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UNIVERSIDADE TECNOLO´GICA FEDERAL DO PARANA´ GRADUAC¸A˜O ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA PE´-PROJETO CONTROLE E INSTRUMENTAC¸A˜O Controle e modelagem matema´tica do condensador do Modelo Tenesse-Eastman. Cieˆncias Exatas Luan Davi Rodrigues Luisa Saggin Thiago Duarte Caˆmpus Toledo, Maio de 2019 Suma´rio 1 Introduc¸a˜o 2 2 Processo Tenesse-Eastman 2 3 Modelagem matema´tica de um condensador 3 4 Ana´lise do Sistema 4 4.1 Sobre as correntes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 5 Modelagem do sistema estudo 5 5.1 Balanc¸o de massas e energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 5.2 Func¸a˜o transfereˆncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1 1 Introduc¸a˜o Existem muitos domı´nios amplos de aplicac¸o˜es em a´reas cient´ıficas e de engenharia que dependem do desenvolvimento de um modelo matema´tico que pode ser usado para monitorar e controlar determinadas propostas operacionais. O processo industrial faz parte dessas aplicac¸o˜es desafiadoras, estas que buscam estimativas em paraˆmetros, oti- mizac¸a˜o de modelos e controle de processos, afim de gerar modelos precisos de simulac¸a˜o que possam a auxiliar nas melhorias na qualidade da produc¸a˜o, ale´m de aumentar o lucro e minimizar custos. O processo Tennessee Eastman e´ um controle de processo amplo de um planta industrial, ele foi proposto por J. J. Downs & E. F. Vogel em seu livro “A plant-wide industrial process control problem” como um problema de teste de desafio. O procedimento, tal como apresentado pelos os dois autores em seu livro, baseia-se em um sistema real, com pequenas alterac¸o˜es feitas para proteger a identidade dos reagentes e produtos. 2 Processo Tenesse-Eastman Para o processo ter suas caracter´ısticas definidas e suas finalidades serem atendidas, a seguinte metodologia industrial executa suas func¸o˜es com cinco unidades principais pre´ estabelecidas: reator, condensador, stripper, separador l´ıquido-vapor e por fim o compressor, como especificado na Figura 1. No equipamento, o reator e´ onde ocorrem as reac¸o˜es principais que geram os produtos de interesse durante a produc¸a˜o, ale´m disso em sua constituic¸a˜o estrutural ha´ uma serpen- tina de arrefecimento, onde ha´ circulac¸a˜o de a´gua, e um agitador com velocidade varia´vel. Depois de formados, os produtos vaporizam e abandonam o reator numa corrente gasosa, acompanhado dos reagentes na˜o convertidos e o inerte. O condensador e´ a regia˜o que promove-se uma mudanc¸a de estado entre as fases de vapor para a l´ıquida, nessa etapa a corrente de sa´ıda do reator e´ adentrada e por um pro- cesso de arrefecimento e´ parcialmente liquefeita, resultando em um condensado formado majoritariamente pelos produtos e por uma pequena fracc¸a˜o dos reagentes, sobretudo E. Os restantes dos reagentes teˆm calores de vaporizac¸a˜o significativamente mais baixos que os produtos, sendo que, nas condic¸o˜es de operac¸a˜o, A e C podem ser considerados na˜o condensa´veis. O condensador tem apenas uma corrente de sa´ıda, com duas fases, que segue para o separador l´ıquido-vapor. No separador l´ıquido-vapor, as fases gasosas e l´ıquidas sa˜o separadas, e atrave´s de um compressor centr´ıfugo a parte gasosa e´ reciclada e reenviada ao reator, ja´ a fase l´ıquida e´ transferida ao stripper, e´ neste equipamento em que restos de reagentes da fase l´ıquida sa˜o separados utilizando-se de uma alimentac¸a˜o fresca de componentes A e C em forma gasosa que sa˜o recirculados pela fase l´ıquida, neste equipamento tambe´m ha´ formac¸a˜o de corrente gasosa, que parte do stripper pelo topo, a mesma e´ rica em reagentes, e misturada com a corrente de reciclo que e´ enviada para o reator, assim como aconteceu no separador. 2 Figura 1: Diagrama industrial do processo Tenesse-Easteman Fonte:Adaptado de Gaˆndara, 2012. A corrente l´ıquida que restou do procedimento, abandona o stripper pela base, sendo constitu´ıda pelos compostos G e H. Essa frac¸a˜o de reagentes constitui o produto final do processo. As correntes cuja composic¸a˜o e´ medida sa˜o a alimentac¸a˜o do reator, a purga e o produto. Para ale´m de serem medidas descontinuamente, estas composic¸o˜es sa˜o conhecidas com atraso, uma vez que o processo de ana´lise na˜o pode ser considerado instantaˆneo. Nesse projeto, o foco principal de desenvolvimento e´ para condensador do processo descito, neste espac¸o de estudo sera˜o trac¸adas a hipo´teses de acordo com a varia´veis manupula´veis e os distu´bios para a realizac¸a˜o de cada balanc¸o, sendo eles o energe´tico e o de massas. Ao qual sera´ dado tambe´m as equac¸o˜es diferenciais e enta˜o sera˜o transferidas por me´todo Tranformada de Laplace. 3 Modelagem matema´tica de um condensador Tomando as condic¸o˜es de um condensador, e fazendo um balanc¸o de massa geral, temos a Equac¸a˜o 1, a qual significa qua a variac¸a˜o de energia dentro de um sistema e´ igual a Eentra - Esai, a forma cla´ssica de analisar uma sistema termodinaˆmico. d(ρV u) dt = ∑ e m˙ehe + ∑ o m˙oho + ∑ W (1) 3 De maneira gene´rica, toma-se a pressa˜o e a entalpia espec´ıfica como rendimentos varia´veis e esta´veis, o que deixa a equac¸a˜o de balanc¸o energe´tico disposta para as duas fases que circundam o sistema do condensador. Visto isso, ZHANG, Qiangqiang et al., apresenta as equac¸o˜es modeladas em duas partes, Equac¸a˜o 2 que corresponde ao balanc¸o energe´tico para as fases l´ıquidas e a Equac¸a˜o 3 que correspondem a` fase gasosa dentro de um condensador. (2) Vl [( P ρl ( ∂ρ ∂xP ) h − 1 ) dP dt + ( P ρl ( ∂ρl ∂hl ) P + ρl ) dhl dt ] = −m˙0l ( h0l − ( hl − P ρl )) + m˙cond ( hsatl − ( hl − P ρl )) + (1− xmv) m˙edrain ( hedrainl − ( hl − P ρl )) + wvl − wbv (3) Vv [( P ρv ( ∂ρv ∂hv ) − 1 ) dP dt + ( P ρv ( ∂ρv ∂hv ) p + ρv ) dhv dt ] = m˙ev ( hev − ( hv − P ρv )) − m˙cond ( hsatl − ( hv − P ρv )) + xmvm˙ e drain ( hedrainv − ( hv − P ρv )) −Wvl −Wvw −Wlt As quais modelam um sistema complexo cujo ha´ variac¸a˜o da pressa˜o e das energias ao longo da distaˆncia do equipamento, em conjunto a` composic¸a˜o do condensado. 4 Ana´lise do Sistema 4.1 Sobre as correntes Tabela 1: Dados simplificados, com relac¸a˜o aos fluxos e frac¸o˜es molares no sistema. Stripp Ali. Reator Reator Reciclo Purga L´ıq. Sep. Produtos Correntes kgmol/h 465,7 1890,8 1476 1201,5 15,1 259,5 211,3 Frac¸o˜es Molares G 0,0196 0,0356 0,1230 0,04844 0,04844 0,4726 0,5372 H 0,0080 0,0165 0,0842 0,02299 0,02299 0,3713 0,4328 E 0,0725 0,1877 0,1772 0,1855 0,1855 0,1370 0,0083 Fluxos kgmol/h G 9,1463 67,33 181,5 58,20 0,7314 122,6 113,5 H 3,762 31,36 124,32 27,62 0,3471 96,36 91,45 E 33,79 355,0 261,576 222,9 2,802 35,56 1,766 Fonte: J. J. Downs & E. F. Vogel, 1993 Para analizar o condensador, diante os dados fornecidos por J. J. Downs and E. F. Vogel, destacados para todo o processo, desenvolveu-se a Tabela 1. Pore´m para desen- volver os balanc¸os de massa e energia, considerou-se as correntes apenas que circulam as 4 vizinhanc¸as do sistema-condensador descrito pela Figura 2, ao qual foram tomadas como correntes que realmente importam para o sistema, na qual FReator e´ corrente que sai do reator, FW,r corrente de a´gua de resfriamento, R e´ a resisteˆncia aplicada pela va´lvula de controle de corrente sobre o fuxo de a´gua de resfriamento, FPurga e´ o fluxo de produtos separados pela Purga e FL´ıq.Separado o fluxo dos produtos junto ao composto E no estado l´ıquido ao qual foi dirigido ao separador. Figura 2: Diagrama adaptadodas correntes presentes no condensador do processo Tenesse-Easteman Fonte: Autor pro´prio, 2019. 5 Modelagem do sistema estudo 5.1 Balanc¸o de massas e energia As considerac¸o˜es para o balanc¸o de massa partem inicialmente do princ´ıpio global, a partir da Equac¸a˜o 4 na qual na˜o ha´ variac¸o˜es pelas interfereˆncias das vizinhanc¸as do sistema. d(ρV ) dt = ∑ e m˙e + [ d(ρV ) dt ] gerac¸a˜o + ∑ s m˙s (4) Considerac¸o˜es no balanc¸o de masas e energias gerais para os produtos:] 1. A entrada do condensador conte´m apenas fase gasosa (aproximadamente ga´s ideal PV = nRT) e a sa´ıda tenha duas fases, l´ıquida e gasosa como comentado na introduc¸a˜o. 2. Como os compostos que provocam a reac¸a˜o sa˜o separados em fases diferentes, e a reac¸a˜o no reator e´ aproximadamente irrevers´ıvel, que na˜o ha´ nenhuma reac¸a˜o qu´ımica dentro do sistema-condesador, levando a considerac¸a˜o de na˜o gerac¸a˜o de fluxo ma´ssico tanto na entrada quanto na sa´ıda. E ainda que as condic¸o˜es no condensador na˜o favorec¸am os res´ıduais a reagirem entre s´ı. 5 3. Considera-se na ana´lise, as frac¸o˜es molares na entrada e na sa´ıda na˜o varie, justa- mente pela falta de reac¸a˜o dentro do condensador. 4. Para todo o sistema ha´ variac¸a˜o termodinaˆmica entre os compostos, logo ρ varia pela alterac¸a˜o do estado termodinaˆmico entre os produtos H e G, ( FReator, FPurga e FL´ıq.Separado. Onde dV dt 6= 0. 5. O volume do condensador na˜o varia em func¸a˜o do tempo dV dt (t) = 0, enta˜o permanece constante durante todo o processo. Assim desenvolveu-se a Equac¸a˜o 5 e 6 para os balanc¸os diferenciais de massa e energia para os produtos. Em quetem-se em func¸a˜o de tempo ρ(t), F(t). V dρ dt = [Fρ]e − [Fρ]s (5) ρV CP dT dt = [Fρh]e − [Fρh]s + Q˙ (6) Considerac¸o˜es para o balanc¸o de massa e energia gerais, com relac¸a˜o a` agua de arrefeci- mento: 1. Considera-se que o volume da a´gua na˜o varia em func¸a˜o do tempodV dt = 0. 2. O sistema atua em regime permanente onde m˙entrada = m˙sa´ıda. 3. A temperatura de sa´ıda ou de entrada pode ser uma varia´vel manipula´vel. 4. O fluxo de a´gua pode ser uma varia´vel manipulada, em func¸a˜o da resisteˆncia aplicada pela va´lvula na sa´ıda. Partindo da Equac¸a˜o 4 geral de massas, desenvolveu-se a Equac¸a˜o 7 simples de massa e a 8 diferencial de energia para os balanc¸os do fluxo de a´gua. mc = mc (1−Ri) (7) dh dt = m˙s(1−R)(he − hs) ρVP dT dt = m˙w,s(1−R)(he − hs) (8) 5.2 Func¸a˜o transfereˆncia 1. A func¸a˜o transfereˆncia foi elaborada a partir das Equac¸o˜es 6 e 8, as quais considerou- se que a Equac¸a˜o 9, que diz a energia ganha pelo sistema de a´gua (G) e´ aproximada- mente igual a energia perdida pelos produtos gasosos de entrada (P). Que levou em 6 considerac¸a˜o a aproximac¸a˜o em zero a perda ou ganho das vizinhanc¸as e o acu´mulo de energia nas paredes do condensado ajustando-se na Equac¸a˜o 10. [ ρVP dT dt ] G = [ Q˙ ] P (9) ρVP dT dt = [ρFCPT ]e − [ρFCPT ]s + [(1−R)(he − hs)]W m˙w,s (10) 2. Substituindo as constantes em seus respectivos estados termodinaˆmicos, que sa˜o aproximadamente constantes, resultado na Equac¸a˜o 11, simplificada. ρV CP = A [ρFCP ]e = B [(1−R)(he − hs)]w = D [ρFCP ]S = C A dT dt = BTe − CTs +Dm˙w,s (11) 3. Conforme as complicac¸o˜es do aferimento da temperatura em duas fases diferentes, o que gera imprecisa˜o nas medidas, aproxima-se a temperatura do condensador com a temperatura de sa´ıda do condensado (T aproximadamente Ts). 4. Apilcando a Transformada de Laplace (L), isolando D e B, obtem-se a Equac¸a˜o 12. T (s)(As+ C) = BT ′e +D ′m˙′w,s T (s) T ′e(s) = B (As+ C) T (s) m˙′w,s(s) = D (As+ C) T ′(s) = B (As+ C) T ′e(s) + D (As+ C) m˙′w,s(s) (12) Isolando 1 As+C , e dividindo os termos por C, teremos como resultado a Equac¸a˜o 13. T ′(s) = 1 (As+ C) [ BT ′e(s) +Dm˙′w,s(s) ] T ′(s) = 1 C (A C s+ 1) [ BT ′e(s) +Dm˙′w,s(s) ] 7 T ′(s) = κ τs+ 1 [ BT ′e(s) +Dm˙′w,s(s) ] (13) Obtendo assim a equac¸a˜o transfereˆncia ”Equac¸a˜o 13”, na qual 1 C coresponde a κ e A C a τ. 8 Refereˆncias [1] DOWNS, James J.; VOGEL, Ernest F.A plant-wide industrial process control problem. Computers & chemical engineering, v. 17, n. 3, p. 245-255, 1993. [2] LI, Shu-Xia; WANG, Jie-Sheng.Dynamic modeling of steam condenser and design of PI controller based on grey wolf optimizer. Mathematical Problems in Engineering, v. 2015, 2015. [3] ZHANG, Qiangqiang et al. Modeling and simulation of a molten salt cavity receiver with Dymola. Energy, v. 93, p. 1373-1384, 2015. [4] FARIS, Hossam e Sheta, Alaa. Identification of the Tennessee Eastman Che- mical Process Reactor Using Genetic Programming. International Journal of Advanced Science and Technology Vol. 50, January, 2013. [5] GAˆNDARA, J.F. Controlo Predictivo Na˜o-Linear de Processos Qu´ımicos. Departamento de Engenharia Qu´ımica da faculdade de cieˆncias e tecnologia da Uni- versidade de Coimbra. 2012. 9 Introdução Processo Tenesse-Eastman Modelagem matemática de um condensador Análise do Sistema Sobre as correntes Modelagem do sistema estudo Balanço de massas e energia Função transferência
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