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ESPÉCIES DE CASAMENTO VÁLIDO

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ESPÉCIES DE CASAMENTO VÁLIDO
Casamento putativo: É o casamento que, embora nulo ou anulável, foi contraído de boa-fé por um ou por ambos os cônjuges (CC, art. 1.561). Boa-fé, no caso, significa ignorância da existência de impedimentos dirimentes à união conjugal.
Efeitos: 
— Quanto aos cônjuges: são todos os de um casamento válido para o cônjuge de boa-fé (CC, arts. 1.561 e 1.564). Findam, entretanto, na data do trânsito em julgado da sentença que lhe ponha termo. Cessam, portanto, para o futuro, sendo considerados produzidos todos os efeitos que se tenham verificado até a data da sentença anulatória.
— No tocante aos alimentos, não são mais devidos para o futuro, porque as partes não são mais cônjuges. Assim, a mulher que reclama alimentos a eles tem direito, mas até a data da sentença.
— Em relação aos filhos, dispõe o § 2º do art. 1.561 do CC: “Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão”.
Casamento em caso de moléstia grave: 
Constitui exceção quanto às formalidades para a validade do casamento.
Pressupõe-se que tenha sido expedido o certificado de habilitação ao casamento, mas a gravidade do estado de saúde de um dos nubentes impede-o de locomover-se e de adiar a cerimônia. Nesse caso, o juiz irá celebrá-lo em sua casa ou onde estiver, em companhia do oficial, mesmo à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever (CC, art. 1.539).
Casamento nuncupativo:
O casamento em iminente risco de vida ou nuncupativo constitui uma segunda exceção, pois se permite a dispensa do processo de habilitação e até a presença do celebrante.
Em razão da extrema urgência, os contraentes poderão celebrar o casamento, recebendo um ao outro, de viva voz, por marido e mulher, na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau. Requer-se posterior homologação judicial (CC, arts. 1.540 e 1.541).
Casamento consular:
■ Conceito
Casamento consular é aquele celebrado por brasileiro no estrangeiro, perante autoridade consular brasileira.
■ Formalidades
Uma vez realizado, deverá ser registrado em 180 dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1º Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir (CC, art. 1.544).
Conversão da união estável em casamento
A união estável “poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil” (CC, art. 1.726).

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