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Psicologia_2

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( 2 )
Teorias psicológicas
Cláudia Vaz Torres
Nesta unidade,	 refletiremos	 sobre	 algu-
mas Teorias psicológicas como o Behaviorismo, a Gestalt, 
a Psicanálise e a Psicologia Sócio-histórica, seus conceitos, 
fundamentos e contribuições para os estudos sobre o ser 
humano. Em razão d à complexidade da temática, apresen-
taremos, apenas, de modo resumido, alguns conceitos con-
cernentes às Teorias psicológicas.
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(2.1)
Behaviorismo
 
O Behaviorismo é considerado uma das principais teo-
rias da Psicologia do século XX. Propõe um modelo de ciência 
que enfatiza a observação e a interação organismo-contexto 
na análise do comportamento humano. Termos como Com-
portamentalismo e Comportamentismo são encontrados na 
literatura para denominar esta tendência.
O	termo	inglês	behavior	significa	comportamento,	e	o	
projeto de uma psicologia, cujo objeto era o comportamento, 
foi originalmente elaborado por John Watson (1878-1958). 
Em 1913, John B. Watson (1878-1958) escreveu um ma-
nifesto que enfatizou o comportamento como objeto de estu-
do da psicologia e o interesse sobre o modo como o ser hu-
mano responde a diversas situações em um dado ambiente. 
O manifesto “A psicologia como o behaviorista a vê” criticava 
a utilização dos processos e conteúdos mentais que estives-
sem envolvidos na percepção, memória, imaginação, racio-
cínio, etc., como objeto de estudo da Psicologia. Para Watson, 
o método para detectar e analisar comportamentos observá-
veis deveria ser,unicamente, a observação e a experimentação 
(método de qualquer ciência). 
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(2.2)
Psicologia como “ciência do 
comportamento”
Para	 Figueiredo	 e	 Santi	 (2006),	 Watson	 redefiniu	 a	
psicologia como “ciência do comportamento” e livrou-se do 
método da auto-observação para estudar o comportamento 
humano.	Nos	 seus	 estudos,	 teve	 influencia	 de	 Ivan	 Pavlov	
(1849-1936),	fisiologista	que	criou	o	conceito	de	reflexo	condi-
cionado, a partir de uma pesquisa sobre as glândulas diges-
tivas dos cães, e estudou a formação das respostas condicio-
nadas e outros fenômenos como o reforço (elemento essencial 
para que a aprendizagem ocorra), a extinção de resposta, a 
generalização, a discriminação, entre outros. 
O	 método	 do	 reflexo	 condicionado	 foi	 adotado	 por	
Watson em razão de ser um método objetivo de análise do 
comportamento, ou seja, de redução do comportamento às 
suas unidades elementares, os vínculos estímulo-resposta. 
Para Watson, todo comportamento podia ser reduzi-
do às unidades de estímulo-resposta (SR), o que permitia a 
investigação do comportamento humano em laboratório. Fi-
gueiredo e Santi (2006) analisam a importância dos estudos 
sobre o comportamento:
Com o comportamentalismo, pela pri-
meira vez, os estudos psicológicos “de-
ram as costas” à experiência imediata. 
Tudo aquilo que faz parte da experiên-
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cia subjetiva individualizada deixa de 
ter lugar na ciência, seja porque não 
tem importância seja porque não é 
acessível aos métodos objetivos da ciên-
cia. Nessa medida, o “sujeito” do com-
portamento não é um sujeito que sente, 
pensa, decide, deseja e é responsável 
por seus atos: é apenas um organismo. 
Enquanto organismo, o ser humano se 
assemelha a qualquer outro animal, e é 
por isto que essa forma de conceber a 
psicologia científica dedica uma grande 
atenção aos estudos com seres não hu-
manos, como ratos, pombos e macacos, 
entre outros. Esses sujeitos não falam, 
mas isto não representa um obstáculo 
para o comportamentalismo de Watson, 
já que ele não tem o mínimo interesse 
na “vivencia” do sujeito, na sua experi-
ência imediata. O comportamentalismo 
watsoniano interessa-se exclusivamen-
te pelo comportamento observável, com 
o objetivo muito prático de provê-lo e 
controlá-lo de forma mais eficaz. (FI-
GUEIREDO; SANTI, 2006, p. 66-67)
Depreendemos, com base nos autores, que Watson 
interessava-se pelo estudo do comportamento observável, 
mensurável e que pudesse ser reproduzido em outras cir-
cunstâncias.	Tecia	críticas	ao	que	não	poderia	ser	verificado	
por uma observação independente e os relatos introspectivos 
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como instrumentos metodológicos de pesquisa.
Posteriormente, Skinner (1981), utilizando procedi-
mentos experimentais nas suas pesquisas sobre o comporta-
mento, trouxe contribuições ao estudo das interações entre 
organismos vivos e seus ambientes.
Skinner (1981) analisava o comportamento como uma maté-
ria difícil, que exige do cientista grandes técnicas de engenhosidade.
Queremos saber por que os homens se 
comportam da maneira como fazem. 
Qualquer condição ou evento que te-
nha algum efeito demonstrável sobre o 
comportamento deve ser considerado. 
Descobrindo e analisando estas causas 
poderemos prever o comportamento, 
poderemos controlar o comportamento 
na medida em que o possamos manipu-
lar. (SKINNER, 1981, p. 34)
Skinner procurou analisar as causas do comportamen-
to, criticava a tendência na Psicologia de explicar o compor-
tamento em termos de um agente inferior, sem dimensões fí-
sicas, chamado “mental” ou “psíquico”. Para o autor, o hábito 
de buscar uma explicação do comportamento dentro do orga-
nismo tende a obscurecer as variáveis que estão fora do orga-
nismo, no seu ambiente e em sua história ambiental. Assim, é 
possível prever o comportamento se conhecermos o máximo 
possível sobre as variáveis e suas relações com o comporta-
mento. Para tanto, é necessário investigar quantitativamente 
os efeitos de cada variável com os métodos e as técnicas de 
uma ciência de laboratório.
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O Behaviorismo de Skinner ficou conhecido como 
Behaviorismo Radical. Esta designação foi feita pelo pró-
prio Skinner para se referir à filosofia da análise experi-
mental do comportamento. 
O termo radical vem de raiz, no sentido em 
que se designaria uma proposta que se atém 
ao estudo do comportamento a partir do 
próprio comportamento, sem o recurso ex-
plicativo a qualquer outra entidade. (CAN-
ÇADO; SOARES; CIRINO, 2006, p. 188) 
O Behaviorismo formula importantes conceitos para 
compreensão das nossas interações com o ambiente, como o 
comportamento operante. Vamos conhecê-los:
•	 Comportamento operante - abrange as atividades hu-
manas. Descreve a ação do organismo sobre o meio do qual 
emergem as consequências do comportamento. As respostas 
são	definidas	por	sua	relação	com	a	consequência.	Para	Skin-
ner (1981), então, o que propicia a aprendizagem dos compor-
tamentos é ação do organismo sobre o meio e o efeito que 
resulta desta ação. O comportamento operante faz referência 
à interação sujeito-ambiente e é fundamental a relação entre a 
ação do organismo e as consequências que, por produzir uma 
alteração ambiental, age sobre o sujeito, alterando a probabili-
dade futura da resposta. 
•	 Comportamento respondente ou reflexo - abrange os 
comportamentos não voluntários. Para Bock, Furtado e Tei-
xeira (2008), os comportamentos respondentes são interações 
estímulo-resposta incondicionadas. Os estímulos eliciam certas 
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Fonte:UNIFACS
A maioria das nossas ações evidenciam comportamentos 
operantes, pois referem-se à interação sujeito-ambiente. Segundo 
Skinner (1981), operamos sobre o mundo em função das conse-
quências criadas pela nossa ação. Os reforçadores estão presentes 
quando alteram a probabilidade futura da ocorrência desta res-
posta. O reforço pode ser positivo, queconsiste em todo evento 
que aumenta a probabilidade da resposta que o produz, ou nega-
tivo, que diz respeito a todo evento que aumenta a probabilidade 
futura da resposta que o remove ou atenua. 
Segundo Skinner (1981):
No condicionamento operante fortalece-
mos um operante, no sentido de tornar a 
respostas do organismo que independem da aprendizagem. 
Os autores acrescentam que essas interações também podem 
ser provocadas por estímulos que não provocavam esse tipo de 
resposta, para tanto, é preciso parear temporalmente esses estí-
mulos	com	estímulos	eliciadores,	em	situações	bem	específicas.	
Essas	novas	interações,	chamadas	de	reflexos,	são	condiciona-
das (aprendidas) devido ao pareamento.
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resposta mais provável ou, de fato mais 
frequente. No condicionamento pavlo-
viano ou respondente o que se faz é au-
mentar a magnitude da resposta eliciada 
pelo estímulo condicionado e diminuir o 
tempo que decorre entre o estímulo e a 
resposta. (SKINNER, 1981, p. 74)
Compreende-se, com o autor, que, através do condi-
cionamento operante, o meio ambiente modela o repertório 
básico com o qual andamos, trabalhamos, praticamos espor-
tes, tocamos instrumentos, falamos, escrevemos, dirigimos, 
entre outros. A presença dos reforços modela o repertório 
comportamental	e	aumenta	a	eficiência	do	comportamento	e	
o mantém fortalecido por muito tempo, mesmo depois que a 
aquisição	ou	a	eficiência	já	tenha	perdido	o	interesse.
Os conceitos do Behaviorismo têm aplicação na edu-
cação, clínicas psicológicas, treinamento nas empresas, pu-
blicidade, entre outros. 
Vamos conhecer uma outra importante teoria da Psicologia.
(2.3)
Gestalt
“[...] é no campo da experiência, da-
quilo que nós percebemos tal e como 
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percebemos, que nós nos comporta-
mos, agimos e nos emocionamos.” 
(MORAES, 2006, p.308)
Você sabe o que significa Gestalt? Já ouviu falar?
A Teoria da Gestalt nasceu na Europa e postulava a ne-
cessidade de compreensão do ser humano como uma totalida-
de, aceitava o valor da consciência e criticava a tentativa de ana-
lisá-la em elementos, como também fazia oposição às tendências 
psicológicas do século XIX que fragmentavam as ações humanas.
A	 palavra	 alemã	Gestalt,	 explicam	 Schultz	 e	 Schultz	
(1981),	 causou	 dificuldades	 na	 compreensão	 do	movimento	
porque não tem um equivalente exato em outras línguas. O 
emprego da palavra em alemão refere-se à forma como pro-
priedade dos objetos e, também, como um todo ou entidade 
concreta que tem, como um dos seus atributos, uma forma ou 
configuração	específica.	
Bock, Furtado e Teixeira (2008) analisam que embora 
a Teoria da Gestalt tenha sido importante e complexa, não 
prosperou como as outras teorias. Porém, muitos estudos e 
pesquisas iniciaram-se a partir dos conceitos de forma e da 
noção de totalidade, como as pesquisas de Kurt Lewin sobre 
a dinâmica dos grupos e sobre o conceito de campo social, 
que é formado tanto pelas características da pessoa quanto 
pelas características do meio onde a pessoa está inserida. 
Kurt Lewin analisou a partir da teoria de campo da 
física que as atividades psicológicas da pessoa ocorrem numa 
espécie de campo psicológico, denominado de espaço vital. O 
campo compreende os eventos passados, presentes e futuros 
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que	possam	influenciar	uma	pessoa.	Do	ponto	de	vista	psico-
lógico, cada um desses eventos pode determinar o compor-
tamento a partir das interações das necessidades da pessoa 
com o ambiente psicológico (SCHULTZ; SCHULTZ, 1981). 
Vamos conhecer mais sobre os fundamentos desta teoria, 
que	 tem	 como	 orientação	filosófica	 a	 fenomenologia.	A	partir	
desses	 fundamentos	filosóficos,	 a	preocupação	 incidia	na	per-
cepção, no modo como as pessoas compreendiam o seu entorno. 
Moraes	(2006)	analisa	que	um	dos	desafios	da	psico-
logia do século XIX era encontrar parâmetros que permi-
tissem uma investigação experimental da sensação como 
experiência psicológica.
A sensação, importante conceito para compreender a 
relação entre a experiência e o mundo físico, era compreen-
dida	como	um	acontecimento	fisiológico,	provocado	pelo	es-
tímulo	 físico	que	causava	uma	modificação	no	corpo,	e	um	
acontecimento psicológico, porque essa experiência tinha na 
sensação seu fundamento.
No	final	do	século	XX,	com	os	avanços	das	pesquisas	
em psicologia, ocorreu o reconhecimento dos limites da sen-
sação	para	definição	da	experiência	psicológica.	A	psicologia	
passou a investigar não o conteúdo da experiência, mas sim 
o ato de representar. A distinção entre o ato e o conteúdo 
tornou-se fundamental para a compreensão da experiência 
psicológica (MORAES, 2006).
Tratava-se, então, de analisar a importância das rela-
ções	entre	as	sensações	e,	não	apenas	definir	a	experiência	
através das sensações.
Imagine que você esteja escutando a famosa música “Ga-
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rota de Ipanema”, de Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim. 
Agora, imagine a mesma música sendo cantada por João Gilberto 
e, depois, por Gal Costa. A melodia é a mesma, no entanto, o tom 
no qual a música é executada por cada um é bem diferente. 
Para escutar as diferentes interpretações da música, indicamos os vídeos: 
http://www.youtube.com/watch?v=6LrUHQky71Y
http://www.youtube.com/watch?v=ITsKmGfiStY&feature=related
Por que somos capazes de reconhecer a identidade da 
música em diferentes tons?
Vamos ler um pequeno texto que permitirá a compre-
ensão da razão do reconhecimento da melodia em um tom 
diferente	do	habitual	e	provocará	a	reflexão	sobre	a	 impor-
tância do deslocamento das pesquisas em psicologia da no-
ção de sensação para as relações entre as sensações.
Tomemos, por exemplo, uma melodia 
(A). Nós podemos transpô-la para outro 
tom, formando uma melodia (B). Nes-
sa transposição de (A) para (B), todas 
as notas se alteram. No entanto, somos 
perfeitamente capazes de perceber a se-
melhança entre (A) e (B). Ora, se todos 
os elementos variam quando fazemos 
a transposição da melodia, por que so-
mos capazes de reconhecer a semelhança 
entre (A) e (B)? Podemos, por exemplo, 
reconhecer a música Garota de Ipanema, 
de tom Jobim e Vinicius de Moraes, em 
qualquer tom que a executemos. Por que 
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somos capazes de reconhecer a identida-
de da música mesmo quando alteramos 
o tom no qual a música é executada? A 
semelhança percebida não pode advir 
das sensações, dos elementos, já que to-
dos os elementos se modificam quando 
ocorre a transposição de um tom para 
outro. (MORAES, 2006, p. 303)
Então, qual a sua ideia?
O reconhecimento da identidade da música em dife-
rentes tons evidencia que reconhecemos as relações entre 
os elementos, e não os elementos isoladamente. Percebe-
mos, então, a importância da qualidade estrutural, que diz 
respeito às relações entre os elementos. Então, esta análise 
da melodia em diferentes tons expressa o limite da sensa-
ção, explica que há algo que não se reduz ao campo das 
sensações consideradas isoladamente.
Assim, entendemos que o campo da sensibilidade é 
formado por sensações e qualidades estruturais. O conceito 
de qualidade estrutural diz respeito à forma ou estrutura. 
Para que possamos compreender uma situação, não podemos 
limitar a nossa análise aos elementos que constituem a situa-
ção, mas devemos analisar as relações entre esses elementos.
No	início	do	século	XX,	Wertheimer,	Koffka	e	Kohler,	no-
mes integrantes da Escola de Berlim, investigaram a experiência 
psicológica tomandocomo referência a percepção tal como é vi-
venciada por cada um de nós, com a compreensão de que a expe-
riência perceptiva é marcada por relações de sentido e de valor e 
não apenas por um acúmulo de sensações. (MORAES, 2006).
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Fonte: Banco de dados ThinkStock
1- Proximidade: partes que estão próximas no tempo 
ou no espaço parecem formar uma unidade e tendem a ser 
percebidas juntas. 
2- Continuidade: na percepção, há uma tendência de se-
guir uma direção, de vincular os elementos de uma maneira que 
os faça parecer contínuos ou seguindo uma direção particular.
Em 1923, os princípios da organização da percepção 
foram apresentados. A proposta era que os objetos deveriam 
ser	percebidos	como	totalidades	unificadas,	e	não	como	aglo-
merados de sensações individuais. A organização da percep-
ção ocorre de modo instantâneo, assim que entramos em con-
tato com os elementos que estão ao nosso redor.
A partir dos exemplos da organização da per-
cepção, analisaremos os princípios da organização 
perceptiva. (MORAES, 2006).
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Fonte: Banco de dados ThinkStock
3- Semelhança: partes semelhantes tendem a ser vistas 
juntas como se formassem um grupo.
4-	 Complementação:	 tendemos	 a	 completar	 figuras	
incompletas e preencher lacunas.
5- Simplicidade: de acordo com as condições do estí-
mulo,	tendemos	a	ver	uma	figura	completa	e	organizada,	sig-
nificando	que	há	uma	boa	gestalt,	simétrica,	simples	e	estável.
6-	Figura	e	fundo:	a	figura	destaca-se	do	fundo,	assim	ten-
demos	a	organizar	as	percepções	no	objeto	observado,	a	figura.
Fonte: Banco de dados ThinkStock
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(2.4)
Psicanálise
“Palavras suscitam afetos e são, de modo 
geral, o meio de mútua influência entre 
os homens.” (FREUD, 1915, p. 29)
A Teoria Psicanalítica, concebida por Sigmund Freud, 
representou um grande avanço na teoria social e nas ciências 
humanas ao abrir um caminho para uma diferente orientação 
no mundo e na ciência. Freud (1913), médico vienense, propôs, 
na última década do século XIX, conceitos que alicerçaram a 
psicanálise como o inconsciente, a repressão, a sexualidade in-
fantil, a relação entre sintomas neuróticos e fenômenos da vida 
Para a Gestalt, esses princípios estão presentes nos diver-
sos estímulos. 
Contribuições da teoria:
A Gestalt tem inspirado diversas pesquisas e, conforme 
analisam	Schultz	e	Schultz	(1981),	ao	contrário	da	teoria	do	com-
portamentalismo, a psicologia da Gestalt conserva sua identida-
de distinta ao enfatizar a experiência consciente como problema 
legítimo da psicologia e admite que não é possível investigá-la 
com a mesma precisão e objetividade, como o comportamento 
manifesto é estudado. 
Analisaremos uma outra importante teoria, a Psicanálise.
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psíquica normal, entre outros conceitos do tratamento analíti-
co.	Freud	(1913),	ao	afirmar	que	somos	determinados	por	pro-
cessos psíquicos inconscientes, descentrou o pensamento car-
tesiano que concebia o homem como um ser racional, pensante 
e consciente, situado no centro do conhecimento.
Para Freud, a psicanálise, como um importante campo 
de saber, reivindicou o seu estatuto de ciências naturais, ou 
seja, sujeita à metodologia rigorosa, domínio de fenômenos 
físicos e ou naturais e, também, reivindicou um lugar nas ci-
ências humanas pela sua dimensão interpretativa de um tipo 
de fenômeno psíquico que é o inconsciente.
A história do desenvolvimento da psicanálise é mar-
cada pelo interesse de Freud pelo estudo do inconsciente, as-
sunto ignorado pelas outras Teorias psicológicas no período. 
O relato de Freud (1914, p. 31-32) esclarece a sua participação 
na história do desenvolvimento da psicanálise:
De inicio não percebi a natureza pecu-
liar do que descobrira. Sem hesitar, sa-
crifiquei minha crescente popularidade 
como médico, e restringi o número de 
clientes nas minhas horas de consulta, 
para poder proceder a uma investiga-
ção sistemática dos fatores sexuais em 
jogo na causação das neuroses de meus 
pacientes; e isso me trouxe um grande 
número de fatos novos que finalmente 
confirmaram minha convicção quanto à 
importância prática do fator sexual. In-
genuamente, dirigi-me a uma reunião 
da Sociedade de Psiquiatria e Neurolo-
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gia de Viena [...] na esperança de que as 
perdas materiais que voluntariamente 
sofri fossem compensadas pelo interes-
se e reconhecimento dos meus colegas. 
Considerava minhas descobertas con-
tribuições normais à ciência e esperava 
que fossem recebidas com esse mesmo 
espírito. Mas o silêncio provocado pe-
las minhas comunicações, o vazio que 
se formou em torno de mim, as insinu-
ações que me foram dirigidas, pouco a 
pouco me fizeram compreender que as 
afirmações sobre o papel da sexualidade 
na etiologia das neuroses não podem 
contar com o mesmo tipo de tratamen-
to dado ao comum das comunicações. 
Compreendi que daquele momento em 
diante eu passara a fazer parte do gru-
po daqueles que “perturbaram o sono 
do mundo”. [...] Entretanto, desde que 
minha convicção quanto à exatidão ge-
ral de minhas observações e conclusões 
era cada vez maior, e que a confiança no 
meu próprio julgamento e minha cora-
gem moral não era exatamente o que se 
pode chamar de pequena, o resultado da 
situação não poderia ser posto em dú-
vida. Dispus-me a acreditar que tinha 
tido a sorte de descobrir fatos e ligações 
particularmente importantes, e resolvi 
aceitar o destino que às vezes acompa-
nha essas descobertas.
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Depreendemos que as convicções de Freud (1914, 
p.31) sobre o papel da sexualidade na etiologia das neu-
roses e a influência dos conteúdos inconscientes no com-
portamento humano não foram bem aceitas inicialmente 
pelos contemporâneos, pois como ele próprio escreve “[...] 
perturbaram o sono do mundo.”
A psicanálise constitui uma teoria sobre o funcio-
namento da vida psíquica, um método de investigação e 
pesquisa de natureza interpretativa e de tratamento. Os 
primórdios da teoria e da técnica são encontrados na pu-
blicação Estudos sobre a Histeria (1895) de Breuer e Freud, 
na qual são relatados os tratamentos conduzidos pelos au-
tores com pacientes histéricos. 
A histeria, para Freud (1895), era uma doença psíquica 
que apresentava quadros clínicos bem variados e que pode-
ria ser tratada através da hipnose. O tratamento psicanalítico 
foi iniciado com o auxílio da hipnose que, posteriormente, foi 
abandonado e substituído pelo método da associação livre 
(ou livre associação) com o paciente em estado normal. O mé-
todo da associação livre consiste em deixar o paciente falar 
sem qualquer censura ou inibição, por quase todo o tempo, 
sem explicar nada mais que o necessário para fazê-lo prosse-
guir no que está dizendo (FREUD, 1913). 
Freud	(1925)	verificou	que	as	associações	livres	emergem	
de múltiplas redes de sentido que remetem umas às outras, 
constituindo redes associativas. As associações tinham um sen-
tido oculto, estavam relacionadas umas às outras. Freud acre-
ditava que havia um determinismo psíquico. O determinismo 
psíquico, importante pressuposto da teoria, estabelece que todo 
comportamento tem uma causa (isto é, ele é determinado) e que 
a causa deve ser encontrada na mente (psyche, em grego).
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Freud, inicialmente, parecia acreditar que suas ideias 
podiam	 ser	 reduzidas	 a	 princípios	 fisiológicos.	 Entretanto,	
posteriormente,concentrou-se nos constructos mentais (id, 
ego,	superego).	Seu	trabalho	em	fisiologia	também	convergiu	
com	outra	influência	–	o	trabalho	de	Darwin	sobre	a	evolu-
ção. O conceito de continuidade biológica entre as espécies 
convenceu Freud de que a motivação humana tem uma base 
biológica. Então, um dos pressupostos de Freud, além do 
determinismo psíquico que estabelece que todo comporta-
mento tem uma causa, é o inconsciente.
(2.5)
O inconsciente 
O conceito de inconsciente (Ics) é fundamental para a 
teoria psicanalítica, surgiu da experiência de tratamento de 
mulheres e homens. Freud (1915), no artigo O inconsciente, 
afirma	que	o	conceito	abrange	atos	que	são	meramente	laten-
tes, temporariamente inconscientes e abrange processos tais 
como os reprimidos. Em 1912, ao escrever o artigo Uma nota 
sobre o inconsciente na psicanálise, Freud (1912) analisa que 
o inconsciente é um sistema que possui conteúdos, mecanis-
mos	e	uma	energia	específica.
Os conteúdos do inconsciente, para Freud (1905), são 
os representantes da pulsão. Para ele, a pulsão é um desvio 
do instinto, um desvio de uma função biológica do instin-
to. O instinto é uma força biológica motivadora que leva os 
membros	da	espécie	a	agir	visando	sempre	à	mesma	finalida-
de,	enquanto	que	a	pulsão	não	tem	um	objeto	específico,	mas	
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precisa de um objeto para que possa obter satisfação. Este 
objeto,	que	não	é	específico,	está	ligado	à	história	do	sujeito,	
suas fantasias, seus desejos. O conceito freudiano de pulsão 
surgiu na formulação de um modelo de funcionamento psí-
quico,	no	estabelecimento	das	bases	fisiológicas	do	psiquismo	
e no momento em que foram situados os fatores biológicos do 
comportamento. Este conceito, que foi lançado nos Três En-
saios da Sexualidade (1905), evidenciou a intenção de Freud 
de estabelecer a psicanálise como ciência natural. 
Ainda sobre o inconsciente, Freud (1915, p. 213) analisa:
O núcleo do Inconsciente consiste em 
representantes instintuais que procu-
ram descarregar sua catexia; isto é, con-
siste em impulsos carregados de desejo. 
Esses impulsos instintuais são coorde-
nados entre si, existem lado a lado sem 
se influenciarem mutuamente, e estão 
isentos de contradição mutua. Quan-
do dois impulsos carregados de desejo, 
cujas finalidades são aparentemente 
incompatíveis, se tornam simultanea-
mente ativos, um dos impulsos não re-
duz ou cancela o outro, mas os dois se 
combinam para formar uma finalidade 
intermediária, um meio-termo. Não há 
nesse sistema lugar para negação, duvi-
da ou quaisquer graus de certeza [...] os 
processos do sistema inconsciente [...] 
não são ordenados temporalmente, não 
se alteram com a passagem do tempo; 
não tem absolutamente referencia ao 
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tempo. [...] os processos do Inconsciente 
dispensam pouca atenção à realidade. 
Estão sujeitas ao principio do prazer; 
seu destino depende apenas do grau de 
sua força e do atendimento às exigên-
cias da regulação prazer-desprazer.
Com base nas ideias do autor, compreendemos que o 
inconsciente	 (Ics)	 possui	 como	 características	 específicas	 a	
ausência de negação, de dúvida, de indiferença em relação à 
realidade, não havendo relação de tempo. Regido pelo prin-
cípio do prazer, há um interjogo livre de cargas, a energia é 
móvel	e	busca	a	gratificação,	a	expressão	e	o	escoamento.	
(2.6)
A regra fundamental da 
psicanálise
A ausência de inibição, o intercâmbio de palavras e, par-
ticularmente, a liberdade para escolher o que falar, constituiu 
a regra fundamental da psicanálise. Sobre isso, Freud (1913, p. 
177) orientava os seus pacientes no início do tratamento: 
[...] diga tudo o que lhe passa na men-
te. Aja como se, por exemplo, você fos-
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se um viajante sentado à janela de um 
vagão ferroviário, a descrever para al-
guém que se encontra dentro as vistas 
cambiantes que vê lá fora. Finalmente, 
jamais esqueça que prometeu ser abso-
lutamente honesto e nunca deixar nada 
de fora porque, por uma razão ou outra, 
é desagradável dizê-lo.
Dessas orientações de Freud subtende-se que o con-
teúdo a ser tratado através do tratamento analítico depen-
deria unicamente do paciente e que todo e qualquer pen-
samento, até mesmo os mais desagradáveis, deveria vir à 
consciência e serem falados. 
Sobre o tratamento psicanalítico, Freud (1925, p. 29) o 
caracterizava como:
[...] uma forma de executar o tratamen-
to médico de pacientes neuróticos [...] 
quando, porém, tomamos em tratamen-
to analítico um paciente neurótico, agi-
mos diferentemente. Mostramos-lhe as 
dificuldades do médico, sua longa dura-
ção, os esforços e sacrifícios que exige; e, 
quanto a seu êxito, lhe dizemos não nos 
ser possível prometê-lo com certeza, 
que depende da sua própria conduta, 
de sua compreensão, de sua adaptabi-
lidade e de sua perseverança. [...] Nada 
acontece em um tratamento analítico 
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além de um intercâmbio de palavras 
entre o paciente e o analista. O pacien-
te conversa, fala de suas experiências 
passadas e de suas impressões atuais, 
queixa-se, reconhece seus desejos e seus 
impulsos emocionais. 
Percebemos que Freud (1913), em relação a este assun-
to, alertava que a resistência desempenha um importante pa-
pel no tratamento, pois, por muitas vezes, impedia que um 
conteúdo valioso fosse comunicado e tratado na análise. Uma 
técnica	especial	de	interpretação	foi	desenvolvida	a	fim	de	ti-
rar conclusões das ideias expressadas pela pessoa em análise.
(2.7)
A histeria
Freud (1913), ao investigar os processos mentais incons-
cientes, constatou que os sintomas histéricos, que as pessoas que 
o procuravam queixavam-se, eram resíduos (reminiscências) de 
experiências profundamente comovedoras que foram afastadas 
da consciência. Nos estudos sobre a Histeria, Freud (1895) escla-
rece que, embora a pessoa não lembrasse, havia um nexo causal 
entre o fator desencadeante (o trauma) que tinha sido reprimido e 
afastado da consciência e os sintomas que causavam sofrimento. 
A vida sexual prestava-se, particularmente, como conteúdo para 
formação dos traumas pelas restrições e repressões do instinto se-
xual, impostos pela organização cultural e social da época. 
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Sobre isso, analisa:
O desenvolvimento cultural imposto à 
humanidade é o fator que torna inevi-
táveis as restrições e repressões do ins-
tinto sexual, sendo exigidos sacrifícios 
maiores ou menores, de acordo com a 
constituição individual. O desenvol-
vimento quase nunca é conseguido de 
modo suave e podem ocorrer distúrbios 
(quer por causa da constituição indivi-
dual ou de incidentes sexuais prematu-
ros) que deixem atrás de si uma disposi-
ção a futuras neuroses. Tais disposições 
podem permanecer inofensivas se a 
vida do adulto progride de modo satis-
fatório e tranqüilo, mas podem tornar-
-se patogênicas se as condições da vida 
madura proíbem a satisfação da libido 
ou exigem gravemente sua supressão. 
(FREUD, 1913, p.267-268)
Então, se as ideias, quase sempre de natureza sexual, 
são incompatíveis com as condições de vida, há uma expul-
são da consciência, porém estas ideias se mantêm registradas 
no psiquismo e podem ser resgatas através da Análise. 
De seus estudos, Freud (1905) concluiu que nem to-
das as manifestações histéricas eram provenientes de ex-
periências traumáticas, pois constatou que as experiências 
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63de sedução relatadas como vivenciadas na infância não ti-
nham ocorrido de fato, constituíam-se em fantasias, porém 
fantasias de natureza sexual. Freud (1905), então, deslocou 
a ênfase nos traumas infantis para fantasias infantis como 
responsáveis pela formação dos sintomas histéricos e pas-
sou a interrogar-se sobre a tese de que a sexualidade hu-
mana só se constitui na puberdade. 
Estas investigações e outras descobertas encaminha-
ram Freud (1905) a investigar a sexualidade na infância, im-
portante aspecto da sua teoria e que trouxe mudanças na 
concepção do desenvolvimento infantil. A descoberta da se-
xualidade infantil foi compreendida, no início do século XX, 
como uma profanação da inocência da criança. Segundo o 
autor, a vida sexual das crianças é diferente da do adulto. Os 
estudos apontaram que, ao longo do nosso desenvolvimento, 
os	objetos	que	são	o	foco	e	o	modo	da	gratificação	mudam,	
mas em determinados períodos da vida a energia da pulsão 
estará concentrada em determinadas partes do corpo (zonas 
erógenas).	As	mudanças	no	modo	de	gratificação,	associadas	
com	diferentes	 zonas	 erógenas,	definem	as	 fases	do	desen-
volvimento.	Estas	fases	refletem	diferenças	na	expressão	da	
energia	da	pulsão	(sexual)	e	são	definidas	como	fases	psicos-
sexuais do desenvolvimento. Freud (1940) descobriu que es-
ses fenômenos que surgem na tenra infância fazem parte de 
um curso ordenado de desenvolvimento. 
Vamos ler, a seguir, um trecho da obra de Freud 
(1940, p. 179-180) em que é analisado o desenvolvimento 
da função sexual.
O primeiro órgão a surgir como zona 
erógena e a fazer exigências libidinais 
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à mente, da época do nascimento em 
diante, é a boca. Inicialmente, toda a 
atividade psíquica se concentra em for-
necer satisfação às necessidades dessa 
zona. Primariamente, é natural, essa 
satisfação está a serviço da autopre-
servação, mediante a nutrição; mas a 
fisiologia não deve ser confundida com 
a psicologia. A obstinada persistência 
do bebê em sugar dá prova, em estágio 
precoce, de uma necessidade de satisfa-
ção que, embora se origine da ingestão 
da nutrição e seja por ela instingada, 
esforça-se, todavia por obter prazer 
independentemente da nutrição e, por 
essa razão, pode e deve ser denominada 
sexual.
Durante essa fase oral, já ocorrem es-
poradicamente impulsos sádicos, junta-
mente com o aparecimento dos dentes. 
Sua amplitude é muito maior na segun-
da fase, que descrevemos como anal-sá-
dica, por ser a satisfação então procura-
da na agressão e na função excretória. 
Nossa justificativa para incluir na libi-
do os impulsos agressivos baseia-se na 
opinião de que o sadismo constitui uma 
fusão instintiva de impulsos puramen-
te libidinais e puramente destrutivos, 
fusão que, doravante, persiste ininter-
ruptamente.
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A terceira fase é a conhecida como fáli-
ca, que é, por assim dizer, uma precur-
sora da forma final assumida pela vida 
sexual e já assemelha muito a ela. É de 
se notar que não são os órgãos genitais 
de ambos os sexos que desempenham 
papel nessa fase, mas apenas o mascu-
lino (o falo). Os órgãos genitais femi-
ninos por muito tempo permanecem 
desconhecidos[...] Com a fase fálica, e 
ao longo dela, a sexualidade da tenra 
infância atinge seu apogeu e aproxima-
-se da dissolução. A partir daí meninos 
e meninas têm histórias diferentes. 
Ambos começaram a colocar sua ativi-
dade intelectual a serviço de pesquisas 
sexuais; ambos partem da premissa da 
presença universal do pênis. Mas agora 
os caminhos do sexo divergem. O me-
nino ingressa na vida edipiana; começa 
manipular o pênis e, simultaneamente, 
tem fantasias de executar algum tipo de 
atividade com ele em relação à sua mãe, 
até que, devido ao efeito combinado de 
uma ameaça de castração e da visão da 
ausência de pênis nas pessoas do sexo 
feminino, vivência o maior trauma de 
sua vida e este dá início ao período de 
latência, com todas as suas conseqüên-
cias. A menina depois de tentar em vão 
fazer as mesmas coisas que o menino, 
vem a reconhecer sua falta de pênis ou, 
antes, a inferioridade de seu clitóris, 
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com efeitos permanentes sobre o desen-
volvimento do seu caráter; como resul-
tante deste primeiro desapontamento 
em rivalidade, ela com freqüência co-
meça a voltar as costas inteiramente à 
vida sexual. 
Depreendemos, com o autor, que essas fases do desen-
volvimento psicossexual - oral, anal, fálica e período de latên-
cia - são importantes para a compreensão da personalidade. 
Percebemos, com o autor, que a energia das pulsões sexuais 
(libido) vai se organizando em torno do corpo e em cada mo-
mento do desenvolvimento direciona-se a uma zona erógena 
particular. As inibições, em uma das fases, podem manifes-
tar-se como distúrbios na vida adulta, por isso, a etiologia 
dos distúrbios precisa ser procurada na história do desenvol-
vimento do indivíduo. Para Freud (1940), essas fases não se 
sucedem de forma clara, podem sobrepor-se e podem estar 
presentes lado a lado. A organização completa só se conclui 
na puberdade, na fase genital. 
 Autores, como a psicanalista Nancy Chodorow (2002), 
criticam os conceitos freudianos, como a análise da diferença 
anatômica entre os sexos a partir de pressupostos culturais 
patriarcais, que igualam a diferença entre homens e mulhe-
res, associando-os a relações de superioridade e inferiorida-
de. Expõem, assim, os preconceitos ideológicos da cultura 
patriarcal, a superior valoração do órgão genital masculino e 
a	construção	de	explicações	científicas	a	partir	de	relatos	de	
fantasias dos(as) pacientes.
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(2.8)
O aparelho psíquico
No texto “A Interpretação dos Sonhos” (1900), Freud 
(1900) analisa que os processos do sonho permitem compre-
ender as formações do inconsciente. Nesse texto é apresenta-
da a primeira concepção sobre a estrutura e funcionamento 
do aparelho psíquico, que é constituída por três sistemas: in-
consciente, pré-consciente e consciente.
 ‚ O inconsciente é constituído por conteúdos recalca-
dos que não têm acesso aos sistemas pré-consciente e 
consciente. 
 ‚ O pré-consciente é formado por conteúdos que não 
estão acessíveis à consciência. 
 ‚ Designa o que está implicitamente presente na ati-
vidade mental, sem se situar, por isso, como objeto de 
consciência.	 Definido	 como	 descritivamente	 incons-
ciente, mas acessível à consciência. (LAPLANCHE; 
PONTALIS, 1988)
 ‚ O consciente é o sistema que recebe as informações 
do mundo exterior e as provenientes do interior. Para 
Laplanche e Pontalis (1988, p. 135) “é qualidade mo-
mentânea que caracteriza as percepções externas e in-
ternas no meio do conjunto dos fenômenos psíquicos”.
Posteriormente, Freud (1923) elabora uma outra concep-
ção sobre o aparelho psíquico, dividindo-o em 3 sistemas: Ego, 
regido pelo princípio da realidade, é regulador, orientado para o 
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mundo externo; Id, reservatório das pulsões e regido pelo “prin-
cípio do prazer”, princípio que impulsiona a buscar o prazer 
mediante a descarga de excitação; e Superego, que representa a 
consciência social e moral interiorizada pela pessoa. Laplanche 
e Pontalis (1988) analisam que Freud aponta como funções do 
superego a consciência moral, formação de ideais, a auto-obser-
vação. Herdeiro do complexo de Édipo, o superego constitui-se 
por interiorização das exigências e interdições parentais. 
Esses sistemas não são separados,o ego e o superego 
têm partes inconscientes também, e são constituídos pelas his-
tórias de vida, pelas experiências pessoais e particulares; pois, 
com a Psicanálise, entendemos que o sujeito é um ser singular 
que participa das relações interpessoais, ocupa um lugar e faz 
laços sociais. Compreendemos, ainda, que o ser humano cons-
titui-se na relação com o outro sujeito que lhe fornece os ele-
mentos para que ocorra a inserção no campo da cultura, insti-
tuído como lugar de troca, convivência e intercâmbios sociais.
Vamos analisar uma outra importante teoria.
(2.9)
Psicologia sócio-histórica
A Psicologia sócio-histórica estuda os fenômenos psi-
cológicos (experiência pessoal) como construções históricas e 
sociais. Bock, Furtado e Teixeira (2008) analisam que a experi-
ência pessoal do ser humano não pertence à natureza huma-
na, pois a natureza humana, como uma essência pronta, abs-
trata, eterna e universal, não existe. O que há é uma condição 
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que é construída nas relações sociais. 
Esta psicologia é fundamentada nos estudos de Vi-
gotski que enfatizava que o desenvolvimento humano tem 
sua raiz na sociedade e na cultura. Destacando as origens so-
ciais da linguagem e do pensamento, propôs que as funções 
psicológicas superiores precisariam ser compreendidas à luz 
da teoria marxista da sociedade humana.
Vigotski iniciou sua carreira como psicólogo após a 
Revolução Russa de 1917. Predominavam, neste período, as 
produções teóricas de Wilhem Wundt, fundador da Psicolo-
gia Experimental, e W. James, representante do pragmatismo 
americano. Pavlov e Watson, expoentes da Psicologia Com-
portamental,	e	Kohler,	Koffka	e	Kurt	Lewin,	fundadores	do	
movimento da Gestalt na Psicologia, foram seus contemporâ-
neos (VIGOTSKI, 1998).
Para o autor, nenhuma das escolas de psicologia for-
necia	as	bases	firmes	necessárias	para	o	estabelecimento	de	
uma	 teoria	 unificada	 dos	 processos	 psicológicos	 humanos.	
Ele se referia a uma crise na psicologia, impondo-se a tarefa 
de elaborar uma síntese das concepções antagônicas, em ba-
ses teóricas completamente novas.
Cole e Scriber (1998, p. 7) esclarecem que: 
Para os gestaltistas contemporâneos de 
Vigotski, a existência da crise devia-se 
ao fato de que as teorias existentes (fun-
damentalmente behavioristas de Wun-
dt e Watson) não conseguiram, sob seu 
ponto de vista, explicar os comporta-
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mentos complexos como a percepção e a 
solução de problemas. Para Vigotski, no 
entanto, a raiz da crise era muito mais 
profunda. Ele partilhava da insatisfa-
ção dos psicólogos da Gestalt para com 
a análise psicológica que começou por 
reduzir todos os fenômenos a um con-
junto de “átomos” psicológicos. Mas, 
ao mesmo tempo, ele sentia que os ges-
taltistas não eram capazes de, a partir 
da descrição de fenômenos complexos, 
ir além, no sentido de sua explicação 
[...]. O que Vigostki procurou foi uma 
abordagem abrangente que possibilitas-
se a descrição e a explicação das fun-
ções psicológicas superiores, em termos 
aceitáveis para as ciências naturais.
Vigotski	 criticou	 as	 teorias	 que	 afirmam	 que	 as	 fun-
ções intelectuais resultam dos processos maturacionais, ou 
seja, estão pré-formadas na criança. Ele criticou severamente 
as teorias que postulam que a compreensão das funções psi-
cológicas superiores humanas poderia ser feita através dos 
princípios da Psicologia Comportamental. 
Vigostki (1998) compreendia a sua teoria como aplicação 
do materialismo histórico e dialético marxista. A psicologia, 
para Vigostki, tinha como princípio que todos os fenômenos de-
veriam ser estudados como processos em movimento e em mu-
dança, pois, de acordo com a teoria marxista, as mudanças his-
tóricas da sociedade e na vida material produzem mudanças na 
natureza humana, ou seja, na consciência e no comportamento. 
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Vamos, então, conhecer mais sobre Vigostki (1998):
Lev Semionovich Vigotski nasceu em 
Orsha, uma pequena cidade na Bielo 
Rússia, em 17 de novembro de 1896. 
Mudou-se para Gomel, outra cidade 
deste país, onde viveu por um longo 
tempo. Sua família era de origem judai-
ca e o ambiente familiar lhe propiciava 
grandes condições de desenvolvimen-
to intelectual, visto que tanto seu pai 
como sua mãe eram pessoas cultas, que 
lhe oportunizaram uma educação am-
pla e consistente. Até completar seus 15 
anos, a educação de Vigotski processou-
-se em casa, mediante os ensinamentos 
de tutores particulares e desde cedo ele 
já demonstrava grande interesse e de-
dicação aos estudos. Conhecia várias 
línguas e, portanto, teve acesso preco-
cemente a tudo que era produzido em 
outros países. Aos 17 anos completou o 
curso secundário e desde já recebeu me-
dalha por seu ótimo desempenho. Estu-
dou Direito e Literatura em Moscou 
ao mesmo tempo em que frequentava o 
curso de História e Filosofia na Univer-
sidade Popular de Shanyavskii. Pouco 
tempo depois, Vigotski interessou-se 
pelo desenvolvimento psicológico, em 
especial, pelo desenvolvimento humano 
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em pessoas que apresentavam algum 
tipo de deficiência. Este fato lhe fez se 
aproximar da Medicina, logo, sua pro-
dução acadêmica transitava, dentre ou-
tros campos do saber, pela arte, antro-
pologia, filosofia, psicologia, linguística 
e até medicina. Vigotski chegou a ser 
convidado para assumir a direção do 
departamento de psicologia no Institu-
to Soviético de Medicina Experimental 
(VIGOTSKI, 1998, p.22).
Vigostki (1998) viveu até seus 37 anos, pois teve sua 
vida abreviada pela tuberculose. Para o autor, o indivíduo in-
ternaliza elementos da cultura, os quais passam a fazer parte 
da	natureza	humana.	Vigotski	(1998)	afirma,	no	livro	A	for-
mação social da mente, que
[...] a internalização das atividades so-
cialmente enraizadas e historicamente 
desenvolvidas constitui o aspecto ca-
racterístico da psicologia humana; é a 
base do salto qualitativo da psicologia 
animal para a psicologia humana. (VI-
GOTSKI, 1998, p. 76)
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(2.10)
O ser humano é um ser social e 
histórico
Para a Psicologia sócio-histórica, explicam Bock, Fur-
tado e Teixeira (2008), sujeito e mundo são criados no mesmo 
processo, complementam-se e referem-se um ao outro. Desse 
modo, não há como compreender o ser humano sem conhecer 
o seu mundo social, que contempla as formas de relação, de 
produção da sobrevivência, os valores sociais e os diferentes 
modos de ser de cada um.
O acesso que cada pessoa tem à cultura, ou seja, 
todas as coisas materiais e intelectuais criadas ao longo 
da história diferem entre os grupos sociais e marcam a 
construção das subjetividades.
O ser humano está em permanente estado de movi-
mento e mudança dos processos psicológicos, que estão na 
dependência do domínio dos meios culturais externos ou 
pela via do aperfeiçoamento interno das próprias funções 
psicológicas (atenção voluntária, memória, pensamento abs-
trato, entre outros). A atenção aos movimentos da história 
social e individual é necessária para a compreensão do ser 
humano (VIGOSTKI, 1998).
A psicologia busca, então, compreender o indivíduo 
nas suas relações e vínculos sociais, como ser determinado 
histórica e socialmente. Procura conhecer o ser humano na 
sua	inserção	social	em	um	dado	momento	histórico,	identifi-
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cando as determinações, o modo como essas experiências são 
interpretadas pelos sujeitos(BOCK, FURTADO E TEIXEIRA, 
2008). A atividade, a consciência, a identidade, a linguagem, 
o	sentido	e	o	significado	constituem-se	categorias	de	análise	
da psicologia para compreender o ser humano. 
A identidade, a consciência e a atividade constituem 
aspectos importantes para a compreensão da constituição 
subjetiva do ser humano. Sobre identidade e subjetividade, 
importantes conceitos desta teoria, analisaremos de modo 
mais aprofundado na próxima aula. 
SÍNTESE
Nesta aula, compreendemos que existem diferentes te-
orias	que,	a	partir	de	fundamentos	filosóficos,	sociais	e	políti-
cos, elaboraram conceitos para compreender o ser humano. A 
partir de conceitos das Teorias psicológicas como o Behavio-
rismo, a Gestalt, a Psicanálise e a Psicologia sócio-histórica, 
analisamos as suas contribuições para os estudos sobre à 
complexidade que é o ser humano.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Como as teorias percebem o ser humano? Quais os 
principais conceitos?
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LEITURAS INDICADAS
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: 
uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008.
SITES INDICADOS
http://www.mariaritakehl.psc.br/
http://www.jorgeforbes.com.br/br/index.asp
http://www.youtube.com/watch?v=2qnBE_8A6Fk
http://www.youtube.com/watch?v=QSOBXfcHbHI
REFERÊNCIAS
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psico-
logias: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: 
Saraiva, 2008.
CAMBAÚVA, L.G.; SILVA, L.C.; FERREIRA, W. Reflexões so-
bre os estudos da psicologia. Disponível	 em:	<http://www.
scielo.br/pdf/epsic/v3n2/a03v03n2.pdf>. Acesso em: 25 mai 2012.
CANÇADO, C., SOARES, P. CIRINO, S. O behaviorismo: uma 
proposta de estudo do comportamento. In: JACO-VILELA, A. 
M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. História da psico-
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logia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau, 2006. p. 13-46.
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