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25/02/2019 1 Coluna Vertebral PROF. MARLEI DOURADO Coluna Vertebral – Revisão Anatômica A coluna vertebral estende-se do crânio até a pelve. É responsável por dois quintos do peso corporal total. É composta por tecido conjuntivo (principalmente ligamentos e discos) e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral. É constituída por 24 vértebras separadas por discos intervertebrais (exceto C1-C2) Tem na sua parte final (região pélvica) a continuação da estrutura no sacro + cóccix (estes com vértebras fundidas). 1 2 25/02/2019 2 Coluna Vertebral Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio) e inferiormente, articula-se com o osso do quadril (Ilíaco). É dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacrococcígea. São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas. Coluna Vertebral – Principais Funções Protege a medula espinhal e os nervos espinhais; Suporta o peso do corpo; Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça; Exerce um papel importante na postura e locomoção; Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso; Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior 3 4 25/02/2019 3 Disco Intervertebral Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra cervical até o sacro, existem discos intervertebrais. Constituído por duas partes: ANEL FIBROSO: trata-se de um disco fibroso periférico composto por tecido fibrocartilaginoso. NÚCLEO PULPOSO: É a substância interna, elástica e macia. Os discos formam fortes articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os impactos. Canal Vertebral O canal vertebral (seta branca) segue as diferentes curvas da coluna vertebral. É grande e triangular nas regiões onde a coluna possui maior mobilidade (cervical e lombar) e é pequeno e redondo na região que não possui muita mobilidade (torácica). Ele é mostrado na imagem abaixo (vista superior da coluna vertebral). É formado pela junção das vértebras e serve para dar proteção à medula espinhal. Além do canal vertebral, a medula também é protegida pelas meninges (saco dural), pelo líquor e pela barreira hemato- encefálica. 5 6 25/02/2019 4 Características Gerais das Vértebras São encontradas em quase todas as vértebras (com exceção da 1ª e da 2ª vértebras cervicais) e servem como meio de diferenciação destas com os demais ossos do esqueleto. 1. Corpo: É a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para frente é representado por um segmento cilindro, apresentando uma face superior e outra inferior. 2. Processo Espinhoso: É a parte do arco ósseo que se situa medialmente e posteriormente. 3. Processo Transverso: São 2 prolongamento laterais, direito e esquerdo, que se projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a lâmina. 4. Processos Articulares: São em número de quatro, dois superiores e dois inferiores. São saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si. 5. Lâminas: São duas lâminas, uma direita e outra esquerda, que ligam o processo espinhoso ao processo transverso. 6. Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao corpo vertebral. 7. Forame Vertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e posteriormente pelo arco ósseo. Características Gerais 7 8 25/02/2019 5 Coluna Cervical A coluna cervical é formada pelas primeiras 7 vértebras espinhais, abreviadas C1-C7. Ela começa logo abaixo do crânio e termina na coluna torácica. Tem uma curvatura em formato de "C" chamada de lordose, assim como na coluna lombar. A coluna cervical é muito mais móvel do que qualquer outra parte da nossa coluna. Diversos são os movimentos, direções e angulações que se consegue realizar com o pescoço. Por isso, a coluna cervical é muito flexível, mas isto, infelizmente, acarreta em um grande risco de lesão quando ocorrem movimentos bruscos e súbitos. O suporte proporcionado pelos músculos na região cervical é limitado. A cabeça pesa em torno de 5 a 7 kg e fica apoiada no topo da coluna cervical. Movimentos súbitos da cabeça podem causar lesões em ossos e ligamentos da coluna cervical. Vértebras Cervicais Possuem um corpo pequeno exceto a primeira e a segunda vértebra. Em geral apresentam processo espinhal bífido e horizontalizado e seus processo transversos possuem forames transversos (passagem de artérias e veias vertebrais). 9 10 25/02/2019 6 Observação Importante! Resolução Espacial e Resolução Temporal: Resolução Temporal: relacionada com o TEMPO de aquisição da imagem em RM. Imagem com Baixa Resolução Temporal = Imagem Demorada Imagem com Alta Resolução Temporal = Imagem Rápida Resolução Espacial: relacionada com a QUALIDADE (detalhes) da imagem em RM. Imagem com Baixa Resolução Espacial = Imagem com Menor Qualidade, menos Detalhes, diferenciação tissular ruim. Imagem com Alta Resolução Espacial = Imagem com Maior Qualidade, mais Detalhes, diferenciação tissular boa. RM Coluna Cervical 11 12 25/02/2019 7 Anatomia por RM Sagital T2 medula corpo vertebral C3 disco intervertebral C4-C5 l. longitudinal posterior processo espinhoso Áxis (C2) processo espinhoso C7 corpo vertebral C6 disco intervertebral C6-C7 l. amarelo liquor corpo vertebral lâmina Anatomia por RM Axial T2 (C4) a. vertebral (forame transverso) liquor processo articular medula pedículo 13 14 25/02/2019 8 Protocolo Rotina Localizador (es) SAG T2 SAG T1 AXIAL T2 As espessuras dos cortes ficam a critério de cada serviço. A maioria deles utilizam no máximo 5mm no plano axial e 4mm nos planos sagital e coronal. Essas espessuras também vão variar de acordo com a patologia apresentada no exame. Utilizado para pacientes com dores a esclarecer, suspeita de hérnias discais e outras patologias relacionadas aos discos intervertebrais. Protocolo com Contraste Localizador(es) SAG T2 SAG T1 AXIAL T2 SAG T2 FAT SAT AXIAL T1 FAT SAT PRÉ (localizar na lesão/alteração) Injetar Contraste AXIAL T1 FAT SAT PÓS (repete o pré) SAG T1 FAT SAT PÓS Utilizado para pacientes pós cirúrgicos, internados, história de CA, lesões diversas, etc. 15 16 25/02/2019 9 Marcação das Sequências: Sagitais T2 e T1 Imagens localizadoras, baixa resolução espacial (qualidade ruim) e alta resolução temporal (rápida). 3 planos. Marcação das Sequências: Sagitais T2 e T1 17 18 25/02/2019 10 Marcação das Sequências: Sagitais T2 e T1 Verificar a qualidade das imagens e posicionamento nos Localizadores. 1- Posicionar o centro do FOV entre C2 e C3 na imagem de interesse (SAG) 2- Posicionar o pacote de cortes (12 imagens) no centro da imagem COR e AXIAL. 3- Angular paralelamente ao eixo da coluna na imagem COR. Limites: Superior- Cerebelo Inferior- T3 Laterais- abranger toda a coluna Cervical *Banda na região anterior a Coluna Cervical. Reduz artefatos de deglutição/respiração Imagens: Sagitais T2 e T1 19 20 25/02/2019 11 Marcação das Sequências: Axial T2 Marcação das Sequências: Axial T2 1- Na imagem SAG posicionar o pacote de modo a abranger do nível C3-C4 a C6-C7. Fazer uma “média” de angulação destes níveis. Centro do pacote na medula. 2- Na imagem COR posicionar no centro da coluna e perpendicular a esta. 3- FOV centralizado na imagem Axial. Limites: Abranger área de interesse da colunaCervical. 21 22 25/02/2019 12 Imagem: Axial T2 Documentação, Impressão, Fotografia... SAGITAL T2 Quantidade de Imagens: 12 Layout do Filme: 3x4 23 24 25/02/2019 13 Documentação, Impressão, Fotografia... SAGITAL T1 Quantidade de Imagens: 12 Layout do Filme: 3x4 Documentação, Impressão, Fotografia... AXIAL T2 Quantidade de Imagens: 19+1 Topograma (linhas de referência em outro plano) Layout do Filme: 5x4 25 26 25/02/2019 14 RM Coluna Dorsal Coluna Torácica A coluna torácica é formada pelas 12 vértebras do meio, abreviadas T1-T12. Essas vértebras conectam-se às costelas formando parte das paredes do tórax. A curvatura torácica também é um "C", porém invertido em relação a cervical e lombar. Esta parte da coluna tem discos intervertebrais finos e estreitos. As conexões com as costelas e discos menores na coluna torácica limitam o volume de movimentos nessa porção em comparação às porções lombar e cervical. O espaço do canal vertebral também é menor. Isso tudo contribui para que essa região seja muito menos acometida por lesões e desgastes. 27 28 25/02/2019 15 Vértebras Torácicas (Dorsais) O processo espinhoso não é bifurcado e se apresenta descendente e pontiagudo. As vértebras torácicas se articulam com as costelas, sendo que as superfícies articulares dessas vértebras são chamadas fóveas e hemi-fóveas. As fóveas podem estar localizadas no corpo vertebral, pedículo ou nos processos transversos. Anatomia por RM Sagital T2 medula corpo vertebral D1 disco intervertebral D1-D2 l. longitudinal posterior processo espinhoso D11corpo vertebral D12 disco intervertebral D12-L1 l. amarelo l. amarelo l. longitudinal anterior liquor gordura epidural 29 30 25/02/2019 16 corpo vertebral costela Anatomia por RM Axial T2 aorta descendente liquor processo transverso medula pedículo processo espinhoso Articulação costovertebral Protocolo Rotina Obs: para realizar o exame de Dorsal é necessário antes realizar imagens da Cervical para fazer a contagem das vértebras corretamente. Localizador(es) da Coluna Cervical Localizador(es) da Coluna Dorsal SAG T2 SAG T1 AXIAL T2 As espessuras dos cortes ficam a critério de cada serviço. A maioria deles utilizam no máximo 5mm no plano axial e 4mm nos planos sagital e coronal. Essas espessuras também vão variar de acordo com a patologia apresentada no exame. Utilizado para pacientes com dores a esclarecer, suspeita de hérnias discais e outras patologias relacionadas aos discos intervertebrais. 31 32 25/02/2019 17 Protocolo com Contraste Localizador(es) da Coluna Cervical Localizador(es) da Coluna Dorsal SAG T2 SAG T1 AXIAL T2 SAG T2 FAT SAT AXIAL T1 FAT SAT PRÉ (localizar na lesão/alteração) Injetar Contraste AXIAL T1 FAT SAT PÓS (repete o pré) SAG T1 FAT SAT PÓS Utilizado para pacientes pós cirúrgicos, internados, história de CA, lesões diversas, etc. Marcação das Sequências: Sagitais T2 e T1 33 34 25/02/2019 18 Marcação das Sequências: Sagitais T2 e T1 Verificar a qualidade das imagens e posicionamento nos Localizadores 1- Localizar a Coluna Cervical. 2- Fazer a contagem das vértebras com base na imagem Cervical. 3- Posicionar o centro do FOV no centro da coluna na imagem SAG. 4- Posicionar o pacote de cortes (12 imagens) no centro da imagem COR. 5- Angular paralelamente ao eixo da coluna. Limites: Superior- C6 Inferior- L1 Laterais- área de interesse da coluna Dorsal. Marcação das Sequências: Sagitais T2 e T1 35 36 25/02/2019 19 Marcação das Sequências: Axial T2 1- Identificar na imagem SAG níveis que apresentem alguma alteração discal ou óssea (ex: protrusões, hérnias, cistos, artroses, hemangiomas etc.) 2- Posicionar e angular o pacote de forma que abranja as alterações encontradas, centralizando-o nos planos SAG e COR. 3- No caso de não haver alterações, a decisão de quais imagens adquirir ficam a critério médico. Limites: Área de interesse da coluna Dorsal. Marcação das Sequências: Axial T2 37 38 25/02/2019 20 Documentação, Impressão, Fotografia... SAGITAL T2 Quantidade de Imagens: 12 Layout do Filme: 3x4 Documentação, Impressão, Fotografia... SAGITAL T1 Quantidade de Imagens: 12 Layout do Filme: 3x4 39 40 25/02/2019 21 Documentação, Impressão, Fotografia... AXIAL T2 Quantidade de Imagens: 34+1 Topograma (linhas de referência em outro plano) Layout do Filme: 7x5 RM Coluna Lombar 41 42 25/02/2019 22 Coluna Lombar A porção mais baixa da coluna é chamada de coluna lombar. Esta área geralmente tem cinco vértebras, abreviadas L1-L5. A base da coluna é chamada de sacro que é um grupo de vértebras especializadas e conecta a coluna à pelve ou bacia. Assim como a coluna cervical, a coluna lombar também tem uma curva lordótica com um formato de "C". Se você imaginar que a coluna espinhal tem o formato de um "S" a região lombar fica na parte inferior do "S". As vértebras da região lombar são as maiores de toda a coluna. Por isso o canal vertebral lombar é o mais largo do que na região cervical ou torácica. O tamanho da coluna lombar permite mais espaço aos nervos. Vértebras Lombares Os corpos vertebrais são maiores. O processo espinhal não é bifurcado, além de estar disposto em posição horizontal. Apresenta o forame vertebral em forma triangular e processos mamilares. Apresenta um processo transverso bem desenvolvido. Pode ser diferenciado também por não apresentar forame no processo transverso e nem a fóvea costal. 43 44 25/02/2019 23 ligamento supra espinhal cone medular cauda equina processo espinhoso L2 corpo vertebral L5 disco intervertebral L5-S1 corpo vertebral L1 disco intervertebral L2-L3 l. longitudinal anterior l. longitudinal posterior Anatomia por RM Sagital T2 m. pesoas maior saco tecal processo espinhoso L2 processo articular inf. disco intervertebral processo articular sup. lâmina Anatomia por RM Axial T2 45 46 25/02/2019 24 Protocolo Rotina Localizador(es) SAG T2 SAG T1 AXIAL T2 As espessuras dos cortes ficam a critério de cada serviço. A maioria deles utilizam no máximo 5mm no plano axial e 4mm nos planos sagital e coronal. Essas espessuras também vão variar de acordo com a patologia apresentada no exame. Utilizado para pacientes com dores a esclarecer, suspeita de hérnias discais e outras patologias relacionadas aos discos intervertebrais. Protocolo com Contraste Localizador(es) SAG T2 SAG T1 AXIAL T2 SAG T2 FAT SAT AXIAL T1 FAT SAT PRÉ (localizar na lesão/alteração) Injetar Contraste AXIAL T1 FAT SAT PÓS (repete o pré) SAG T1 FAT SAT PÓS Utilizado para pacientes pós cirúrgicos, internados, história de CA, lesões diversas, etc. 47 48 25/02/2019 25 Marcação das Sequências: Sagitais T2 e T1 Marcação das Sequências: Sagitais T2 e T1 Verificar a qualidade das imagens e posicionamento nos Localizadores. 1- Posicionar o centro do FOV entre L3 e L4 na imagem de interesse (SAG) 2- Posicionar o pacote de cortes (12 imagens) no centro da imagem COR. 3- Angular paralelamente ao eixo da coluna. Limites: Superior- T12 Inferior- Cóccix Laterais- área de interesse da coluna lombar 49 50 25/02/2019 26 Imagens: Sagitais T2 e T1 Marcação das Sequências: Axial T2 51 52 25/02/2019 27 Marcação das Sequências: Axial T2 1- Identificar na imagem SAG os níveis L1-L2 / L2-L3 / L3-L4 / L4-L5 / L5-S1. Cada nível possui um pacote individual de cortes(imagens). 2- Posicionar o centro de cada pacote na face posterior dos níveis (sobre o líquor). 3- Angular cada pacote de acordo com a direção do nível correspondente. 4- Posicionar o centro de cada pacote no centro de cada disco correspondente na imagem COR. 5- Angular paralelamente ao disco correspondente na imagem COR. Limites: TODO o disco Imagem: Axial T2 53 54 25/02/2019 28 Documentação, Impressão, Fotografia... SAGITAL T2 Quantidade de Imagens: 12 Layout do Filme: 3x4 Documentação, Impressão, Fotografia... SAGITAL T1 Quantidade de Imagens: 12 Layout do Filme: 3x4 55 56 25/02/2019 29 Documentação, Impressão, Fotografia... AXIAL T2 Quantidade de Imagens: 19+1 Topograma (linhas) Layout do Filme: 5x4 Fim... OBRIGADO 57 58
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