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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Est. Do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ ALUNA: Maria Alíniza da Silva MATRÍCULA: 19113120324 Disciplina: Bases da Cultura Ocidental POLO: Paracambi Coordenador: André Alonso AD2 (PARACAMBI) 1. Escreva um pequeno texto explicando quais eram os temas abordados pelas tragédias e comédias no teatro grego. (3,0 pontos) Primeiramente, vamos entender, o que era o “teatro”, falando de modo direto, é era um observatório. Segundo alguns estudiosos do assunto, o teatro privilegiava a visão, focavam no drama, na poesia em movimento e na ação. Vale salientar, que o espetáculo teatral não era apenas uma ação de divertimento, mas um meio de circulação da cultura de um povo, da mitologia, por meio dos temas abordados no palco. Portanto, na tragédia grega, os temas geralmente, evidenciavam o cunho religioso, tendo como tema principal os mitos. Já a comédia trabalhava sob uma óptica variada, fazendo usos de temas atuais, costumes de um povo, relações familiares, política e cultura. Porém, a tragédia tem uma temática voltada ao tradicional, focada nas abordagens que os dramaturgos dão aos mitos, em seu contexto. Entretanto, os temas são os mesmos, focado na antiguidade. Na tragédia os mitos tradicionais tem núcleo fixo, não há reinvenção, não existe espaço para criação de novos elementos. Diferente da tragédia, a comédia, possui temática variada, seus temas pode servir-se de mitos tradicionais, mas de um modo divertido, com intuito de garantir aos expectadores o riso. 2. Leia os trechos seguintes (4,0 pontos): (a) Pitágoras, tendo sido interrogado por Leonte, tirano dos fliúncios, sobre quem ele era, respondeu: “um filósofo”. E dizia que a vida é semelhante a uma reunião de pessoas em uma competição. Com efeito, assim como a esta uns vêm para lutar, outros por causa do comércio, e outros ― os melhores ― como espectadores, assim na vida, disse ele, uns nascem escravos da glória e caçadores do ganho, outros, os filósofos, da verdade. (Diógenes Laércio, Vita Philosophorum, VIII, 8, 6-12) (b) Com efeito, parece um amante da sabedoria aquele que a busca por si mesma, e não em razão de outra coisa. Com efeito, quem busca algo em razão de outra coisa, ama aquilo em razão de que busca mais do que aquilo que busca. (Santo Tomás de Aquino, In Met., I, l. 3, n. 5). Agora, redija um texto sobre o filósofo e a filosofia, partindo das noções expressas em ambos os trechos. A filosofia surge em uma época que os mitos não mais se bastavam como meio de explicação para o desconhecido, era preciso ir além, conhecer a verdade e explicá-la, para trazer clareza aos fatos. Essa era a ideia de Pitágoras, que, segundo a tradição, foi o primeiro a utilizar o termo filosofia neste sentido. Para ele, o objetivo da filosofia, está no puro desejo de conhecer e contemplar a verdade. Aliás, desde a antiguidade a criação do termo “filosofia” é atribuída a Pitágoras. Ele definiu o papel do filósofo, como um ser que ama a sabedoria e que sabe que não sabe, alguém que se propõe a estudar e observar, obtendo assim um conhecimento concreto e não apenas achismos. Vale ressaltar, que a filosofia é vista como uma ciência devido seu desenvolvimento, estando estritamente ligada à condição humana, não sendo um mero conhecimento adquirido, mas um comportamento natural do homem em relação ao universo. Portanto, a filosofia nasceu de um desejo pelo saber tornando-se uma ciência que tem como objeto todas as coisas e suas causas. Para Pitágoras, o filósofo, não é um sábio, mas apenas alguém que ama e busca a sabedoria, aquele que busca na filosofia uma vida condizente com a verdade. Segundo Santo Tomás de Aquino, o verdadeiro amante da sabedoria é “aquele que a busca por si mesma, e não em razão de outra coisa”. 3. Explique por que a admiração é um dos elementos que está na origem da filosofia. (3,0 pontos) Vamos entender o significado da palavra Admiração, conforme o dicionário da filosofia, a palavra vem do latim admiratio, denominada como espanto, surpresa. Segundo o filósofo Aristóteles, a filosofia começa da admiração. Portanto, sua real intenção é despertar o indivíduo para o questionamento. Os homens começaram a filosofar, por causa da admiração, desta forma a admiração, é o elemento chave para o conhecimento, em que o indivíduo inicia seu processo para a caminhada filosófica. Já Plantão, afirmava que o sentimento de assombro ou admiração está na origem do pensamento filosófico. Segundo o filósofo, “A admiração é a verdadeira característica do filósofo. Não tem outra origem a filosofia.” A admiração, como mencionaram Platão e Aristóteles, é o ponto de partida para o conhecimento, para o exercício do pensar. Referência consultada: Alonso, André. Bases da cultura ocidental. v. 2 / André Alonso. − Rio de Janeiro: Cecierj, 2014
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