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Dualismo Religioso - Slides de Aula Unidade III

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Profa. Bettina Brasil
UNIDADE III
Dualismo Religioso
Nesta unidade trabalharemos os seguintes pontos: 
Dez séculos 
entre Agostinho 
e Martinho 
Lutero
A Reforma 
Protestante
Martinho 
Lutero
João Calvino
Introdução
 O início do século XVI foi um momento de grandes transformações na história da 
humanidade e que desencadeou novas perspectivas culturais, científicas, 
econômicas, políticas, geográficas e religiosas.
 A Idade Média foi matriz da civilização ocidental cristã.
 Reformulou, à luz do cristianismo, muitos conceitos da cultura greco-romana e da 
Filosofia da Antiguidade.
 A Idade Média é datada entre os séculos V e XV d.C., 
tem seu início na queda do Império Romano do Ocidente 
e termina com uma sucessão de eventos, como a 
Reforma Protestante, por exemplo.
Dez Séculos entre Agostinho e Martinho Lutero
A expressão “Idade Média” remete à ideia de divisão da História do mundo em três 
grandes épocas:
A Idade Média
Idade Antiga (ou clássica)
Idade Média
Idade Moderna
 Em relação à Idade Média, não se pode imaginar que os mais de mil anos deste 
período mantiveram um mesmo pensamento homogêneo.
 O pensamento também não era homogêneo em todo o período da Idade Antiga e 
também não o foi na Idade Moderna.
A Idade Média
Pode se dividir este período em:
A Idade Média
Fonte: Autoria própria.
 A ideia de que esse período foi uma “idade das trevas”, no sentido do 
obscurantismo cultural é errônea.
Isso se deu com a queda dos romanos, que provocou:
A Idade Média
retorno ao barbarismo;
regressão da produção intelectual;
regressão nas atividades 
econômicas.
 As invasões bárbaras que derrubaram o império destruíram também a própria 
civilização romana, despovoando cidades e destruindo plantações.
 A partir de Carlos Magno, no século IX, retorna-se o crescimento intelectual, na 
literatura e na Filosofia.
 A Idade Média foi também palco para o contato da cultura árabe e hebraica na 
cultura europeia.
 Isso fica bastante nítido quando percebemos que a 
Europa tem contato com os textos gregos a partir 
das traduções árabes.
A Idade Média
o cristianismo;
os germânicos;
e a herança das 
culturas clássicas.
A civilização da Idade Média foi fruto da combinação de três elementos:
A Idade Média
 O principal fundamento da nova cultura foi a religião cristã.
 Ela tinha sido colocada como a religião oficial do império romano antes de seu fim.
 Como exemplo disso temos Agostinho, que viveu antes da queda do império, mas 
influenciou toda a Idade Média.
A Idade Média
 Como vimos anteriormente, o pensamento de Agostinho derivava das teorias 
neoplatônicas, afirmando a verdade absoluta e eterna e o conhecimento divino no 
espírito dos homens.
 Para Agostinho, alguns pensamentos já existiam no homem desde seu 
nascimento, como reflexo da verdade divina.
As bases germânicas (bárbaras) foram importantes para o período. 
Estavam divididas em diversas nações:
 Escandinavos, vândalos, godos, francos, alemães, 
anglo-saxões, entre outros.
 As invasões bárbaras no império romano foram 
lentamente influenciando os romanos e deixando-se 
influenciar, uma vez que foram sendo absorvidos.
pelo sistema.
A Idade Média
O sistema feudal, tão típico da Idade Média, foi construído a partir da influência 
germânica. Além disso, temos outros aspectos germânicos na Idade Média:
A Idade Média
imposição da lei sobre a simples 
vontade do soberano;
ideia de relação contratual entre 
soberanos e súditos;
teoria de relação entre senhor e 
o vassalo;
ideia de soberania eletiva.
 O regime feudal é a característica mais forte da estrutura social e política 
da Idade Média.
 A civilização europeia passa a crescer lentamente nesse período, tanto em termos 
populacionais quanto intelectuais.
 Com Carlos Magno, a corte do imperador passa a ser frequentada por eruditos e 
intelectuais, para estabelecer padrões de ortodoxia para os súditos.
 A partir disso as monarquias nacionais e o Sacro Império 
Romano Germânico começam a se desenvolver, com a 
presença de universidades.
A Idade Média
 A partir dos anos 1300, as instituições feudais passam a decair.
 É o início da Renascença. 
 É um período de renovado interesse pela cultura clássica grega e romana.
 Autores clássicos foram revisitados, como Cícero, Virgílio, Aristóteles.
 Também foi acompanhado grande desenvolvimento em 
outros campos, como na arte, literatura, ciência, filosofia, 
política, educação e religião.
A Idade Média
 Agostinho representa o que hoje chamamos de Filosofia patrística. 
 Tem esse nome porque foi obra não só de apóstolos (Paulo e João), mas também 
de Padres da Igreja (como eram conhecidos) os primeiros dirigentes espirituais e 
políticos do cristianismo.
A Filosofia patrística introduziu ideias desconhecidas e até rejeitadas pelos filósofos 
greco-romanos:
A Filosofia na História
A ideia de criação do mundo a partir do 
nada;
A ideia de pecado original do homem; 
A ideia de Deus como trindade una;
A ideia de encarnação e morte de Deus;
A ideia da ressurreição dos mortos, entre 
outros.
A Filosofia na História
A Filosofia patrística enfrentou um dos grandes problemas do dualismo filosófico na 
época: 
A explicação de como o mal pode existir no mundo, já que tudo foi 
criado por Deus, que é pura perfeição e bondade.
A Filosofia na História
Qual foi o papel da Idade Média na consolidação do cristianismo?
a) A Idade Média é a “Idade das Trevas” e a ausência do conhecimento permitiu a 
expansão do cristianismo.
b) A Idade Média, conhecida como “Idade das Trevas”, não teve 
influência no cristianismo.
c) Na Idade Média, consolidou-se o cristianismo como religião universal.
d) As características culturais e sociais da Idade Média 
influenciaram a consolidação do cristianismo.
e) Foi a Idade Antiga que fez a consolidação 
do cristianismo.
Interatividade
A Reforma Protestante
1483 – Nasce
Martinho
Lutero.
1502
Gradua-se
em
Filosofia e
1505
termina o
mestrado.
1500 – Lutero
se muda para
Erfurt e entra
na
Universidade
para estudar
Filosofia.
1507 – Lutero
é ordenado Sacerdote
e leciona na
Universidade de
Wittenberg.
1509 – Nasce
João Calvinho.
1517 – Escreve 
e apresenta 
as 95 teses.
1518 – Papa Leão
X começa a debater
academicamente
com Lutero.
1521 – Dieta
Real com o 
Imperador Carlos
V – Lutero é
declarado fugitivo
e herege.
1522 – Lutero
imprime o
Novo
testamento
em alemão.
1530 – João
Calvinho
rompe com a
Igreja Católica
Romana.
1536 –
Calvinho
publica as
Institutas e
se muda
para Genebra.
Linha do tempo da Reforma Protestante
Fonte: Autoria própria.
 Foi Martinho Lutero que desencadeou a Reforma Protestante na Europa.
 O monge agostiniano Martinho Lutero nasceu em 1483, na Alemanha.
 Foi criado no campo, mas foi levado pelo pai para estudar em escolas na cidade. 
Com 17 anos, entrou na Universidade de Erfurt, onde estudou Filosofia.
 Seguia a ideia de que as palavras designam as coisas 
como elas são e não os “universais”, a ideia da 
coisa perfeita.
A Reforma Protestante
Legenda: Martinho 
Lutero
Fonte:, Domínio público, 
https://commons.wikimedia.org/
 E, por isso, nada poderia ser conhecido com certeza pela razão humana, fora a 
realidade como ela é. 
 Em 1502, graduou-se em filosofia e em 1505 terminou seu mestrado. 
 Após esse período, se inscreveu no curso de Direito.
 Mas, em um dia, voltando para casa, sobreviveu a uma 
tempestade de relâmpagos e, nesse dia, jurou se tornar 
um monge. Entrou para a ordem dos Agostinianosno 
mesmo ano.
A Reforma Protestante
 Por conta de sua dedicação ao mosteiro e à ordem Agostiniana, recorria a muitas 
horas de oração, à autoflagelação e à meditação. 
 Em razão de sua cada vez maior consciência de seus pecados, foi sugerido que 
ingressasse na carreira acadêmica. 
 Em 1507, foi ordenado sacerdote e, no ano seguinte, começou a lecionar teologia 
na Universidade de Wittenberg.
A Reforma Protestante
 A indulgência é a remissão do castigo que uma pessoa deve receber por causa 
dos seus pecados e deve ser aplicada a uma pessoa que esteja arrependida de 
todos os seus pecados.
 Nessa época, vinha como ordem papal de Roma para conceder indulgência para 
quem doasse qualquer quantia para a reforma da Basílica de São Pedro.
 Essa prática começa a incomodar de forma importante 
Martinho Lutero, pois via como um abuso e como algo 
que poderia confundir as pessoas, que deixariam de lado 
a confissão e arrependimento verdadeiros para pagar 
pela indulgência.
A Reforma Protestante
Algumas circunstâncias importantes fizeram Martinho Lutero começar a questionar 
academicamente a Igreja Católica e as indulgências:
A Reforma Protestante
Seus estudos teóricos e teológicos;
Seus estudos aprofundados 
da Bíblia;
A prática de confessor e pregador e 
o contato direto com as pessoas;
A percepção de que as pessoas 
começavam a pagar pelo perdão e não 
realmente a se arrepender.
 Por causa desse processo interno de questionamento das indulgências, 
escreveu as 95 Teses e afixou esse documento na porta da igreja do Castelo de 
Wittenberg, convidando as pessoas para a discussão acadêmica sobre o 
significado das indulgências.
 As 95 Teses foram traduzidas para o alemão e 
foram divulgadas através da impressão por toda 
a Alemanha e logo depois por toda a Europa.
 Esse foi o primeiro episódio em que a imprensa 
foi utilizada em larga escala.
A Reforma Protestante
Legenda: as 95 Teses de 
Lutero
Fonte:, Domínio público, 
https://commons.wikimedia.org/
 Em 1518, o Papa Leão X toma ciência da polêmica gerada a partir do documento 
de Martinho Lutero e começa então a debater academicamente com Lutero. 
 Esse debate não chegou a um resultado que a Igreja em Roma 
considerasse adequado. 
 Nesse processo, Lutero se firmava cada vez mais contrário às indulgências e 
outras atitudes da Igreja Católica.
 Frente à resistência e oposição da Igreja, Lutero se coloca em posição perigosa e 
foi acolhido pela nobreza culta da Alemanha. 
 A nobreza estava cansada de enviar riquezas à Roma e 
por isso apoiava o pensamento de Lutero.
A Reforma Protestante
 Foi o Imperador Carlos V que chamou Lutero para participar de sua primeira Dieta 
Real, em 1521. 
 Nesta reunião, Lutero foi questionado sobre sua obra. 
 As 95 Teses e os outros textos de Lutero não só questionavam, mas também 
argumentavam que o Papa estava errado. 
 Ele não retirou seus argumentos, abandonou a reunião e 
foi declarado fugitivo e herege pelo Imperador.
A Reforma Protestante
 Frederico, o sábio, ordenou que Lutero fosse capturado e foi levado para o Castelo 
de Wartburg, em Eisenach.
 Durante um ano Lutero trabalhou na tradução da Bíblia para o Alemão. 
 Até então, toda escritura e outros documentos da Igreja eram escritos em latim, o 
que fazia com que grande parte da população cristã não conhecesse, de fato, a 
palavra de Deus.
 Em setembro de 1522, o Novo Testamento foi impresso 
em Alemão, tornando acessível a todos a leitura e 
entendimento da Escritura.
A Reforma Protestante
O que leva Martinho Lutero a escrever as 95 Teses sobre as indulgências?
a) O fato de o dinheiro arrecadado pelas indulgências não ficar na Alemanha.
b) O fato de que os cidadãos não estavam mais se arrependendo dos erros e 
apenas comprando o perdão.
c) O fato de que as Escrituras e textos da Igreja eram redigidos em latim, forma do 
entendimento do povo.
d) O fato de ser estudioso da Bíblia e saber que o perdão 
está associado à penitência.
e) O fato de pregar em latim sem que as pessoas 
entendessem seus sermões. 
Interatividade
 Martinho Lutero enfrenta seus questionamentos importantes em relação à postura 
da Igreja Romana no que se refere à condução ética da moral dos cristãos.
 Estes questionamentos eram dele mesmo, fruto de seus estudos e experiência 
na vida monástica.
 Nas 95 teses se refere às indulgências papais e sobre a cobrança de indultos para 
comprar um lugar no céu ou para pagar os pecados.
Martinho Lutero
 Martinho Lutero via pessoas com delitos graves pagando pelos indultos, mas não 
estavam de fato se arrependendo das suas atitudes.
 Lutero dizia que isto era uma “lenta degradação moral das consciências”.
 Das angústias de Lutero, a falta de sinceridade na confissão e no sentimento de 
arrependimento, gerado pela simples compra da indulgência, foi a que impulsionou 
o monge para o enfrentamento da Igreja Romana.
Martinho Lutero
 Lutero atacou as indulgências, não como abuso, mas como algo de 
verdade da religião. 
 As teses poderiam ter sido debatidas apenas na academia, pois foram escritas em 
latim e de forma moderada, questionando os poderes papais. 
 Assim que os alemães entenderam o poder deste questionamento, traduziram 
para o alemão e através da imprensa distribuíram por todo o território. 
 O interesse que suscitaram foi geral, súbito e inesperado.
Martinho Lutero
 Por outro lado, a Reforma abriu espaço para a liberdade existencial do indivíduo, 
influenciando mais tarde os ideais do Iluminismo. Lutero, então, abre a discussão 
da liberdade humana.
 Ele recusa qualquer ética definida por forças externas que seriam as “aparências 
romanas” refutáveis. 
 Considerava também uma ilusão que exercícios religiosos e, em particular, a 
severa disciplina monástica, pudessem criar um ser humano moral e perfeito.
Martinho Lutero
 Para Lutero, não é o hábito que faz o monge. Ou seja, não se pode chegar à 
dimensão interior a partir de estímulos exteriores. 
 Porque é na interioridade, pensando de forma radical, que se decide a liberdade e 
a bondade humanas.
 Lutero falava do ser humano de forma diferente do que eles viviam na época, 
dominados e influenciados pela Igreja Romana, considerados um ser insuficiente 
ou em perigo de ser condenado pelo pecado original. 
Martinho Lutero
 Para Lutero “não são os frutos que fazem a boa árvore, mas antes é a boa árvore 
que leva aos bons frutos”.
 Desta forma, Lutero privilegia a perspectiva relacional com Deus e com o mundo.
 Somente a partir desta relação profunda e múltipla, o ser humano pode construir 
certezas espirituais e práticas éticas fundamentais. 
 E não ao contrário, seguindo dogmas externos. 
Martinho Lutero
 Lutero não entendia como Deus poderia ser uma vez um Deus de amor, outra vez, 
um Deus de justiça implacável. 
 Estudando a Bíblia de forma profunda, teve uma outra interpretação do termo 
“Justiça de Deus”, interpretação essa diametralmente oposta à leitura da época. 
 A justiça de Deus não é exigência, mas dádiva. 
 A justiça divina não deveria ser entendida como uma 
sentença judicial que declara o ser humano culpado, 
conforme os seus pecados e conforme a sua 
insuficiência ontológica.
Martinho Lutero
Martinho Lutero
 A justiça de Deus, então, transformaria o ser humano culpado em inocente. 
Deus liberta o ser humano e, apesar de não merecer, o ser humano recebe 
a liberdade incondicionalmente.
 Desta forma, Deus deixou de ser um Ele absoluto e distante, para se tornar um Tu 
próximo, como expressão de que o ser humano justificado tem, dentro de si, a 
possibilidade de toda a vontade e toda a liberdade.
Martinho Lutero
 Lutero, então,afirma que a liberdade de escolha pertencia ao foro exterior, à 
liberdade de agir. 
 Mas, a liberdade, no sentido mais profundo, está situada no foro interior. 
 Dessa forma, ele traz o ser humano espiritual, novo e interior em contraste com o 
ser humano somático, exterior e velho.
 Assim, o esforço ético não se consegue pelo hábito, 
nem pelo treino. 
 A vontade do ser humano não pode ser resultado 
do exercício.
Qual a influência de Lutero no entendimento da liberdade humana?
a) Lutero acredita que o ser humano está subordinado a Deus.
b) Lutero acredita que não existe a liberdade humana.
c) Lutero acredita que a liberdade humana é uma noção apreendida com a prática.
d) Lutero acredita que a liberdade está dentro das pessoas e elas devem buscar 
essa liberdade pela introspecção.
e) Lutero acredita que a liberdade humana pode ser 
adquirida pela intermediação do monge católico.
Interatividade
 O reformador religioso nasceu em 10 de julho de 1509, na cidade de Noyon, na 
região da Picardia, na França. 
 Calvino se converteu ao protestantismo original de Martinho Lutero quando 
estudava direito na Universidade de Orleans.
 Calvino tinha sido enviado à universidade por seu pai, que desejava ver o filho 
enriquecer como advogado. 
 Durante este período de estudos, rompeu com a Igreja 
Católica Romana por volta do ano de 1530.
João Calvino
 Quando as tensões religiosas na França se tornaram violência generalizada contra 
os cristãos protestantes, Calvino fugiu para Basileia, na Suíça, onde, em 1536, 
publicou a primeira edição das Institutas. 
 Originalmente, tratava-se de uma tentativa de organizar as diversas interpretações 
protestantes da Bíblia, em suas diversas versões. 
 Após a primeira tradução e interpretação da Bíblia por Martinho Lutero, surgiram, 
na Europa, outras interpretações.
João Calvino
 Calvino desenvolveu um sistema da teologia cristã, mais tarde conhecido como 
calvinismo, quando a doutrina cristã inclui as ideias de predestinação e da 
soberania absoluta de Deus na salvação da alma humana da morte e da 
condenação eterna. 
 Estas ideias que Calvino desenvolveu estavam fortemente ligadas às primeiras 
tradições cristãs inspiradas por Santo Agostinho. 
 Atualmente, na Igreja Protestante, várias manifestações 
como a Igreja Congregacional, a Reformada e a Igreja 
Presbiteriana veem em Calvino o principal pensador de 
sua crença.
João Calvino
 Em 1536, Calvino foi recrutado pelo francês William Farel para ajudar a reformar a 
igreja em outra cidade suíça, Genebra. 
 Levou para lá suas ideias e tentou transformar sua forma de pensar a religião 
cristã na interpretação hegemônica da cidade. 
 Mas os católicos reagiram aos seus sermões, fazendo o conselho de governo da 
cidade resistir à implementação de suas ideias, até que Farel e Calvino fossem 
expulsos de lá. 
João Calvino
 Calvino encontrou refúgio na cidade francesa de Estrasburgo, onde se tornou 
ministro de uma igreja que recebia franceses perseguidos por sua opção religiosa. 
 Ele continuou a apoiar o movimento de reforma em Genebra e, em 1541, foi 
convidado a voltar para assumir a igreja daquela cidade. 
 É necessário explicar que Calvino foi contemporâneo de Martinho Lutero.
 Naquele tempo, cada cidade assumia uma forma única 
de religião cristã, e aqueles que confessavam credos 
cristãos diferentes eram, muitas vezes, obrigados a se 
mudar de cidade.
João Calvino
 Calvino se opunha a qualquer coisa que considerasse estar contra as Escrituras. 
 Tudo o que ele acreditava que era advindo da palavra de Deus foi incorporado em 
seus escritos, mas ele rejeitou o que não parecia conhecimento teológico ou era 
teologicamente impreciso.
 Lendo as Institutas, parece surgir uma hierarquia de valores que Calvino tenta 
preservar; primeiro a leitura em grego, ou em latim, dos textos dos evangelhos.
As influências do pensamento de Calvino
 Para Calvino, a articulação teológica tinha de ser bíblica, apresentada de forma 
lúcida e clara. 
 Calvino acreditava que era necessário usar palavras que estivessem em 
conformidade com a verdade bíblica e não ofendia os ouvidos piedosos. 
 Quando Calvino avaliava que os escritos da história da teologia soavam bem para 
sua busca de Deus, ele as incorporava. 
 Caso contrário, explicava detalhadamente 
porque discordava delas.
As influências do pensamento de Calvino
 A questão maior é a aceitação da Trindade.
 Toda questão nasce porque, na Bíblia, não aparece escrito em nenhum lugar que 
Deus é composto por três pessoas: Deus pai, Jesus Cristo seu filho, e o Espírito 
Santo. Esta forma de representar Deus é chamada de divina Trindade. 
 A Trindade é necessária para explicar ao cristão a natureza divina de Cristo, e 
também a possibilidade de qualquer ser humano poder se comportar da forma 
correta, inspirado pelo Espírito Santo.
 Se Jesus fosse considerado apenas um ser humano, 
ele seria apenas mais um profeta, como acreditam 
os muçulmanos.
As influências do pensamento de Calvino
 Eventualmente, poder-se-ia acreditar que ele operava milagres e, dessa forma, um 
ser humano milagreiro não seria nem homem, nem Deus. 
 Se isto fosse considerado verdade, não haveria sentido nenhum no 
estabelecimento de uma Igreja de Cristo. 
 Seria apenas mais uma seita judaica.
 Mas, em algumas passagens da Bíblia, podemos interpretar que isto está escrito.
 Temos a ideia do Deus criador de todas as coisas da 
religião judaica, e sabemos que Jesus veio em nome do 
pai, o espírito da boa vontade deveria também vir de 
Deus em sua sabedoria.
As influências do pensamento de Calvino
Qual a influência da noção da Trindade para o Cristianismo?
a) A Trindade afirma que Deus é superior a Jesus, seu profeta.
b) A Trindade permite que o ser humano se inspire nas atitudes de Cristo.
c) Jesus, sendo um ser humano, ele é um profeta que divulga a palavra de Deus.
d) Deus pai, Jesus Cristo seu filho e o Espírito Santo são a mesma pessoa.
e) A Trindade é uma forma de explicar a existência de Deus e Jesus Cristo, 
reforçando como uma religião judaica.
Interatividade
ATÉ A PRÓXIMA!

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