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Farmacologia 1- Formas Farmacêuticas e Vias de Administração Farmacologia: Estudo dos efeitos dos fármacos no funcionamento dos sistemas vivos. 1.Farmacocinética e 2. farmacodinâmica. 1. Como o corpo reage ao fármaco. 2. O que o fármaco faz no organismo. Farmacoterapia Toxicologia: ciência que estuda as reações adversas Droga: subtancia química que cause alguma alteração no funcionamento do organismo, com ou sem intenção terapêutica Fármaco: subst. química de estrutura conhecida que apresentam propriedades farmacológicas com finalidade terapêutica/ medicamentosa Remédio: recurso utilizado para curar ou aliviar a dor, o desconforto ou a enfermidade Medicamento: preparação farmacêutica tecnicamente elaborada Veneno: fármacos com efeitos quase exclusivamente maléficos Toxina: venenos de origem biológica, ex: plantas ou animais, chumbo e arsênico. Dose: quantidade no local de ação necessária para produzir o efeito terapêutico Ex: enalapril 10 mg Dosagem: quantidade do fármaco na forma farmacêutica Ex: 1 comprimido de 10 mg Líquido: Para cada 250 mg/5 ml Posologia: qtd que deve ser administrada em determinado intervalo de tempo para que a dose terapêutica seja obtida. Dose+ frequência administração + duração tratamento Ex: 1 comprimido de 10 mg, 2 vezes ao dia e de uso contínuo. Nomenclaturas Comercial: Tylenol, identifica a marca Genérico: paracetamol: identifica o princípio ativo(fármaco) Nome químico: N-acetil-p-amino- fenol. Estrutura atômica molecular Forma farmacêutica: seria no caso o estado final dos fármacos com o intuito de facilitar a administração e obter o maior efeito terapêutico possível e o mínimo de efeitos indesejáveis, ex: comprimido, cápsula, gel, xarope, drágeas, supositório etc. Princípio ativo/ fármaco: ação farmacológica Excipientes ou adjuvantes: substâncias inertes cuja função é estabilizar a formulação em nível químico, físico ou microbiológico, conferir peso e volume. Ex: agentes antioxidantes, agentes suspensores, conservantes, edulcorantes, corantes, espessantes etc. **veículo: formulações líquidas q.s.p. (quantidade suficiente para) Escolha da forma farmacêutica: depende de: • Paciente= Condição clínica e aceitabilidade • característica do fármaco: solubilidade estabilidade • precisão da dose: evitar metabolização, degradação • objetivo terapêutico: efeito local x sistêmico// efeito imediato x longo prazo Vias de administração: oral, enteral, parenteral Principais Comprimidos: pós + fármaco e excipiente. Variam em características físicas e características de desintegração. Maioria por via oral, demais pode ser por sublingual ou vagina; Vantagens: 1. Dosagem correta e alto grau de precisão; 2. Maior estabilidade; 3. Forma de administrar fármacos insolúveis em água; 4. Facilidade na administração e armazenamento; 5. Reduzir percepção de sabores e odores desagradáveis; 6. Possibilidade de introduzir revestimentos; 7. Possibilidade de controlar liberação de fármacos. De liberação prolongada Modulação da liberação do fármaco, alterando a velocidade de absorção Objetivos: prolongar o efeito farmacológico, reduzir picos de concentração, reduzir frequência de administração XR ou retard (na embalagem do comprimido) De liberação entérica (gastrorresistente) Objetivos: evitar degradação do fármaco, evitar agressão ao estômago E podemos cortar comprimidos? DEPENDE. Somente os sulcados. Não se tem comprimidos de liberação prolongada com sulcos. Soluções Misturas homogêneas de 2 ou + subst.., resultando em um produto com uma fase única, de aspecto límpido. Ex: oral, injetável, nasal, otológico, oftálmico. Vantagens • Rapidez de absorção no trato gastrointestinal (em relação às cápsulas e comprimidos); • Facilidade de deglutição (adequado para idosos e crianças); • Homogeneidade na dose (melhor que suspensão independe de agitação); • Flexibilidade de doses Desvantagens: • Apresentam menor estabilidade físico- química e microbiológica do que as formas sólidas; • Solubilização realça o sabor do fármaco, para princípios ativos com sabor desagradável; • Sistema de medida de volume pode ser pouco uniforme = variação na dose Vias Enteral (acesso direto ao intestino): oral, retal, sublingual* *depende muito das literaturas Parenteral: intravenosa, intramuscular , subcutânea Outras: tópica, inalatória, transdérmica, intratecal. Escolha da via Paciente (condições clínicas, aceitabilidade); Característica do fármaco; Objetivo terapêutico. Via oral: Absorção ocorre no intestino e normalmente envolve difusão passiva Antes de chegar na circulação sistêmica passam pelo metabolismo de primeira passagem, produzindo efeitos sistêmicos. Metabolismo de primeira passagem ou pré- sistêmica: vencer barreiras epiteliais, resistir à ação enzimática na parede do intestino e fígado. Reduz a concentração do fármaco ou ativar pró-fármacos, pois os pró-fármacos podem ser convertidos em outros fármacos, ex: codeína → morfina, não tem uma certa perda no primeiro metabolismo e sim uma ativação. Fatores que influenciam a absorção Lipossolubilidade e grau de ionização • Conteúdo intestinal (alimentado ou em jejum) • Motilidade gastrointestinal • Fluxo sanguíneo esplâncnico • Tamanho da partícula e formulação • Interações medicamentosas e alimentares • Variabilidade individual Vantagens • Via de administração mais segura e comum, conveniente e econômica • Fármacos são facilmente autoadministrados • Dosagem excessiva pode ser neutralizada com carvão ativado Desvantagens • Inativação de alguns fármacos no estômago (uso de revestimento entérico é uma alternativa) • Absorção limitada de alguns fármacos • Alimentos podem interferir na absorção Via sublingual Difusão pela rede capilar entra na cir. Sistemica de forma direta Vantagens Facilidade de adm Rápida absorção Escape do metabolismo de primeira passagem, evita perdas Desvantagens: Fármaco deve ser utilizado em baixas doses Parte do fármaco se perde se for deglutido, perdendo sua ação farmacológica. Via retal De uso principal para obtenção de efeitos locais Vantagens: 1. Ideal quando o fármaco provoca êmese, se o paciente se encontra já vomitando ou inconsciente 2. Útil para fármacos instáveis ou irritantes no TGO 3. Útil quando é difícil estabelecer um acesso venoso 4. A biotransformação de fármacos pelo fígado é minimizada pois 50% da drenagem da região retal não passa pela circulação portal Desvantagens 1. Com frequência: é errática e incompleta 2. Vários fármacos irritam a mucosa retal 3. Via com baixa adesão Parenteral • Fármacos que são pouco absorvidos no TGI (ex: heparina) • Fármacos instáveis no TGI (ex: insulina) • Paciente impossibilitado de utilizar medicação oral • Quando é necessário um rápido início de ação Vantagem: Maior grau de controle da dose administrada Desvantagem: Podem causar dor, lesão tecidual e infecções Intravenosa Via parenteral mais comum • Rápido efeito • 100% biodisponibilidade • Administração em Bolus (pico de concentração) ou infusão Vantagens: • Pode ter efeitos imediatos • Ideal para dosagens de altos volumes • Valiosa para emergências • Ideal para fármacos proteicos e peptídeos Desvantagens: • Pode precipitar constituintes do sangue, causar hemólise ou outras reações adversas • Imprópria para substâncias oleosas • Necessita de técnicas de assepsia Intramuscular Podem estar em soluções aquosas ou em preparações especializadas de depósito Vantagens: • Adequada paravolumes moderados • Administração de veículos oleosos Desvantagens: • Pode ser dolorosa • Pode causar lesões musculares Subcutânea • Absorção por difusão simples e é mais lenta do que a via IV • Minimiza os riscos de hemólise ou trombose associados à injeção IV • Pode proporcionar efeitos lentos e constantes (formulações de depósito) Exemplos: insulina e heparina Desvantagens: • Dor e necrose se fármaco for irritante • Administração de pequenos volumes Via Tópica Aplicação diretamente na pele e mucosas Obtenção de efeitos locais • Cutânea • Ocular • Nasal • Auricular • Bucal •Vaginal Via Inalatória • Asseguram a rápida oferta do fármaco através da ampla superfície da membrana mucosa do trato respiratório e do epitélio pulmonar • Os efeitos dos fármacos são quase tão rápidos como os da injeção IV em bolus • Aplicação oral e nasal Vantagens: • Rápida absorção • Eficaz em pacientes com problemas respiratórios (como asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica) • Útil para fármacos que são gases (p. ex., alguns anestésicos voláteis) • Se o efeito deve ser nos pulmões, podem ser utilizadas doses menores (em comparação com outras vias) • Minimiza os efeitos sistêmicos Desvantagens: • Pacientes podem ter dificuldade em regular a dose com o uso de inaladores Via Transdérmica Proporciona efeitos sistêmicos pela aplicação do fármaco na pele, em geral, por meio de um adesivo cutâneo • Velocidade de absorção variável • Uso: ação prolongada de fármacos (ex: nicotina, reposição hormonal) Vantagens: • Evita efeito de primeira passagem • Conveniente e indolor • Ideal para fármacos lipofílicos e que apresentam baixa biodisponibilidade oral • Ideal para fármacos que são rapidamente eliminados Desvantagens: • Pode ocorrer irritação local (alergia ao adesivo) • Fármaco deve ser muito lipofílico • Limitado a fármacos que necessitam de baixas doses diárias Biodisponibilidade e bioequivalência 1. fração de uma dose fármaco o quanto ele chega no sangue 2. biodisponibilidade comparável, mesmo perfil de eficácia e segurança. Equivalência: duas formulações apresentam o mesmo fármaco, mesma dosagem, mesma forma farmacêutica e mesma via de adm. Referência x similar x genérico Referência: patenteado, o primeiro que surgiu. Genérico: equivalência farmacêutica, mesma bioequivalência, podendo ser intercambiável. Similar: Pode diferir do medicamento de referência somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca Depende muito do laboratório, um laboratório antigo com uma confiança maior e estudos de biodisponibilidade/ bioequivalência maiores, pode-se escolher tanto um medicamento genérico ou similar.
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