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GEOLOGIA ESTUDO DAS ROCHAS



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GEOLOGIA – AULA 07
Plutonismo
Pode ser entendido como um conjunto de processos de origem magmática que ocorrem nas regiões mais profundas da crosta, podendo dar origem a rochas chamadas plútons, rochas plutônicas ou rochas intrusivas.
As rochas plutônicas são ácidas, sendo compostas principalmente de granitos e granodioritos. Isso ocorre, pois, o magma ácido tem mais probabilidade de se cristalizar na crosta do que o magma básico. As rochas que envolvem os plútons são chamadas de rochas encaixantes.
Os plútons são muito diversos em termos de formas e dimensões por conta de serem resultantes de massas magmáticas que se consolidam no interior da Terra.
Os corpos plutônicos podem ser diferenciados em duas categorias:
CONCORDANTES
Acompanham a estrutura das rochas encaixantes, e essa estrutura determina a forma que os plútons apresentam. As formas concordantes mais frequentes na natureza são chamadas de soleiras, ou sills. Elas são caracterizadas por apresentarem grandes formas tabulares, de pouca espessura, quando vistas sob uma perspectiva de corte transversal.
Em geral, essas formas são originárias de um magma com menor viscosidade, o que permite que ele penetre entre os planos paralelos das rochas encaixantes. No Brasil, são estruturas bastante comuns, sendo encontradas em soleiras de diabásio nas bacias sedimentares paleozoicas do Paraná, Amazonas e Maranhão.
DISCORDANTES
Não acompanham a estrutura da rocha encaixante, e normalmente se cristalizam de forma truncada às rochas encaixantes. Geralmente, acompanham a estrutura de outros elementos, como falhas, fraturas ou aberturas provocadas por atividades vulcânicas e tectônicas.
Com relação às formas discordantes, aquelas mais comuns são os diques. Essas possuem forma tabular, e normalmente preenchem fendas que já existem nas rochas encaixantes. O dique varia bastante de tamanho, indo desde pequenas estruturas chamadas microdiques, até diques com quilômetros de extensão.
Se o substrato apresentar sistemas de fraturas ou outras fendas, pode-se formar sistemas de diques. Dependendo do sistema já existente, os diques podem apresentar-se de forma radial, cruzada ou com outros arranjos. Alguns diques têm sua origem ligada à ascensão de corpos magmáticos, podendo provocar fraturas que são chamadas de anelares.
Rochas sedimentares
Vamos entender melhor as etapas básicas do ciclo sedimentar:
O INTEPERISMO:
É o processo pelo qual as rochas são transformadas em outros materiais que, apesar de estáveis, apresentam condições físico-químicas diferentes das rochas de origem. Algumas variáveis determinaram o tipo de intemperismo e sua intensidade: o clima, a composição e as propriedades da rocha de origem, e variáveis locais, como a presença de biota, lençóis freáticos etc.
Existem dois tipos de intemperismo:
O físico acontece quando há desintegração da rocha em partículas menores;
O químico, que ocorre quando a rocha original se decompõe por conta da presença de água ou outras substâncias.
Alguns autores citam um terceiro tipo de intemperismo, chamado de biológico, quando a causa é motivada por processos de origem biológica.
O intemperismo químico tem como produtos os solutos e resíduos. Os solutos incluem principalmente Na, K, Mg e Ca, que são lixiviados e chegam até os oceanos, onde podem se precipitar e formar rochas sedimentares químicas.
Os resíduos, ou materiais detríticos, são pouco solúveis em água e compostos principalmente de quartzo ou outros tipos de minerais primários resistentes. Nessa fração, incluem-se também os produtos que se formam nos processos de intemperismo químico, ou seja, os minerais secundários.
TRANSPORTE DOS SEDIMENTOS ORIGINADOS POR INTEMPERISMO:
Essa etapa é a segunda no ciclo sedimentar, e consiste no transporte dos sedimentos por agentes e processos de origem natural.
Em geral, ocorre por processos de:
Solução — os solutos são transportados em solução aquosa;
Suspensão — o transporte dos sedimentos finos; ou
Tração dos materiais — o transporte dos mais grosseiros.
O transporte tem os nomes de:
Erosão — quando se dá pela superfície do solo e
Lixiviação — quando ocorre no interior do solo.
Os principais mecanismos de transporte são: gravidade, gelo, água e vento.
A intensidade de cada um dos meios de transporte serve como um separador de sedimentos, avaliado pelos parâmetros de:
Competência — relativa ao tamanho e à quantidade de fragmentos; enquanto
Poder de seleção — é relacionado à separação dos fragmentos por tamanho.
A gravidade e o gelo têm maior competência, o vento tem maior poder de seleção.
DEPOSIÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DOS SEDIMENTOS
A deposição dos sedimentos ocorre quando há diminuição da energia do meio de transporte, mas também pode ocorrer quando a reação química termina e há precipitação de substâncias dissolvidas.
A deposição dos sedimentos ocorre em locais como depressões, oceanos e lagos, ou planícies de inundação, desertos e pântanos;
A consolidação (litificação ou diagênese) consiste na atuação simultânea dos processos físicos de compactação e/ou químicos de cimentação, que promovem o endurecimento dos sedimentos depositados, dando origem às rochas sedimentares.
Classificação e identificação de rochas metamórficas
A classificação das rochas metamórficas não obedece a critérios específicos, pois são muito variáveis.
A seguir, as principais classes de rochas metamórficas:
Ardósias
Rochas de baixo grau metamórfico (incipiente), originais de argilito/siltito. Possuem granulação muito fina e elevada xistosidade.
Filitos
Rochas de granulação fina com boa xistosidade. Os planos de xistosidade apresentam brilho acetinado promovido pelas micas. São rochas de baixo grau metamórfico (fraco), originadas de argilito/siltito.
Xistos
Rochas xistosas com minerais visíveis. Constituídas essencialmente de micáceos, e menor proporção de quartzo e feldspatos. São rochas de grau metamórfico médio, originadas de argilito/siltito, basaltos, gabros e rochas ultrabásicas.
Gnaisses
Rochas constituídas por quartzo, feldspatos, micas, e anfibólios, onde os minerais claros se alternam em bandas com os minerais escuros, constituindo a foliação gnáissica. Têm grau metamórfico médio a forte, e derivam de rochas ígneas ou sedimentares.
Quartzitos
Rochas metamórficas de arenitos compostas por grande parte de quartzo. A xistosidade que apresentam é devida à presença de micas. Estas rochas têm uso ornamental e como revestimento, e são conhecidas como “Pedra de São Tomé” ou “Pedra de Minas”.
Mármores
Rochas metamórficas de calcários, compostas basicamente de calcita e/ou dolomita. Raramente apresentam xistosidade.
Anfibolitos
Rochas compostas de anfibólios e feldspatos (plagioclásios), originadas do metamorfismo de rochas ígneas básicas. Apresentam orientação de minerais.
Itabiritos
São um tipo especial de quartzito, originadas do metamorfismo de um tipo especial de rocha sedimentar química. Os itabiritos se caracterizam por apresentarem bandas alternadas de quartzo e hematita. As jazidas de minério de ferro estão geralmente associadas a estas rochas.
Esteatitos (pedra-sabão)
Rochas compostas essencialmente por talco e clorita com xistosidade pouco pronunciada, originadas do metamorfismo de rochas ígneas ultrabásicas.