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1 UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSFONIA AFRO- BRASILEIRA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA – ICEN CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA DISCIPLINA: Física Geral III DOCENTE: Prof. Dr. José DISCENTE: Rodolfo Ferreira de Oliveira Trabalho Avaliativo I: Responder a 10 questões de qualquer livro de Física, as quais sejam de Oscilações. Questão 01. (Problema 25 do Capítulo 15 do livro Fundamentos de Física, vol.2 – 9ª Edição – Halliday/Resnick/Walker). Na figura 15-34, um bloco pesando , que pode deslizar sem atrito em um plano inclinado de ângulo , está ligado ao alto do plano inclinado por uma mola de massa desprezível de de comprimento quando relaxada e cuja constante elástica é . (a) A que distância do alto do plano inclinado fica o ponto de equilíbrio do bloco? R: Sabemos que quando o bloco estiver no ponto de equilíbrio, a resultante vetorial das forças será nula. Logo vamos montar o esquema de forças do sistema: 𝜃 Figura 15-34 𝜃 2 De imediato, vemos que a Força Normal se anula com a componente do Peso, assim a Força Resultante no eixo é zero. No equilíbrio, temos: ∑ ⃗ As forças que atuam no eixo x são a força elástica e a componente do peso, logo, em módulo, quando o sistema está em equilíbrio: Logo: Sabendo que , e que , temos que: Veja que esse valor de encontrado é a distância entre o ponto de equilíbrio e o ponto em que a mola fica relaxada. Logo a distância do ponto de equilíbrio ao alto do plano inclinado é: (b) Se o bloco é puxado ligeiramente para baixo ao longo do plano inclinado e depois liberado, qual é o período das oscilações resultantes? 𝑁 𝑃 𝑃𝑦 𝐹𝑒 𝑃𝑥 3 R: O período das oscilações não depende da amplitude, o período das oscilações depende apenas da frequência angular, ou seja, da massa do corpo e da constante elástica da mola. Fato descrito pela seguinte equação: Mas: √ Logo: √ Nós sabemos o Peso do bloco, logo podemos determinar a sua massa: Sabendo então que e que , o período será de: √ √ Assim, o período das oscilações será de . Questão 02. (Problema 15 do Capítulo 15 do livro Fundamentos de Física, vol.2 – 9ª Edição – Halliday/Resnick/Walker). Duas partículas oscilam em Movimento Harmônico Simples ao longo de um segmento retilíneo comum de comprimento . As duas partículas têm um período de , mas existem uma diferença de fase de entre seus movimentos. (a) Qual é a distância entre as partículas (em termos de A) após a partícula atrasada passar por uma das extremidades da trajetória? R: Vamos antes de tudo montar as equações horárias da posição de cada uma das partículas. Vamos chamá-las de partículas de e , onde a primeira é com a maior fase. Como elas realizam MHS em um segmento retilíneo de comprimento , a amplitude do movimento é . 4 Para determinarmos a frequência angular vamos utilizar a informação do período que nos é dada na questão. Logo: ( ) Vamos considerar o instante onde a partícula atrasada por uma das extremidades da trajetória como sendo o instante . Vamos calcular as posições de cada partícula nesse instante: ( ) √ √ Nesse instante a diferença entre as duas partículas é de . Agora vamos analisar o instante , que é o pedido pela questão: ( ) √ Logo a distância entre as duas é de: A distância entre as duas partículas, em módulo é de . (b) Nesse instante, as partículas estão se movendo no mesmo sentido, em sentidos opostos se aproximando uma da outra ou em sentidos opostos se afastando uma da outra? R: Estão se deslocando no mesmo sentido. 5 Questão 03. (Problema 19 do Capítulo 15 do livro Fundamentos de Física, vol.2 – 9ª Edição – Halliday/Resnick/Walker). Um bloco está apoiado em um êmbolo que se move verticalmente em um Movimento Harmônico Simples. (a) Se o MHS tem um período de para que valor da amplitude do movimento o bloco e o êmbolo se separam? R: Para que o bloco e o êmbolo se separem é necessário que o bloco atinja uma aceleração superior a aceleração gravitacional, pois assim ele irá conseguir subir e por consequência se separará do êmbolo. Vamos então considerar que a aceleração máxima do bloco é igual à aceleração gravitacional, em módulo, para assim encontrarmos o menor valor possível para a amplitude. Sabemos que o período é de , logo podemos encontrar a frequência angular: Logo como sabemos a frequência angular e estamos considerando que a aceleração máxima do nosso sistema é igual à aceleração gravitacional, podemos calcular a amplitude do movimento. (b) Se o êmbolo se move com uma amplitude de , qual é a maior frequência para a qual o bloco e o êmbolo permanecem continuamente em contato? R: Para que o bloco e o êmbolo permanecem continuamente em contato com a amplitude de e com a maior frequência possível é necessário que a aceleração gravitacional seja igual à aceleração máxima do sistema. Logo, como temos a amplitude e a aceleração máxima podemos determinar a frequência angular: √ √ √ Sabendo a frequência angular podemos calcular a frequência de oscilação. 6 Logo para uma amplitude de o bloco pode oscilar com frequência de até que ele não irá se separar do êmbolo. Questão 04. (Problema 33 do Capítulo 15 do livro Fundamentos de Física, vol.2 – 9ª Edição – Halliday/Resnick/Walker). Um bloco de massa , em repouso em uma mesa horizontal sem atrito, está ligado a um suporte rígido através de uma mola de constante elástica . Uma bala de massa e velocidade ⃗⃗⃗ de módulo atinge o bloco e fica alojada nele (Fig.15-38) Supondo que a compressão da mola é desprezível até a bala se alojar no bloco, determine: (a) A velocidade do bloco imediatamente após a colisão. R: Aplicando o Principio da Conservação do Momento Linear. Vamos atribuir à bala o índice “b” e ao bloco o índice “B” Inicialmente o bloco estava em repouso, logo . Quando a bala se aloja, a sua velocidade passa a ser igual a do bloco, logo: . Assim sendo, temos: Isolando a velocidade final do bloco, temos: Substituindo por , por e por , temos: �⃗⃗⃗� Figura 15-387 Assim sendo, imediatamente após a colisão, o bloco começa a se mover com velocidade de . (b) A amplitude do Movimento Harmônico Simples resultante. R: Antes do bloco ser atingido pelo projétil, o mesmo estava em equilíbrio. O problema diz que a compressão da mola é desprezível até o momento da bala alojar-se completamente no mesmo. Ou seja, essa velocidade que o bloco atinge quando a bala se aloja nele é a velocidade no ponto de equilíbrio, ou seja, em . A velocidade de é então a velocidade máxima do sistema bloco-bala. Assim sendo, a Energia Cinética nesse ponto é máxima, ou seja, toda a energia do sistema nesse momento será cinética, logo, nesse ponto: Onde é a Energia Total do Sistema e é a Energia Cinética. Logo: A massa total é . Logo: Isolando a amplitude, temos: √ Substituindo por , por , por e por , temos: √ √ 8 √ √ Questão 05. (Problema 37 do Capítulo 15 do livro Fundamentos de Física, vol.2 – 9ª Edição – Halliday/Resnick/Walker). Uma mola de massa desprezível está pendurada no teto com um pequeno objeto preso à extremidade inferior. O objeto é inicialmente mantido em repouso em uma posição tal que a mola se encontra no estado relaxado. Em seguida, o objeto é liberado e passa a oscilar para cima e para baixo, com a posição mais baixa abaixo de . (a) Qual é a frequência das oscilações? R: A posição é a posição onde a mola está relaxada. O corpo oscila para cima e para baixo, onde a posição mais baixa é abaixo da posição de equilíbrio. Logo, a amplitude do movimento é . Podemos encontrar a frequência das oscilações encontrando a frequência angular. Para isso, vamos fazer a resultante das forças do sistema. As forças que atuam no sistema são a força elástica e o peso do objeto: Lembrando que: Temos: √ √ Logo, a frequência de oscilações é: 9 (b) Qual é a velocidade do objeto quando se encontra abaixo da posição inicial? R: Para isso vamos utilizar a equação de Torricelli para um MHS, a qual é dada por: √ A posição do corpo será 0,03m, pois a posição do corpo é a distância da posição mais a amplitude: √ ( ) √ (c) Um objeto de é preso ao primeiro objeto, após o que o sistema passa a oscilar com metade da frequência original. Qual é a massa do primeiro objeto? R: Se a nova frequência é metade da original, então a frequência angular também o é. Logo, sabendo que: √ Temos que: √ A constante de mola não se altera, logo podemos igualar as duas equações encontradas para a mesma e assim descobrir o valor da massa do primeiro objeto: Ou seja, a massa do primeiro objeto é 10 (d) A que distância abaixo de , está a nova posição de equilíbrio (repouso), com os dois objetos presos à mola? R: Vamos primeiro encontrar a constante de mola. Vamos usar a seguinte equação: ( ) Sabendo disso vamos calcular a resultante vetorial das forças do novo sistema. Vamos chamar de a nova massa dele e de a nova posição Questão 06. (Problema 51 do Capítulo 15 do livro Fundamentos de Física, vol.2 – 9ª Edição – Halliday/Resnick/Walker). Na Fig. 15-44, uma barra de comprimento oscila como um pêndulo físico. (a) Que valor da distância entre o centro de massa da barra e o ponto de suspensão corresponde o menor período? R: O Período em um pêndulo físico é dado pela seguinte relação: √ Onde I é o momento de inércia do pêndulo, m é a massa do mesmo, g é a aceleração gravitacional e h é a distância do centro de massa do pêndulo até o ponto de suspensão. 𝐿 𝑥 𝐿 𝐶𝑀 𝑂 Figura 15-44 11 Para calcularmos o Momento de Inércia desse pêndulo teremos que usar o Teorema dos Eixos Paralelos, representado pela seguinte equação: O momento de inércia do centro de massa é: Como , temos que: ( ) Logo o período do nosso pêndulo é: √ √ Sabemos que o Período varia em função de , ou seja, quando o período for mínimo, a curva que o descreve estará no mínimo da função e nesse ponto, a derivada é nula. Assim sendo, temos: [ √ ] Aplicando inicialmente a Regra do Produto, temos: [ ] √ [ (√ )] A derivada de uma constante é zero, logo: Assim, temos: [ (√ )] 12 Podemos eliminar o , pois como o resultado da multiplicação é zero e é diferente de zero, sabemos que o outro termo obrigatoriamente será zero, logo: (√ ) Vamos aplicar a integral indefinida dos dois lados, assim: ∫ (√ ) ∫ A primeira integral se cancela com a derivada, pois uma é a operação inversa da outra. A segunda integral irá resultar em zero, pois a integral de uma constante é a constante multiplicada pela variável de integração. Como a constante é , a integral será nula também, logo: √ Elevando os dois membros da equação ao quadrado, temos: Passando o para o outro lado, temos que: Isolando o , temos: √ √ Como , temos que: √ O sinal negativo é apenas uma questão de referencial, logo, como é uma distância, podemos escrever: Ou seja, o módulo do valor encontrado para essa distância . 13 (b) Qual é esse período? R: Sabemos o valor de , o comprimento do pêndulo e a aceleração gravitacional na superfície da Terra, logo podemos calcular o período apenas aplicando esses valores na equação do período do nosso pêndulo físico: √ Como , e : √ √ √ √ Logo o período mínimo é . Questão 07. (Problema 3.1 do Capítulo 3 do livro Curso de Física Básica, vol.2 – 5ª Edição – H. Moysés Nussenzveig). Um bloco de massa , capaz de deslizar com atrito desprezível sobre um trilho de ar horizontal, está preso a uma extremidade do trilho por uma mola de massa desprezível e constante elástica , inicialmente relaxada. Uma bolinha de chiclete de massa lançada em direção ao bloco, com velocidade horizontal ,atinge-o no instante e fica grudada nele. (Figura P.1). Ache a expressão do deslocamento x do sistema para . R: O momento linear é conservado, logo vamos aplicar o Princípio da Conservação do mesmo: 14 Onde denota a velocidade da bolinha de chiclete e denota a velocidade do bloco. Inicialmente o bloco estava em repouso, logo sua velocidade inicial é zero. Após ocorrer a colisão, o chiclete se prende ao bloco, desse modo a velocidade final dos dois corpos vai ser a mesma. Como o chiclete se prendeu ao bloco, essa colisão foi inelástica, onde apenas o momento linear se conserva, já a energia mecânica não. Como a velocidade final dos corpos será igual, podemos denotar a velocidade final de cada corpo apenas como . Logo, a velocidade final do sistema é: Antes da colisão o bloco estava em equilíbrio, ou seja, essa velocidade assumida por ele (juntamente com o chiclete) é a velocidade no ponto de equilíbrio do sistema, ou seja, é a velocidade máxima. No equilíbrio: A velocidade final é justamente a velocidade máxima. Sabemos que a velocidade máxima de um oscilador harmônico simples é dada por: Onde é a frequência angular do sistema, a qual é dada por: √ Onde é a constante de mola e é a massa total do sistema. No caso, . Logo a frequência angular é: √ Substituindo o valor da frequência angular encontrado agora na equação da velocidade máxima e, lembrando que a velocidade máxima é a velocidade do sistema imediatamente após a colisão, podemos encontrar uma equação para a amplitude do movimento: 15 √ √ √ √ √ √ A equação horária da posição em um MHS é dada pelo produto da amplitude pelo cosseno da fase. Onde a fase é dada por: Onde é a fase inicial do movimento. Para calcular o seu valor vamos utilizar a equação do deslocamento quando o , ou seja, quando o sistema está na posição (posição de equilíbrio). Sabemos que a equação horária da posição em um MHS é dada por: Para , temos: Logo: Assim a equação horária do deslocamento de nosso movimento é: Já sabemos o valor da amplitude e da frequência angular, logo a equação horária da posição desse sistema para é: ( √ ) Ou, de uma forma mais extensa: √ √ ( √ ) Questão 08. (Problema 107 do Capítulo 15 do livro Fundamentos de Física, vol.2 – 9ª Edição – Halliday/Resnick/Walker). As frequências de vibração dos 16 átomos nos sólidos em temperaturas normais são da ordem de . Imagine que os átomos estão ligados uns aos outros através de molas. Suponha que um átomo de prata em um sólido vibra com essa frequência e que todos os outros átomos estão em repouso. Calcule a constante elástica efetiva. Um mol ( átomos) de prata tem uma massa de . R: Primeiro vamos calcular a massa de um único átomo de prata: Como sabemos a frequência de oscilação podemos determinar a frequência angular do sistema: Agora que sabemos a massa e a frequência angular, podemos calcular a constante elástica efetiva: ( ) Questão 09. (Problema 103 do Capítulo 15 do livro Fundamentos de Física, vol.2 – 9ª Edição – Halliday/Resnick/Walker). Um bloco que desliza sem atrito está preso a uma mola horizontal de constante elástica . O bloco executa um MHS em torno de uma posição de equilíbrio com um período de e uma amplitude de . Quando o bloco está passando pela posição de equilíbrio, uma bola de massa de modelas de é deixada cair verticalmente no bloco. Se a massa fica grudada no bloco, determine: (a) O novo período do movimento R: Vamos chamar o instante antes da massinha de modelar cair e atingir o bloco de instante 1 e de instante 2, o instante o qual a massa de molar se junta no bloco. Vamos calcular primeiramente a frequência e a frequência angular do primeiro instante. Sabemos que , logo: 17 Vamos chamar de a massa do bloco e de a massa da massinha de modelar. Podemos determinar o valor da massa do bloco, pois conhecemos a constante de mola e a frequência angular: √ √ ( ) Do problema sabemos que . Com a agregação da massa de modelar no bloco, a frequência angular irá diminuir e o período irá aumentar. Vamos comprovar isso com as equações. A constante de mola não se altera. Logo mesmo com a agregação da massa de modelas ao bloco, a constante de mola , permanecerá com o valor de . Sabemos disso podemos calcular a nova frequência angular, chamada aqui de . √ √ √ Como conhecemos a nova frequência angular, podemos determinar o novo período: (b) A nova amplitude do movimento R: Vamos calcular primeiramente a velocidade máxima do primeiro instante. Conhecemos a primeira amplitude e também a primeira frequência angular, logo: Vamos agora aplicar o principio da conservação do momento linear levando em conta o instante onde o bloco está no seu ponto de velocidade máxima e o instante onde o bloco e massa de modelar, juntos estão na sua velocidade máxima de oscilação. 18 Conhecemos as massas e o valor de , logo: Como já sabemos a velocidade máxima do movimento oscilatório realizado pela massa de modelar e pelo bloco, juntos e, também conhecemos a frequência angular desse movimento, podemos encontrar a nova amplitude: Questão 10. (Problema 3.17 do Capítulo 3 do livro Curso de Física Básica, vol.2 – 5ª Edição – H. Moysés Nussenzveig). Um oscilador harmônico começa a oscilar em . Após do período, sua energia cinética é três vezes maior que a energia potencial. Qual a fase inicial? (Dê todos os valores possíveis). R: Sabemos que a Energia Mecânica é dada pela soma das energias potenciais e cinéticas: Em um sistema oscilatório a energia total é dada por: Sabemos que a equação horária da posição em um MHS é: Em , ela se simplifica para: Logo a fase inicial é: Para descobrirmos a relação entre a posição e a amplitude nesse instante vamos analisar a energia do sistema. Em não existe energia cinética, pois é nesse instante que o sistema começa a oscilar. Dessa forma, toda a energia mecânica se concentra na forma de energia potencial. Assim, como nesse instante, temos que: 19Sabendo que a fase inicial é dada por: E que: A fase inicial é, portanto: Encontramos dois possíveis valores para a fase inicial. Mas, o problema pede- nos todos os possíveis. Para encontrar o restante, vamos analisar o que é dito quando o tempo é do período. Na questão é dito que após do período a energia cinética é vezes maior que a potencial, logo: Logo, como a energia total é soma da cinética com a potencial, temos: Em , a equação do deslocamento em função do tempo é: ( ) Sabemos que o período é definido por: Logo: 20 Então: ( ) ( ) Já sabemos o valor de x nesse instante de tempo, logo: ( ) ( ) ( ) Então: O cosseno é uma função par, logo: Para qualquer que seja o . Logo: Assim, os possíveis valores das fases iniciais são:
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