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Unidade I AGRICULTURA INTERNACIONAL E O MEIO AMBIENTE Prof. Adilson Camacho Agricultura internacional e o meio ambiente Para início de conversa: Objetivos gerais: compreender a agricultura mundial em sua relação com o meio ambiente, os conhecimentos necessários sobre logística no agronegócio, funcionamento do comércio exterior e o papel do Brasil. Do quê estamos falando? Agropecuária convencional e sustentável. Mercado. Por quê? Para mantermos a qualidade dos produtos, das relações de trabalho, modernizarmos os setores agroindustriais e ganharmos terreno no mercado internacional. Como? Conhecendo as condições atuais de produção para incrementá-las. Agricultura internacional e o meio ambiente Nosso roteiro do conteúdo das quatro unidades: O material de referência é o livro-texto da disciplina: GORNI, F. “Agricultura internacional e o meio ambiente”. São Paulo: Sol, 2016. Agricultura e Meio Ambiente. 1. O segmento “antes da porteira” (Unidade I). 2. O segmento “dentro da porteira” (Unidade II). 3. O segmento “depois da porteira” (Unidade III). 4. Desenvolvimento sustentável (Unidade IV). Agricultura internacional e o meio ambiente Agricultura: palavra com origem no latim, cujo prefixo agro- tem origem no verbete latino agru, que significa “terra cultivada ou cultivável”. A palavra “agricultura” vem do latim agricultūra, composta por ager (campo, território) e cultūra (cultivo), no sentido estrito de cultivo do solo. As Ciências Agrícolas constituem campo de estudo bastante antigo, tanto quanto o cultivo do solo, e seu objetivo é pesquisar e desenvolver técnicas que melhoram a produtividade, selecionar variedades e manejar solos; tudo relacionado com o local onde serão aplicadas tais técnicas, que, muitas vezes, modificam o meio para atingir objetivos. A Agronomia é o campo de estudo multidisciplinar que reúne princípios aplicados de diversas ciências das áreas exatas, naturais, econômicas e sociais para melhorar a agricultura, como o aumento de produtividade e, mais recentemente, o manejo sustentado, além de outros objetivos. Agricultura internacional e o meio ambiente Domesticação de animais e plantas. Primeira onda. Alvin Toffler, em “A terceira onda”, chamou Primeira Onda a sociedade, predominantemente nômade, sucedida há, aproximadamente, 10 mil anos com a prática agrícola, transformando a relação homem-natureza, selecionando algumas espécies em função de seu valor alimentício ou pela sua utilidade como fonte de matéria-prima. Valor: a terra. Segunda onda. Simbolizada pela Revolução Industrial, a partir do século XVIII. Terceira onda. Começou por volta dos anos 50 nos EUA, onde flui a informação, representa um mundo novo baseado na informação e no conhecimento. Fonte: STANDAGE, 2010, C.1.e-book no Adobe Digital Editions, p. 19). Os centros de origem do milho, do trigo e do arroz domesticados Agricultura internacional e o meio ambiente Modelos convencionais e alternativos de desenvolvimento. Crescimento. Instrumento importante, o PIB representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços produzidos numa determinada região, durante um período determinado, é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia. Modernização. Tecnologia. Desenvolvimento e desenvolvimentos. Um modo (hegemônico, da revolução verde); vários modos (tantos quantos povos existam). Agricultura internacional e o meio ambiente No agronegócio, temos o mesmo problema (como do esgotamento dos minérios, por exemplo). Não podemos e não devemos ampliar as fronteiras de produção indefinidamente, pois, ao buscarmos, novas áreas de plantio ou de pastagens, derrubamos florestas, ou destruímos a biodiversidade de determinado local. Apenas 12% das terras do planeta são cultiváveis. Agricultura internacional e o meio ambiente Commodities são produtos iguais, substituíveis, que podem ser trocados, independente de quem os produza, seja empresa ou país, produtos de baixo valor agregado, mas importantes. São quatro os tipos de commodities: Commodities agrícolas: soja, suco de laranja congelado, cacau, trigo, algodão, borracha, café, etc. Commodities minerais: minério de ferro, alumínio, petróleo e seus derivados, ouro, níquel, prata, cobre, estanho, zinco, etc. Commodities financeiras: títulos públicos de governos federais, moedas negociadas em vários mercados, etc. Commodities ambientais: produtos providos por recursos naturais. São sete as matrizes que geram as commodities ambientais: água; madeira; minério; energia; biodiversidade; reciclagem; “controle” da emissão dos poluentes, que são conhecidos como créditos de carbono. Agricultura internacional e o meio ambiente Cadeia produtiva: um conjunto de fases sucessivas pelas quais os insumos passam e vão sendo transformados e transferidos, desde a exploração da matéria-prima, em seu meio ambiente natural, até o seu retorno à natureza, passando pelos processos produtivos, de consumo, de reciclagem, reuso, desmanche ou eliminação de seus resíduos. Entendendo a cadeia produtiva do agronegócio, o “antes da porteira”, diz respeito à aquisição de sementes, fertilizantes, agroquímicos, tratores e máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação, embalagens, etc. Depois, o “dentro da porteira”, representado pela produção propriamente dita (café, soja, milho, arroz, feijão, hortifrutigranjeiros, florestas plantadas, pecuária, entre outras). E, finalmente, o “depois da porteira”, que é o beneficiamento dos produtos do agronegócio, transporte, armazenamento, processamento ou industrialização, comercialização e consumo. A cadeia produtiva expandida. Agricultura internacional e o meio ambiente Fonte: Autoria própria. Agricultura internacional e o meio ambiente Depois da porteira: logística externa. Dentro da porteira: logística interna. De volta e além das porteiras: logística reversa e novas cadeias produtivas. Agricultura internacional e o meio ambiente A–B: No cliente, tem início o macroprocesso ou processo principal dos negócios (em nosso caso, agronegócios industriais, comerciais e de serviços) e processos de apoio (dentro da porteira), com base nos sinais emitidos ou dados captados junto à demanda, a serem objetos de administração. Segmento da cadeia produtiva interno à organização, alimentado pelos fornecedores (antes da porteira) e atendido pela sistemática de logística interna, cuja principal propriedade gerencial é a consistência. B–C: Segmento do vetor que leva produtos e serviços como informação ao mercado consumidor (logística e cliente externo), alvo dos processos estratégicos e operacionais (depois da porteira). Agricultura internacional e o meio ambiente A–C: Núcleo de gestão, tendo que em C, normalmente, (na concepção linear fordista) termina a responsabilidade pelos produtos (e serviços). C–A’: Em meados da década de, 90 a normalização do “ciclo do produto” (NBR 14001) prevê que se estenda a responsabilidade da organização para onde ainda exista “o produto”, mesmo que residualmente, como é o caso das embalagens pet ou Tetrapack, que servem muito bem de exemplos. A empresa volta-se (ou deveria voltar-se), então, para onde tudo começou, sua razão de ser: o cliente. De modo restrito, também denominado logística reversa (de novo, antes da porteira). Agricultura internacional e o meio ambiente O segmento “antes da porteira”. Sementes e mudas. Inscrições no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) e Registro Nacional de Cultivares (RNC). Fertilizantes. Adubosminerais e fertilizantes orgânicos. Máquinas e implementos agrícolas. A conceituação e normalização das Máquinas Agrícolas é feita através da norma ABNT/CB-203. Agrotóxicos. Lei nº 7802/89, que rege registro, regulamentada pelo Decreto nº 4074/02, de acordo com Ministério do Meio Ambiente. Rações. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA: condições e registros. Vacinas e tratamentos sanitários. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA: monitoramento e controle. Interatividade Assinale a alternativa correta no que diz respeito à domesticação de animais e plantas: a) As plantas são hoje como sempre foram, apenas os animais sofreram domesticação. b) Os animais e as plantas vêm sendo adaptados às necessidades humanas e também viemos mudando com eles. c) Mudá-los não nos afetou em nada. d) As frutas não eram diferentes, apenas os legumes. e) Nenhum gênero da natureza precisava ser mudado, apenas fizemos isso por capricho científico. Agricultura internacional e o meio ambiente “O dentro da porteira”, representado pela produção propriamente dita, como café, mamão, soja, milho, arroz, feijão, frutas, hortaliças, florestas plantadas, pecuária, agroturismo, entre outras, envolve tudo o que está sob o domínio e controle do proprietário: terra; mão de obra; administração; produção: Silvicultura; Piscicultura; Pecuária; Agricultura. Uma palavrinha sobre cada um: Agricultura internacional e o meio ambiente Terra No relatório Alcance Territorial da Legislação Ambiental e na Consolidação do Uso Agropecuário de Terras no Brasil do IPAM, o Brasil tem potencial de área para agropecuária variando entre 303 milhões de hectares a 366 milhões de hectares, de 36% a 43% do território nacional. Segundo relatório do IPAM de 2008 e o Censo do IBGE de 2006, ainda teríamos 84,5 milhões de hectares de áreas que poderiam ser utilizadas pela agropecuária. No Censo 2006 do IBGE, foram identificados 59,8 milhões de hectares com lavouras, dos quais 44,0 milhões eram lavouras temporárias; 158,7 milhões com pastagens, sendo 101,4 milhões com pastagens plantadas; e 90,3 milhões com matas e/ou florestas, dos quais 85,8 milhões com matas naturais, o que totaliza o uso de 218,5 milhões de hectares, excluindo-se as áreas de florestas. Agricultura internacional e o meio ambiente Pessoal empregado Segundo o Censo Agropecuário 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o pessoal ocupado nos estabelecimentos em 31.12.2006 sem laço de parentesco com o produtor, por sexo, em todo o Brasil, apresentava 3.224.360 homens e 542.439 mulheres, considerando que apenas 1.148.763 homens (35,6%) e 220.311 mulheres (40,6%) eram empregados permanentes, e o restante estava como empregados temporários, empregados parceiros ou empregados em outra condição. Outras condições levam à pluriatividade, na visão de José Graziano da Silva, 1997. Isto significa que ainda falta uma política de fixação do homem no campo, não apenas por parte do governo, mas também por parte dos empresários da agropecuária. E não apenas em atividades, caracteristicamente, rurais. Tabela - Grupos da atividade econômica – pessoal empregado (2006) Grupos da atividade econômica Homens Mulheres Produção de lavouras temporárias 1.200.117 163.820 Horticultura e floricultura 96.557 23.814 Produção de lavouras permanentes 658.100 179.795 Sementes, mudas e outras 5.976 1.116 Pecuária e criação de outros animais 1.157.013 156.792 Produção florestal - florestas plantadas 53.206 9.170 Produção florestal - florestas nativas 36.688 5.507 Aquicultura 14.715 2.182 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Censo Agropecuário 2006, disponível em ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Agropecuario_2006/Segunda_Apuracao/Brasil_xls.zip, acesso em 05.Jul.2015. Elaboração pelo autor. Agricultura internacional e o meio ambiente Pessoal empregado Agricultura internacional e o meio ambiente Administração Processo de planejar (projetar e avaliar), organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos envolvidos e o uso de todos os recursos para alcançar os objetivos estabelecidos. Uma boa administração de propriedade rural, independentemente de seu tamanho e da complexidade de suas atividades. A função de toda e qualquer empresa é ter lucro. Por quê? Pois, só assim geram-se empregos, pagam-se bons salários, recolhem-se impostos e contribui para o progresso do país. A administração rural é o conjunto de atividades que facilitam aos produtores rurais a tomada de decisões ao nível de sua empresa agrícola, com o fim de obter melhor resultado econômico, mantendo a produtividade da terra. Agricultura internacional e o meio ambiente Produção: Silvicultura, Piscicultura, Pecuária, Agricultura Produção rural é toda a produção de origem animal e vegetal, em estado natural ou submetida a processo de beneficiamento ou industrialização rudimentar (assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, fermentação, embalagem, cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem, torrefação), bem como os subprodutos e os resíduos obtidos através desses processos. A produção do agronegócio, também pode ser dividida entre vários setores. Dentre eles, podemos citar: Silvicultura, Piscicultura, Pecuária, Agricultura. Interatividade A sua característica fundamental é que ele não é somente um agricultor ou um pecuarista, ele combina atividades agropecuárias com outras atividades não agrícolas, dentro ou fora de seu estabelecimento, tanto nos ramos tradicionais urbano-industriais, como nas novas atividades que vêm se desenvolvendo no meio rural, como lazer, turismo, conservação da natureza, moradia e prestação de serviços pessoais. Ao descrever o tipo de ocupação emergente no chamado “novo” rural brasileiro, José Graziano define o trabalhador do campo como: a) Prestador de serviços de associações profissionais de classe, em tempo integral. b) Pluriativo, o agricultor em tempo parcial. c) Trabalhador flexível, baseado no aprendizado do aprendizado. d) Novo camponês, baseado no aprendizado. e) Novo trabalhador rural, baseado no ciclo de melhoria. Agricultura internacional e o meio ambiente O segmento “depois da porteira”: Composto pelos intermediários entre o produtor e o consumidor, “o depois da porteira” é o beneficiamento, transporte, armazenamento, processamento ou industrialização, comercialização, exportação, etc. Processadores (ou a indústria em si): breve história da industrialização; Mercados; a indústria alimentícia. Distribuidores. Armazéns Gerais (CEASA/CEAGESP). Atacadistas. Supermercados e pequenos comerciantes. Exportações. Transporte. Agricultura internacional e o meio ambiente Processadores (ou a indústria em si): breve história da industrialização; Mercados; a indústria alimentícia. A agroindústria se articula para frente com a indústria de embalagens e com o processamento agroindustrial de alimentos e, para trás, com a indústria de insumos e de equipamentos para a agricultura. Inclui desde setores de processamento básico, adicionando valor na secagem, no beneficiamento e na embalagem, até segmentos que envolvem o processamento de matéria-prima agrícola, mas que são costumeiramente identificados como tipicamente industriais: setor têxtil, de calçados e de papel e celulose. A agroindústria inclui, ainda, a produçãode energia a partir da biomassa, área em que o Brasil é líder mundial. Estima-se que na conceituação ampliada, a agroindústria represente mais de 30% da economia brasileira. Agricultura internacional e o meio ambiente Distribuidores (...) entende-se por distribuidor todas as atividades relacionadas com a venda de bens ou serviços para aqueles que compram para revenda ou uso comercial. Não fazem parte dos distribuidores os fabricantes e agricultores que lidam, basicamente, com a produção, nem os varejistas. Os distribuidores diferem dos varejistas em vários aspectos, como, por exemplo, quando as transações são comumente maiores dos que as realizadas no varejo e, em geral, os distribuidores cobrem uma área maior de comércio do que os varejistas e (...) também que os negócios do governo com os atacadistas e com os varejistas são diferentes, no que diz respeito a regulamentações e impostos. Agricultura internacional e o meio ambiente Armazéns Gerais (CEASA/CEAGESP) Estabelecimento destinado à recepção, manutenção e guarda de mercadorias ou bens de terceiros, mediante o pagamento de uma tarifa pré-fixada ou de um percentual pelo serviço prestado. Decreto nº 1.102 de 21 de novembro de 1903: regras para o estabelecimento dessas empresas, determinando os seus direitos e obrigações. Os armazéns gerais estabelecidos sob essas regras estariam aptos a emitir dois documentos especiais: “Conhecimento de Depósito” no art. 627 do Código Civil: “Pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel, para guardar, até que o depositante o reclame”; “Warrant” (penhor, garantia, confiança). Agricultura internacional e o meio ambiente Atacadistas Comércio atacadista é o comércio direcionado aos lojistas, ou seja, àquelas pessoas que compram produtos em uma grande quantidade para conseguir revender depois. É destinado à comercialização de grandes quantidades de determinado produto, ou de produtos de emprego similar, sendo o intermediário entre fabricantes e varejistas, comprando e vendendo de diversos fornecedores, inclusive empresas concorrentes. O preço para este tipo de comércio é diferente do oferecido aos varejistas. Agricultura internacional e o meio ambiente Supermercados e pequenos comerciantes Segundo Kotler (2000, p. 540), todas as atividades de venda de bens ou serviços diretamente aos consumidores finais são definidas como varejo. Varejo, portanto, consiste em todas as atividades que englobam o processo de venda de bens e serviços para atender a uma necessidade pessoal do consumidor (normalmente, pessoa física) ou de sua família. Já o varejista é qualquer instituição cuja atividade principal consiste na venda direta ao consumidor final. Agricultura internacional e o meio ambiente Exportações O saldo do comércio exterior do agronegócio, em 2014, ficou positivo em US$ 80,13 bilhões, 3,3% inferior ao registrado em 2013. Já o saldo total da Balança Comercial brasileira fechou o ano com déficit de 3,96 bilhões, pior resultado desde 1998. O principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, em 2014, foi a Ásia, com US$ 39,3 bilhões, e a China continuou como o maior comprador mundial dos produtos do agronegócio brasileiro, seguido pela União Europeia em compras de produtos do agronegócio brasileiro. No entanto, cabe salientar que as exportações do agronegócio brasileiro são de produtos primários, sem qualquer transformação, como soja em grão, o milho, o café. Isto significa que nossas exportações, por melhor que se apresentem na Balança Comercial Brasileira, não têm valor agregado. Agricultura internacional e o meio ambiente Transporte O transporte é o elo fundamental da logística: responsável pelo produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível. É uma das principais funções logísticas, representa a maior parcela dos custos logísticos, além de ter papel fundamental no desempenho de diversas dimensões do Serviço ao Cliente. Quando se fala de transporte, estamos falando da movimentação de cargas (mercadorias, produtos, insumos, etc., e também pessoas e animais) entre dois pontos diferentes, de um ponto inicial para um ponto de destino. Agricultura internacional e o meio ambiente Os transportes podem ser classificados quanto à modalidade: 1. Terrestre: a) Rodoviário; b) Ferroviário; c) Oleodutos. 2. Aquático: a) Marítimo; b) Fluvial; 3. Aéreo. Interatividade Assinale a alternativa correta quanto ao momento “depois da porteira” do agronegócio: a) Os distribuidores e varejistas são os mesmos agentes. b) Os distribuidores diferem dos varejistas em vários aspectos, como, por exemplo, onde as transações são comumente maiores dos que as realizadas no varejo e, em geral, os distribuidores cobrem uma área maior de comércio do que os varejistas. c) Os atacadistas nunca podem atuar como distribuidores. d) Distribuição é o mesmo que logística. e) Produtores nunca podem ser os distribuidores. Agricultura internacional e o meio ambiente Perspectiva histórica e teórica do desenvolvimento sustentável. O Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Teorias econômicas aplicadas ao Meio Ambiente. Financiamento da agricultura no Brasil. Agricultura internacional e o meio ambiente Perspectiva histórica e teórica do desenvolvimento sustentável. A perspectiva do desenvolvimento não significa aumento contínuo da economia, sendo que a possibilidade de crescimento tem de ser definida de acordo com a capacidade de suporte dos ecossistemas, pensando-se em maior aumento da eficiência econômica na produção. Como vimos anteriormente, em 20 de Agosto de 2013, conhecido como Overshoot Day (Dia da Sobrecarga da Terra), foi a data aproximada em que a demanda anual da humanidade sobre a natureza ultrapassou a capacidade de renovação possível. Para ser sustentável, o desenvolvimento deve ser eficiente, inclusivo (desejável por toda a sociedade) e equilibrado. Agricultura internacional e o meio ambiente O Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O Brasil avançou muito em relação ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e pavimentou o caminho para cumprir as metas até 2015. O desempenho brasileiro só foi possível em função da participação social e de uma série de políticas públicas colocadas em curso nos últimos anos, que trouxeram impactos positivos sobre os ODM. Há bons indicadores, mas há muitos desafios a serem vencidos. Para cada um dos objetivos, existem políticas públicas que vêm aproximando o Brasil do cumprimento das metas. Em algumas áreas, o país tem de avançar. Em outras, os indicadores positivos já são realidade. Agricultura internacional e o meio ambiente Teorias econômicas aplicadas ao Meio Ambiente De acordo com a definição do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a Economia Verde é “a que resulta em melhora do bem-estar humano e da equidade social, enquanto reduz significativamente riscos ambientais e as escassezes ecológicas”, de forma que o “crescimento em renda e emprego deve ser baseado em investimentos públicos e privados que reduzem emissões de carbono e poluição, aumentam a eficiência energética e de recursos, e reduzem a perda de serviços da biodiversidade e dos ecossistemas”, sintetizando “o reconhecimento crescente de que alcançar a sustentabilidade depende quase inteiramente em acertar na economia”. (Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, disponível em http://www.ambiente.sp.gov.br/o-que-fazemos/economia/, acesso em 12.Jul.2015) Agricultura internacional e o meio ambiente Financiamento da agricultura no Brasil No Brasil, os principais eixos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) baseiam-se no apoio estratégico aos médios produtores, à inovação tecnológica, ao fortalecimento do setor de florestas comerciais e à pecuária de corte, além de ajustes no seguro rural. Pelo Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), estão programados R$ 16,7 bilhões para as modalidades de custeio, comercialização e investimento. O valor é 26,5% superior aos R$ 13,2 bilhões previstos na safra 2013/14. Os limites de empréstimo para custeio passaram de R$ 600 mil para R$ 660 mil, enquanto os de investimento subiram de R$ 350 mil para R$ 400 mil. Agricultura internacional e o meio ambiente Financiamento da agricultura no Brasil O governo federal pretende ainda instituir a Política Nacional de Florestas Plantadas no âmbito do MAPA. Entre as ações previstas para estimular o setor, estão investimentos em pesquisa, assistência técnica e extensão rural, além de crédito específico para fomentar a prática – como já ocorre atualmente pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), que financia em até 15 anos (sendo seis anos de carência) a implantação e manutenção de florestas comerciais. Em relação ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), proposta em que o governo atua por meio da redução de custos no momento da contratação da apólice. Em 2015, ajustes serão feitos no zoneamento agroclimatológico, de maneira a torná-lo o mais aderente possível à realidade dos cultivos agrícolas. Agricultura internacional e o meio ambiente Financiamento da agricultura no Brasil Quanto aos incentivos à pecuária, agora os criadores poderão financiar a aquisição de animais para engorda em regime de confinamento; a retenção de matrizes (com até três anos para pagamento) e a aquisição de matrizes e reprodutores (limite de R$ 1 milhão por beneficiário com até cinco anos para pagamento, sendo dois de carência), com o intuito de aumentar a oferta de carne. Já para incentivar a inovação tecnológica no campo, serão aperfeiçoadas as condições de financiamento à avicultura, suinocultura, agricultura de precisão, hortigranjeiros (cultivos protegidos por tela de proteção contra granizo, estufas, etc.) e pecuária de leite por meio do Programa Inovagro. Por esta modalidade, foram programados R$ 1,7 bilhão em recursos (alta de 70%), sendo R$ 1 milhão por produtor para ser pago em até 10 anos, sendo três anos de carência. Interatividade Assinale a alternativa correta sobre sustentabilidade nas atividades agrárias: a) A própria ideia de atividades agropecuárias ambientalmente sustentáveis rejeita os aditivos químicos nocivos à saúde, tendo a vida humana como gabarito da reflexão (ética e jurídica) e da ação (lucrar, gerenciar, lavrar a terra, criar animais). b) Os modelos de desenvolvimento e de gestão alternativos na produção agrária supõem o emprego de agrotóxicos, pois em pequenas doses não há malefícios à saúde. c) Não é possível plantar sem uso de agrotóxicos. d) A biotecnologia é a última palavra em desenvolvimento sustentável. e) Produção da escassez, como tratamos, é a falta absoluta de alimentos. ATÉ A PRÓXIMA!
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