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FARMACOCINÉTICA Farmacologia - Enfermagem Profa: Gabriela Aparecida Tavares Pinto 2 FARMACOCINÉTICA Ciência que estuda o movimento dos medicamentos no organismo e de que maneira os mecanismos fisiológicos atuam nos fármacos. FARMACOCINÉTICA 2 3 FARMACOCINÉTICA O sucesso terapêutico do tratamento de doenças em humanos depende de bases farmacológicas que permitem a escolha do medicamento correto, de forma científica e racional. Mais do que escolher o fármaco “certo” visando reverter, atenuar ou prevenir um determinado processo patológico, é necessário selecionar o mais adequado as características fisiopatológicas, idade, sexo, peso corporal e raça do paciente. Como a intensidade dos efeitos terapêuticos ou tóxicos dos medicamentos depende da concentração alcançada em seu sítio de ação, é necessário garantir que o medicamento escolhido atinja, em concentrações adequadas, o órgão ou sistema suscetível ao efeito benéfico requerido. FARMACOCINÉTICA 3 4 FARMACOCINÉTICA É necessário escolher doses que garantam a chegada e a manutenção das concentrações terapêuticas junto aos sítios moleculares de reconhecimento no organismo, também denominados sítios receptores. O estabelecimento de esquemas posológicos padrões e de seus ajustes na presença de situações fisiológicas (idade, sexo, peso, gestação), hábitos do paciente (tabagismo, ingestão de álcool) e algumas doenças (insuficiência renal e hepática) é orientado por informações provenientes da absorção, distribuição, metabolismo e excreção. FARMACOCINÉTICA 4 5 FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA Absorção: como entra Distribuição: onde se dirige Metabolismo: Como é transformado Excreção: Como é eliminado 5 6 FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA Absorção Metabolismo Distribuição Excreção 6 7 FARMACOCINÉTICA Primeiro movimento em direção ao seu sítio de ação, ou seja, passagem do fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea. A importância do processo de absorção reside essencialmente, na determinação do período entre a administração do fármaco e o aparecimento do efeito farmacológico, bem como na determinação das doses e escolha da via de administração do medicamento. ABSORÇÃO 7 8 FARMACOCINÉTICA O fármaco para ser absorvido precisa atravessar as membranas biológicas: Epitélio gástrico e intestinal Membranas plasmáticas celulares Endotélios vasculares ABSORÇÃO 8 9 FARMACOCINÉTICA Transporte através das membranas Processos passivos: sem gasto energético Difusão simples: fármacos lipossolúveis e favor de um gradiente de concentração. Difusão por poros: fármacos hidrossolúveis e de pequeno tamanho. Ocorrem através de canais aquosos proteicos, que envolve um fluxo de água que arrasta o soluto (fármaco) através da membrana. Também denominada de difusão aquosa. ABSORÇÃO 9 10 FARMACOCINÉTICA Transporte através das membranas Processos passivos: sem gasto energético Difusão facilitada: o fármaco atravessa a membrana ligado a um carreador proteico, a favor de um gradiente de concentração. Esse transporte é mais rápido de a difusão simples. ABSORÇÃO 10 11 FARMACOCINÉTICA Transporte através das membranas Processos ativos: com gasto de energia Transporte ativo: o fármaco atravessa a membrana ligado a um carreador proteico, contra um gradiente de concentração, ocorre, portanto, gasto de energia (ATP). ABSORÇÃO 11 12 FARMACOCINÉTICA Transporte através das membranas Processos ativos: com gasto de energia Endocitose: Fagocitose/Pinocitose Exocitose ABSORÇÃO 12 13 FARMACOCINÉTICA Fatores que influenciam a absorção: Solubilidade da droga Ionização da droga Concentração da droga Circulação sanguínea local Forma farmacêutica e taxa de dissolução Área de superfície de absorção Tempo de contato com a superfície de absorção. ABSORÇÃO 13 14 FARMACOCINÉTICA Propriedades das drogas: Biodisponibilidade Efeito de primeira passagem Bioequivalência ABSORÇÃO 14 15 FARMACOCINÉTICA Propriedades das drogas Biodisponibilidade Indica a fração do fármaco que chega à circulação sanguínea após a administração por qualquer via. Considera-se a absorção e a degradação do fármaco. Apenas a via de administração EV apresenta biodisponibilidade do fármaco de 100%. ABSORÇÃO 15 16 FARMACOCINÉTICA Propriedades das drogas Biodisponibilidade ABSORÇÃO 16 17 FARMACOCINÉTICA Propriedades das drogas Bioequivalência Dois fármacos comportam-se de modo semelhante, contendo os mesmos ingredientes ativos, a mesma concentração, dosagem e via de administração. Relaciona o medicamento genérico e seu respectivo medicamento de referencia (aquele para o qual foi efetuada pesquisa clínica para comprovar sua eficácia e segurança antes do registro) apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo. Assegurando que o medicamento genérico é equivalente terapêutico do medicamento de referencia, ou seja, que apresenta a mesma eficácia clinica e a mesma segurança em relação ao de referencia no ensaio clínico. O teste de equivalência farmacêutica é “in vitro”, por laboratório de controle de qualidade habilitados pela ANVISA. ABSORÇÃO 17 18 FARMACOCINÉTICA VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Vias Enterais Vias Transmucosas Vias Parenterais Vias Transcutâneas ABSORÇÃO 18 19 FARMACOCINÉTICA VIAS ENTERAIS Via Oral (VO) Vantagens: mais comum, mais segura, mais cômoda, indolor, menos traumática. Desvantagens: irritação da mucosa gástrica, êmese, destruição do fármaco, cooperação do paciente, sofre efeito de primeira passagem hepática. ABSORÇÃO 19 20 FARMACOCINÉTICA VIAS ENTERAIS Via Retal (VR) Vantagens: drogas de efeito local e sistêmico, pacientes com êmese, pacientes inconscientes ou incapazes de tomar medicamentos por VO, apenas 50% da droga sofre efeito de primeira passagem, a droga não será destruída por enzimas digestivas. Desvantagens: drogas que causam irritação na mucosa, absorção pode ser irregular e incompleta, desconfortável para o paciente. ABSORÇÃO 20 21 FARMACOCINÉTICA ABSORÇÃO VIAS TRANSMUCOSAS Via Sublingual (SL) Via Pulmonar (inalatória) Via Conjuntival (mucosa conjuntival) Via Nasal (mucosa nasal) Via Vaginal (mucosa vaginal) 21 22 FARMACOCINÉTICA VIAS TRANSMUCOSAS Via Sublingual (SL) Resposta rápida Pequena área de absorção Não há efeito de primeira passagem Não sofre ação do pH gástrico. ABSORÇÃO 22 23 FARMACOCINÉTICA VIAS TRANSMUCOSAS Via Pulmonar (Inalatória) Vantagens: drogas voláteis e gasosas, via de administração e eliminação, não sofre efeito de primeira passagem hepática, aplicação local em doenças pulmonares, grande superfície de absorção, rica vascularização pulmonar, membranas entre o ar alveolar e os capilares são de fácil travessia, absorção rápida. Desvantagens: Difícil regular a dose, absorção sistêmica parcial de drogas de ação local ABSORÇÃO A quantidade de medicamento que é efetivamente absorvida pelo organismo é de apenas 10 a 20% do total de medicamento disponibilizado. Em outras palavras: A maior parte do medicamento é desperdiçada. 23 24 FARMACOCINÉTICA VIAS TRANSMUCOSAS Via Conjuntival (Mucosa conjuntiva) Efeitos locais no olho através do epitélio do saco conjuntival. Drogas podem apresentar absorção sistêmica parcial, com efeitos colaterais. Via Nasal (Mucosa Nasal) Administração nas narinas. Efeito local. Via Vaginal (Mucosa vaginal) Apresenta membrana biológica de fácil travessia, capaz de absorver drogas. ABSORÇÃO 24 25 FARMACOCINÉTICA ABSORÇÃO VIAS PARAENTERAIS Via Endovenosa (EV) Via Intramuscular (IM) Via Subcutânea (SC) Via Intratecal (Via Subaracnóidea) VIAS PARENTERAIS Injeção de drogas diretamente num compartimento ou cavidade do corpo, a fim de evitar os obstáculos da pele e das mucosas. Qualquer via de administração de drogas que não seja enteral. Injeçãode drogas diretamente num compartimento ou cavidade do corpo , a fim de evitar os obstáculos da pele ou mucosas. 25 26 FARMACOCINÉTICA Vias Parenterais Vantagens: Drogas administradas em pacientes que não cooperam, inconscientes ou que apresentam náuseas e vômitos; Drogas ineficazes, fracamente absorvidas ou inativas por VO; Possibilidade de retardar o início da ação da droga e/ou prolongar a ação da droga. Problemas da obediência do paciente ao regime terapêutico são quase totalmente evitados. Corrigir desequilíbrio fluido e eletrolítico e proporcionar alimentação por essa via. 26 27 FARMACOCINÉTICA Vias Parenterais Desvantagens: Exige pessoal devidamente qualificado; Processos assépticos; Usualmente, há sempre alguma dor ou incômodo. Efeitos difíceis de reverter (hipersensibilidade, intolerância ou toxicidade); Inconveniente quando as aplicações são frequentes. 27 28 FARMACOCINÉTICA VIAS PARENTERAIS Via Endovenosa (EV) Vantagens: Não há absorção e a biodisponibilidade é previsível; Grandes volumes e substâncias irritantes; Acesso rápido e direto. Desvantagens: Efeitos tóxicos mais rápidos; Veia mantida é porta de entrada para infecções; Irreversível; Efeitos sobre componentes sanguíneos: hemólise ou proteínas. ABSORÇÃO 28 29 FARMACOCINÉTICA VIAS PARENTERAIS Via Intramuscular (IM) Via muito utilizada; Forma um depósito no músculo; Início de ação mais lento e de maior duração (EV); Absorção variável (local e fluxo sanguíneo); Substâncias irritantes e oleosas; Dor. ABSORÇÃO Via muito utilizada (absorção rápida e profunda) 29 30 FARMACOCINÉTICA VIAS PARENTERAIS Via Subcutânea (SC) Injeção de pequeno volume de solução ou suspensão aquosa no tecido intersticial frouxo. O medicamento é introduzido na tela subcutânea ou tecido adiposo (gordura) na hipoderme; Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura; Pouco risco de atingir vasos sanguíneos e nervos; Substâncias insolúveis; Pequenos volumes e substâncias não irritantes. ABSORÇÃO 30 31 FARMACOCINÉTICA VIAS PARENTERAIS Via Intratecal (subaracnóidea) Injeção de uma substância no espaço subaracnóide através de uma agulha de punção lombar; Evita barreira hematoencefálica (BHE); Para tratamento de leucemias, anestesia local (bupivacaína), administração de antimicrobianos ou de analgésicos opiáceos. ABSORÇÃO Por Débora Carvalho Meldau Bem vindo ao Player Audima.Ouça este conteúdo0:0002:50AudimaAbrir menu de opções do player Audima. Meninges são as três membranas de tecido conjuntivo que revestem o encéfalo e a medula espinhal, tendo como objetivo protegê-los. Estas três camadas, de fora para dentro são: dura-máter, aracnóide e pia-máter. Os espaços entre as traves dão origem ao espaço subaracnóide, onde está presente o líquido cefalorraquidiano, protegendo o sistema nervoso central contra traumatismos. 31 32 FARMACOCINÉTICA VIAS TRANSCUTÂNEAS Via Cutânea (Tópica) Pequena absorção pela pele intacta (camada queratinizada); Absorção proporcional à lipossolubilidade e área aplicada; Métodos para alterar a absorção. ABSORÇÃO Métodos para alterar a absorção: massagear o local, aquecer (vasodilatação). 32 33 FARMACOCINÉTICA VIAS TRANSCUTÂNEAS Transdérmica (adesivos) Útil para aplicação de drogas lipossolúveis; Absorção mais lenta e mais seletiva do que a absorção gastrointestinal; Evitam-se os inconvenientes e riscos da via EV; Drogas com índices terapêuticos estreitos ou meias vidas curtas, podem ser administradas com segurança e durante períodos prolongados; Efeitos colaterais e frequência posológica reduzidos; Obediência do regime terapêutico melhorada; É possível termino rápido do efeito da droga. ABSORÇÃO 33
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