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149 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA Unidade IV 7 BRIEFING Chegou o momento de conhecer o processo de comunicação entre a empresa e seus parceiros no desenvolvimento das ferramentas de comunicação e produção de peças. Todos os participantes do desenvolvimento e da implementação dos programas de comunicação, tanto as pessoas da equipe de marketing da empresa como os seus parceiros (agências, gráficas, produtoras, institutos de pesquisa e outros fornecedores de serviços de marketing e comunicação) devem estar plenamente alinhados, conhecendo em detalhes as razões para o desenvolvimento dos programas, bem como de seus objetivos. Para que isso aconteça, os gestores de marketing elaboram um documento chamado briefing, que é apresentado a todos esses parceiros. Briefing (que significa resumo, em inglês) é o nome que se dá ao documento que contém as informações passadas pelo cliente aos fornecedores de serviços de comunicação e marketing para o desenvolvimento dos programas de comunicação. Esses fornecedores trabalham, portanto, com base no briefing e podem, sempre que necessário, fazer complementos com informações coletadas em pesquisas diversas. “Chama-se briefing às informações preliminares contendo todas as instruções que o cliente fornece à agência para orientar os seus trabalhos” (SANT’ANNA; ROCHA JR.; GARCIA, 2015, p. 106). Observação O propósito de organizar um briefing corretamente é o de assegurar a qualidade da passagem da informação. A elaboração do briefing que, como dissemos, é feita pelo anunciante (cliente) deve obedecer a três diretrizes básicas para que, de fato, seja um documento-base para os trabalhos das agências e demais prestadores de serviços, conforme você verá a seguir: as informações devem ser resumidas (1), porém precisas (2) e completas (3). O briefing deve conter todas as informações necessárias, de forma clara e concisa, para que seja entendido plenamente. Que informações são essas? O briefing contempla informações sobre o produto ou serviço que será objeto da divulgação e sobre a empresa. Portanto, de forma geral, as informações se referem: • ao produto, serviço ou empresa a divulgar; 150 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV • ao público-alvo; • aos objetivos dos planos estratégico, de marketing e de comunicação. É muito importante ressaltar que a forma de passar as informações não deve de forma alguma cercear o trabalho dos profissionais de criação, mas abastecê-los de informações para que seu talento criativo seja usado a favor dos objetivos propostos. Além disso, antes de ser apresentado, o briefing deve ser revisado por quem tenha conhecimento sobre o objeto a ser trabalhado, e aprovado por quem tiver poder para isso. A revisão e a aprovação evitam retrabalho, pois garantem a precisão das informações. Vale ainda dizer que, quanto maior for a campanha – e, neste caso, a amplitude da ação da campanha também será, como geralmente acontece no mercado de consumo –, mais complexo será o trabalho de elaboração de um bom briefing. Já que estamos nos referindo a bom briefing, o que exatamente significa isso? Um bom briefing é elaborado de forma simples e com objetividade, o que nem de longe significa omitir informações. Tanto as omissões de aspectos relevantes como a ênfase em detalhes pouco importantes geram retrabalho, gastos desnecessários e campanhas de baixos resultados. O bom briefing não deve ser longo, porém seu tamanho é proporcional ao volume de informações que nele devem estar contidas. O briefing extenso, com muitos detalhes irrelevantes, desperdiça tempo tanto de quem o elabora como de quem o recebe, e acaba gerando confusões. Portanto, você deve ser seletivo e ter cuidado ao reunir as informações que deverão ser apresentadas no briefing. Observação Procure organizar as informações de maneira lógica, com a sequência que trará mais sentido; a informação deverá propiciar unilateralidade de entendimento. Qualquer duplicidade de conclusões poderá resultar em ruído negativo na comunicação. Muito cuidado com ideias conflitantes. Dogmas também devem ser evitados ao máximo. Essa situação pode ocorrer quando quem elabora o briefing tem ideias preconcebidas sobre como deve ser o desenvolvimento da campanha. Interpretações literais das pesquisas de mercado também podem acabar sugerindo caminhos restritos. 7.1 Roteiro para levantamento e elaboração do briefing Os gestores de marketing elaboram os briefings seguindo um roteiro básico. Muitas agências preparam um formulário básico que ajuda os gestores de marketing a organizarem as informações de forma prática, lembrando que essas informações já existem – elas nasceram no estudo que levou os gestores a desenvolverem os planos de marketing e de comunicação. Veja a seguir quais são as informações que devem constar obrigatoriamente de um briefing: 151 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA • O que está sendo vendido: trata-se da apresentação das características físicas e subjetivas do produto ou serviço, ou seja, as vantagens oferecidas e os diferenciais, bem como eventuais deficiências existentes com relação à oferta da concorrência. • Quais as verdadeiras razões para o consumo do produto: esta informação é conhecida por reason why, que significa a razão, o motivo, o porquê do consumo. Aqui você vai descrever como e por que a necessidade ou o desejo do consumidor será satisfeito. • O estágio do ciclo de vida do produto ou do serviço, bem como o comportamento das vendas: a identificação do estágio do ciclo de vida do produto ou serviço e o detalhamento de como andam as vendas, incluindo o tipo de demanda, direcionam algumas decisões sobre o composto de comunicação, como a frequência da mídia: — Sabemos que produtos ou serviços em estágio de introdução requerem um mix de comunicação informativo e, em geral, muita frequência da comunicação. Afinal o público se encontra no estágio de desconhecimento sobre a oferta ou está começando a ouvir falar dela. — Já os produtos ou serviços no estágio de crescimento, que é quando as vendas começam a crescer, começam a receber melhorias e a apresentar novas versões; devem ter um composto de comunicação mais persuasivo, quando os atributos deverão ser enfatizados. A frequência da comunicação ainda é de certa forma intensa, mas já pode ser menor que na fase de introdução. Nessa fase, espera-se que o consumidor já tenha ouvido falar na oferta e procura-se gerar preferência no público-alvo. — Se o seu produto ou serviço estiver na fase de maturidade, o composto promocional deverá ser de lembrança. O objetivo nesse caso é manter presente a marca na mente do consumidor, e a frequência da comunicação já é bem menos intensa. Observação Você deve estar percebendo que já utilizamos vários dos assuntos aprendidos neste livro-texto, bem como em outras disciplinas. • Para quem está sendo vendido: as agências de comunicação precisam entender quem são os compradores, os decisores da compra e os usuários da oferta. Caso contrário, tanto a elaboração da mensagem como a veiculação ficarão fortemente comprometidas. Quando falamos em elaboração da mensagem e veiculação não estamos nos restringindo à ação da propaganda. Essa recomendação vale para os eventos, para as notícias, para o marketing direto. Aqui é importante separar o público em dois grandes segmentos: o B2C e o B2B: — No caso de produtos ou serviços para venda no mercado B2C – os consumidores finais –, é necessário esclarecer: 152 Re vi sã o: A na F. -D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV – quem é o consumidor, considerando as diversas bases de segmentação: demográfica, geográfica, psicográfica e comportamental; – quem decide a compra; – quem faz a compra; – quando será vendido/quando estará disponível no mercado; – onde é vendido (como é a distribuição) – tipos de canais, incluindo os tradicionais e os alternativos; – programação da distribuição; – frequência de compra; – quanto é vendido em função de hora, estação, ocasiões especiais etc.; – se é possível aumentar/alterar as ocasiões de venda (modificar a demanda); – preço; – preço sugerido para venda; – estratégia de preço praticada; – preço praticado pela concorrência; – formas de pagamento; – pontos fortes e fracos – resultado da análise SWOT; – modificações nas tendências do mercado. Lembrete A segmentação pode ser demográfica (características da população: idade, sexo, rendimentos, ocupação, etnia etc.), geográfica (localização por região, país, bairro, além de critérios como clima e densidade populacional), psicográfica (estilo de vida, atividades, interesses, opiniões, valores, princípios e personalidade) e comportamental (hábitos de consumo, conhecimento sobre o produto, comportamento em relação à compra – ocasião, benefício, status, índice de utilização, fidelidade). 153 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA — No caso de produtos ou serviços para vendas corporativas (mercado B2B), veja quais são as informações necessárias: – tipo de empresa (segmento: indústria alimentícia, automobilística, prestadores de serviço etc.); – localização geográfica; – qual a utilização do produto ou serviço na empresa – se é parte do conjunto de matérias- primas, insumos etc.; – quem decide a compra; – quem faz a compra; – quem usa o produto/serviço dentro da empresa: área de produção, administrativa etc. – onde é vendido (como é a distribuição) – tipos de canais, incluindo os tradicionais e os alternativos; – programação da distribuição; – quando será vendido/quando estará disponível no mercado; – frequência de compra; – quanto é vendido em função de estação, ocasiões especiais etc.; – se é possível aumentar/alterar as ocasiões de venda (modificar a demanda); – preço; – preço sugerido para venda; – estratégia de preço praticada; – preço praticado pela concorrência; – formas de pagamento; – pontos fortes e fracos – resultado da análise SWOT; – modificações nas tendências do mercado; – quais ferramentas de comunicação poderão ser usadas e por quê: propaganda, relações públicas, promoção de vendas, marketing direto, vendas pessoais. 154 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV Nesse momento é importante lembrar a integração das ferramentas (comunicação integrada de marketing), o que significa atentar para a manutenção da unidade da mensagem, bem como para a coerência das ações e para a elaboração de um cronograma lógico. 8 ÉTICA E REGULAMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DE COMUNICAÇÃO DE MARKETING Ética em negócios ou padrão de conduta no meio empresarial é tema de discussão há décadas. São provas disso a criação de códigos de ética para cada uma das indústrias que formam o mercado. Também foram criados códigos e normas para prática das ferramentas de comunicação, e instituídas entidades com o objetivo de promover boas práticas. A sociedade moderna vem forçando as empresas a conduzir seus negócios de forma ética e pressionando-as a estabelecer novas normas de conduta. a empresa ética e socialmente responsável possui a capacidade de ouvir os interesses de diferentes partes, quais sejam: acionistas; funcionários, fornecedores e intermediários (parceiros); pessoas – grupos sociais – sociedade (consumidores e clientes); formadores de opinião; governo (políticos); associações e sindicatos de classe; veículos de comunicação; igrejas e instituições de ensino, e consegue incorporá-las no planejamento de suas atividades, buscando atender as demandas de todos, e não apenas dos acionistas e proprietários (PINHEIRO; GULLO, 2009, p. 79). Assim, é necessário que as empresas desenvolvam políticas de marketing e de comunicação que sejam fundamentadas em compromisso ético, o que se traduz na produção de campanhas de comunicação de produtos e serviços de conteúdo claro, preciso, cujas informações sejam verdadeiras e venham com o detalhamento necessário. Saiba mais Em nosso país, a preocupação com a ética e questões legais no que diz respeito à comunicação se estabeleceu com a promulgação da Lei nº 4.680/1965. Para entender os preceitos éticos determinados por essa lei, leia: PINHEIRO, D.; GULLO, J. Comunicação integrada de marketing: gestão dos elementos de comunicação; suporte às estratégias de marketing e de negócios da empresa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 79. O marketing talvez seja uma das atividades empresariais que mais suscitam críticas e questionamentos de natureza ética e moral, uma vez que lida com as relações entre empresa e cliente. A comunicação de marketing segue nesse caminho, e não é casual a existência de diversos 155 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA códigos de ética que orientam as empresas e os seus fornecedores de serviços de comunicação de marketing. Vamos abordar a questão ética de cada uma das ferramentas de comunicação estudadas nesta disciplina e conhecer os principais órgãos reguladores das atividades de comunicação de marketing. 8.1 Comunicação socialmente responsável Os profissionais da área de marketing e de comunicação das empresas, bem como aqueles que trabalham em constante troca de informações com o mercado, como vendedores, pessoal de suporte ao cliente, fornecedores intermediários e canais de distribuição, precisam pautar todas as suas ações por princípios éticos. Nesse sentido, toda a comunicação deve ser realizada de forma transparente e verdadeira. Mas você há de convir que o conceito de ética traz em si certa subjetividade, e todos os que de alguma forma se comunicam com o mercado devem, portanto, compartilhar de um mesmo norte para direcionar a forma de trocar mensagens com seus contatos. Em razão dessa necessidade, existem instituições independentes, oriundas da sociedade civil, organizadas por pessoas comuns, profissionais da área de comunicação e anunciantes, para colaborar com o estabelecimento de uma comunicação de marketing ética. Pinheiro e Gullo (2009) explicam que a ética na comunicação está atrelada às normas apresentadas no Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), que trata do assunto chamando de ilícita a comunicação emitida pelas empresas que possa ser considerada enganosa ou abusiva. A comunicação é considerada enganosa quando apresenta informação ou comunicação de caráter publicitário cujo teor seja total ou parcialmente falso, ou ainda que induza o consumidor a erro em relação a natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros atributos dos produtos e serviços. Os autores lembram que o uso exagerado de adjetivos para descrever produtos e serviços é uma forma aceita, do ponto de vista legal, nas peças publicitárias, que podem conter opiniões subjetivas ou afirmações superlativas, como “o melhor produto do mercado”; ou ainda podem fazer promessas de forma figurada que não possam obviamente ser cumpridas, como no caso do slogan do refrigerante Pepsi – “Pepsi, o sabor da nova geração” –, como se o produto pudesse rejuvenescero usuário. Outra prática aceita é o uso de recursos que enriquecem a aparência de maquetes e mock-ups em fotografias e filmes, tornando os produtos representados mais bonitos e desejáveis. Para resolver dúvidas relativas a esses tipos de mensagem são usados critérios como: • Verificar a existência de afirmação, omissão ou prática que possam induzir facilmente o consumidor ao erro. • Avaliar o nível de possibilidade de engano pela perspectiva do público-alvo padrão. 156 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV • Verificar a materialidade prática (relevância da informação ou da omissão no conteúdo). Um exemplo é uma ação promocional que vende certo produto com desconto, porém sem a informação sobre qual forma de pagamento é válida para que o cliente possa fazer a compra com preço menor. Comunicação abusiva é aquela com fins publicitários que discrimina qualquer natureza, incita à violência, explora o medo ou a superstição, se aproveita da deficiência de julgamento e de experiência da criança, desrespeita valores ambientais ou induz o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. Podemos concluir que comunicação ilícita é toda aquela cujo conteúdo agride valores essenciais da sociedade. Há ainda mais um tipo de comunicação considerada ilícita que é chamada de comunicação simulada. Trata-se de uma mensagem que não tem seu caráter publicitário ou comercial explícito e faz o destinatário considerá-la uma comunicação de cunho jornalístico, pelo fato de parecer uma notícia, aparentemente de postura imparcial, como uma reportagem ou até mesmo um artigo científico. As sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor a serem aplicadas às empresas que infringem as normas de comunicação variam de acordo com o tipo e a gravidade da infração: multa, cassação do registro do produto junto ao órgão competente, apreensão de produtos e interdição total ou parcial do estabelecimento. Mais adiante vamos estudar especificamente os pontos nevrálgicos de cada uma das ferramentas de comunicação abordadas. Saiba mais Antes de continuar, é interessante que você leia sobre a responsabilidade social nas ações de marketing e comunicação das empresas, de Nemércio Noguiero, texto publicado pelo Sinprop em 2003, mas que permanece atualíssimo: NOGUIERO, N. Responsabilidade social é marketing? Sindicato dos Profissionais Liberais de Relações Públicas no Estado de São Paulo (Sinprop), 30 out. 2003. Disponível em: <http://www.sinprorp.org.br/ clipping/2004/380.htm>. Acesso em: 25 maio 2017. 8.2 Ética em propaganda Devem ser constantes os esforços das empresas para que propagandas com mensagens enganosas não sejam veiculadas. Afirmações falsas sobre o desempenho ou sobre a constituição dos produtos afetam diretamente a imagem da empresa, podendo abalar fortemente seu grau de confiabilidade no mercado. 157 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA Alguns anunciantes, na tentativa de chamar a atenção dos consumidores para a sua marca, exageram na forma de apresentar os atributos do produto ou serviço e acabam sendo tachados de enganadores, colocando a perder todo o esforço dedicado ao mix de marketing. Vale lembrar que a preocupação com a ética na propaganda se estende a ações realizadas em conjunto com os intermediários e com toda a rede de distribuição. Mas os profissionais precisam ir além disso. A propaganda visa persuadir o consumidor, e há uma gama de produtos que requerem cuidado na conquista do mercado. Sant’Anna, Rocha Jr. e Garcia (2015) nos lembram que a discussão sobre os efeitos da mídia na sociedade está longe de ser encerrada. Leve em conta, por exemplo, os esforços de comunicação para produtos como cigarro e bebidas alcoólicas. Por esse motivo e tantas outras questões a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), cuja forma de atuação será descrita a seguir, publicou em 2011 os Indicadores de Sustentabilidade para a Indústria da Comunicação, e a Associação dos Profissionais de Propaganda (APP) instituiu o Código de Ética dos Profissionais de Propaganda em 2014. Então, quando você, futuro gestor, estiver trabalhando na mensagem da sua empresa, tenha em mente que há princípios a serem seguidos para, assim, construir e manter uma imagem de marca de valor. Saiba mais Veja o papel da propaganda na construção de uma marca sustentável no artigo: DUAILIB, R. A propaganda constrói marcas e prepara o futuro. Folha de S. Paulo, São Paulo, 29 out. 2008. Disponível em: <http://m.folha.uol.com.br/mercado/2008/10/461555-artigo-a- propaganda-constroi-marcas-e-prepara-o-futuro.shtml>. Acesso em: 25 maio 2017. Leis de relevância para a prática de propaganda: • Direitos autorais – Lei n° 9.610, de fevereiro de 1998: regula os direitos do autor; abrange obras literárias e audiovisuais, composições musicais, fotografias, ilustrações, desenhos e programa de computador. • Propriedade industrial, marcas e patentes – Lei n° 9.279, de 14 de maio de 1996: regula direitos e obrigações relativas à propriedade industrial; abrange descobertas e teorias científicas, esquemas, métodos administrativos e publicitários, obras literárias e arquitetônicas, programas de computador etc. 158 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV • Restrições publicitárias: regidas pela Lei n° 9.294, de 15 de julho de 1996, que se refere às restrições ao uso da propaganda em produtos como fumo, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas. 8.3 Transparência em promoção de vendas A legislação voltada para a prática da promoção de vendas dispõe a respeito da distribuição gratuita de prêmios por meio de sorteio, vale-brinde, concurso ou operações semelhantes. Criada com o objetivo de proteger o consumidor, a legislação promocional engloba uma série de exigências que levam à comprovação da idoneidade da ação, representada pela igual possibilidade de todos os concorrentes ganharem o prêmio prometido. Observação Com relação à promoção de vendas, produtos ofertados com desconto ou gratuitamente precisam estar dentro do prazo de validade, bem como sorteios e concursos devem obedecer fielmente ao regulamento divulgado previamente ao público. O processo de sorteio de prêmios, distribuição gratuita de brindes, concursos e outras atividades semelhantes exige que a empresa, no papel do gestor de marketing, observe rigorosamente as normas específicas. O processo promocional deve ser desenvolvido de acordo com o que é determinado no Código de Defesa do Consumidor. As promoções de vendas que envolvem sorteios de prêmios, distribuição gratuita de brindes ou vales-brindes e concursos, entre outras ações similares, devem ser legalizadas na Caixa Econômica Federal, no Ministério da Fazenda ou, quando a empresa promotora for uma instituição financeira, na Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda. Essas instituições são responsáveis pela análise e fiscalização da mecânica da promoção de vendas e pela expedição do certificado de autorização. Para a legalização do processo são exigidos documentos diversos, como regulamento, plano de operação da promoção, modelo de peças de divulgação, além de recolhimento de taxas e prestação de contas ao final da ação. Há diversos decretos e leis que contemplam as ações promocionais, como a Lei nº 5.768/1971, que se refere à distribuição gratuita de prêmios, mediante sorteio, vale-brinde ou concurso, a título de propaganda, e visa à proteção da poupança popular, regulamentada pelo Decreto nº 70.951/1972e pela Portaria MF nº 41/2008. As ações promocionais não legalizadas pela entidade competente implicam a ocorrência de infrações e ilegalidades sujeitas a penalidade, que podem ser denunciadas por qualquer pessoa. 159 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA 8.4 Legitimidade em relações públicas A prática das relações públicas, por sua natureza, costuma gerar um forte debate a respeito de ética, uma vez que se relaciona diretamente com estratégias que visam ao relacionamento entre a empresa e os stakeholders da organização, à construção de consensos entre os seus públicos prioritários e à apresentação do posicionamento de responsabilidade social corporativa. As ações de relações públicas, por envolverem o gerenciamento da comunicação corporativa e as estratégias de lobby, acabam por ser um importante instrumento influenciador da própria sociedade. É por esse motivo que a atividade é regida por um código de ética definido pelo Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (CONFERP, 2001). O código orienta os profissionais e as empresas e abrange práticas de responsabilidade geral, bem como relações com o empregador, com o cliente, com os colegas e com a justiça. Na prática, o gestor de comunicação precisa estar atento ao conteúdo das mensagens que são disseminadas em nome da empresa. Notícias sobre a organização devem ser verdadeiras, atuais e relevantes. Dados falsos colocam a perder todo o esforço de relacionamento desenvolvido com os diversos públicos de interesse. 8.5 Vendas pessoais e transparência As empresas que realizam suas vendas diretamente aos seus consumidores finais, dispensando a atuação de intermediários para tal finalidade, devem estar bastante atentas não só ao desempenho de seus vendedores, mas também a sua forma de atuação. A venda pessoal ou de porta em porta deve obedecer às regras de competição justas, e tudo o que for dito sobre os produtos por esses vendedores deve estar de acordo com o explicitamente apresentado na propaganda. A legislação que orienta as vendas realizadas no domicílio do consumidor é bastante específica e resguarda muito bem os direitos do comprador. Ela prevê que o consumidor, ao ser abordado em sua residência, está mais vulnerável às técnicas de vendas. As vendas pessoais também ocorrem entre empresas. Nessas comercializações, a lisura deve ser uma prática básica, não sendo permitida nenhuma ação que venha a beneficiar alguns em detrimento de outros. Os subornos como meio para agilizar as vendas também são um tipo de comportamento inaceitável. 8.6 Respeito à privacidade do consumidor no marketing direto A abordagem do marketing direto implica um contato direto entre empresa e consumidor, realizado com base em dados cadastrais do cliente, que foram colhidos em situações anteriores. Por se tratar de informações importantes, como endereço, números de telefone, atuação profissional e, muitas vezes, até referências comerciais, é imprescindível que o banco de dados seja seguro e que as pessoas que o manipulam entendam a necessidade de sigilo das informações. 160 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV Muitos consumidores evitam preencher qualquer tipo de cadastro que requeira a inserção de seus dados pessoais, em virtude do redirecionamento indevido a diversas empresas. As queixas são as mais diversas e vão desde o recebimento de e-mail marketing até a emissão de cartões de crédito e faturas de serviços a serem contratados sem a devida solicitação. A empresa deve garantir que os dados dos clientes sejam preservados e que as premissas legais e éticas de sua manipulação sejam estendidas a todos os seus empregados. Saiba mais O capítulo “As novas realidades do marketing”, do livro Marketing Essencial: Conceitos, Estratégias e Casos, auxilia no entendimento da postura ética, socialmente responsável, obrigatória neste século. Leia: KOTLER, P. As novas realidades do marketing. In: ___. Marketing essencial: conceitos, estratégias e casos. 2. ed. São Paulo: Pearson Brasil, 2004. 8.7 Órgãos reguladores das atividades de comunicação de marketing Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) Fundada em 1959, a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) foi criada para representar, defender interesses comuns e contribuir para a contínua evolução e profissionalização das empresas anunciantes, seus associados, que constituem aproximadamente 70% dos investimentos em propaganda no país. A ABA defende e orienta os interesses dos anunciantes brasileiros, atua para a valorização do marketing e da comunicação como ativo competitivo nos negócios e contribui com a excelência de empresas e profissionais, por meio da formação e capacitação nas melhores práticas e tendências nacionais e internacionais. A entidade, que é sem fins lucrativos, participou da fundação e faz parte do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e do Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp). Também é responsável por promover e incentivar o relacionamento entre anunciantes, empresas e profissionais de comunicação e marketing no Brasil, facilitando o intercâmbio de conhecimento e ideias. Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) A Abap existe desde 1949 e é a maior organização do setor na América Latina. Seu objetivo é a defesa e a divulgação dos interesses de agências brasileiras associadas à indústria de comunicação. 161 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA Como representante das agências de publicidade, estabelece e promove padrões éticos que orientam a atuação de suas associadas. O cumprimento desses padrões por parte das agências é requisito determinante para a associação à Abap. Para apoiar as agências de comunicação associadas a desenvolverem um trabalho de qualidade e ético, colaborou com a criação de órgãos como o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), o Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp), o Instituto Verificador de Circulação (IVC), o Fórum Permanente da Indústria da Comunicação (Forcom), o Fórum de Produção Publicitária e o Fórum do Audiovisual e do Cinema (FAC). Outra importante realização da Abap foi o incentivo à criação da Lei nº 4.680/65 (Lei da Propaganda), que dispõe sobre o exercício da profissão de publicitário e de agenciador de propaganda, e à aprovação da Lei nº 12.232/2010, que regulamenta os critérios para licitações públicas. Associação Brasileira de Marketing Direto (Abemd) A Associação Brasileira de Marketing Direto (Abemd) tem entre seus objetivos o desenvolvimento e o aprimoramento das técnicas e atividades de marketing direto em nosso país, defendendo interesses e disseminando princípios teóricos e aplicações práticas. Entre outras ações, a Abemd promove a formação e o aperfeiçoamento técnico-profissional em marketing direto, pelo intercâmbio de ideias, conhecimentos e experiências entre seus associados, e divulga informações e conhecimentos, mediante incentivo à publicação, ou publicando obras de caráter técnico-informativo. Cabe ainda à entidade zelar pelo cumprimento do Código de Autorregulamentação do Marketing Direto, a fim de garantir a boa imagem do marketing direto no mercado, favorecendo a aceitação de suas técnicas de venda e de comunicação pelas empresas e pelos consumidores; defender os interesses de seus associados junto à opinião pública, ao Congresso e aos órgãos governamentais relacionados à atividade de marketing direto; manter seus associados informados em primeira mão sobre os acontecimentos importantes para o marketing direto,nos aspectos técnico, operacional e político, entre outras atribuições. Associação Brasileira de Propaganda (ABP) Criada em 1937 por publicitários e jornalistas, a Associação Brasileira de Propaganda (ABP) é uma instituição de caráter civil, sem fins lucrativos, e é também a mais antiga entidade do setor no Brasil. Constituída e integrada por profissionais de propaganda, pessoas físicas e jurídicas, direta ou indiretamente ligados a essa atividade, a ABP tem entre seus objetivos o desenvolvimento e o enobrecimento da propaganda; o incentivo ao desenvolvimento das técnicas de propaganda; e a defesa dos interesses daqueles que trabalham nessa profissão. 162 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV Para o alcance desses objetivos, a entidade: • Reúne pessoas físicas e jurídicas, atuantes no segmento da propaganda, tendo em vista o aperfeiçoamento dos profissionais e a qualificação das empresas, com o intuito de valorizar a atividade em nosso país, preservando como fundamental a possibilidade de livre circulação de ideias, bens e serviços, base de existência dos Estados e sociedades democráticos. • Defende os interesses da atividade publicitária. • Promove a atualização e o aperfeiçoamento dos profissionais da propaganda por meio do intercâmbio de ideias, experiências e conhecimentos, tanto do setor de propaganda e marketing como de outras áreas do conhecimento humano, por meio de encontros, cursos, seminários, conferências, congressos, exposições, festivais e concursos, bem como pela organização de bibliotecas e editoração de livros e demais veículos de comunicação, impressos e/ou eletrônicos. • Atua junto aos poderes públicos, às entidades profissionais e de classe e à sociedade em geral para valorizar a atividade publicitária. • Zela pela preservação dos preceitos éticos na propaganda, ao defender os valores culturais brasileiros. Associação de Marketing Promocional (Ampro) Criada em 1993, a Associação de Marketing Promocional (Ampro) é uma entidade voltada para o desenvolvimento e o aprimoramento da teoria e da prática do marketing promocional. O objetivo da Ampro é reunir e representar os segmentos de marketing promocional (empresas de marketing promocional, fornecedores de produtos e de serviços promocionais, veículos de comunicação, empresas/clientes e profissionais) por meio do cumprimento da legislação vigente, da representação de seus associados perante as esferas governamentais e da mediação de questões polêmicas do setor. Entre as principais conquistas da Ampro estão a definição do Código de Ética do Marketing Promocional, a criação do Cadastro de Ideias Promocionais e o estabelecimento da Tabela de Preços Referencial. Saiba mais O Código de Ética do Marketing Promocional pode ser acessado pelo site da instituição. É importante consultá-lo antes de planejar qualquer ação promocional: ASSOCIAÇÃO DE MARKETING PROMOCIONAL (AMPRO). Código de ética do marketing promocional. São Paulo, [s.d.]. Disponível em: <http://www.ampro. com.br/admin/Files/PDF/codigo_de_etica.pdf>. Acesso em: 28 jun. 2017. 163 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA Associação dos Profissionais de Propaganda (APP) Uma das mais antigas associações de publicitários da América do Sul, fundada em 1937, a Associação dos Profissionais de Propaganda (APP) tem como objetivo a promoção e a defesa dos interesses profissionais da atividade da propaganda, dos profissionais do setor e de outros profissionais que de alguma forma estejam ligados à propaganda. A entidade participa ativamente do desenvolvimento socioeconômico e profissional do país, principalmente no que tange ao crescimento e à contínua modernização das atividades produtivas, comerciais e de serviços. Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp) Existe desde 1998 e foi criado pelo próprio mercado publicitário para zelar pela observância das Normas-Padrão da Atividade Publicitária, que é o documento que define as condutas e regras das melhores práticas éticas e comerciais entre os principais agentes da publicidade brasileira. A instituição do Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp) foi importante na medida em que disponibilizou uma regulamentação ética para as relações comerciais. A entidade tem como objetivo defender o modelo brasileiro da indústria da propaganda, estimulando a adoção de boas práticas comerciais, com vistas a uma melhor e mais adequada prestação de serviços. Entre as suas competências, destacam-se a função de avaliar e propor alterações necessárias às normas-padrão da atividade de comunicação, outorgar às agências de comunicação o Certificado de Qualificação Técnica, bem como certificar os institutos de pesquisa e seus serviços de acordo com as normas-padrão. O Cenp é composto por um comitê executivo, que é encarregado de sua direção, e por um comitê ético, que é responsável por diversas atividades, como realizar conciliações, dirimir dúvidas, julgar infrações à legislação e às normas-padrão e recomendar a imposição de penalidades previstas em lei e de sanções éticas previstas em seu estatuto. As Normas-Padrão da Atividade Publicitária são dirigidas às agências brasileiras de publicidade e aos institutos de pesquisa de mercado. Agências e institutos que comprovadamente seguirem as normas relacionadas à prestação de serviços e estrutura podem ser certificados pelo Cenp, o que representa ter qualificação técnica e de excelência na conduta ético-comercial pautada pelas melhores práticas. A vantagem da certificação para as agências é a possibilidade de realizar negócios com mais velocidade e segurança e ainda ter o respeito do mercado. Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) Organização não governamental fundada em 1980, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) tem por objetivo promover a liberdade de expressão publicitária e defender as 164 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV prerrogativas constitucionais da propaganda comercial. Sua atuação se dá pelo controle da ética nas peças publicitárias (anúncios). A entidade é formada por publicitários e profissionais de diversas outras áreas e tem como missão atender denúncias feitas por consumidores, autoridades, associados ou mesmo pelos integrantes da própria diretoria. O conselho de ética da entidade tem a função de julgar as denúncias, trabalhando com total e plena garantia do direito de defesa dos responsáveis pelo anúncio e tendo como base o Código de Autorregulamentação Publicitária. Esse código estabelece parâmetros que norteiam a criação de qualquer peça publicitária; é composto por cinquenta artigos e vinte anexos e apresenta normas específicas para diversas categorias de produtos, como alimentos, bebidas alcoólicas, derivados de fumo, farmacêuticos, veículos motorizados, armas e munições, investimentos e empréstimos em geral. O Conar não exerce censura prévia sobre peças publicitárias; apenas julga os anúncios que estão sendo veiculados ou que foram veiculados, desde que acionado por algum representante da sociedade civil (consumidor, empresa anunciante, agência de propaganda etc.). Em caso de litígios envolvendo questões relacionadas à propaganda, o Conar atua por meio do seu conselho de ética, formado por profissionais da área de comunicação e representantes de consumidores e de empresas. As sanções possíveis são: advertência, recomendação de alteração ou correção da peça ou sustação da sua veiculação. Saiba mais Para entender melhor o Código de Autorregulamentação Publicitária, acesse: CONSELHONACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA (CONAR). Código de autorregulamentação publicitária. Disponível em: <http://www.conar.org.br/codigo/codigo.php>. Acesso em: 28 jun. 2017. Instituto Verificador de Circulação (IVC) Órgão responsável por auditar a circulação dos principais jornais e revistas editados no Brasil, bem como o tráfego de websites brasileiros, o Instituto Verificador de Circulação (IVC) possui dados relevantes para a mídia especializada em comunicação. Criado em 1961, como um departamento da ABP, o IVC só em 1962 começou a funcionar tecnicamente como entidade sem capital nem fins lucrativos, com os objetivos de divulgar informações 165 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA sobre dados de circulação fornecidos pelas publicações e verificar a circulação líquida dos veículos por meio de auditoria. O resultado dessas verificações é publicado em relatórios para uso exclusivo das empresas associados ao IVC. 8.7.1 Cases de ética em comunicação Os cases a seguir são de julgamentos realizados pelo Conar nos últimos anos. As possibilidades de resultado desses julgamentos foram: • Arquivamento: o caso se encerra sem nenhuma consequência. • Advertência: a empresa denunciada sofre uma advertência e o mercado fica sabendo da situação, mas não há outras consequências. • Alteração: a empresa denunciada deve alterar a peça publicitária nos termos definidos no julgamento. • Sustação: a empresa denunciada deve interromper a veiculação da peça publicitária julgada. Sorvete de Cerveja Skol – Advertido pelo Conar Em 2013 a Skol lançou um sorvete sabor cerveja cuja divulgação ocorreu no Facebook e no site da empresa. O Conar, diante de denúncias de consumidores alegando que o produto teria grande poder de atração sobre menores de idade, analisou o caso e decidiu advertir a empresa, uma vez que: • A imagem utilizada nos anúncios continha um pote de sorvete amarelo cuja tampa imitava a parte superior de uma lata de cerveja, o que poderia confundir os jovens. • Não havia processos de acesso seletivo para evitar o acesso ao conteúdo publicitário por menores de 18 anos, o que contrariava as regras éticas do Conar quanto a cuidados especiais na publicidade de bebidas alcóolicas. No relatório do Conar, argumentava-se que, mesmo não tendo ficado explícito um dano objetivo à ética publicitária na propaganda, ficou faltando um processo de controle em relação à possibilidade de exposição a menores de idade. Resultado após a decisão: a Skol passou a fazer lançamentos sazonais do produto, restringindo a distribuição a bares com clientela de alto poder aquisitivo, com comunicação somente no ponto de venda, atendendo assim à demanda de controlar tanto o acesso quanto a exposição publicitária a menores de idade. 166 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV Ruffles sabor feijoada – Arquivado pelo Conar Em 2016, a PepsiCo Brasil, proprietária da Ruffles, criou o concurso “Faça-me um sabor Ruffles”, em que os consumidores do produto podiam desenvolver ideias de novos sabores para o salgadinho. Pelas regras do concurso, a empresa selecionaria as três melhores e as produziria em lotes limitados para que o público em geral votasse na preferida. Os três sabores selecionados foram: Burritatas, baseado nas burratas mexicanas, que faziam sucesso entre os jovens; Calabreonda, com sabor calabresa, limão e cebola; e Feijuuuca, com sabor de feijoada. Os lotes do produto produzidos especialmente foram distribuídos, e o público elegeu o Calabreonda. O problema ocorreu quando consumidores registraram queixas no Conar acusando a marca de práticas racistas, uma vez que a embalagem de Feijuuuca continha um modelo de etnia afro-brasileira. Na defesa apresentada ao Conar, a PepsiCo mostrou que o modelo que aparece na embalagem era Reinaldo C. de Moraes, o criador do sabor feijoada, e que as regras do concurso estipulavam o direito do autor a aparecer na embalagem. O Conar arquivou a denúncia por decisão unânime. SBP Reckitt Benckiser – Alterado pelo Conar Em 2017, um consumidor denunciou a Reckitt Benckiser, fabricante do inseticida SBP, porque um comercial do produto mostrava a cena de uma criança entrando dentro de uma caixa plástica representando a segurança contra mosquitos. A denúncia envolvia a situação de risco para crianças assistindo ao comercial e o imitando. Reckitt Benckiser e a agência de propaganda Havas argumentaram na defesa que o comercial adotava um tom cômico simulando a proteção do inseticida e que não era situação de risco. Além disso, argumentaram que a veiculação do comercial ocorreu em intervalos de programas destinados a público adulto. O Conar não aceitou os argumentos e propôs a alteração do filme excluindo a cena denunciada. Resultado após a decisão: a agência acatou a decisão e reeditou o filme publicitário, removendo a cena denunciada. Leite de Magnésia Phillips/Blog de Mãe para Mãe – Sustado e advertido pelo Conar Em 2017, consumidoras denunciaram a Aspen Pharma, fabricante do Leite de Magnésia Phillips, e a blogueira Mirela Acioly, do blog de Mãe para Mãe, pois um vídeo do produto apresentado no blog poderia confundir as mães que assistissem. O vídeo enaltecia as vantagens terapêuticas do produto aplicado em crianças, mas sem embasamento técnico. Além disso, o próprio blog continha muitas postagens só elogiando o produto, como se fosse milagroso. 167 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA A empresa Aspen Pharma se defendeu afirmando que o vídeo questionado era de produção da blogueira e que não era peça publicitária de sua responsabilidade, e a blogueira não se manifestou em sua defesa. O Conar deu razão à denúncia e decidiu-se pela sustação do vídeo no blog, bem como por uma advertência para a empresa e para a blogueira. Vale a pena ler o despacho do relator (disponível em www.conar.org.br > Decisões > Casos): Este relator entende que cabe ao titular da marca o zelo por sua imagem e a responsabilidade de cuidar pelo seu uso adequado em todas as circunstâncias. Assim, a sugestão ao anunciante é que tome todas as medidas cabíveis sempre que se verificar o uso indevido de sua marca por terceiros, especialmente quando se trata de medicamento (CONAR, 2017). Resultado após a decisão: o vídeo continuou sendo veiculado, bem como o blog continuou a divulgar maravilhas sobre o produto. A empresa divulgou nota para o mercado de que não tem controle sobre postagens de terceiros. Esse é um caso em que a decisão não foi acatada e a blogueira, por não fazer parte do grupo de profissionais e empresas que formam o Conar, deu-se ao luxo de ignorar a decisão. Luxens Leroy Merlin – Sustado pelo Conar Em 2017 a rede de lojas de material de construção Leroy Merlin foi denunciada por um fabricante de tintas porque um cartaz de ponto de venda denegria seu produto. A Leroy Merlin tem uma marca própria de tinta chamada Luxens, e uma das lojas colocou um cartaz (material de ponto de venda) na seção de tintas comparando a marca Luxens com a marca Kolor, que era a marca própria de um varejo concorrente chamado Construdecor. Deu a entender que a tinta da Leroy Merlin era melhor que a tinta do concorrente Construdecor. O cartaz mostrava uma comparação entre as duas tintas utilizando vários critérios: rendimento, respingos, superfícies onde pode ser aplicada e outros, e mostrava que a marca Luxens era superior à marca Kolor. A denúncia da Construdecor se fundamentou no conceito de propaganda comparativa antiética, uma vez que não havia comprovação dessasvantagens. Na defesa feita pela Leroy Merlin, o argumento utilizado foi o rótulo dos produtos, mas isso não foi suficiente. A decisão foi de sustação da comunicação. Resultado após a decisão: a Leroy Merlin removeu o cartaz da discórdia (na verdade, já havia removido antes do fim do processo). 168 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV Resumo Vimos nesta unidade que o briefing (que significa resumo, em inglês) é o nome do documento contendo as informações que são passadas pelo cliente aos fornecedores de serviços de comunicação e marketing para o desenvolvimento dos programas de comunicação. Esses fornecedores trabalham, portanto, guiados pelo briefing e podem, sempre que necessário, fazer complementos com informações coletadas em pesquisas diversas. As informações contidas no briefing abrangem o produto, serviço ou empresa a divulgar, o público-alvo e os objetivos dos planos estratégico, de marketing e de comunicação. Vimos ainda que um bom briefing é curto, completo e segue um roteiro básico que contempla o que está sendo vendido, as verdadeiras razões para o consumo do produto e o estágio do ciclo de vida do produto ou do serviço, bem como o comportamento das vendas e para quem o produto está sendo vendido. Os profissionais da área de marketing e de comunicação e todos aqueles que orbitam nessa atividade devem nortear suas ações por princípios éticos. Nesse sentido, toda a comunicação deve ser realizada de forma transparente e verdadeira. Para amparar esse conceito, instituições independentes, organizadas por pessoas comuns e profissionais da área de comunicação e anunciantes, existem para apoiar a prática de uma comunicação de marketing ética. Os esforços das empresas com relação à propaganda dizem respeito à elaboração de mensagens que não sejam enganosas, sem afirmações falsas sobre o desempenho ou a constituição dos produtos. Da mesma forma, as ações de promoção de vendas e as relações públicas são regidas por normas éticas; notícias sobre a empresa devem ser verdadeiras, atuais e relevantes; produtos ofertados com desconto ou gratuitamente precisam estar dentro do prazo de validade; sorteios e concursos devem obedecer fielmente ao regulamento divulgado previamente ao público. A venda pessoal ou de porta em porta deve obedecer às regras de competição justa, e tudo o que for dito sobre os produtos pelos vendedores deve estar de acordo com o explicitamente apresentado na propaganda. 169 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA A abordagem do marketing direto, por tratar de informações pessoais importantes (endereço, números de telefone, atuação profissional e, muitas vezes, até referências comerciais), depende de um banco de dados seguro e de pessoas que o manipulem com sigilo. Entre as intuições que salvaguardam as boas práticas da comunicação de marketing, destacam-se: a) Associação Brasileira de Anunciantes (ABA): representa e defende interesses comuns, bem como contribui para a contínua evolução e profissionalização das empresas anunciantes e seus associados; b) Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap): seu objetivo é a defesa e a divulgação dos interesses de agências brasileiras associadas à indústria de comunicação; c) Associação Brasileira de Marketing Direto (Abemd): visa ao desenvolvimento e ao aprimoramento das técnicas e atividades de marketing direto em nosso país, defendendo interesses e disseminando princípios teóricos e aplicações práticas; d) Associação Brasileira de Propaganda (ABP): tem entre seus objetivos o desenvolvimento e enobrecimento da propaganda, o incentivo ao desenvolvimento das técnicas de propaganda e a defesa dos interesses daqueles que trabalham nessa profissão; e) Associação de Marketing Promocional (Ampro): entidade voltada para o desenvolvimento e o aprimoramento da teoria e da prática do marketing promocional. Visa reunir e representar os segmentos de marketing promocional (empresas de marketing promocional, fornecedores de produtos e de serviços promocionais, veículos de comunicação, empresas/clientes e profissionais) por meio do cumprimento da legislação vigente, da representação de seus associados perante as esferas governamentais e da mediação de questões polêmicas do setor; f) Associação dos Profissionais de Propaganda (APP): objetiva a promoção e a defesa dos interesses profissionais da atividade da propaganda, dos profissionais do setor e outros profissionais que de alguma forma estejam ligados à propaganda; g) Conselho Executivo das Normas- Padrão (Cenp): zela pela observância das Normas-Padrão da Atividade Publicitária – documento que define as condutas e regras das melhores práticas éticas e comerciais entre os principais agentes da publicidade brasileira; h) Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar): organização não governamental que visa promover a liberdade de expressão publicitária e defender as prerrogativas constitucionais da propaganda comercial; i) Instituto Verificador de Circulação (IVC): órgão responsável por auditar a circulação dos principais jornais e revistas editados no Brasil, bem como o tráfego de websites brasileiros. 170 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV Exercícios Questão 1. Observe a seguinte situação: Agência e cliente, que já têm um relacionamento comercial há anos, estão em reunião de briefing para uma nova campanha publicitária. Cliente: Nosso carro é o mais moderno da categoria. O projeto foi desenvolvido para pessoas que queiram o máximo em tecnologia, conforto e segurança. E o preço é o mais competitivo do mercado. Queremos que nossa campanha esteja em todas as mídias. Mais alguma pergunta? O briefing está claro? Pessoal de atendimento da agência: Não. Nenhuma pergunta. As informações estão claras e já podemos partir para a criação e o plano de mídia. Agência em reunião com as equipes de criação e mídia para elaboração da campanha do cliente: Atendimento: O projeto do novo carro é arrojado, voltado para a classe AAA. Criação: Precisamos de uma descrição mais detalhada do carro: desempenho do motor, diferenciais de mercado, opcionais... Atendimento: Vamos pesquisar o que o mercado entende como carro arrojado. Eu sei que a filha do cliente toca em uma banda de rock, por isso acho que seria legal colocar umas imagens de jovens usando o carro para irem a um show! Analisando esses diálogos, é correto afirmar: A) Tanto o cliente como a agência têm uma visão clara do que é um briefing. B) O briefing passado pelo cliente não precisa ser mais preciso do que isso, uma vez que a agência já atende a empresa há anos. C) O cliente tem razão em querer estar em todas as mídias, pois o público, por ser AAA, tem acesso a todos os meios de comunicação. D) A criação tentou conseguir informações um pouco mais substanciais para o entendimento do produto que será divulgado, mas não se explicou de forma clara. E) Pode ser uma boa estratégia da agência, para garantir a aprovação do tema da campanha, usar uma cena que contenha apelo emocional para o cliente. Resposta correta: alternativa D. 171 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 GESTÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: com certeza, nenhuma das partes sabe o que significa um briefing, que obrigatoriamente deve conter a descrição do produto e a identificação precisa do público, seu comportamento e desejos, além de apresentaras razões pelas quais o público compraria, o preço, entre outros detalhes. B) Alternativa incorreta. Justificativa: cada projeto é único. O cliente deve passar todas as informações necessárias para a agência. C) Alternativa incorreta. Justificativa: o acesso a todas as mídias não significa a utilização de todas elas. É necessário verificar quais são as mídias e os veículos de preferência do público, e, ainda, para qual tipo de obtenção de informação cada um é utilizado. Essas preferências devem também estar apontadas no briefing. D) Alternativa correta. Justificativa: de fato, a criação mostrou que não tem argumentos para criar uma campanha, nem no que diz respeito ao tema, nem com relação ao que será mostrado do produto. Também não deixou claro nem determinou quais informações devem ser levantadas para início do trabalho. E) Alternativa incorreta. Justificativa: apelos emocionais, morais ou racionais devem ser utilizados para cativar o público- alvo, e não o cliente. Questões e informações de ordem pessoal não devem interferir em atividades profissionais. Questão 2. Ética empresarial deve se estender a todas as ações comerciais, portanto não pode ser excluída de como as organizações se comunicam com seus públicos. As razões para a prática de comunicação socialmente responsável e a existência dos órgãos reguladores são diversas. Aponte a alternativa incorreta: A) A preocupação com a reputação da empresa não deve permanecer apenas no seu discurso, mas ser estendida às suas ações. O discurso deve espelhar o que a empresa é na prática. B) A comunicação socialmente responsável é um modismo, por isso interfere nos resultados de vendas das empresas, pois o público está mais preocupado com as compras em si do que com a postura da empresa. C) Exaltar os atributos dos produtos e serviços é diferente de mascarar suas características pouco desejáveis. 172 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Unidade IV D) Os órgãos reguladores existem para promover a evolução dos profissionais e das ferramentas de comunicação, bem como para garantir as boas práticas, a fim de assegurar a credibilidade e consequentemente a validade dos esforços. E) Conhecer a regulamentação e as diretrizes acordadas pelo próprio mercado favorece a elaboração de campanhas que não ferem os princípios éticos da comunicação empresarial. Resolução desta questão na plataforma. 173 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 ANCIENT-PAINTING-10026678.JPG. Disponível em: <http://www.freedigitalphotos.net/images/ previews/ancient-painting-10026678.jpg>. Acesso em: 25 maio 2017. Figura 3 KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2012. p. 516. Figura 8 KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2012. p. 517. Figura 13 KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2012. p. 172. Figura 14 KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 15. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2015. p. 145. Figura 16 CHINATOWN-2155177_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/ photo/2017/03/18/22/44/chinatown-2155177_960_720.jpg>. Acesso em: 17 ago. 2017. Figura 17 FASHION-694837_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/03/27/15/50/ fashion-694837_960_720.jpg>. Acesso em: 17 ago. 2017. Figura 18 KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 15. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2015. p. 10. Figura 26 OGDEN, J. R.; CRESCITELLI, E. Comunicação integrada de marketing: conceitos, técnicas e práticas. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. p. 19. 174 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Figura 27 800PX-FRENCH_LAUNDRY,_SOAP_ADVERTISEMENT,_CA._1850.JPG. Disponível em: <https://upload. wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/54/French_Laundry%2C_soap_advertisement%2C_ca._1850. jpg/800px-French_Laundry%2C_soap_advertisement%2C_ca._1850.jpg>. Acesso em: 25 maio 2017. Figura 28 KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2012. p. 567. Figura 30 KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2012. p. 598. Adaptado. Figura 31 FISH-MARKET-428058_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/ photo/2014/08/26/15/22/fish-market-428058_960_720.jpg>. Acesso em: 28 jun. 2017. Figura 32 MEN-1979261_960_720.JPG. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/homens-empregados-terno- trabalho-1979261/>. Acesso em: 28 jun. 2017. Figura 33 CARDIAC-217140_960_720.JPG. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/parada-card%C3%ADaca- pessoas-m%C3%A9dico-217140/>. Acesso em: 28 jun. 2017. Figura 34 FOOD-1229846_960_720. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/alimentos-feira-doces-nozes- 1229846/>. Acesso em: 28 jun. 2017. Figura 35 BUSINESS-2253639_960_720. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/neg%C3%B3cios-empres% C3%A1ria-secret%C3%A1rio-cem-2253639/>. Acesso em: 28 jun. 2017. Figura 36 800VA.JPG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Advertising_of_ computers#/media/File:800VA.jpg>. Acesso em: 17 ago. 2017. 175 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 Figura 37 Grupo Unip-Objetivo. Figura 38 Grupo Unip-Objetivo. Figura 39 ENTREPRENEUR-696972_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/ 03/29/08/49/entrepreneur-696972_960_720.jpg>. Acesso em:17 ago. 2017. Figura 40 GOOGLE-485611_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/10/12/12/38/ google-485611_960_720.jpg>. Acesso em: 17 ago. 2017. Figura 42 MOBILE-PHONE-572865_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/ photo/2014/12/19/02/16/mobile-phone-572865_960_720.jpg>. Acesso em: 17 ago. 2017. Figura 43 SMARTPHONE-1283938_960_720.JPG. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/smartphone- tecnologia-maquete-apps-1283938/>. Acesso em: 17 ago. 2017. REFERÊNCIAS 10 TÉCNICAS de vendas infalíveis. Meu Sucesso, 23 abr. 2014. Disponível em: <https://meusucesso. com/artigos/vendas/10-tecnicas-devendas-infaliveis-23/>. Acesso em: 25 maio 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE (ABAP). Indicadores de sustentabilidade para a indústria da comunicação. São Paulo: Abap; ESPM, 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MARKETING DIRETO (ABEMD). Código de ética da Abemd. São Paulo, 1997. Disponível em: <http://abemd.org.br/codigo-de-etica-da-abemd>. Acesso em: 28 ago. 2017. ASSOCIAÇÃO DE MARKETING PROMOCIONAL (AMPRO). Código de ética do marketing promocional. São Paulo, [s.d.]. Disponível em: <http://www.ampro.com.br/admin/Files/PDF/codigo_de_etica.pdf>. Acesso em: 28 jun. 2017. 176 Re vi sã o: A na F. - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 1 3/ 06 /1 7 ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE PROPAGANDA (APP). Código de ética dos profissionais de propaganda. São Paulo, 2014. Disponível em: <http://appbrasil.org.br/wp-content/uploads/2014/11/ codigo_de_etica_app_maio2014.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2017. BELCH, G. E.; BELCH, M. A. Propaganda e promoção. 8. ed. São Paulo: MCGraw-Hill Education, 2014. BRASIL. Decreto nº 70.951, de 9 de agosto de 1972. Regulamenta a Lei nº 5.768, de 20 de dezembro de 1971, que dispõe sobre a distribuição gratuita de prêmios, mediante sorteio, vale-brinde ou concurso, a título de propaganda, e estabelece normas de proteção à poupança popular. Brasília, 1972. 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