem com que o governo exerça suas funções, o que é efetuado em diferentes frentes de atuação: saúde; educação; defesa nacional; policiamento; regulação; justiça; assistencialismo. Despesas do setor público Despesas públicas Classificação do gasto público: quanto à finalidade do gasto; quanto à natureza do dispêndio; quanto ao agente encarregado da execução. Despesas do setor público Despesas públicas Quanto à finalidade do gasto: funções, programas e subprogramas; atende ao orçamento-programa; permite ao governo a agregação dos valores gastos em cada uma das atividades em suas diferentes áreas de atuação. Despesas do setor público Despesas públicas Quanto à natureza do dispêndio: custeio; investimentos; transferências; inversões financeiras. Despesas do setor público Despesas públicas Quanto ao agente encarregado da execução: administração pública direta ou de forma descentralizada; empresas públicas; instituições autônomas. Despesas do setor público Despesas públicas Classificação institucional da despesa: natureza da despesa – se corrente ou de capital; grupo de natureza da despesa; modalidades de aplicação; elementos da despesa. Despesas do setor público Despesas públicas Classificação funcional da despesa: função; subfunção; encargos especiais; programa; projeto; atividade; operações especiais. Despesas do setor público Despesas públicas Estágios da despesa: previsão orçamentária da despesa; fixação da despesa pelo legislativo; processo licitatório; empenho; liquidação; pagamento. Despesas do setor público Quanto às despesas públicas, é incorreto dizer que: a) custeio é o mesmo que gastos com folha de salários do funcionalismo público. b) toda despesa necessita de um empenho. c) todas as receitas devem estar vinculadas às despesas específicas. d) os gastos públicos são maiores do que os gastos governamentais, por definição. e) o processo licitatório é regido pela Lei nº 8.666/93. Interatividade ATÉ A PRÓXIMA!
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