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INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE TECNOLOGIA, INFRAESTRUTURA E TERRITÓRIO (ILATIT) ENGENHARIA DE ENERGIA RELATÓRIO 1 ALETAS EVELYN CRYSTYNE LIZZI DA SILVA GIANNA ALVES MACIEL CEZAR GIULIA OHANA DE SOUZA COSTA NATALIA MARTINEZ DELGADILLO Florianópolis - SC 2019 1. Introdução De acordo com Incropera e Dewitt (2008), superfícies estendidas são utilizadas para casos especiais que envolvem transferência de calor por condução ao longo do de um sólido e transferência de calor por convecção ou radiação nas fronteiras do sólido.Segundo a lei de Fourier, a taxa de calor por condução através de uma superfície é proporcional a condutividade do material, a área da secção transversal e a diferença de temperatura. Através de observações é possível constatar que a variação da diferença de temperatura muitas vezes é impraticável, assim como um aumento da condutividade, visto que é uma característica do material. Uma das formas mais baratas e simples de aumentar a transferência de calor é aumentar a área da superfície na qual ocorre a convecção. Aletas são superfícies estendidas utilizadas para aumentar a taxa de transferência de calor entre um sólido e um fluido adjacente. A condutividade térmica do material das aletas possuem grande influência no que diz respeito à distribuição de temperatura ao longo da aleta, o que por sua vez influencia no nível de aumento da taxa de transferência de calor. É recomendável que o material utilizado possua uma alta condutividade térmica para a variação de temperatura da base até a extremidade seja pequena (INCROPERA, DEWITT, 2008). Existem diferentes configurações de superfícies aletadas, aplicando a conservação da energia em um volume infinitesimal da aleta é possível determinar uma equação geral para a equação da energia através de superfícies estendidas, definida como: ( ) )(T ) dx2 d T2 + 1Ac dx dAc dx dT − ( hdAsAckdx − T inf = 0 esta equação pode ser resolvida através de mudanças de variável, de modo que seja possível calcular a distribuição de temperaturas e as perdas de calor . De acordo com Incropera e Dewitt (2008), as aletas são divididas entre aletas com áreas de secção transversal uniforme e não-uniforme. Para o caso de aletas com área de secção transversal uniforme, podemos simplificar a equação geral visto que a área de secção transversal é constante e substituir a área da superfície pelo perímetro da aleta multiplicado pelo comprimento x. Fazendo mudanças de variável a equação se torna : m θ 0dx d θ2 − 2 = onde, e . Esta equação pode ser resolvida de modo que resultará na T T ) θ = ( − inf m2 = hPkAc seguinte equação: (x) e C e θ = C1 mx + 2 −mx As constantes C1 e C2 podem ser determinadas através de condições de contorno específicas de cada sistema. Uma das condições de contorno está relacionada a temperatura da base da aleta, de modo que é possível determinar a distribuição de temperatura em função de tal temperatura para diferentes condições de contorno relacionadas a base da aleta, conforme a tabela 1. Tabela 1 - Distribuição de temperaturas e perda de calor para aletas de seção transversal uniforme Fonte: Incropera e Dewitt (2008) Termopares são sensores de medição de temperatura formados por dois fios metálicos de diferentes materiais, estes materiais são unidos em uma das extremidades e conforme a junção é exposta a temperaturas diferentes, uma diferença de potencial é verificada. Esta variação de tensão é fixa para algumas ligas de metais, estes valores são tabelados para que possa ser possível interpretar a diferença de potencial como uma leitura de temperatura. Existem diversos tipos de termopares sendo possível classificá-los de acordo com a composição das ligas metálicas utilizadas. Por exemplo, os termopares do tipo K são recomendados para medições de temperatura cotidianas por possuir uma baixa sensibilidade, entretanto os termopares do tipo E possuem uma sensibilidade maior, por isso são recomendados para medições de temperaturas menores. Uma das principais vantagens da utilização de termopares para medições é o seu baixo custo e fácil acesso, além da diversidade de termopares para faixas de temperatura variadas. O custo dos termopares variam conforme os metais utilizados na sua fabricação, assim como sua sensibilidade. 2. Objetivos O objetivo do experimento foi a determinação da eficiência térmica das aletas analisadas mediante a dois materiais: um de cobre e outro de latão. Será analisado a dispersão de temperatura ao longo das aletas, através de um intervalo de temperaturas para cada um dos materiais. Espera-se que o cobre tenha uma maior condutividade térmica do que o latão , porque o cobre tem uma condutividade térmica de 401 W/mk e latão 110 W/mk respectivamente estes valores são tabelados, o cobre é o segundo melhor condutor depois da prata o mesmo aumenta significativamente a eficiência na transmissão de energia. 3. Materiais e Métodos O experimento foi feito com a utilização de três barras de mesmo diâmetro (0,013 m) e mesmo comprimento. As barras eram diferentes materiais, sendo eles cobre, latão e alumínio (neste relatório daremos ênfase as barras feitas com cobre e latão). Contávamos também com uma fonte de alimentação e termopares que estavam distribuídos equidistantemente (0,05 m) ao longo das três barras (figura 1), ao todo eram 10 termopares em cada barra. Também contávamos com fibra de cerâmica que funcionava como um isolante que cobriam uma resistência posta no início de cada barra, como mostra a figura 2. Figura 1 - Laboratório de Termodinâmica-UFSC Fonte: Os autores (2019). Figura 2 - Laboratório de Termodinâmica-UFSC Fonte: Os autores (2019). A fonte de alimentação fornecia tensão a qual esquentava nossas resistências que assim iam aquecendo as barras. Por meio de um computador verificávamos os valores que cada termopar marcava ao longo das barras, verificando também a potência que cada barra requeria para manter a temperatura da base constante nas tres barras. 4. Resultados e Conclusões Através do programa de leitura de dados dos termopares, foi possível a obtenção das variações de temperatura ao longo das aletas selecionadas: cobre e latão, a tabela 2 apresenta as características físicas de cada um material para a realização do experimento. Tabela 2 - Características das Aletas Selecionadas Fonte: Os autores (2019). Após a realização do experimento com as aletas selecionadas e dos dados de leitura do programa das temperaturas dos termopares utilizados, foram gerados dados referentes às temperaturas registradas ao longo dos 10 termopares conectados as aletas. Tabela 2b - Dados de Temperaturas das Aletas Fonte: Os autores (2019). O gráfico apresentado na figura 3, realiza uma demonstração da variação da temperatura ao longo dasaletas utilizando os dados da tabela.2. Figura 3 - Gráfico de Temperatura x comprimento Fonte: Os autores (2019). Observa-se que ambas as aletas possuem a mesma temperatura inicial e que por ambas possuírem características diferentes, a curva de comportamento da temperatura ao longo do material possui formas distintas. Cada uma das aletas selecionadas, respeitando a suas características de condutividade térmica apresentou dados referentes a potência necessária para manter a distribuição de temperatura bem como corrente elétrica, como descritas na tabela.3, nota-se através desses dados que a aleta a apresentar maior resistência é a aleta de cobre onde isso se dá ao maior valor de condutividade térmica do material. Tabela.3 : Resultados Aletas. Fonte: Os autores (2019). Referências ÇENGEL, Y.A. TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA: UMA ABORDAGEM PRÁTICA, 4ª Edição, Editora McGrawHill, 2012. INCROPERA F.; DEWITT D.; BERGMAN T. ;LAVINE A. FUNDAMENTOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA, 5ª edição, LTC, 2008.
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