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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
MÁQUINAS E IMPLEMENTOS PARA USO AGRÍCOLA E FLORESTAL
RELATÓRIO DE PESQUISA
José Carlos Ribeiro Guimarães
Santa Maria – RS 2018
 PAGE 17
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MÁQUINAS E IMPLEMENTOS PARA USO AGRÍCOLA E FLORESTAL
por
José Carlos Ribeiro Guimarães
Relatório de pesquisa apresentado ao Curso de Especialização em Engenharia de
Segurança do Trabalho na disciplina de Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas,
Equipamentos e Instalações, como parte dos requisitos necessários à obtenção do Título de Especialização em Segurança do
Trabalho.
Professor: Vagner Lisoski Duarte
Santa Maria – RS 2018
RESUMO
Relatório de pesquisa
Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho Universidade Cândido Mendes
MÁQUINAS E IMPLEMENTOS PARA USO AGRÍCOLA E FLORESTAL
Autor: José Carlos Ribeiro Guimarães Professor: Vagner Lisoski Duarte
Santa Maria, fevereiro de 2018
O objetivo deste trabalho é relatar pesquisa bibliográfica abordando o tema: acidentes com máquinas e implementos agrícolas e florestais, as vantagens e desvantagens e relação a outros ambientes de trabalho, as normas que tratam do assunto e discorrer simplificadamente sobre alguns tipos específicos de máquinas selecionadas, bem como, as recomendações de segurança e as proteções aplicáveis à esse tipo de maquinário.
Palavras-chave: máquinas agrícolas, acidentes, NR-13.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	5
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	6
O Ambiente Rural	6
Mecanização Agrícola	6
Definições específicas de máquinas extraídas da NR-12 Anexo XI 5	7
Recomendações de segurança e proteções NR-12 Anexo XI	10
Acidentes	14
Excertos do Anuário Estatístico 2015	14
Acidentes de trabalho no meio rural	15
Dados de publicações do LIM-Laboratório de Investigação de Acidentes com Máquinas Agrícolas – Universidade Federal do Ceará	16
CONSIDERAÇÕES FINAIS	17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	18
INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi desenvolvido durante o mês de janeiro de 2018 na cidade de Santa Maria (RS), com o objetivo de aprimorar os conhecimentos sobre o tema: acidentes com máquinas e implementos para uso agrícola e florestal, que é parte integrante do estudo desenvolvido na disciplina de Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho da UCAM- Universidade Cândido Mendes e, basicamente, foi feito através de leituras de textos, de artigos, de trechos de livros citados em trabalhos publicados e disponíveis na internet, bem como, de aulas assistidas on line.
A segurança no ambiente de trabalho seja industrial, comercial ou agrícola, tem como princípio básico a proteção da integridade física e mental do trabalhador no desempenho de suas funções.
Com o avanço tecnológico dos últimos anos as atividades laborais tem se mecanizado cada vez mais, em especial no meio agrícola com a principal vantagem de impulsionar a economia do país através da agilidade das operações de todo o ciclo produtivo da cadeia primária.
As técnicas de produção que acompanham proporcionalmente este progresso que ocorre no setor de máquinas e implementos agrícolas, tem impulsionado a produtividade e a diversificação de oferta de produtos, ao mesmo tempo em que vem auxiliando e substituindo o homem nas atividades vem aumentando os índices de acidentes de trabalho, uma vez que é maior a especialização da mão de obra exigida para a utilização e operação de máquinas modernas, especialização esta que na prática não acompanha proporcionalmente as exigências requeridas, em um ambiente que, até então, os acidentes estavam restritos as ferramentas manuais e aos animais peçonhentos.
Este cenário exigiu uma tendência de aumento na especificidade, nas exigências e no grau de detalhamento técnico das normas regulamentadoras que é o caso da NR-12 em seu Anexo XI que trata das Máquinas e Implementos para uso Agrícola e Florestal tratando-se de uma norma muito técnica e rica em seu detalhamento e grau de aperfeiçoamento.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O Ambiente Rural
Segundo a Organização Internacional do trabalho as atividades Agropecuárias são realizadas no ambiente de trabalho mais perigoso seguido da construção civil e da extração de petróleo. E mostra em estudos mais recentes, que nos acidentes registrados, a cada três, um resulta na incapacidade permanente do trabalhador.
Atualmente os acidentes mais graves que acontecem nas atividades agrícolas são os que ocorrem com tratores, tanto em suas atividades específicas no meio rural como em deslocamento e transporte entre locais de serviço através de rodovias nas quais a grande maioria tem resultados fatais gerando prejuízos econômicos e sociais de grande monta.
Algumas características únicas e peculiares do ambiente agrícola levam-no a apresentar fatores negativos com relação à segurança do trabalho como por exemplo a ausência de uniformidade e controle sobre o local de trabalho e das próprias atividades; a sobreposição entre o local de trabalho e o lar; o emprego frequente de mão-de-obra familiar sem restrições de idade (tanto crianças e adolescentes como idosos trabalham); incipiente atuação do estado como legislador e fiscalizador de leis regulamentadoras dos riscos e perigos das atividades agrícolas.
Neste meio os trabalhadores estão em constante contato com máquinas, implementos, ferramentas manuais, agrotóxicos, ectoparasitas, animais peçonhentos (ALMEIDA, 1995).
Mecanização Agrícola
Uma das grandes áreas da engenharia agrícola é a mecanização rural que se dedica ao planejamento, execução e desenvolvimento das operações agrícolas por meio da utilização de máquinas, implementos e outras ferramentas mecânicas, muito através de projetos de desenvolvimento destas respectivas máquinas, implementos e ferramentas. O estudo da Mecanização Agrícola tem como objetivo básico mecanizar racionalmente as operações agrícolas e que é definido como qualquer meio mecânico utilizado nos processos de produção agrícola.
Abaixo segue algumas terminologias segundo a ABNT - NB-66.
Operação Agrícola: Toda atividade direta e permanentemente relacionada com a execução do trabalho de produção agropecuária.
Máquinas Agrícolas: Máquina projetada especificamente para realizar integralmente ou coadjuvar a execução da operação agrícola.
Implemento Agrícola: Implemento ou sistema mecânico, com movimento próprio ou induzido, em sua forma mais simples, cujos órgãos componentes não apresentam movimentos relativos.
Ferramenta Agrícola: Implemento, em sua forma mais simples, o qual entra em contato direto com o material trabalhado, acionado por uma fonte de potência qualquer.
A evolução da mecanização trouxe máquinas com design ergonômico, motosserras mais leves, com menos vibração e ruído, máquinas como os “Feller- Bunchers” que permitem fazer feixes para o arraste e os “Harvesters”, que deixam a madeira pronta para o carregamento (Machado, 2002).
Definições específicas de máquinas extraídas da NR-12 Anexo XI
Adubadora automotriz: máquina destinada à aplicação de fertilizante sólido granulado e desenvolvida para o setor canavieiro.
Adubadora tracionada: implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode realizar a operação de aplicar fertilizantes sólidos granulados ou em pó.
Colhedora de algodão: a colhedora de algodão possui um sistema de fusos giratórios que retiram a fibra do algodão sem prejudicar a parte vegetativa da planta, ou seja, caules e folhas. Determinados modelos têm como característica a separação da fibra e do caroço, concomitante à operação de colheita.
Colhedora de café: equipamento agrícola automotriz que efetua a “derriça” e a colheita de café.
Colhedora de cana-de-açúcar: equipamento que permite a colheita de cana de modo uniforme, por possuirsistema de corte de base capaz de cortar a cana-de-açúcar acompanhando o perfil do solo. Possui um sistema de elevador que desloca a cana cortada até a unidade de transbordo.
Colhedora de forragem ou forrageira autopropelida: equipamento agrícola automotriz apropriado para colheita e forragem de milho, sorgo, girassol e outros. Executa o corte da planta, sendo capaz de colher ou recolher, triturar e recolher a cultura cortada
em contentores ou veículos separados de transbordo.
Colhedora de grãos: máquina destinada à colheita de grãos, como trigo, soja, milho, arroz, feijão, etc. O produto é recolhido por meio de uma plataforma de corte e conduzido para a área de trilha e separação, onde o grão é separado da palha, que é expelida, enquanto o grão é transportado ao tanque graneleiro.
Colhedora de laranja: máquina agrícola autopropelida que efetua a colheita da laranja e outros cítricos similares.
Escavadeira hidráulica em aplicação florestal: escavadeira projetada para executar trabalhos de construção, que pode ser utilizada em aplicação florestal por meio da instalação de dispositivos especiais que permitam o corte, desgalhamento, processamento ou carregamento de toras. Define-se como máquina de construção em aplicação agro-florestal a máquina originalmente concebida para realização de trabalhos relacionados à construção e movimentação de solo e que recebe dispositivos específicos para realização de trabalhos ligados a atividades agroflorestais.
Forrageira tracionada: implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode realizar a operação de colheita ou recolhimento e trituração da planta forrageira, sendo o material triturado, como forragem, depositado em contentores ou veículos separados de transbordo.
Motocultivador - trator de Rabiças, “mula mecânica” ou microtrator: equipamento motorizado de duas rodas utilizado para tracionar implementos diversos, desde preparo de solo até colheita. Caracteriza-se pelo fato de o operador caminhar atrás do equipamento durante o trabalho.
Cortador de grama autopropelido: máquina de pequeno porte destinada à execução de serviços gerais e de conservação de jardins residenciais ou comerciais. Seu peso bruto total sem implementos não ultrapassa 600 kg (seiscentos quilogramas).
Máquina agrícola e florestal autopropelida ou automotriz: máquina destinada a atividades agrícolas e florestais que se desloca sobre meio terrestre com sistema de propulsão próprio.
Define-se como máquina autopropelida ou automotriz aquela que se desloca em meio terrestre com sistema de propulsão próprio.
Trator acavalado: trator agrícola em que, devido às dimensões reduzidas, a plataforma de operação consiste apenas de um piso pequeno nas laterais para o apoio dos pés e operação.
Trator agrícola: máquina autopropelida de médio a grande porte, destinada a puxar
ou arrastar implementos agrícolas. Possui uma ampla gama de aplicações na agricultura e pecuária, e é caracterizado por possuir no mínimo dois eixos para pneus ou esteiras e peso, sem lastro ou implementos, maior que 600 kg (seiscentos quilogramas) e bitola mínima entre pneus traseiros, com o maior pneu especificado, maior que 1280 mm (mil duzentos e oitenta milímetros).
Trator agrícola estreito: trator de pequeno porte destinado à produção de frutas, café e outras aplicações nas quais o espaço é restrito e utilizado para implementos de pequeno porte. Possui bitola mínima entre pneus traseiros, com o maior pneu especificado, menor ou igual a 1280 mm (mil duzentos e oitenta milímetros) e peso bruto total acima de 600 Kg (seiscentos quilogramas).
Segundo a ANFAVEA (2011) o parque de máquinas agrícolas do Brasil corresponde com cerca de 1.093.132 máquinas. O trator além de um equipamento agrícola tem sido utilizado como meio de transporte, transitando em vias públicas, contribuindo para a ocorrência de acidentes
Recomendações de segurança e proteções NR-12 Anexo XI
Para fins de aplicação o referido Anexo, considera proteção como sendo o elemento especificamente utilizado para prover segurança por meio de barreira física, podendo ser:
proteção fixa, que deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou por meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas;
proteção móvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento.
E para fins de aplicação, também, do referido Anexo, consideram-se dispositivos de segurança os componentes que, por si só ou interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados em:
comandos elétricos ou interfaces de segurança: dispositivos responsáveis por realizar o monitoramento, que verificam a interligação, posição e funcionamento de outros dispositivos do sistema e impedem a ocorrência de falha que provoque a perda da função de segurança, como relés de segurança, controladores configuráveis de segurança e controlador lógico programável - CLP de segurança;
dispositivos de intertravamento: chaves de segurança eletromecânicas, com ação e ruptura positiva, magnéticas e eletrônicas codificadas, optoeletrônicas, sensores indutivos de segurança e outros dispositivos de segurança que possuem a finalidade de impedir o funcionamento de elementos da máquina sob condições específicas;
sensores de segurança: dispositivos detectores de presença mecânicos e não mecânicos, que atuam quando uma pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de perigo de uma máquina ou equipamento, enviando um sinal para interromper ou impedir o início de funções perigosas, como cortinas de luz, detectores de presença optoeletrônicos, laser de múltiplos feixes, barreiras óticas, monitores de área, ou scanners, batentes, tapetes e sensores de posição;
válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidráulicos de mesma eficácia;
dispositivos mecânicos, como: dispositivos de retenção, limitadores, separadores, empurradores, inibidores, defletores e retráteis; e
dispositivos de validação: dispositivos suplementares de comando operados manualmente, que, quando aplicados de modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento, como chaves seletoras bloqueáveis e dispositivos bloqueáveis.
Os componentes relacionados aos sistemas de segurança e comandos de acionamento e parada das máquinas estacionárias, inclusive de emergência, devem garantir a manutenção do estado seguro da máquina quando ocorrerem flutuações no nível de energia além dos limites considerados no projeto, incluindo o corte e restabelecimento do fornecimento de energia.
As proteções devem ser projetadas e construídas de modo a atender aos seguintes requisitos de segurança:
cumprir suas funções apropriadamente durante a vida útil da máquina ou possibilitar a reposição de partes deterioradas ou danificadas;
ser constituídas de materiais resistentes e adequados à contenção de projeção de peças, materiais e partículas;
fixação firme e garantia de estabilidade e resistência mecânica compatíveis com os esforços requeridos;
não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com outras proteções;
não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas;
resistir às condições ambientais do local onde estão instaladas;
impedir que possam ser burladas;
proporcionar condições de higiene e limpeza;
impedir o acesso à zona de perigo;
ter seus dispositivos de intertravamento utilizados para bloqueio de funções perigosas das máquinas protegidos adequadamente contra sujidade, poeiras e corrosão, se necessário;
ter ação positiva, ou seja, atuação de modo positivo;
não acarretar riscos adicionais;
possuir dimensões conforme previsto no Item A do Anexo I desta Norma.
Para as máquinas autopropelidas e seus implementos, a proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido mais de uma vez por turnode trabalho.
As máquinas e implementos dotados de proteções móveis associadas a dispositivos de intertravamento devem:
operar somente quando as proteções estiverem fechadas;
paralisar suas funções perigosas quando as proteções forem abertas durante a operação;
garantir que o fechamento das proteções por si só não possa dar início às funções perigosas
Para as máquinas autopropelidas, é permitida a utilização de dispositivo de intertravamento mecânico de atuação simples e não monitorado para proteção do compartimento do motor.
Os dispositivos de intertravamento com bloqueio associados às proteções móveis das máquinas e equipamentos devem:
permitir a operação somente enquanto a proteção estiver fechada e bloqueada;
manter a proteção fechada e bloqueada até que tenha sido eliminado o risco de lesão devido às funções perigosas da máquina ou do equipamento;
garantir que o fechamento e bloqueio da proteção por si só não possa dar inicio às funções perigosas da máquina ou do equipamento
Em colhedoras, em situação de manutenção ou inspeção, quando as proteções forem abertas ou acessadas com exposição de elementos da máquina que ainda possuam rotação ou movimento após a interrupção de força, deve-se ter na área próxima da abertura uma evidência visível da rotação, ou indicação de sinal sonoro da rotação ou adesivo de segurança apropriado.
As proteções de colhedoras devem:
ser projetadas levando em consideração o risco para o. operador e a geração de outros perigos, tais como evitar o acúmulo de detritos e risco de incêndio;
atingir a extensão máxima, considerando a funcionalidade da colhedora;
ser sinalizadas quanto ao risco;
ter indicação das informações sobre os riscos contidas no manual de instruções.
Para máquinas autopropelidas, as superfícies quentes que possam ser tocadas sem intenção pelo operador durante a operação normal da máquina devem ser protegidas.
As máquinas autopropelidas devem possuir Estrutura de Proteção na Capotagem - EPC e cinto de segurança,.
As máquinas autopropelidas que durante sua operação ofereçam riscos de queda de objetos sobre o posto de trabalho devem possuir de Estrutura de Proteção contra Queda de Objetos - EPCO.
Na tomada de potência - TDP dos tratores agrícolas deve ser instalada uma proteção que cubra a parte superior e as laterais.
As máquinas e equipamentos tracionados devem possuir sistemas de engate para reboque pelo sistema de tração, de modo a assegurar o acoplamento e desacoplamento fácil e seguro, bem como a impedir o desacoplamento acidental durante a utilização. A indicação de uso dos sistemas de engate mencionados deve ficar em local de fácil visualização e afixada em local próximo da conexão.
As máquinas, equipamentos e implementos devem dispor de acessos permanentemente fixados e seguros a todos os seus pontos de operação, abastecimento, inserção de matérias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparação, manutenção e de intervenção constante.
Consideram-se meios de acesso elevadores, rampas, passarelas, plataformas ou escadas de degraus. As máquinas autopropelidas e implementos com impossibilidade técnica de adoção destes meios de acesso, onde a presença do trabalhador seja necessária para inspeção e manutenção e que não sejam acessíveis desde o solo devem possuir meios de apoio como manípulos ou corrimãos, barras, apoio para os pés ou degraus com superfície antiderrapante, que garantam ao operador manter contato de apoio em três pontos durante todo o tempo de acesso, de modo a torná-lo seguro.
Em colhedoras de arroz, colhedoras equipadas com esteiras e outras colhedoras equipadas com sistema de autonivelamento, os meios de acesso devem ser fornecidos se
a altura do solo ao posto de operação for maior que 0,70 m (setenta centímetros).
Os meios de acesso das máquinas autopropelidas e implementos, devem possuir as seguintes características:
ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforços solicitantes;
ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão;
o travessão superior não deve ter superfície plana, a fim de evitar a colocação de objetos.
As máquinas autopropelidas e implementos devem ser dotados de corrimãos ou manípulos - pega-mãos, em um ou ambos os lados dos meios de acesso que ofereçam risco de queda ou acesso às áreas de perigo, que devem possuir:
projeto de forma que o operador possa manter contato de apoio em três pontos durante todo o tempo de acesso;
largura da seção transversal entre 0,025m (vinte e cinco milímetros) e 0,038 m (trinta e oito milímetros);
extremidade inferior em pelo menos um corrimão ou manípulo localizada no máximo a 1600 mm (mil e seiscentos milímetros) da superfície do solo;
espaço livre mínimo de 0,050m (cinquenta milímetros) entre o corrimão ou manípulo e as partes adjacentes para acesso da mão, exceto nos pontos de fixação;
um manípulo instalado do último degrau superior do meio de acesso a uma altura de 0,85 m (oitenta e cinco centímetros a 1,10 m (um metro e dez centímetros);
manípulo com comprimento mínimo de 0,15 m (quinze centímetros).
As plataformas de máquinas autopropelidas e implementos que apresentem risco de queda de trabalhadores devem ser acessados por degraus e possuir sistema de proteção contra quedas.
Acidentes
Como conceito jurídico a definição de acidente de trabalho no Brasil existe desde 1919. Entretanto, somente nos últimos anos é que se ampliou seu espaço, preocupando a classe médica a serviço da empresa e dando origem à medicina do trabalho. Essa inquietação cresceu de um jeito que expandiu o âmbito industrial, surgindo vários estudos referentes ao acidente de trabalho propriamente dito, à higiene industrial e à segurança do trabalho, entre outros (RIBEIRO, 2000).
Os acidentes de trabalho representam enorme importância social e econômica, estudos estatísticos têm demonstrado a gravidade deste problema, seja pela incidência de acidentes, seja pela idade dos acidentados, seja por suas consequências.
Excertos do Anuário Estatístico 2015
Segundo o artigo 19 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente”. Pode causar desde um simples afastamento, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho, até mesmo a morte do segurado.
Também são considerados como acidentes do trabalho:
o acidente ocorrido no trajeto entre a residência e o local de trabalho do segurado;
a doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade;
a doença do trabalho, adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
Equiparam-se também a acidente do trabalho:
– o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para perda ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou que tenha produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
– o acidente sofrido pelo segurado no local e horário do trabalho, em consequência de ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho; ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro, ou de companheiro de trabalho; ato de pessoa privada do uso da razão; desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior;
– a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
– o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho, na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lheevitar prejuízo ou proporcionar proveito; em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Acidentes de trabalho no meio rural
Como já mencionado anteriormente os trabalhadores agrícolas compõem uma das categorias profissionais com maior risco de sofrer algum tipo de acidente no exercício de seu trabalho. A atividade agrícola também utiliza variado número de ferramentas, máquinas, implementos, produtos químicos, substâncias inflamáveis, entre outras que também implicam risco a seus usuários. Em cada uma dessas atividades podem ocorrer acidentes leves ou graves, comprometendo a saúde do trabalhador (MTB, 1981).
Há conhecimentos de muitos acidentes de trabalho no meio rural que são sérios e de extrema importância, podendo-se citar alguns como: capotamento de maquinários, atropelamentos, amputações de membros, incêndio de equipamentos, intoxicações e dermatoses, quedas de nível, ente outros.
Segundo Ângelo Vieira dos Reis, professor de Mecanização Agrícola da Universidade federal de Pelotas quase não existem dados oficiais que tipifiquem os acidentes no meio rural, estão sendo desenvolvidos trabalhos de pesquisa acadêmica com a utilização de planilhas do INSS, baseadas na CAT (Comunicação de Acidentes de Trabalho), porém nelas só aparecem acidentes graves e sofridos por trabalhadores com carteira assinada o que não engloba a parcela significativa dos trabalhadores da agricultura familiar e, também, os autônomo, conforme ele não há dados confiáveis no Brasil, assim que está se tentando fazer é estimar a subnotificação.
Dados de publicações do Laboratório de Investigação de Acidentes com Máquinas Agrícolas – LIMA da Universidade Federal do Ceará
O estado de Alagoas é um dos nove estados da região Nordeste do Brasil. O estado é o maior produtor de cana-de-açúcar do Nordeste, e grande produtor de abacaxi, coco, feijão, mandioca, arroz entre outras culturas de grande importância para o estado. No entanto, a circulação de tratores agrícolas nas rodovias federais que cortam o estado tem ocasionado acidentes envolvendo essas máquinas no estado. Foi feita a caracterização dos acidentes com tratores agrícolas nas rodovias federais que cortam o estado de Alagoas, sendo coletados os dados referentes a 34 acidentes com tratores, coletados no período de janeiro de 2008 a setembro 2011. Onde concluiu-se que a rodovia federal com maior ocorrências de acidentes foi a BR-101 com 38,24%, o período do dia com maior número de acidentes foi a manhã com 38,24%, o tipo de acidente de maior ocorrência foi a colisão traseira com 32,35% e faixa etária de operadores de máquinas que mais se envolveram em acidentes foi entre 50 a 54 anos com 11,76% acidentados.
A população nas grandes cidades tem crescido significativamente nos últimos anos, surgido à necessidade de construir novas habitações, vias de circulação para melhorar a mobilidade urbana. Nessas obras, são utilizados máquinas e tratores agrícolas para realização dos trabalhos e se não houve uma capacitação adequada do operador, poderá ocorrer graves acidentes. Com uma parceria do Laboratório de Investigação de Acidentes com Máquinas Agrícolas – LIMA da Universidade Federal do Ceará em parceria com a AMC (Autarquia Municipal do Trânsito) foi possível identificar acidentes envolvendo tratores e máquinas nas vias de circulação da cidade de Fortaleza no período de 2005 a 2011 com o objetivo de caracterizar e distribuir espacialmente os acidentes com máquinas agrícolas nas regionais do município de Fortaleza classificando-os quanto ao tipo do acidente, causa e gravidade dos mesmos. Concluiu-se que a regional de Fortaleza com maior ocorrência foi à regional V com 24,14%, seguindo da regional VI com 20,69% dos acidentes. O tipo de acidente mais comum foi colisão com 64,29%, o período com maior frequência de acidentes foi pela manhã com 48,28%, em relação à gravidade das vítimas foi observado que 5,08% das vítimas vieram a óbito e 13,56% vítimas graves.
Estudo foi realizado pelo Laboratório de Investigação de Acidentes com Máquinas Agrícolas-LIMA em parceria com a 16a Superintendência da Policia
Rodoviária Federal com o objetivo de caracterizar o número de acidentes ocorridos com máquinas agrícolas no período de 2008 a 2011, nas rodovias federais brasileiras, tendo como informação o Boletim de Acidente de Trânsito - BAT, feito pela Polícia Rodoviária Federal. No referido período ocorreram 1104 acidentes nas rodovias federais brasileiras, envolvendo máquinas agrícolas. A maior parte dos acidentes teve como causa, colisão traseira, lateral e frontal, correspondendo a 88% dos acidentes envolvendo máquinas agrícolas. Entre as regiões do país as regiões com maiores percentuais de acidentes foram a Região Sul com 28% dos acidentes seguida da Região Centro Oeste com 26% e a região Nordeste com 23% dos acidentes. Concluindo-se que as principais causas de ocorrência dos acidentes foram, falta de atenção a legislação de trânsito, falta de atenção do operador e falta de treinamento do operador que conduzia o trator.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nas informações obtidas através desta pesquisa destacamos a grande importância dos trabalhos de pesquisa acadêmica para a formação do Engenheiro de Segurança do Trabalho justamente para que de posse dos conhecimentos adquiridos possibilite a produção científica de dados estatísticos confiáveis para futuros trabalhos que contribuam para a melhoria das condições de segurança dos trabalhadores que utilizam-se de máquinas e implementos agrícolas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABIMAQ. ASSOCIAÇÃO BRASÍLEIRA DE MÁQUINAS. MANUAL DE INSTRUÇÕES DA NORMA REGULAMENTADORA NR12. São Paulo. 2015.
AEAT - Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho, MTE, Brasília, 2013. Disponível em: http://www.previdencia.gov.br/estatisticas/aeat-2015/, acessado em 05/02/2018.
ALMEIDA, I. M. Caminhos da Análise de Acidentes do Trabalho. Brasília : MTE, SIT, 2003. 105 p.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
(ANFAVEA). Anuários 2005-2015. Disponível em: . Acesso em: 20 jan. 2018
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Sul. Análises de Acidentes do Trabalho Fatais no Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS, 2008.
CORRÊA, M.U. Sistematização e Aplicações da NR-12 na Segurança em Máquinas e Equipamentos. Monografia. UNIJUÍ 2011. http://bibliodigital.unijui.edu.br: Consultado em 04/02/2018.
MENDES, R. Máquinas e Acidentes de Trabalho. Brasília: MTE/SIT; MPAS, 2001. 86p. Coleção Previdência Social; v. 13.
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