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Princípios Fundamentais

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AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou 
não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Princípios Constitucionais Explícitos e Fundamentais do Art. 37 Caput da Cf/88 .........................................2
Princípios Fundamentais / Princípios Expressos ........................................................................................2
Princípio da Legalidade ..............................................................................................................................2
Princípio da Impessoalidade .......................................................................................................................2
Princípio da Moralidade .............................................................................................................................2
Princípio da Publicidade .............................................................................................................................3
Princípio da Eficiência ................................................................................................................................3
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou 
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Princípios Constitucionais Explícitos e 
Fundamentais do Art. 37 Caput da Cf/88
Princípios Fundamentais / Princípios 
Expressos
Princípios são ideias centrais de um sistema, são os que 
estabelecem as diretrizes e conferem um sentido lógico, har-
monioso e racional e ainda determinam o alcance e o sentido 
das regras de um determinado ordenamento jurídico. Os prin-
cípios fundamentais da Administração Pública encontram-se, 
explicita ou implicitamente, na Constituição de 1988. Dentre 
os princípios informadores da atividade administrativa, sobres-
saem em importância àqueles expressos no caput do art.37 da 
CF/88. Após a promulgação da Emenda Constitucional nº 
19/88 passaram a ser cinco os princípios explícitos: legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A Lei nº 
9.784/99 – que trata dos processos administrativos - possui, 
em seu art. 2º, os princípios da eficiência, legalidade, finali-
dade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralida-
de, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica e interesse 
público.
Princípio da Legalidade
Diferentemente do cidadão comum que pode fazer, ou 
deixar de fazer, qualquer coisa que não seja proibido por lei, 
a Administração Pública só pode fazer o que a lei autoriza, ou 
seja, a Administração além de não poder atuar contra a lei ou 
além da lei, somente pode agir segundo a lei. O princípio da 
legalidade dessa forma pode ser visto sob duas perspectivas: 
Primeira: Para todos os particulares. Aqui o particular pode 
fazer tudo o que a lei não proíba e está previsto no art. 5º II da 
CF/88 “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei”. Segundo: Para toda administra-
ção pública. Aqui a administração somente pode fazer o que a 
lei determina ou autoriza e em caso de omissão da lei a admi-
nistração não pode agir.
Princípio da Impessoalidade
Na formulação tradicional, a impessoalidade se confunde 
com o princípio da finalidade da atuação administrativa. De 
acordo com este, há somente um fim a ser perseguido pela Ad-
ministração: o Interesse Público e mesmo assim deverá estar 
expresso ou implícito na lei que determina ou autoriza determi-
nado ato. A impessoalidade da atuação administrativa impede 
que um ato seja praticado visando interesses do agente ou de 
terceiros. Impede também perseguições, favorecimentos ou 
descriminações. O princípio em tela proíbe também que o ad-
ministrador público vincule qualquer tipo de imagem pessoal 
a obras ou serviços públicos, bem como sigla partidária.
Princípio da Moralidade
Torna jurídica a exigência de atuação ética dos agentes da 
Administração. O servidor deve decidir não somente entre o 
legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconve-
niente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre 
o honesto e o desonesto. É necessário que se atenda à letra e ao 
espírito da lei, que ao legal junte-se o ético.
Cabe ao Judiciário controlar a moralidade dos atos da ad-
ministração, respeitando claro, a inércia da jurisdição, afinal a 
imoralidade administrativa surge como uma forma de ilegali-
dade.
Logo, aquele que comete esses atos imorais será responsá-
vel com base na Lei nº 8.429/92, onde diz em seus artigos 9º 
ao 11º, de maneira exemplificativa, os atos de improbidade ad-
ministrativa.
A lei quando é cumprida simplesmente tomando por 
base a frieza de seu texto, não esta se atendendo sua letra e seu 
espírito. Por esse motivo a administração deve se orientar pelos 
princípios do direito e da moral, para que se agreguem o legal e 
o honesto, desde que sejam de acordo com os interesses sociais. 
Foi através desses princípios que o direito público extraiu e 
formulou a teoria da moralidade administrativa.
A moralidade administrativa é um dos pressupostos da 
validade de todo ato da administração pública, não estamos 
falando aqui de uma moral do senso comum, mas sim de uma 
moral jurídica, a qual é extraída do ordenamento jurídico.
O ato administrativo não terá que obedecer somente à lei 
jurídica, mas também tem que se adequar a lei ética da própria 
instituição, afinal, temos que observar que nem tudo o que é 
legal é honesto, e tudo que é ilegal é imoral, mas nem sempre o 
que é imoral é ilegal.
Observe que a moralidade administrativa esta intimamen-
te ligada ao conceito do bom administrador, logo há de se de-
terminar o que é justo ou injusto, nos seus efeitos.
Vamos dar alguns exemplos de improbidade descritos no 
artigo da Lei 8.429/92:
 → Intermediar liberação de verbas;
 → Usar bens e equipamentos públicos com finalidade par-
ticular;
 → Vender bem público abaixo do valor de mercado;
 → Estabelecer contratação direta quando a lei manda licitar;
 → Adquirir bens acima do valor de mercado (superfatura-
mento).
Temos que salientar que aos agentes públicos, responsáveis 
por atos lesivos à moralidade administrativa, a Constituição 
Federal prevê, em seu artigo 37, § 4º, quatro sanções diferentes, 
de aplicação simultânea, quais sejam:
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 → Suspensão dos direitos políticos;
 → Declaração de indisponibilidade dos bens;
 → Perda da função pública;
 → Obrigação de ressarcir ao erário.
Não obstante, cabe salientar que tais sanções são aplicá-
veis de acordo com as regras previstas no artigo 12 da Lei n. 
8.429/92, a qual prevê ainda sanções específicas para cada 
dispositivo violado, a exemplo da multa civil de até 100 vezes 
o valor da remuneração percebida pelo agente, proibição de 
contratar com o Poder Público ou mesmo receber incentivos 
fiscais, isso tudo sem prejuízo da sanção penal cabível ao caso.
Princípio da Publicidade
Este também possui dupla acepção. O primeiro entendi-
mento refere-se à publicação oficial dos atos administrativos a 
fim de que eles possam produzir efeitos externos. A exigência 
de publicação oficial dos atos externos da administração não é 
um requisito de validade, mas sim pressuposto de sua eficácia. 
O outro aspecto dizrespeito à exigência de transparência da 
atividade administrativa como um todo. Estão ressalvados os 
atos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e 
do Estado.
Dessa forma, O Princípio da Publicidade, nada mais é 
do que o dever atribuído à administração pública de dar total 
transparência de todos os seus atos praticados, tendo ainda 
o dever de fornecer a todo particular que requisitar, informa-
ções sejam publicas, de interesse pessoal ou mesmo personalís-
sima, desde que constem de bancos de dados públicos, pois via 
de regra, não pode haver sigilo sobre atos administrativos.
A publicidade nada mais é do que a divulgação oficial do 
ato para conhecimento público, gerando assim seus efeitos 
externos, esse é um dos motivos pelos quais as leis, atos e con-
tratos administrativos que produzem efeitos jurídicos além 
dos órgãos que os emitem necessitam de publicidade, para que 
possa adquirir validade perante as partes e perante terceiros, 
não se esqueça de que as leis só entram em vigência após a sua 
publicação oficial.
Não obstante, temos que observar que tal princípio aceita 
algumas exceções, como por exemplo:
 → Os atos e as atividades relacionados com a segurança da 
sociedade ou do Estado,
 → No caso do conteúdo da informação for resguardado pelo 
direito a intimidade, que resguardado pelo art. 37, § 3º, 
inciso II, CF/88.
Assim como nos casos de segurança nacional, investiga-
ções policiais, interesse superior da administração a ser preser-
vado em processo previamente declarado sigiloso.
No que diz respeito à publicidade dos atos, programas 
e obras concluídas pela administração pública, temos que 
observar que esta será admitida em casos que tiver objetivo edu-
cativo, informativo ou de orientação social, isso visa proibir 
a promoção pessoal de autoridades ou mesmo de servidores 
públicos pela divulgação de nomes, símbolos ou imagens que 
tornem identificado o agente, é punível na esfera cível como 
ato de improbidade administrativa, contudo, sem deixar de 
sofrer as sanções penais cabíveis.
De toda sorte, a publicidade não é elemento formador 
do ato, mas sim requisito de sua eficácia e moralidade, logo, 
os atos irregulares não irão se tornar válidos pela publicação, 
assim como, os válidos não dispensam a publicidade para sua 
exequibilidade.
O instrumento utilizado para assegurar o recebimento de 
tais informações esta assegurado pela CF/88 em seu artigo 5º, 
LXIX e LXX, é o Habeas Data.
Princípio da Eficiência
É aquele que impõe a todo agente público a obrigação de 
realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento 
funcional. A função administrativa exige resultados positivos 
para o serviço público e satisfatório atendimento das necessi-
dades da comunidade e de seus membros. O objetivo princi-
pal é assegurar que os serviços públicos sejam prestados com 
adequação às necessidades da sociedade que os custeia. Foi o 
último a ser inserido no bojo da constituição Federal de 88, 
veio com a EC 19/98, a chamada reforma administrativa. 
Através desse princípio algumas consequências foram expres-
samente introduzidas no texto constitucional:
Eficiência, em síntese, é a relação entre os resultados 
obtidos e os recursos empregados. Assim, um procedimen-
to administrativo é eficiente quando empregar um pequeno 
número de recursos (materiais, humanos e de tempo) para 
produzir um grande número de resultados.
Não se confunde com eficácia, que é qualidade do ato 
administrativo que possibilita a produção de efeitos jurídi-
cos. Assim, ato eficaz é aquele que cria, modifica ou extingue 
direitos, enquanto que o ato ineficaz é aquele que ainda não 
tem efeitos jurídicos, porque ainda não veio a tê-los (atos pen-
dentes) ou porque estes já foram totalmente produzidos (atos 
exauridos).
Também não se confunde com efetividade, que é quali-
dade de tudo aquilo que está, de fato, sendo executado. Assim, 
um ato pode ser eficaz, mas não ter efetividade se for sistemati-
camente descumprido.
De acordo com Alexandre de Moraes, o princípio da efi-
ciência tem as seguintes características:
a) Direcionamento da atividade e dos serviços públicos 
à efetividade do bem comum, uma vez que a Constituição 
Federal determina ser objetivo fundamental da República Fe-
derativa do Brasil (art. 3°, IV) promover o bem de todos;
b) Imparcialidade: independência de quaisquer interesses 
privados;
c) Neutralidade: consideração de todos os interesses na re-
solução de um conflito;
d) Transparência de todas as atividades administrativas, 
possibilitando amplo conhecimento e participação popular;
e) Participação e aproximação dos serviços públicos da 
população (princípio da gestão participativa): a EC 19/98 
incluiu, no art. 37, § 3°, a previsão de que a lei disciplinará a 
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participação do usuário na administração pública;
f) Desburocratização: simplificação e desregulamentação 
de procedimentos, com a eliminação de exigências desneces-
sárias;
g) Busca da qualidade: melhoria constante das atividades 
administrativas, especialmente dos serviços fornecidos à popu-
lação.
O princípio da eficiência já constava implicitamente na 
Constituição Federal, na qual sempre houve a previsão de 
concursos públicos para o provimento de cargos efetivos, de 
licitações para a escolha do melhor contrato e de controle de 
economicidade exercido pelo tribunal de contas.
A EC 19/98, além de introduzir expressamente o princí-
pio, também incluiu diversos dispositivos decorrentes dele 
como, por exemplo:
 → A obrigatoriedade da União, dos Estados e do Distrito 
Federal de instituírem escolas de administração pública 
para seus servidores.
 → A possibilidade de perda do cargo do servidor estável por 
meio de avaliação periódica de desempenho e a criação 
das agências executivas.
 → O direito à razoável duração do processo, previsto no art. 
5º, LXXVIII, da CF,
Anotações:
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Continuação de Princípios Constitucionais Implícitos e Fundamentais do Art. 37 Caput da Cf/88................2
Princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade ...................................................................................2
Razoabilidade .............................................................................................................................................2
Proporcionalidade .......................................................................................................................................2
Princípio da Supremacia do Interesse Público .............................................................................................2
Princípio da Autotutela ..............................................................................................................................2
Súmula 473 do Stf: Administração Pública - Anulação ou Revogação dos seus Próprios Atos ....................2
Princípio da Indisponibilidade ....................................................................................................................2
Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos ........................................................................................2
Princípio da Segurança Jurídica .................................................................................................................2
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não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
Continuação de Princípios Consti-
tucionais Implícitos e Fundamen-
tais do Art. 37 Caput da Cf/88
Princípios da Razoabilidade e da 
Proporcionalidade
Não se encontram expressos no texto constitucional, 
porém são tidos como princípios gerais de Direito, aplicáveis a 
praticamente todos os ramos da ciência jurídica. No âmbito do 
Direito Administrativo encontram aplicação especialmente no 
que concerne à prática de atos discricionários que impliquem 
restrição ou condicionamento a direitos dos administrados 
ou imposição de sanções administrativas. São apontados pela 
doutrina como os maiores limitadores impostos à discriciona-
riedade da Administração, ou seja, à arbitrariedade. Trata-se 
da aferição da adequação da conduta escolhida pelo agente 
público à finalidade que a lei expressa.
Razoabilidade
Também denominado de “Princípio da Proibição de 
Excesso”, tem por fim auferir a compatibilidade entre os meios 
e os fins de um ato administrativo. Trata-se da adequação da 
conduta escolhida, pelo agente, à finalidade que a lei expressa. 
A razoabilidade funciona como limitação à discricionariedade 
incidente sobre os elementos motivo e objeto e fundamenta-se 
nos princípios da legalidade (art. 5º/II, 37 e 84) e da finalidade 
(art. 5º/II e LXIX, 37 e 84).
Proporcionalidade
Representa uma das vertentes do princípio da razoabilida-
de, exige que haja proporcionalidade entre a sanção aplicada e 
a proteção ao interesse ou bem públicos alcançados. Se o ato 
administrativo não guarda uma proporção adequada, será um 
ato excessivo. Segundo esse princípio, a Administração não 
deve restringir os direitos do particular além do que caberia, 
pois impor medidas desnecessárias induz à ilegalidade por 
abuso de poder.
Esquema dos Princípios da Razoabilidade e 
Proporcionalidade
Princípio da Supremacia do Interesse 
Público
Embora não esteja expressamente enunciado no texto cons-
titucional, ele é decorrente natural das instituições adotadas 
em nosso país. Por força do regime democrático e do sistema 
representativo, presume-se que a atuação do Estado tenha por 
finalidade o interesse público. Esse princípio informa a todos 
os ramos do Direito Público que, nas relações jurídicas nas 
quais o Estado figure como representante da sociedade, seus 
interesses prevaleçam contra os interesses particulares.
Princípio da Autotutela
Este princípio proporciona a Administração a revisar seus 
próprios atos, assegurando um meio adicional de controle de 
sua atuação, reduzindo o congestionamento do Poder Judiciá-
rio. É um princípio implícito e difere do controle judicial por 
proporcionar sua execução por parte da Administração sem a 
necessidade de provocação, pois é um Poder-Dever. A autotu-
tela autoriza o controle, pela administração, sob dois aspectos: 
o da legalidade, onde “poderá” anular seus atos ilegais e o de 
mérito, onde “poderá” revogar seus atos inoportunos ou incon-
venientes.
Súmula 473 do Stf: Administração Pública 
- Anulação ou Revogação dos seus Próprios 
Atos
“A administração pode anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornamilegais, porque deles não se 
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência 
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalva-
da, em todos os casos, a apreciação judicial.”
Esquema da Súmula 473 do Stf
Princípio da Indisponibilidade
Os bens e interesses públicos são indisponíveis, ou seja, 
não pertencem à Administração ou a seus agentes, cabendo aos 
mesmos somente sua gestão em prol da coletividade. Veda ao 
administrador quaisquer atos que impliquem em renúncia de 
direitos da Administração ou que, injustificadamente, onerem 
a sociedade. Também é um princípio implícito.
Princípio da Continuidade dos Serviços 
Públicos
Os serviços públicos por serem prestados no interesse da 
coletividade devem ser adequados e seu fornecimento não 
deve sofrer interrupções. A aplicação deste princípio implica 
restrição a determinados direitos dos prestadores de serviços 
públicos e dos agentes envolvidos em sua prestação. Porém 
devemos ressaltar que isto não se aplica as interrupções por si-
tuações de emergência ou após aviso prévio – nos casos de se-
gurança, ordem técnica ou inadimplência do usuário.
Princípio da Segurança Jurídica
Veda aplicação retroativa de nova interpretação, nos casos 
em que já houver decorrido decisão definitiva ou sentença 
transitada em julgado.
Anotações:
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Poderes Administrativos ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Poder Vinculado �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Poder Discricionário �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Poder Hierárquico ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Revisão Hierárquica �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Delegação ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Avocação ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Poder Disciplinar ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
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Poderes Administrativos
Os poderes administrativos representam instrumentos 
que permitem à Administração cumprir suas finalidades, 
sendo por isso denominado de poderes instrumentais, que por 
sua vez diferem dos poderes políticos (Legislativo, Judiciário e 
Executivo) que denominamos de poderes estruturais (hauridos 
pela Constituição).
Poder Vinculado
É aquele de que dispõe a Administração para a prática de 
atos administrativos em que é mínima ou inexistente sua liber-
dade de atuação. Devemos lembrar que todos os atos adminis-
trativos são vinculados quanto aos requisitos competência, fi-
nalidade e forma. Os atos vinculados também o são quanto aos 
requisitos motivo e objeto. O ato que se desvie minimamente 
dos requisitos previstos na lei será nulo e caberá à Administra-
ção ou ao Poder Judiciário declarar sua nulidade.
Poder Discricionário
É aquele em que a Administração dispõe de uma razoável 
liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e con-
veniência da prática do ato. Conveniência e oportunidade 
formam o núcleo do chamado poder discricionário. Esses ele-
mentos é que permitem ao administrador público eleger, entre 
as várias condutas previstas na lei, a que se traduz como mais 
conveniente e oportuna para o interesse público. Jamais é per-
mitida atuação arbitrária, sob qualquer circunstância. O ato 
discricionário implica liberdade de atuação administrativa, 
sempre dentro dos limites previstos na lei. Cabe salientar que 
o ato discricionário ilegal poderá ser anulado tanto pela Admi-
nistração quanto pelo Poder Judiciário, pois o que não pode ser 
apreciado pelo Judiciário é o mérito administrativo. Da mesma 
forma, entendendo a Administração serem inoportunos ou in-
convenientes poderá revogá-los. A doutrina e a jurisprudência 
modernas enfatizam a tendência de limitação ao poder discri-
cionário da Administração. Assumem relevância os princípios 
implícitos da razoabilidade e da proporcionalidade como as 
maiores limitações impostas ao poder discricionário da Admi-
nistração.
 → Limites do Poder Discricionário
O poder discricionário é enraizado de margem de escolha 
dada pela lei e pelos conceitos jurídicos indeterminados. 
Contudo, essa liberdade não pode e não deve ser confundida 
com arbitrariedade. Para tanto os princípios constitucionais 
implícitos da razoabilidade e proporcionalidade servem de 
trava para esse tipo de abuso. A omissão do administrador 
quando ele deveria agir se caracteriza abuso e deve ser controla-
do através da legalidade, ou seja, enseja atuação direta do poder 
judiciário.
Esquema para Explicação
Poder Hierárquico
Caracteriza-se pela existência de graus de subordinação 
entre os diversos órgãos e agentes. Como resultado do poder 
hierárquico, a Administração é dotada da prerrogativa de 
ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades de seus 
órgãos e agentes no seu âmbito interno. Do seu exercício 
decorrem as prerrogativas, do superior para o subordinado, 
de dar ordens, fiscalizar, rever, delegar e avocar. Os servido-
res públicos têm o dever de acatar e cumprir as ordens de seus 
superiores, salvo quando manifestamente ilegais. Pelo poder-
dever de fiscalização, compete ao superior estar atento aos atos 
praticados pelos subordinados, a fim de corrigi-los sempre que 
se desviem da legalidade.
Revisão Hierárquica
É a prerrogativa conferida ao superior para apreciar todos 
os aspectos de um ato de seu subordinado. Somente é possível 
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enquanto o ato não tenha se tornado definitivo para a Admi-
nistração.
Delegação
Significa atribuir ao subordinado competência para a 
prática de ato que originariamente pertencia ao superior. 
Somente podem ser delegados atos administrativos, não os atos 
políticos. Também não se admite a delegação de atribuições de 
um Poder a outro, salvo nos casos expressamente previstos na 
Constituição.
Avocação
Consiste no poder que possui o superior de chamar para 
si a execução de atribuições cometidas a seus subordinados. É 
uma medida excepcional e a doutrina é unânime em afirmar 
que ela deve ser evitada. A avocação desonera o subordinado 
de qualquer responsabilidade relativa ao atopraticado pelo 
superior hierárquico. Não se deve confundir subordinação 
com vinculação. A subordinação tem caráter interno, é entre 
órgãos de uma mesma entidade. A vinculação tem caráter 
externo e resulta do controle que as entidades políticas exercem 
sobre as suas entidades administrativas.
Esquema da Explicação (PP)
Poder Disciplinar
Está intimamente relacionado ao poder hierárquico e tra-
duz-se na faculdade (mais correto é poder-dever) que possui 
a Administração de punir internamente as infrações funcio-
nais de seus servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos 
órgãos e serviços da Administração. A doutrina aponta o poder 
disciplinar como exercício caracteristicamente discricionário.
Anotações:
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Continuação de Poderes Administrativos ������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Poder Regulamentar �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Formalização ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Lei e Poder Regulamentar ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Controle dos Atos de Regulamentação �������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Lei Pendente de Regulamento ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Regulamentos Autônomos ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Poder de Polícia ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Auto-Executoriedade ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Coercibilidade ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Meios de Atuação ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Leis �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Polícia Administrativa e Polícia Judiciária ��������������������������������������������������������������������������������������������������4
Limites �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Competência e Forma ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Fins ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Objeto ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Poder de Polícia - Delegação �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Uso e Abuso de Poder ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Exemplo de Poder de Polícia �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
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Continuação de Poderes Administrativos
Poder Regulamentar
Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à Admi-
nistração Pública de editar atos gerais para complementar as 
leis e possibilitar sua efetiva aplicação. Seu alcance é apenas 
de norma complementar à lei; não pode, pois, a Administra-
ção, alterá-la a pretexto de estar regulamentando-a. Se o fizer, 
cometerá abuso de poder regulamentar, invadindo a compe-
tência do Legislativo.
O poder regulamentar é de natureza derivada (ou secun-
dária): somente é exercido à luz de lei existente. Já as leis cons-
tituem atos de natureza originária (ou primária), emanando 
diretamente da Constituição.
A doutrina tradicional emprega a expressão “poder regula-
mentar” exclusivamente para designar as competências do 
Chefe do Poder Executivo para editar atos administrativos 
normativos.
Formalização
A formalização do Poder Regulamentar se processa, prin-
cipalmente, por meio de decretos. Nesse sentido é que o art. 
84, IV, da Constituição dispõe que ao Presidente da Repúbli-
ca compete “expedir decretos e regulamentos para a fiel 
execução das leis”. Pelo princípio da simetria constitucional, 
o mesmo poder é conferido a outros chefes do Poder Executivo 
para os mesmos objetivos.
Há também atos normativos que, editados por outras auto-
ridades administrativas, estão inseridos no Poder Regulamen-
tar. É o caso das instruções normativas, resoluções, portarias, 
etc. Tais atos têm, frequentemente, um âmbito de aplicação 
mais restrito, porém, veiculando normas gerais e abstratas para 
a explicitação das leis, também são meios de formalização do 
Poder Regulamentar.
Os decretos são considerados atos de regulamentação 
de primeiro grau; os outros atos que a ele se subordinem e 
que, por sua vez, os regulamentem, evidentemente com maior 
detalhamento, podem ser qualificados como atos de regu-
lamentação de segundo grau e assim por diante. O poder da 
Administração Pública de editar normas de hierarquia inferior 
aos regulamentos é também é chamado de Poder Normativo.
Embora, em regra, o Poder Regulamentar, expresso por 
atos de regulamentação de primeiro grau, seja formaliza-
do por meio de decretos, existem situações especiais em que 
a lei indicará, para sua regulamentação, ato de formalização 
diversa, embora idêntico seja seu conteúdo normativo e com-
plementar. Ex.: resoluções do Conselho Nacional de Justiça e 
do Conselho Nacional do Ministério Público.
Lei e Poder Regulamentar
Os atos administrativos que regulamentam as leis não 
podem criar direitos e obrigações, porque isso é vedado em dos 
postulados fundamentais de nosso sistema jurídico: “ninguém 
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei” (CF, art. 5°, II).
É legítima, porém, a fixação de obrigações derivadas ou 
subsidiárias – diversas das obrigações primárias ou originárias 
contidas na lei – nas quais também se encontra a imposição de 
certa conduta dirigida ao administrado. Constitui, no entanto, 
requisito de validade de tais obrigações sua necessária adequa-
ção às matrizes legais.
Controle dos Atos de Regulamentação
Visando coibir a indevida extensão do poder regulamen-
tar, dispôs o art. 49, V, da CF, ser da competência exclusiva do 
Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Exe-
cutivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da 
delegação legislativa.
No que se refere ao controle judicial, há que se distinguir 
a natureza do conteúdo do ato regulamentar. Tratando-se de 
ato regulamentar contra legem, ou seja, aquele que extrapole os 
limites da lei, viável apenas será o controle de legalidade resul-
tante do confronto do ato com a lei. Assim, incompatível, no 
caso, o uso da ação direta de inconstitucionalidade.
Se o ato, todavia, ofender diretamente a Constituição, sem 
que haja lei a que deva subordinar-se, terá a qualificação de um 
ato autônomo e, nessa hipótese, poderá sofrer controle de cons-
titucionalidade pela via direta, ou seja, através da ação direta de 
inconstitucionalidade, medida a que possibilita a impugnação 
de leis ou atos normativos que contrariem a Constituição.
Atualmente, entretanto, é cabível a impugnação direta 
de atos regulamentares pela arguição de descumprimento de 
preceito fundamental (ADPF), prevista no art. 102, § 1°, da 
CF, e regulamentada pela Lei 9.882/99, porque aqui o controle 
concentrado é mais amplo, abrangendo a inconstitucionalida-
de direita e a indireta, atos normativos autônomos e subordi-
nados e até mesmo atos administrativos concretos. A ADPF é 
uma ação subsidiária, ou seja, somente pode ser utilizada nos 
casos em que não houver outra medida judicial para sanar a 
ilegalidade ou inconstitucionalidade do ato.
A omissão da Administração Pública em sua função regu-
lamentar pode ser controlada pelo Poder Judiciário por meio 
de duas ações constitucionais: o mandado de injunção, que 
deve ser concedido “sempre que a falta de norma regulamen-
tadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades cons-
titucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à so-
berania e à cidadania” (art. 5º, LXXI); e a ação declaratória de 
inconstitucionalidade por omissão, na qual, se for considerada 
ausente “medida para tornar efetiva norma constitucional, será 
dada ciência ao Poder competente para a adoção das providên-
cias necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para 
fazê-lo em trinta dias” (art. 103, § 2º).
Lei Pendente de Regulamento
A regra legal que autoriza o Poder Executivo a regulamen-
tar a lei deve necessariamente apontar o prazo para ser expedido 
o ato de regulamentação. Nesse prazo, a lei ainda não se torna 
exequível enquanto não editado o respectivo decreto ou regula-
mento, e isso porque o ato regulamentar, nessa hipótese, figura 
como verdadeira condição suspensiva de exequibilidade da lei.
A omissão em regulamentar a lei é inconstitucional, visto 
que, em última análise, seria o mesmo que atribuir ao Execu-
tivo o “poder de legislação negativa”, ou seja, de permitir que 
a inércia tivesse o condão de estancar a aplicação da lei, o que, 
obviamente, ofenderia a separação de poderes.
Assim, se for ultrapassado o prazo de regulamentação sem 
a edição do respectivo regulamento, a lei deve tornar-se exe-
quível para que a vontade do legislador não se afigure inócua 
e eternamente condicionada à do administrador. Nesse caso, 
os titulares dos direitos previstos na lei passam a dispor de ação 
com vistas a obter, do Judiciário, decisão que lhes permita exer-
cê-los, suprindo a ausência de regulamento.
A ausência, na lei, da fixação de prazo para a sua 
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regulamentação é inconstitucional, uma vez que não pode o 
Legislativo deixar ao Executivo a prerrogativa de só tornar a 
lei exequível se e quando julgar conveniente. Primeiramen-
te, não existe tal prerrogativa na Constituição. E depois tal 
situação equivale a uma disfarçada delegação de poderes, o que 
é proibido pelo vigente sistema constitucional.
Regulamentos Autônomos
Existe profunda divergência na doutrina sobre a possibili-
dade ou não, de o Executivo editar ou os denominados regu-
lamentos autônomos, atos destinados a prover sobre situações 
não previstas na lei.
Uma primeira posição defende sua existência no Direito 
Brasileiro como decorrência dos poderes implícitos da Admi-
nistração. Outros professam o entendimento de que, conquan-
to possam teoricamente existir, os regulamentos autônomos 
não são admitidos, pois a CF atribui ao Chefe do Poder Exe-
cutivo o poderde editar atos para a fiel execução das leis, razão 
porque só teria admitido os regulamentos de execução.
Para que os regulamentos sejam caracterizados como au-
tônomos, é necessário que os atos possam criar e extinguir pri-
mariamente direitos e obrigações, isto é, sem prévia lei disci-
plinadora da matéria, suprimindo, assim, lacunas legislativas. 
Inicialmente, a CF não previa nenhuma situação na qual a Ad-
ministração Pública pudesse editar decretos autônomos.
Porém, com a Emenda Constitucional 32/2000, 
passou a ser prevista essa modalidade no art. 84, VI:
VI. dispor, mediante decreto, sobre:
a) Organização e funcionamento da administração 
federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação 
ou extinção de órgãos públicos;
b) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Portanto, é possível a existência de atos administrati-
vos que não estão subordinados a nenhuma lei, desde que 
cumpridos os seguintes requisitos:
1) O ato deve ser um decreto, editado pelo Presidente da 
República e pelo Ministro ou Secretário da área. Nos termos 
do princípio da simetria, essa possibilidade estende-se também 
aos chefes dos Poderes Executivos dos Estados, dos Municípios 
e do Distrito Federal;
2) Sua matéria deve ser somente a organização e o funcio-
namento da Administração Pública;
3) Mesmo no tocante à Administração Pública, não 
podem implicar em:
a) Aumento de despesa;
b) Criação ou extinção de órgãos públicos;
c) Extinção de funções ou de cargos públicos, exceto 
quando vagos.
Apesar de editados pelo Presidente da República, que é o 
chefe da Administração Pública Federal, e não estarem subor-
dinados à lei, não são regulamentos autônomos:
a) Medidas provisórias, que não são leis, mas têm força de 
lei, estando incluídas pela Constituição na seção referente ao 
processo legislativo. São, portanto, atos legislativos, excepcio-
nalmente feitos pelo Poder Executivo;
b) Decretos de intervenção (federal ou estadual), de instau-
ração do estado de defesa e do estado de sítio. Esses decretos são 
atos políticos, pois se referem ao governo e não à Administra-
ção Pública.
Vale lembrar que os atos de carater normativo não pode ser 
objeto de delegação por força do artigo 13 da lei 9.784-99. Art. 
13. Não podem ser objeto de delegação:
I. a edição de atos de caráter normativo;
II. a decisão de recursos administrativos;
III. as matérias de competência exclusiva do órgão ou au-
toridade.
Poder Regulamentar
Esquema
Poder de Polícia
No direito, o exercício do poder de polícia se refere 
à prática de um ente ou agente governamental de executar 
serviços voltados ao registro, fiscalização ou expedição de 
algum ato e jamais pode ser delegada a particulares.
O Art. 78 do Código Tributário Nacional De-
fine Legalmente Poder de Polícia
“Considera-se poder de polícia a atividade da administra-
ção pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse 
ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em 
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, 
à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, 
ao exercício de atividades econômicas dependentes de conces-
são ou autorização do poder público, à tranqüilidade pública 
ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou cole-
tivos.”
O Professor Hely Lopes Meirelles Conceitua 
Poder de Polícia Como
“a faculdade de que dispõe a Administração Pública 
para condicionar e restringir o uso, o gozo de bens, ativida-
des e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do 
próprio Estado.”
Refere-se ainda a este Poder como o mecanismo de 
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frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter 
os abusos do direito individual. Sua finalidade, então, é a 
proteção ao interesse público.
Dessa forma, o Poder de Polícia foi instituído e outorga-
do aos integrantes da Administração Pública para evitarem as 
colisões no exercício dos direitos individuais de todos os indiví-
duos da sociedade, possuindo atributos específicos e peculiares 
para o seu exercício, que são:
Discricionariedade
O Poder de Polícia será discricionário quando a lei deixa 
ao administrador certa margem de liberdade de apreciação 
quanto a determinados elementos. Nesses casos, a Adminis-
tração Pública terá que decidir qual o melhor momento de 
agir, qual o meio de ação mais adequado, qual a sanção cabível 
diante das previstas na norma legal.
Na escolha pela Administração Pública da oportunidade e 
conveniência de exercer o poder de polícia, e na graduação das 
sanções aplicáveis aos infratores é que reside a discricionarieda-
de do poder de polícia.
Entretanto, será vinculado quando a lei estabelece que, 
diante de determinados requisitos, a Administração Pública 
terá de adotar solução previamente estabelecida, sem qualquer 
possibilidade de opção.
Auto-Executoriedade
É o poder, da Administração Pública, decidir e executar 
diretamente sua decisão, por seus próprios meios, sem 
precisar recorrer previamente ao Judiciário. Assim a au-
to-executoriedade não existe em todas as medidas de polícia 
e para que a Administração Pública possa usá-la, é necessário 
que a lei a autorize expressamente, ou que se trate de medida 
urgente, sem a qual poderá ser ocasionado prejuízo maior para 
o interesse público.
Coercibilidade
As medidas de polícia adotadas pela Administração 
Pública se impõem de forma coativa. Todo ato de polícia é im-
perativo (obrigatório para seu destinatário).
Não há ato de polícia facultativo para o particular, pois 
todos eles admitem coerção estatal para torná-los efetivos. 
A coerção é indissociável da auto-executoriedade. O ato de 
polícia só é auto-executório porque dotado de força coercitiva.
Há de se observar as condições gerais de validade do ato 
administrativo, bem como condições específicas deste ato de 
polícia, que são competência, finalidade, forma e objeto 
(condições de validade de qualquer ato administrativo), 
acrescidas de proporcionalidade da sanção e de legalidade dos 
meios empregados pela Administração (condições de validade 
específicas dos atos de polícia).
A legalidade dos meios empregados pela Administração é 
o último requisito para a validade do ato de polícia. Na escolha 
do modo de efetivar as medidas de polícia não se compreende 
o poder de utilizar meios ilegais para sua consecução, embora 
lícito e legal o fim pretendido. Os meios devem ser legítimos, 
humanos e compatíveis com a urgência e a necessidade da 
medida adotada.
Meios de Atuação
O Poder Público se manifesta tanto através de atos norma-
tivos de alcance geral quanto de atos concretos e específicos.
Considerado o poder de polícia em sentido amplo 
(abrangendo as atividades do Legislativo e do Executivo), os 
meios de que se utiliza o Estado para seu exercício são: atos nor-
mativos em geral:
Leis
Pela lei criam-se as limitações administrativas ao exercí-
cio dos direitos e das atividades individuais, estabelecendo-se 
normas gerais e abstratas dirigidas indistintamente às pessoas 
que estejam em idêntica situação; Atos normativos da Admi-
nistração Pública:
Disciplinando a aplicação da lei, o Executivo pode baixar 
decretos, resoluções, portarias, instruções.
Atos administrativos e operações materiais de aplicação 
da lei ao caso concreto, compreendendo: Medidas preventi-
vas com o objetivo de adequar o comportamento individual 
à lei (fiscalização, vistoria, notificação, autorização, licença); 
Medidas repressivas com a finalidade de coagir o infrator a 
cumprir a lei (interdição de atividade, apreensãode mercado-
rias deterioradas).
Polícia Administrativa e Polícia Judiciária
O poder de polícia que o Estado exerce pode incidir tanto 
na área administrativa quanto na área judiciária.
A doutrina costuma apontar como diferença o fato da 
polícia administrativa ter caráter preventivo, pois tem por 
objeto impedir ações antissociais, e a polícia judiciária ter 
caráter repressivo, pois tem por objeto punir os infratores 
da lei penal.
Afirma-se que a diferença não é absoluta, pois a polícia 
administrativa tanto pode agir preventivamente, como pode 
agir repressivamente.
Diz-se também que a polícia judiciária, embora seja repres-
siva em relação ao indivíduo infrator da lei penal, é também 
preventiva em relação ao interesse geral, porque, punindo-o, 
tenta evitar que o indivíduo volte a incidir na mesma infração.
Limites
Como todo ato administrativo, a medida de polícia, 
mesmo que seja discricionária, sempre esbarra em limitações 
impostas pela lei, quando à competência e à forma, aos fins e 
ao objeto.
Competência e Forma
Devem se observar às normas legais pertinentes à com-
petência (o agente deve ser competente, ter competência legal 
para a prática do ato) e à forma (o revestimento exterior do ato, 
o modo pelo qual ele aparece, deve ser o previsto em lei).
Fins
O poder de polícia só deve ser exercido para atender ao in-
teresse coletivo e seu fundamento é o princípio da supremacia 
do interesse público sobre o particular, o exercício do poder 
perderá sua justificativa quando utilizado para beneficiar ou 
prejudicar pessoas determinadas. A autoridade que se afasta da 
finalidade pública incidirá em desvio de poder e acarretará a 
nulidade do ato com conseqüências nas esferas civil, penal e 
administrativa.
Objeto
Quanto ao objeto, ou seja, o conteúdo, a autoridade sofre 
limitações, mesmo quando a lei lhe dê várias alternativas pos-
síveis. Aplica-se aqui o princípio da proporcionalidade entre 
meios e fins, ou seja, o poder de polícia não deve ir além do 
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necessário para a satisfação do interesse público que visa 
proteger. Sua finalidade não é destruir os direitos individuais, 
mas, ao contrário, assegurar o seu exercício, condicionando-o 
ao bem-estar social.
Poder de Polícia - Delegação
A regra é da indelegabilidade da atribuição de polícia ad-
ministrativa. Admite-se delegação, desde que outorgada a 
uma pessoa governamental e por meio de lei.
Para particulares, a delegação só pode acontecer em casos 
muito específicos, isto porque estaria outorgando a particula-
res cometimentos tipicamente públicos ligados à liberdade e à 
propriedade.
Resumo do poder de polícia. O poder de polícia é o meio 
pelo qual a administração pública pune particulares faltosos 
e é fruto da supremacia do interesse público sobre o privado. 
Jamais “poder de polícia”, cujos atributos são Discricionarieda-
de, Coercibilidade e Auto-executoriedade, podem ser dados a 
particulares.
Uso e Abuso de Poder
O uso do poder é uma prerrogativa do agente público. 
O uso (normal) do poder implica na observância das normas 
constitucionais, legais e infralegais, além dos princípios explí-
citos e implícitos do regime jurídico-administrativo e na busca 
do interesse público.
O abuso do poder corresponde a um desvio do uso 
(normal). O abuso implica na entrada, pelo agente público, no 
campo da ilicitude.
São Três as Formas Abuso de Poder
1) Excesso: quando a autoridade competente vai além do 
permitido na legislação.
2) Desvio de finalidade: quando o ato é praticado por 
motivos ou com fins diversos dos previstos na legislação.
3) Omissão: quando se constata a inércia da Administra-
ção, a recusa injustificada em praticar determinado ato.
“conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou 
“habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso 
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica 
no exercício de atribuições do Poder Público” (art. 5o., inciso 
LXIX da Constituição).
Exemplo de Poder de Polícia
Imagine uma fiscal do município que é incumbido por lei 
de fiscalizar vários estabelecimentos. Dessa forma, podemos 
notar que é administração pública (município) fiscalizando e 
controlando particulares. Imagine que ao fiscalizar dado esta-
belecimento o fiscal encontre vários produtos estragados e que 
a lei preveja para esses casos várias situações que vão desde uma 
simples multa até uma suspensão de até 90 dias. Ao sancionar 
o estabelecimento o fiscal estará aplicando o poder de polícia 
em que a administração pune particulares que cometam falta.
Ao escolher com conveniência e oportunidade a melhor 
punição e mais adequado ao caso o fiscal estará usando o 
atributo da discricionariedade. Ao usar a força para aplica-
ção da penalidade estará usando a coercibilidade e por fim ao 
executar diretamente a penalidade limitando ou restringindo 
direitos e garantia do particular estará à administração utili-
zando do atributo da auto-executoriedade.
Não podemos esquecer que toda a ação deve respeitar o 
L.I.M.P.E. e também a razoabilidade e a proporcionalidade 
que são considerados os princípios da proibição de excesso. 
Caso contrário entrará o administrador no abuso de poder.
Anotações:
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Exercícios Relativos ao Encontro �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
2
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Exercícios Relativos ao Encontro
No que se refere aos poderes administrativos e aos princí-
pios que regem a administração pública, julgue o item subse-
quente.
01. O princípio da moralidade administrativa tem existên-
cia autônoma no ordenamento jurídico nacional e deve 
ser observado não somente pelo administrador público, 
como também pelo particular que se relaciona com a ad-
ministração pública.
Certo ( ) Errado ( )
02. Com fundamento no poder disciplinar, a administra-
ção pública, ao ter conhecimento de prática de falta por 
servidor público, pode escolher entre a instauração ou 
não de procedimento destinado a promover a correspon-
dente apuração da infração.
Certo ( ) Errado ( )
A respeito dos princípios constitucionais aplicados ao 
direito administrativo, julgue o item que se segue. Nas situa-
ções em que for empregada, considere que a sigla CF se refere à 
Constituição Federal de 1988.
03. Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade 
estão expressos no texto da CF.
Certo ( ) Errado ( )
04. A CF confere aos particulares o poder de exigir, por meio 
da ação popular, que a administração pública respeite o 
princípio da moralidade.
Certo ( ) Errado ( )
05. O princípio da autotutela possibilita à administração 
pública anular os próprios atos, quando possuírem vícios 
que os tornem ilegais, ou revogá-los por conveniência ou 
oportunidade, desde que sejam respeitados os direitos 
adquiridos e seja garantida a apreciação judicial.
Certo ( ) Errado ( )
Quanto aos princípios e normas da administração pública, 
julgue o item abaixo.
06. A proibição inserta na CF de acumular cargos públicos 
remunerados não abrange as funções ou cargos das 
empresas públicas e sociedades de economia mista.
Certo ( ) Errado ( )
Acerca do direito administrativo, julgue o item a seguir:
07. Considere a seguinte situação hipotética. João é servidor 
público responsável por gerenciar obra pública levada a 
efeito pela entidade em que exerce suas funções. Ocorre 
que João nos limite de sua competência administrati-
va, determinou a pavimentação de uma rua, sem que 
houvesse previsão no contrato administrativo, em local 
que beneficia um imóvel de propriedade de sua mãe. 
Nessa situação, João praticou conduta abusiva com 
desvio de finalidade.
Certo ( ) Errado ( )
Julgue o item abaixo, relativo aos poderes e deveres do ad-
ministrador público.
08. Governadores de estado devem obrigatoriamente 
observar o princípio da moralidade pública na prática de 
atos discricionários.
Certo ( ) Errado ( )
Com relação aos princípios constitucionais da 
administração pública e aos servidores públicos, julgue o item 
a seguir.
09. Somente se legitima a fixação de limite de idade para 
inscrição em concurso público quando prevista em lei 
e possa ser justificada pela natureza das atribuições do 
cargo a ser preenchido.
Certo ( ) Errado ( )
Quanto aos princípios constitucionais do direito adminis-
trativo brasileiro, julgue o item a seguir.
10. Como decorrência do princípio da impessoalidade, a 
CF proíbe a presença de nomes, símbolos ou imagens 
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos em publicidade de atos, programas, 
obras, serviços e campanhas de órgãos públicos.
Certo ( ) Errado ( )
11. Com base no princípio da eficiência e em outros fun-
damentos constitucionais, o STF entende que viola a 
Constituição a nomeação de cônjuge, companheiro ou 
parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 
terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de 
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo 
de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício 
de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na administração pública direta e 
indireta em qualquer dos poderes da União, dos estados, 
do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o 
ajuste mediante designações recíprocas.
Certo ( ) Errado ( )
12. Segundo o STF, a falta de defesa técnica por advogado, 
no âmbito de processo administrativo disciplinar, não 
ofende a CF. Da mesma forma, não há ilegalidade na 
ampliação da acusação a servidor público, se, durante 
o processo administrativo, forem apurados fatos novos 
que constituam infração disciplinar, desde que rigoro-
samente observados os princípios do contraditório e da 
ampla defesa. O referido tribunal entende, também, que 
a autoridade julgadora não está vinculada às conclusões 
da comissão de processo administrativo disciplinar.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - CERTO
02 - ERRADO
03 - ERRADO
04 - CERTO
05 - CERTO
06 - ERRADO
07 - CERTO
08 - CERTO
09 - CERTO
10 - CERTO
11 - CERTO
12 - CERTO
Anotações:
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	eg_dir_adm_006
	eg_dir_adm_007
	eg_dir_adm_008
	eg_dir_adm_009
	eg_dir_adm_010

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