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A RELAÇÃO DAS TINTURAS CAPILARES COM O CÂNCER

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A RELAÇÃO DAS TINTURAS CAPILARES COM O CÂNCER
RESUMO
Introdução: Já utilizada a muitos anos atrás, as tinturas de cabelo são ainda bastante usadas no hodierno. Seu uso remete a pelo menos 4000 anos, onde há várias evidências históricas que os seres humanos coloriam os cabelos. Há estudos comprovando que o produto não oferece riscos à saúde humana, mas alguns componentes não são investigados e seus resultados são conflitantes. O objetivo deste trabalho é abordar de forma clara e sucinta a real relação das tinturas de cabelo com o câncer e buscar descrever tais fatos. Método: O respectivo trabalho trata-se de uma pesquisa descritiva. Resultados e Discussão: A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) atesta que alguns componentes dos corantes das tinturas de cabelo podem ser mutagênicos e cancerígenos. Segundo estudos recentes, foi comprovada a presença de corantes capilares na urina de utentes, constatando que os componentes cancerígenos alcançam o elemento. Também foi verificado um pequeno crescimento do risco de câncer de bexiga em mulheres que faziam uso das tinturas permanentes. Na Espanha, um estudo realizado em um hospital em mulheres que utilizavam corantes capilares e não foi detectado aumento no desenvolvimento de cânceres de bexiga. Considerações Finais: Ainda há divergências entre os resultados apresentados dos estudos realizados.
Palavras-chave: Toxicidade. Testes. Estética
INTRODUÇÃO	
Já utilizada a muitos anos atrás, as tinturas de cabelo são ainda bastante usadas no hodierno, para quem quer cobrir os cabelos brancos, ou ainda para quem deseja clarear os cabelos e ter uma nova cor. Seu uso remete a pelo menos 4000 anos, onde há várias evidências históricas que os seres humanos coloriam os cabelos. No império Romano os pentes de chumbo eram embebidos no vinagre para deixar os fios mais escuros e no Egito era utilizada a hena (NOHYNEK 2004) e hoje várias pessoas fazem o uso, tanto homens quanto mulheres que desejam cuidar da aparência.
Jugava-se que a pele não absorvia produtos pessoais e, portanto, eram apenas superficiais seus efeitos, entretanto com a descoberta que a pele é permeável e que determinados produtos possam ser absorvidos e levar a impactos no organismo, novos testes toxicológicos nas tintas de cabelo estão sendo realizados.
A dificuldade é que a classificação das tinturas depende de cada país e com isso os testes feitos são diferentes. No Brasil são classificados como cosméticos, já no Japão são “quase drogas” e isso dificulta o processo.
Sendo sua composição julgada como a mais reagente dos cosméticos e entre sua formulação conter componentes que pertencem a classe das aminas aromáticas, substâncias ativas que podem ser absorvidas pela pele e que estão relacionadas a primeira causa de câncer de bexiga em humanos testes são necessários para saber seu real efeito no organismo e qual o relacionamento o produto possui com o câncer. Há estudos comprovando que o produto não oferece riscos à saúde humana, mas alguns componentes não são investigados e seus resultados são conflitantes.
O objetivo deste trabalho é abordar de forma clara e sucinta a real relação das tinturas de cabelo com o câncer e buscar descrever tais fatos.
METODOLOGIA
O respectivo trabalho trata-se de uma pesquisa descritiva. Foi utilizado para critério de inclusão os artigos publicados em língua portuguesa, de qualquer ano e com o uso dos seguintes descritores: tinturas de cabelo, efeitos da coloração, câncer e tinturas. Ademais, como critério de exclusão foram utilizados documentos que não haviam relevância com o objetivo da pesquisa e que não se incluíam no parâmetro de inclusão utilizado. Fez-se o uso para a pesquisa do Google Acadêmico. Foram analisados 10 documentos e utilizados 4.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) atesta que alguns componentes dos corantes das tinturas de cabelo podem ser mutagênicos e cancerígenos. Essas tintas podem ser divididas em três categorias: temporárias, semipermanentes e permanentes.
Tinturas temporárias: possuem moléculas grandes e a coloração sai nas primeiras lavagens. Não é necessário que haja abertura da cutícula do fio, visto que não penetram na estrutura interna dele (WILKIONSON; MOORE, 1990). Dessa forma é utilizado para escurecer a cor dos fios e adicionar novas nuances de cores, não promovendo o clareamento do cabelo (LCW, 2008).
Tinturas semipermanentes: possuem massa molecular baixa, só é possível escurecer os fios e essas são mais resistentes do que as tintas temporárias, sendo removidas progressivamente com as lavagens (MACAGNAN; SARTORI; CASTRO, 2014). Grande parte é proveniente de nitro compostos, sobretudo de nitrobenzeno (OLIVEIRA, 2014). 
Tinturas permanentes: são as mais utilizadas devido a sua grande versatilidade de escurecer ou clarear os fios, visto que proporcionam mais opções de cores aos usuários. É resistente a lavagem, sendo necessário pintar novamente apenas quando os fios crescerem (MACAGNAM; SARTORI; CASTRO, 2014.
Segundo estudos recentes, foi comprovada a presença de corantes capilares na urina de utentes, constatando que os componentes cancerígenos alcançam o elemento alvo (ANDREW; SCHNED; HEANEY; KARAGAS, 2004). Também foi verificado um pequeno crescimento do risco de câncer de bexiga em mulheres que faziam uso das tinturas permanentes (GAG0-DOMINGUEZ, 2001). Conforme os autores, o aumento era devido a presença de fenótipos acetilados lentos da N-acetiltransferase 2 (NAT2) (GAG0-DOMINGUEZ, 2003).
Na Espanha, um estudo realizado em um hospital em mulheres que utilizavam corantes capilares e não foi detectado aumento no desenvolvimento de cânceres de bexiga (KOGEVINASA; FERNANDEZ; GARCIA-CLOSAS; TARDON, 2006).
De acordo com um estudo realizada na Suécia entre cabeleireiros dos sexos masculino e feminino para descobrirem se existe relação entre o câncer e as tintas de cabelo, foi constatado entre homens, aumento de riscos de pulmão, de colo de útero, de pâncreas, do trato digestor superior, e de pele (CZENE; TIIKKAJA; HEMMINKI, 2003). Consoante os autores a incidência de câncer de pulmão pode ser devido ao hábito de fumar. Não foi comprovado, nesse estudo o crescimento do perigo de câncer de bexiga.
CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS
O mercado consumidor das tinturas vem aumentando cada vez mais e com isso os testes de riscos à saúde dos usuários, visto que tal cosmético deve apresentar risco zero. Entretanto com a grande oferta e grande procura do cosmético, testes mais específicos são escassos e com isso há falta de informação.
Diante do que foi exposto é possível concluir que ainda há divergências entre os resultados apresentados dos estudos realizados e com isso o consumidor que fará uso das tinturas capilares deve estar ciente que há falta segurança à saúde e que ele pode ou não apresentar riscos de câncer.
Faz-se necessário mais estudos a respeito da toxicidade das tintas e que esses sejam realizados apresentando um padrão entre si. Em decorrência disso é imprescindível que o consumidor faça uso do produto com responsabilidade e seguindo as instruções citadas de cada fabricante. Com isso, evita-se uma exposição desnecessária ao produto, enquanto não há resultados suficientes.
REFERÊNCIAS
ARALDI, Janaina; GUTERRES, Silvia S. Tinturas capilares: existe risco de câncer relacionado à utilização desses produtos?. Infarma-Ciências Farmacêuticas, v. 17, n. 7/9, p. 78-83, 2013. DE OLIVEIRA, Ricardo AG et al. A química e toxicidade dos corantes de cabelo. Química Nova, p. 1037-1046, 2014. PEREIRA, Simone Mendes; DE ANDRADE, Natalie Souza; DE OLIVEIRA, José Roberto. Coloração capilar: os efeitos das tinturas na saúde e na fibra capilar. Revista da FaculdadeEça de Queirós, 2016. MACHADO, Enéias Silva et al. Aspectos toxicológicos relacionados ao uso de cosméticos na conservação, alisamento e tingimento capilar: uma revisão de literatura. Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, v. 10, n. 1, 2017.

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