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Segurança Industrial

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Prévia do material em texto

2015
Segurança InduStrIal
Profª. Jovania Regina Formighieri
Prof. Lírio Ribeiro
Profª. Tathyane Lucas Simão
Copyright © UNIASSELVI 2015
Elaboração:
Profª. Jovania Regina Formighieri
Prof. Lírio Ribeiro
Profª. Tathyane Lucas Simão
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
341.617 
F723s Formighieri, Jovania Regina
 Segurança industrial / Jovania Regina Formighieri, 
Lírio Ribeiro. Indaial : UNIASSELVI, 2015.
 
 229 p. : il.
 
 ISBN 978-85-7830-869-8
 
 1. Segurança no trabalho. 
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
III
apreSentação
Atualmente as indústrias, sejam elas de pequeno, médio e grande 
porte, são responsáveis pelo desenvolvimento socioeconômico e também 
pelo grande número de acidentes de trabalho graves e fatais. Por isso, 
faz-se necessário uma análise dos riscos por elas gerados, bem como, a 
implementação de medidas de proteção aos trabalhadores.
Este caderno, de Segurança Industrial, vem com o objetivo de 
auxiliar na construção do seu conhecimento no que se refere aos processos 
industriais de maior risco, os perigos inerentes às atividades industriais e as 
medidas de controle visando à segurança dos trabalhadores e da sociedade 
circunvizinha.
No Capítulo I, você irá conhecer a história da Segurança Industrial, 
compreender o cenário industrial, compreender o objetivo da Segurança 
Industrial e analisar os dados estatísticos de acidentes de trabalho.
Já no Capítulo II terá a oportunidade de conhecer os processos das 
indústrias pesadas, de observar os principais riscos envolvidos, de identificar 
medidas preventivas e de proteção para os riscos ocupacionais, bem como, 
entender os processos de produção e de compreender o gerenciamento dos 
processos de produção.
Para finalizar, no Capítulo III você conhecerá as Normas 
Regulamentadoras que envolvem as atividades com caldeiras, vasos de 
pressão e fornos, altura, espaço confinado, trabalho com eletricidade e 
entenderá os riscos inerentes a essas atividades e as medidas de proteção 
cabíveis, compreenderá a diferença de solda e soldagem e os riscos que estas 
atividades oferecem, terá noções básicas sobre ventilação industrial e suas 
implicações no ambiente de trabalho. 
Faz parte deste capítulo ainda, o entendimento sobre a sinalização de 
segurança, conforme os requisitos disponíveis na Norma que a regulamenta, 
facilitando a interpretação das normas vigentes.
É importante lembrar que para um conhecimento mais aprofundado 
é necessário sua dedicação e complementação dos seus estudos com outras 
fontes referentes ao tema, como livros, sites de órgãos governamentais, 
produções científicas e outros meios, que o remeta ao reconhecimento das 
necessidades e significância do tema, pois a segurança do trabalho, no campo 
industrial, está interligada a sua futura função de Tecnólogo de Segurança do 
Trabalho.
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
Os conceitos, adquiridos nesta disciplina, estarão relacionados 
com diversas disciplinas, portanto, a absorção destes é relevante e torna-
se imprescindível para seu crescimento e desempenho como acadêmico, e 
posteriormente como um bom profissional. 
 Jovania Regina Formighieri
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .................... 1
TÓPICO 1 – CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL ............................................................ 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 SEGURANÇA INDUSTRIAL ............................................................................................................. 3
3 OBJETIVO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL ............................................................................... 5
4 CENÁRIO INDUSTRIAL .................................................................................................................... 6
4.1 MAQUINÁRIO E OS ACIDENTES DE TRABALHO ................................................................ 8
4.1.1 Tipos de Maquinários ............................................................................................................ 11
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 21
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 22
TÓPICO 2 – NORMAS E PROGRAMAS APLICÁVEIS ................................................................. 23
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 23
2 NORMAS APLICÁVEIS ...................................................................................................................... 23
2.1 NORMAS INTERNACIONAIS ..................................................................................................... 29
3 INSPEÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ....................................................................... 34
3.1 NR 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ................. 36
4 PROTEÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ..................................................................... 39
4.1 ARRANJO FÍSICO E INSTALAÇÕES ........................................................................................... 40
4.2 INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS ......................................................................... 41
4.3 DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA ................................................ 42
4.4 SISTEMAS DE SEGURANÇA ........................................................................................................ 42
4.5 DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA ..................................................................... 43
4.6 MEIOS DE ACESSO PERMANENTES ......................................................................................... 44
4.7 COMPONENTES PRESSURIZADOS ...........................................................................................45
4.8 TRANSPORTADORES DE MATERIAIS ...................................................................................... 45
4.9 ASPECTOS ERGONÔMICOS ........................................................................................................ 46
4.10 RISCOS ADICIONAIS ................................................................................................................... 46
4.11 MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO, PREPARAÇÃO, AJUSTES E REPAROS .............................. 47
4.12 SINALIZAÇÃO .............................................................................................................................. 47
4.13 MANUAIS ....................................................................................................................................... 48
4.14 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA ........................................................... 49
4.15 PROJETO, FABRICAÇÃO, IMPORTAÇÃO, VENDA, LOCAÇÃO, LEILÃO, CESSÃO A 
QUALQUER TÍTULO, EXPOSIÇÃO E UTILIZAÇÃO .............................................................. 50
4.16 CAPACITAÇÃO ............................................................................................................................. 50
4.17 OUTROS REQUISITOS ESPECÍFICOS DE SEGURANÇA ..................................................... 51
4.18 DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................................................. 51
5 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES INDUSTRIAIS ........................................... 52
5.1 ACIDENTES INDUSTRIAIS .......................................................................................................... 53
5.2 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA ..................................... 54
5.3 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL – PCMSO .............. 55
5.4 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO – PCMAT .............................................................................................................. 56
SumárIo
VIII
5.5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA ...................................... 56
5.6 SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO – OHSAS 18001 . 58
5.7 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS – APR .............................................................................. 58
5.8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA ........................................... 59
5.9 EDUCAÇÃO DO TRABALHADOR ............................................................................................. 61
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 62
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 64
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 65
UNIDADE 2 – INDÚSTRIA PESADA E GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS DE 
PRODUÇÃO .................................................................................................................. 69
TÓPICO 1 – INDÚSTRIAS PESADAS ................................................................................................ 71
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 71
2 INDÚSTRIA METALÚRGICA .......................................................................................................... 71
2.1 PROCESSOS METALÚRGICOS .................................................................................................... 74
2.1.1 Fundição ................................................................................................................................... 74
2.1.1.1 Riscos ocupacionais .................................................................................................... 77
2.1.2 Conformação por laminação ................................................................................................. 81
2.1.3 Forjamento ............................................................................................................................... 82
2.1.4 Estampagem ............................................................................................................................ 83
2.1.5 Metalurgia da solda ................................................................................................................ 83
2.1.5.1 Riscos ocupacionais .................................................................................................... 83
3 INDÚSTRIA SIDERÚRGICA ........................................................................................................... 84
3.1 PROCESSO SIDERÚRGICO ........................................................................................................... 86
3.1.1 Preparação da carga ............................................................................................................... 86
3.1.2 Redução dos minérios de ferro ............................................................................................. 86
3.1.3 Refino ........................................................................................................................................ 87
3.1.4 Conformação mecânica .......................................................................................................... 87
4 INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO........................................................................................................ 88
4.1 DAS RESPONSABILIDADES DA EMPRESA E DO PERMISSIONÁRIO DE LAVRA 
GARIMPEIRA ................................................................................................................................... 89
4.2 DAS RESPONSABILIDADES E DIREITOS DOS TRABALHADORES ................................... 90
4.3 ORGANIZAÇÃO DOS LOCAIS DE TRABALHO ..................................................................... 90
4.4 CIRCULAÇÃO E TRANSPORTE DE PESSOAS E MATERIAIS .............................................. 91
4.5 TRANSPORTADORES CONTÍNUOS ATRAVÉS DE CORREIA ............................................. 91
4.6 SUPERFÍCIES DE TRABALHO ..................................................................................................... 92
4.6.1 Escadas ..................................................................................................................................... 92
4.7 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS E INSTALAÇÕES .................................. 92
4.7.1 Equipamentos de guindar ..................................................................................................... 93
4.8 CABOS, CORRENTES E POLIAS .................................................................................................. 94
4.8.1 Estabilidade dos maciços ....................................................................................................... 95
4.9 ABERTURAS SUBTERRÂNEAS ................................................................................................... 96
4.9.1 Tratamento e revestimento de aberturas subterrâneas ..................................................... 96
4.9.2 Proteção contra poeira mineral ............................................................................................. 96
4.10 SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO ............................................................................................... 98
4.11 SINALIZAÇÃO DE ÁREAS DE TRABALHO E DE CIRCULAÇÃO .................................... 99
4.12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ....................................................................................................... 99
4.13 OPERAÇÕES COM EXPLOSIVOS E ACESSÓRIOS ................................................................ 99
4.14 LAVRA COM DRAGAS FLUTUANTES ....................................................................................101
4.15 DESMONTE HIDRÁULICO ........................................................................................................ 101
4.16 VENTILAÇÃO EM ATIVIDADES DE SUBSOLO..................................................................... 102
IX
4.17 BENEFICIAMENTO ...................................................................................................................... 103
4.18 DEPOSIÇÃO DE ESTÉRIL, REJEITOS E PRODUTOS ............................................................. 104
4.19 ILUMINAÇÃO ............................................................................................................................... 104
4.20 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E EXPLOSÕES ACIDENTAIS ..................................... 105
4.20.1 Prevenção de explosão de poeiras inflamáveis em minas subterrâneas de carvão .... 106
4.21 PROTEÇÃO CONTRA INUNDAÇÕES ..................................................................................... 107
4.22 EQUIPAMENTOS RADIOATIVOS ............................................................................................. 107
4.23 OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA ............................................................................................... 107
4.24 VIAS E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA ........................................................................................... 108
4.25 PARALISAÇÃO E RETOMADA DE ATIVIDADES NAS MINAS ......................................... 108
4.26 INFORMAÇÃO, QUALIFICAÇÃO E TREINAMENTO ......................................................... 109
4.27 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA MINERAÇÃO – 
 CIPAMIN......................................................................................................................................... 110
4.28 DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................................. 112
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 113
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 115
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 116
TÓPICO 2 – GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO ..................................... 117
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 117
2 PROCESSOS DE PRODUÇÃO .......................................................................................................... 117
2.1 CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS ............................................................................ 124
2.2 DEFINIÇÕES BÁSICAS E TERMOS UTILIZADOS EM CONTROLE DE PROCESSOS ...... 125
2.3 ESTRATÉGIAS DE CONTROLE ................................................................................................... 128
2.4 QUALIDADE DO CONTROLE ..................................................................................................... 129
2.5 SEGURANÇA PARA CONTROLE DE PROCESSOS ................................................................. 129
2.5.1 O papel do sistema de controle na segurança .................................................................... 131
2.5.2 Sistema de Intertravamento de Segurança (SIS) ................................................................ 132
3 GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO ......................................................... 132
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 136
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 138
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 139
UNIDADE 3 – CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, ALTURA, ELETRICIDADE E 
SINALIZAÇÃO INDUSTRIAL ................................................................................. 141
TÓPICO 1 – CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, FORNOS, SOLDAS E VENTILAÇÃO 
INDUSTRIAL .................................................................................................................... 143
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 143
2 CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO ............................................................................................. 143
3 FORNOS ................................................................................................................................................. 151
5 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ........................................................................................................... 163
5.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE VENTILAÇÃO .......................................................... 165
5.1.1 Ventilação natural ................................................................................................................... 165
5.1.2 Ventilação geral ....................................................................................................................... 166
5.1.3 Ventilação para conforto térmico ......................................................................................... 167
5.1.4 Ventilação geral diluidora ..................................................................................................... 167
5.1.5 Ventilação local exaustora ..................................................................................................... 168
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 170
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 172
X
TÓPICO 2 – TRABALHO EM ALTURA, ESPAÇO CONFINADO, TRABALHO COM 
ELETRICIDADE E SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ........................................... 175
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 175
2 TRABALHO EM ALTURA .................................................................................................................. 176
2.1 NORMAS E OUTROS REGULAMENTOS .................................................................................. 176
2.2 NORMA REGULAMENTADORA 35 – TRABALHO EM ALTURA ....................................... 177
3 ESPAÇO CONFINADO ....................................................................................................................... 185
3.1 NORMA REGULAMENTADORA 33 – SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM 
ESPAÇOS CONFINADOS .............................................................................................................. 186
4 TRABALHO COM ELETRICIDADE ................................................................................................ 192
4.1 SEGURANÇA EM PROJETOS ....................................................................................................... 196
4.2 SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO ....... 197
4.3 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS ................................. 199
4.4 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS ......................................... 199
4.5 TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO (AT) ................................................................ 200
4.6 HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS 
TRABALHADORES......................................................................................................................... 202
4.7 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO ....................................................................203
4.8 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ............................................................................................... 204
4.9 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO ........................................................................................... 204
4.10 SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA .................................................................................................. 205
4.11 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................ 205
4.12 DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................................................. 206
5 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ................................................................................................... 206
5.1 CORES PARA A SEGURANÇA .................................................................................................... 209
5.2 FORMAS DE SINALIZAÇÃO ....................................................................................................... 211
5.3 SINALIZAÇÃO BÁSICA ................................................................................................................ 212
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 216
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 218
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 221
1
UNIDADE 1
SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS 
E EQUIPAMENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
• conhecer a história da Segurança Industrial;
• compreender o cenário industrial;
• compreender o objetivo da Segurança Industrial;
• analisar os dados estatísticos de acidentes de trabalho.
Esta unidade está dividida em dois tópicos. Ao final de cada um deles você 
encontrará atividades que lhe auxiliarão na apropriação dos conhecimentos.
TÓPICO 1 - CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL
TÓPICO 2 - NORMAS E PROGRAMAS APLICÁVEIS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL
1 INTRODUÇÃO
Desde os tempos remotos o ser humano sofre com lesões, doenças e 
mutilação ocasionada pela atividade laboral. Durante a Revolução Industrial esse 
número de acidentes chegou a níveis alarmantes e com isso a Saúde e a Segurança 
do Trabalho passaram a ser estudadas. 
Hoje, muitas máquinas e equipamentos são utilizados nos processos 
industriais e são estes que mais provocam acidentes no ambiente laboral, seja 
pela desqualificação profissional ou pela negligência quanto aos quesitos de 
segurança. Com o avanço tecnológico, os riscos estão ficando menos óbvios, 
sendo necessário um maior cuidado para identificá-los de forma correta e avaliar 
as medidas de proteção adequadas. 
Os acidentes de trabalho ocorrem pelo mundo inteiro, não apenas no 
Brasil, porém a tratativa destes dados é muito precária. Apesar de ter ocorrido 
certa evolução neste campo, muito ainda há que se estudar para chegar de fato a 
uma neutralização de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. 
Muito se tem feito na área de Segurança do Trabalho, contudo é preciso 
fazer mais que identificar a causa e efeito dos riscos, é necessária a correta 
aplicação de gestão e das normas de segurança, sem demagogias.
Acidentes são acontecimentos previsíveis e evitáveis.
UNI
2 SEGURANÇA INDUSTRIAL
Após a Revolução Industrial houve um avanço significativo das tecnologias 
e no desenvolvimento de produtos para que se conseguisse atingir um número 
cada vez maior de consumidores. Nesta época, as indústrias ganharam força e 
a economia se transformou em capitalista, mudando as várias sociedades do 
mundo.
UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
4
Com o advento das indústrias, a forma de prestação de serviços se 
transformou. Eram empregados homens, mulheres e crianças, sem maiores 
preocupações com a qualidade do ambiente de trabalho, o que realmente 
importava era que as indústrias produzissem cada vez mais. Eram utilizadas 
máquinas complexas, para a época, e que exigiam significativa mão de obra para 
que entrassem em operação, muitas vezes se descuidando da segurança e saúde 
dos trabalhadores.
Em 1802, o Parlamento Britânico se viu forçado a criar uma lei sobre a 
saúde e moral dos aprendizes, estabelecendo uma jornada de trabalho de no 
máximo 12 horas, e proibiu o trabalho noturno, além de incorporar medidas de 
higiene nas indústrias. Porém, esta legislação não era cumprida, obrigando assim 
o Parlamento Britânico a elaborar uma nova lei para as fábricas, no intuito de 
fiscalizar essas e impor uma idade mínima para o trabalho (nove anos), também 
reafirmou a proibição das atividades noturnas e as 12 horas de trabalho diárias.
Em 1897 foi criada a Inspetoria das Fábricas, cujo intuito era o de realizar 
estudos sobre as doenças do trabalho e efetivar exames periódicos de saúde nos 
trabalhadores das indústrias desprovidas de serviço médico. Concomitantemente, 
em outros países eram adotadas legislações que defendiam a saúde do trabalhador.
Ainda no início deste século, o Brasil apresentava ambientes de trabalho 
insalubres, onde ocorriam muitos acidentes e doenças ligadas ao trabalho. O 
livro “A industrialização de São Paulo 1881-1945” relata que as estruturas em que 
foram instaladas algumas indústrias não eram apropriadas para tal finalidade, 
havia iluminação e ventilação precárias, não possuíam instalações sanitárias, não 
havia proteção nas engrenagens das máquinas, podendo ocorrer um acidente 
a qualquer instante. Junto a tudo isso, somava-se o cansaço dos trabalhadores, 
devido a exaustivas jornadas de trabalho, resultando em um número alarmante 
de acidentes de trabalho.
Em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) consagra-se e traz 
seu Capítulo V, destinado à Higiene e Segurança do Trabalho. Porém, só em 1972 
criou-se uma portaria que obrigava à existência de um Serviço de Segurança e 
Medicina do Trabalho nas empresas, sempre levando em consideração o número 
de funcionários e o grau de risco da mesma. Dessa forma, micro e pequenas 
empresas ficam desobrigadas de possuir este serviço, deixando cerca de 90% dos 
trabalhadores desassistidos.
Outro fator importante a ser levantado é que nestas pequenas empresas o 
investimento com segurança é quase nulo, o que resulta em uma exposição dos 
trabalhadores a agentes agressores mais significativos.
Estamos aqui falando de segurança no ambiente de trabalho, mas você 
sabe qual é o conceito de Segurança Industrial? A Segurança Industrial nada mais 
é do que o conjunto de medidas (técnicas, médicas e educacionais) que visam 
TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL
5
garantir uma condição ou estado seguro para realização das atividades laborais, 
que garantam uma qualidade de vida aos trabalhadores.
Atualmente existem vários sistemas de segurança industrial, dentre eles, 
equipamentos de sinalização, equipamentos que agem diretamente na proteção 
sobre o indivíduo, equipamentos que agem na proteção atuando no meio, 
mecanismos que agem sobre as partes móveis das máquinas, entre outros.
Apesar de todo o esforço para reduzir a zero os acidentes de trabalho, 
no meio industrial é quase impossível que isso ocorra, devido a diversos fatores 
(descuido, imprudência, negligência etc.). A Segurança Industrial visa reduzir a 
probabilidade de ocorrência de um acidente de trabalho e preparar os empregados 
e empregadores para agirem da melhor maneira possível, caso isso venha a 
ocorrer.
Em 2013, o número de acidentes de trabalho liquidados foi de aproximadamente 
737,4 mil acidentes, o que correspondeu a um aumento de 0,40% em relação a 2012. A 
assistência médica teve um decréscimo de 0,13% e os óbitos aumentaram 1,05% em relação 
a 2012. (BRASIL, 2014). Esses dadosmostram que os acidentes de trabalho constituem um 
problema bastante grave no Brasil.
IMPORTANT
E
A empresa tem por obrigação legal, e mais que isso, tem como dever, 
assegurar um ambiente saudável e seguro a todos os seus colaboradores. Para 
isso a Segurança Industrial vem auxiliar. Este ambiente saudável e seguro é de 
responsabilidade não só dos empregadores, como também dos trabalhadores, 
por isso a importância dos treinamentos e diálogos de segurança.
Ao se trabalhar em um ambiente com condições salubres e livres de riscos 
de acidentes, os ganhos são certos, através do aumento da produtividade, redução 
do custo final do trabalho, minimização de retrabalhos, diminuição de absenteísmo 
e, consequentemente, extinção de acidentes e/ou doenças ocupacionais.
3 OBJETIVO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL
Com o surgimento de novas indústrias, aumentaram-se os perigos 
inerentes a elas. São riscos não só à empresa e seus trabalhadores, mas também a 
toda comunidade circunvizinha, caso ocorra um sinistro.
UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
6
Para tentar neutralizar estes riscos vem a Segurança Industrial, que é 
composta por uma equipe multidisciplinar e tem como pressuposto que todas 
as atividades industriais ofereçam perigos e necessitem de uma gestão eficiente.
A Segurança Industrial tem como objetivo zelar pela saúde do trabalhador, 
realizando acompanhamentos médicos periódicos, efetuando vistorias e 
inspeções técnicas com a finalidade de ter um controle sobre os riscos. Apesar de 
todo o esforço, não podemos afirmar que nunca irá ocorrer um acidente, o que 
faz da Segurança Industrial um método subjetivo, cuja visão é o prevencionismo.
Uma das ferramentas que auxilia no trabalho da Segurança Industrial é 
a estatística, com ela é possível ter uma noção de qual setor é mais atingido por 
acidentes e quais suas possíveis causas, podendo assim agir sobre essas.
Dentre as atividades da Segurança Industrial podemos citar:
• Inovação tecnológica.
• Substituição de maquinários.
• Proteção de partes móveis de maquinário.
• Capacitação de trabalhadores.
• Controle de riscos, entre outros.
Vale ressaltar que nem sempre os empregadores investem em segurança 
como deveriam, muitas vezes essa área é vista como gasto, colocando em risco a 
vida dos trabalhadores. Por isso o Estado é o órgão competente para fiscalizar a 
segurança, porém isso nem sempre acontece, seja por negligência ou até mesmo 
corrupção.
4 CENÁRIO INDUSTRIAL
A Revolução Industrial modificou o arranjo social e econômico da 
sociedade e a qualidade de vida dos trabalhadores. Neste período ocorreu a troca 
do trabalho braçal pelo trabalho realizado através de maquinários. Pode-se dizer 
que a industrialização ocorreu em três períodos principais:
 1760 a 1850 – Ocorre a Revolução na Inglaterra, predominando a produção de 
bens de consumo e energia a vapor.
	1850 a 1900 – A Revolução alcança outros países (Bélgica, França, Ale manha, 
Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia). É o período onde ocorre a expansão das 
ferrovias, são desenvolvidas novas fontes energéticas e a produção de bens de 
consumo se amplia.
	1900 até hoje – As indústrias se multiplicam e são formadas as multinacionais. 
Ocorre uma automatização industrial, gerando um aumento na produção em 
série devido à expansão do consumo. As indústrias químicas e eletrônicas 
ganham destaque, juntamente com a engenharia genética e a robótica.
TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL
7
4 CENÁRIO INDUSTRIAL
Considerada como a terceira etapa da Revolução Industrial, a automação 
industrial, que associa os processos mecânicos à tecnologia de informação, 
transformou os modelos de produção industrial. Mas quais são estes modelos de 
produção? Para compreendê-los é necessário entender um pouco da origem do 
capitalismo. 
A Revolução Industrial e a evolução dos processos de produção deram 
origem ao capitalismo. Dentre várias linhas de pensamento a respeito do 
capitalismo, destacamos duas: por um lado, Werner Sombart diz que a estrutura 
do capitalismo está formada como a burguesia europeia se desenvolveu no final 
da Idade Média. Por outro lado, tem-se Karl Marx, que afirma que o capitalismo 
surgiu devido à abrupta desassociação entre os artesãos e os meios de produção, 
consolidando assim a burguesia e o processo capitalista.
Observa-se que a evolução do capitalismo elucida o processo histórico 
das estruturas produtivas mundiais. Sendo assim, veremos três dos modelos de 
produção industrial no século XX, dentre elas destacamos o Fordismo, Taylorismo 
e Toyotismo. Vamos estudar um pouco mais sobre cada um deles.
Fordismo - caracterizado pela produção em série, linhas de montagem, 
onde cada trabalhador é responsável por uma tarefa específica, a chamada 
“produção em massa”. As indústrias demandavam grandes áreas e complexo 
sistema de controle.
Taylorismo – caracterizado pela otimização da mão de obra através de 
sistemas técnicos impedindo a perda de tempo e lentidão dos trabalhadores.
Toyotismo – caracteriza-se pela terceirização de mão de obra, trabalha 
com estoques pequenos e regula as atividades diárias. Este tipo de processo 
possui um controle dinâmico, onde as peças são negociadas diariamente e o 
espaço industrial é descentralizado.
Agora que já entendemos um pouco mais sobre a evolução dos processos 
industriais no mundo, vamos observar o que ocorreu aqui no Brasil.
O processo de industrialização, no Brasil, teve seu início na década de 
30, após o declínio da produção cafeeira, e sua concretização ocorreu somente 
após a Segunda Guerra Mundial. No início o Brasil produzia apenas produtos 
que demandavam pouca tecnologia, por exemplo, indústria têxtil, alimentícia, 
fábricas de sabão e velas. O fortalecimento veio com o crescimento dos grandes 
centros urbanos e, consequentemente, com o aumento da demanda por bens 
de consumo. Outro fator que colaborou com o fortalecimento da indústria foi a 
imigração de europeus, que trouxeram consigo novos métodos de produção.
Já na segunda metade do século XX, as multinacionais 
começaram a migrar para o país, principalmente indústrias dos ramos 
automobilístico, químico, eletroeletrônica e farmacêutica. 
UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
8
Desde então o Brasil deixou de ser um país com características de produtor 
primário para se consagrar como país industrializado e com grandes centros 
urbanos.
A indústria, dependendo do tipo de processo industrial adotado, pode ser 
classifi cada em indústria de base, indústria intermediária, indústria de bens de consumo e 
a indústria de ponta. 
A indústria de base se refere à indústria extrativista e à indústria de bens de capital (produção 
de equipamentos para demais indústrias). Podemos citar como exemplo as mineradoras, 
petrolíferas, siderúrgicas, metalúrgicas, bem como as produtoras de energia elétrica.
A indústria intermediária produz peças e equipamentos para as indústrias de bens de 
consumo, como é o caso das indústrias que fabricam as peças para o setor automobilístico, 
peças para equipamentos eletrônicos, entre outros.
Já a indústria de bens de consumo é responsável pela produção que irá chegar ao 
consumidor fi nal. Neste setor podemos citar as indústrias de bens duráveis (automobilística, 
indústria de eletrodomésticos etc.) e as indústrias de bens não duráveis, que é o caso das 
indústrias têxteis, de alimentos, bebidas etc.
O setor industrial que utiliza alta tecnologia em seu processo de fabricação é conhecido 
como indústria de ponta. A mão de obra utilizada é especializada e os investimentos em 
pesquisas, tanto para a fase de investimento quanto para a produção, são altos. Exemplos 
de indústrias de ponta são as de fabricação de aviões, satélites, equipamentos eletrônicos 
e outras.
Cada tipo de indústria possui suas particularidades no emprego de mão de obra, maquinário, 
equipamentos e investimentos. 
IMPORTANT
E
4.1 MAQUINÁRIO E OS ACIDENTES DE TRABALHO
Todos os anos ocorrem inúmeros acidentesde trabalho, sejam eles 
típicos, de trajeto ou doenças ocupacionais, que resultam em lesões provocando 
a incapacidade laboral ou até mesmo a morte do trabalhador. O Anuário de 
Estatística da Previdência Social (2013) traz o número de acidentes de trabalho 
ocorridos no referido ano, dividido pelo tipo de acidente, ramo de atividade, 
CIDs com maior ocorrência, entre outros. 
Segundo o Anuário de Estatística da Previdência Social (2013, p. 529):
Durante o ano de 2012 foram registrados no INSS cerca de 705,2 mil 
acidentes do trabalho. Comparado com 2011, o número de acidentes de trabalho 
teve decréscimo de 2,14%. O total de acidentes registrados com CAT diminuiu 
em 0,48% de 2011 para 2012. Do total de acidentes registrados com CAT, os 
acidentes típicos representaram 78,32%; os de trajeto 18,92% e as doenças do 
trabalho 2,76%. As pessoas do sexo masculino participaram com 74,25% e as 
Durante o ano de 2012 foram registrados no INSS cerca de 705,2 mil 
acidentes do trabalho. Comparado com 2011, o número de acidentes de trabalho 
teve decréscimo de 2,14%. O total de acidentes registrados com CAT diminuiu 
em 0,48% de 2011 para 2012. Do total de acidentes registrados com CAT, os 
acidentes típicos representaram 78,32%; os de trajeto 18,92% e as doenças do 
trabalho 2,76%. As pessoas do sexo masculino participaram com 74,25% e as 
TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL
9
4.1 MAQUINÁRIO E OS ACIDENTES DE TRABALHO
pessoas do sexo feminino com 25,74% nos acidentes típicos; 62,82% e 37,18% 
nos de trajeto; e 60,36% e 39,64% nas doenças do trabalho. Nos acidentes típicos 
e nos de trajeto, a faixa etária decenal com maior incidência de acidentes foi a 
constituída por pessoas de 20 a 29 anos com, respectivamente, 35,1% e 38,2% 
do total de acidentes registrados. Nas doenças de trabalho a faixa de maior 
incidência foi a de 40 a 49 anos, com 32,5% do total de acidentes registrados.
Em 2012, os subgrupos da CBO com maior número de acidentes 
típicos foram os de ‘Trabalhadores de funções transversais’ e ‘Trabalhadores 
dos serviços’, com 14,4% e 14,9%, respectivamente. No caso dos acidentes de 
trajeto, o maior número ocorreu no subgrupo ‘Trabalhadores dos serviços’, 
com 18,8%, e nas doenças do trabalho foi o subgrupo ‘Escriturários’, com 
14,3%. 
Na distribuição por setor de atividade econômica, o setor 
‘Agropecuária’ participou com 4% do total de acidentes registrados com 
CAT, o setor ‘Indústria’ com 46% e o setor ‘Serviços’ com 50%, excluídos 
os dados de atividade ‘ignorada’. Nos acidentes típicos, os subsetores com 
maior participação nos acidentes foram ‘Comércio e reparação de veículos 
automotores’, com 12,1% e ‘Saúde e serviços sociais’, com 11,6% do total. Nos 
acidentes de trajeto, as maiores participações foram dos subsetores ‘Comércio 
e reparação de veículos automotores’ e ‘Serviços prestados principalmente 
a empresa’ com, respectivamente, 18,4% e 14,0%, do total. Nas doenças de 
trabalho, foram os subsetores ‘Atividades fi nanceiras’, com participação de 
17,9%, e ‘Fabricação de veículos e equipamentos de transporte’, com 12,6%. 
No ano de 2012, dentre os 50 códigos de CID com maior incidência nos 
acidentes de trabalho, os de maior participação foram ferimento do punho e 
da mão (S61), fratura ao nível do punho ou da mão (S62) e dorsalgia (M54), 
com, respectivamente, 9,84%, 6,99% e 5,02% do total. Nas doenças do trabalho 
os CID mais incidentes foram lesões no ombro (M75), sinovite e tenossinovite 
(M65) e dorsalgia (M54), com 21,08%, 13,85% e 6,93% do total.
As partes do corpo com maior incidência de acidentes de motivo típico 
foram o dedo, a mão (exceto punho ou dedos) e o pé (exceto artelhos) com, 
respectivamente, 30,05%, 8,62% e 7,68%. Nos acidentes de trajeto, as partes 
do corpo mais atingidas foram partes múltiplas, joelho e pé (exceto artelhos) 
com, respectivamente, 11,45%, 8,56% e 8,53%. Nas doenças do trabalho, as 
partes do corpo mais incidentes foram o ombro, o dorso (inclusive músculos 
dorsais, coluna e medula espinhal) e membros superiores, não informado, 
com 18,16%, 11,91% e 10,98%, respectivamente.
Em 2012, o número de acidentes de trabalho liquidados atingiu 724,2 
mil acidentes, o que correspondeu a um decréscimo de 2,30% em relação a 
2011. A assistência médica aumentou 6,15% e os óbitos diminuíram 7,05% em 
relação a 2011. As incapacidades temporárias e permanentes decresceram, 
respectivamente, 3,42% e 11,42%.
pessoas do sexo feminino com 25,74% nos acidentes típicos; 62,82% e 37,18% 
nos de trajeto; e 60,36% e 39,64% nas doenças do trabalho. Nos acidentes típicos 
e nos de trajeto, a faixa etária decenal com maior incidência de acidentes foi a 
constituída por pessoas de 20 a 29 anos com, respectivamente, 35,1% e 38,2% 
do total de acidentes registrados. Nas doenças de trabalho a faixa de maior 
incidência foi a de 40 a 49 anos, com 32,5% do total de acidentes registrados.
Em 2012, os subgrupos da CBO com maior número de acidentes 
típicos foram os de ‘Trabalhadores de funções transversais’ e ‘Trabalhadores 
dos serviços’, com 14,4% e 14,9%, respectivamente. No caso dos acidentes de 
trajeto, o maior número ocorreu no subgrupo ‘Trabalhadores dos serviços’, 
com 18,8%, e nas doenças do trabalho foi o subgrupo ‘Escriturários’, com 
14,3%. 
Na distribuição por setor de atividade econômica, o setor 
‘Agropecuária’ participou com 4% do total de acidentes registrados com 
CAT, o setor ‘Indústria’ com 46% e o setor ‘Serviços’ com 50%, excluídos 
os dados de atividade ‘ignorada’. Nos acidentes típicos, os subsetores com 
maior participação nos acidentes foram ‘Comércio e reparação de veículos 
automotores’, com 12,1% e ‘Saúde e serviços sociais’, com 11,6% do total. Nos 
acidentes de trajeto, as maiores participações foram dos subsetores ‘Comércio 
e reparação de veículos automotores’ e ‘Serviços prestados principalmente 
a empresa’ com, respectivamente, 18,4% e 14,0%, do total. Nas doenças de 
trabalho, foram os subsetores ‘Atividades fi nanceiras’, com participação de 
17,9%, e ‘Fabricação de veículos e equipamentos de transporte’, com 12,6%. 
No ano de 2012, dentre os 50 códigos de CID com maior incidência nos 
acidentes de trabalho, os de maior participação foram ferimento do punho e 
da mão (S61), fratura ao nível do punho ou da mão (S62) e dorsalgia (M54), 
com, respectivamente, 9,84%, 6,99% e 5,02% do total. Nas doenças do trabalho 
os CID mais incidentes foram lesões no ombro (M75), sinovite e tenossinovite 
(M65) e dorsalgia (M54), com 21,08%, 13,85% e 6,93% do total.
As partes do corpo com maior incidência de acidentes de motivo típico 
foram o dedo, a mão (exceto punho ou dedos) e o pé (exceto artelhos) com, 
respectivamente, 30,05%, 8,62% e 7,68%. Nos acidentes de trajeto, as partes 
do corpo mais atingidas foram partes múltiplas, joelho e pé (exceto artelhos) 
com, respectivamente, 11,45%, 8,56% e 8,53%. Nas doenças do trabalho, as 
partes do corpo mais incidentes foram o ombro, o dorso (inclusive músculos 
dorsais, coluna e medula espinhal) e membros superiores, não informado, 
com 18,16%, 11,91% e 10,98%, respectivamente.
Em 2012, o número de acidentes de trabalho liquidados atingiu 724,2 
mil acidentes, o que correspondeu a um decréscimo de 2,30% em relação a 
2011. A assistência médica aumentou 6,15% e os óbitos diminuíram 7,05% em 
relação a 2011. As incapacidades temporárias e permanentes decresceram, 
respectivamente, 3,42% e 11,42%.
UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
10
Como pudemos observar, houve um acréscimo no número de acidentes 
entre os anos de 2010 e 2011, porém em 2012 esse número voltou a se reduzir, 
conforme mostra a Figura 1.
FIGURA 1 - NÚMERO DE ACIDENTES DE TRABALHO OCORRIDOS ENTRE 
2010 E 2012 
FONTE: A autora (2014)
Dentre os acidentes típicos, a grande maioria é causada por máquinas e 
equipamentos. Podemos chegar a esta conclusão ao observar que há um grande 
número de lesões em dedos e mãos.
As máquinas e equipamentos possuem papel relevante na ocorrência de 
acidentesde trabalho.
NOTA
O que se pode fazer para diminuir ainda mais esse número de acidentes?
UNI
TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL
11
4.1.1 Tipos de Maquinários
Ainda nos dias atuais o número de acidentes de trabalho é alarmante, e 
suas consequências vão desde lesões temporárias, até mesmo a morte de muitos 
trabalhadores. Os acidentes ocorridos no setor da indústria corresponderam a 
46% do total de acidentes registrados em 2011. Muitos destes acidentes são 
decorrentes da utilização de máquinas e equipamentos antigos e sem nenhuma 
segurança.
Mendes (2001) identificou quais as máquinas que apresentavam maior 
relevância no quadro de acidentes de trabalho, e a partir disso ele elaborou 
um quadro com os maquinários considerados mais antigos e inseguros que 
contribuem para a mutilação dos trabalhadores. Foram estudadas pequenas e 
médias empresas brasileiras.
Mendes (2001, p. 19) apresentou a tabela que segue, com nove tipos de 
maquinários.
UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
12
MÁQUINÁRIO OU 
EQUIPAMENTO
UTILIZAÇÃO SETORIAL 
E/OU GEOGRÁFICA 
PREDOMINANTE
PRINCIPAIS PROBLEMAS RELACIONADOS COM A 
SEGURANÇA DO TRABALHO
1. PRENSAS:
Máquinas, ferramentas, nas 
quais o material, placa ou chapa 
é trabalhado sob operações de 
conformação ou corte que se 
sucedem entre a parte superior 
ou inferior da ferramenta a qual 
é fixada a um membro recíproco 
denominado martelo.
Segundo o tipo de transmissão 
de força, as prensas são 
classificadas em: 
•prensas mecânicas 
("excêntricas");
•prensas com embreagem à 
fricção;
•prensas hidráulicas; e
•prensas pneumáticas.
A maioria das prensas do 
parque industrial nacional 
é constituída por prensas 
excêntricas (as mais perigosas). 
Segundo sua capacidade, as 
prensas mecânicas classificam-
se em:
Prensas leves (até 50t);
Prensas médias (de 50 a 500 t);
Prensas de grande porte (acima 
de 500t).
O tipo de acionamento pode 
ser: por pedais; por botoeira 
simples; por comando 
bimanual, ou por acionamento 
contínuo.
•Metalurgia básica (CNAE 
Grupo 27);
•fabricação de produtos de 
metal (CNAE Grupo 28);
•fabricação de máquinas e 
equipamentos (CNAE Grupo 
29);
•fabricação de máquinas para 
escritório e equipamentos de 
informática (CNAE Grupo 30);
•fabricação de máquinas, 
aparelhos e materiais elétricos 
(CNAE Grupo 31);
•fabricação e montagem 
de veículos automotores, 
reboques e carrocerias (CNAE 
Grupo 34);
•fabricação de outros 
equipamentos de transporte 
(CNAE Grupo 35);
•fabricação de móveis com 
predominância de metal 
(CNAE Grupo 36.12-9).
Todas estas atividades têm 
distribuição nacional, e 
concentram-se em pequenas e 
médias empresas.
A prensa excêntrica tem seus riscos acentuados pela 
velocidade de descida do martelo e, também, pelo 
mecanismo de chaveta rotativa, peça que, sujeita à fadiga 
e à propagação de trinca, caracteriza a acentuação no risco 
de “repique” da prensa.
A prensa hidráulica, normalmente dotada de menor 
velocidade de descida, apresenta acentuação de risco de 
outra natureza: devido ao seu porte, permite o acesso 
da cabeça e mesmo do corpo do operador à trajetória do 
êmbolo.
No acionamento por pedais, as mãos ficam livres para 
o acesso à zona de prensagem e se dá facilmente, até 
mesmo por um esbarrão; na botoeira simples (há um 
botão de acionamento), uma das mãos fica livre para o 
acesso à zona de prensagem; no comando bimanual (há 
dois botões de acionamento, que devem ser pressionados 
ao mesmo tempo), as duas mãos estão ocupadas; no 
acionamento contínuo, não há necessidade da ação do 
homem para dar início a cada ciclo, fato que acentua 
imensamente o risco nos casos de alimentação não 
automática, uma vez que o operador deve alimentar e 
retirar a peça sincronizadamente com o movimento de 
subida do martelo.
As medidas de proteção no trabalho com prensas incluem, 
basicamente, os seguintes recursos tecnológicos:
•ferramentas fechadas;
•enclausuramento da zona de prensagem, com fresta 
que permita apenas o ingresso do material e não da mão 
humana;
•mão mecânica;
•sistema de gaveta;
•sistema de alimentação por gravidade e de remoção 
pneumática;
•sistema de bandeja rotativa (tambor de revólver);
•transportador de alimentação ou robótica;
•cortina de luz com autoteste;
•comando bimanual com simultaneidade e autoteste, que 
garanta a vida útil do comando.
2. MÁQUINAS DE 
TRABALHAR MADEIRAS – 
SERRAS CIRCULARES
•Construção civil (CNAE 
Grupo 45) – distribuição 
nacional;
•fabricação de artigos de 
mobiliário (móveis com 
predominância de madeira 
(CNAE Grupo 36.11-0) – 
distribuição nacional;
•fabricação de produtos de 
madeira (CNAE Grupo 20) – 
distribuição nacional;
•comércio atacadista de 
madeira etc. (CNAE Grupo 
51.53-5).
A proteção no trabalho próximo às lâminas das serras 
circulares pode ser de dois tipos: a que se localiza sob a 
mesa de máquina e a que se localiza sobre a mesa.
A inexistência de coifa e de cutelo gera uma situação de 
grave e iminente risco para os trabalhadores.
TABELA 1 - QUADRO SINÓTICO DO MAQUINÁRIO OBSOLETO E INSEGURO MAIS 
FREQUENTEMENTE INCRIMINADO NA CAUSAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO GRAVES E 
INCAPACITANTES, EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS DO PARQUE INDUSTRIAL BRASILEIRO
TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL
13
MÁQUINÁRIO OU 
EQUIPAMENTO
UTILIZAÇÃO SETORIAL 
E/OU GEOGRÁFICA 
PREDOMINANTE
PRINCIPAIS PROBLEMAS RELACIONADOS COM A 
SEGURANÇA DO TRABALHO
3. MÁQUINAS 
DE TRABALHAR 
MADEIRAS – TUPIAS E 
DESEMPENADEIRAS:
A máquina denominada tupia 
é empregada principalmente na 
confecção de molduras.
A função das desempenadeiras 
é basicamente ajustar ou 
endireitar a peça de madeira 
bruta. Ela também pode servir 
para operações de acabamento e 
execução de chanfro.
O seu princípio fundamental 
de projeto e concepção baseia-
se em duas mesas de trabalho, 
situadas em níveis diferentes, 
representando a profundidade 
do passo de corte. 
•Construção civil (CNAE 
Grupo 45) – distribuição 
nacional;
•fabricação de artigos de 
mobiliário (móveis com 
predominância de madeira) 
(CNAE Grupo 36.11-0) – 
distribuição nacional;
•fabricação de produtos de 
madeiras (CNAE Grupo 20) – 
distribuição nacional.
Os acidentes de trabalho ocorrem com frequência 
acentuada na variação da resistência de penetração da 
madeira. Por qualquer motivo, a peça trabalhada sofre 
retrocesso violento, conduzindo as mãos do operador à 
zona de risco, produzindo um grave acidente, se esta não 
se encontrar devidamente protegida.
Portanto, há duas zonas de risco distintas na 
desempenadeira, que se localizam na sua parte frontal 
e na traseira da guia. Este último elemento serve como 
referência vertical para apoio da peça, e pode ser ajustado 
ao longo do porta-ferramentas.
Frequentemente, as guias são inclinadas em 45 graus. A 
proteção situada na frente da guia deve ser apoiada ou 
fixada sobre o canto da mesa de saída ou ainda ao lado da 
estrutura da máquina. Esses protetores situados na frente 
da guia têm a característica de serem regulados no sentido 
lateral e na altura, de forma manual.
Normalmente, os protetores possuem regulagem em 
altura, um dispositivo elástico que torna esta função 
praticamente semiautomática, ou seja, após o desbaste, 
o protetor retorna à sua posição original, à qual ele tinha 
sido ajustado.
Quanto ao protetor situado na parte traseira da guia, 
ele deve ser solidário à mesma, de modo que qualquer 
deslocamento dela implique também a movimentação 
do protetor. Enfim, o protetor não deve permitir que 
haja acesso à região da lâmina, e também não dificultar a 
inclinação da guia. 
4. INJETORAS DE PLÁSTICO:
Máquina injetora é a utilizada 
para fabricação descontínua 
de produtos moldados, pela 
injeção de material plastificado 
no molde, que contém uma 
ou mais cavidades, em que o 
produto é formado.
Esses produtos podem ser 
moldados em termoplásticos ou 
termofixos. A máquina injetora 
consiste, essencialmente, 
da unidade de fechamento, 
unidade de injeção, sistemas de 
acionamento e controle.
•Fabricação de produtosde 
plástico (CNAE Grupo 25.2) 
– distribuição nacional, em 
todas as áreas com indústrias, 
principalmente pequenas e 
médias. 
As proteções são dispositivos mecânicos que impedem o 
acesso nas áreas dos movimentos de risco.
Elas podem ser fixas, quando fixadas mecanicamente 
à injetora, cuja remoção ou deslocamento somente é 
possível com o auxílio de ferramentas; ou móveis, as 
quais impedem o acesso à área dos movimentos de risco 
quando fechadas, podendo ser deslocadas e permitir 
então o acesso a esta área.
Os dispositivos de proteção obrigatórios, para a área 
do molde, incluem proteções móveis dotadas de, pelo 
menos, dois sensores de posição, e segurança mecânica ou 
sistema hidráulico de segurança adicional. Para a unidade 
de fechamento, devem ser colocadas proteções fixas ou 
móveis. Se móveis, deverão ser dotadas de pelo menos 
um sensor de posição para interromper o acionamento do 
motor principal da máquina, quando abertas as proteções; 
devem ser também aplicadas proteções para as máquinas 
hidráulicas de comando manual: proteção fixa no lado 
posterior ao da operação da máquina, cobrindo toda a 
área de risco; proteção móvel, no lado de operação da 
máquina, que protege toda a área de risco.
Pela Convenção Coletiva sobre Segurança em Máquinas 
Injetoras de Plástico, as indústrias de transformação do 
Setor Plástico (Estado de São Paulo) comprometeram-se a 
instalar, quando desprovido, dispositivos de segurança, 
de modo a impedir a exposição do operador a riscos, para 
evitar acidentes, conforme especificado no documento 
“Requisitos de Segurança para Máquinas Injetoras de 
Plástico”.
Por outro lado, os fabricantes de máquinas injetoras 
comprometeram-se a cumprir os requisitos do Anexo da 
Convenção, em todas as máquinas novas colocadas para 
comercialização.
UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
14
MÁQUINÁRIO OU 
EQUIPAMENTO
UTILIZAÇÃO SETORIAL 
E/OU GEOGRÁFICA 
PREDOMINANTE
PRINCIPAIS PROBLEMAS RELACIONADOS COM A 
SEGURANÇA DO TRABALHO
5. GUILHOTINAS:
As guilhotinas são máquinas-
ferramentas para corte, 
principalmente de chapas ou 
lâminas de metal, podendo 
também ser empregadas no 
corte de papel, papelão e, em 
algumas situações, couro e 
plásticos.
•Metalurgia básica (CNAE 
Grupo 27);
•fabricação de produtos de 
metal (CNAE Grupo 28);
•fabricação de máquinas e 
equipamentos (CNAE Grupo 
29);
•fabricação de máquinas para 
escritório e equipamentos de 
informática (CNAE Grupo 30);
•fabricação de máquinas, 
aparelhos e materiais elétricos 
(CNAE Grupo 31);
•fabricação e montagem 
de veículos automotores, 
reboques e carrocerias (CNAE 
Grupo 34);
•fabricação de outros 
equipamentos de transporte 
(CNAE Grupo 35);
•fabricação de móveis com 
predominância de metal 
(CNAE Grupo 36.12-9).
Todas essas atividades têm 
ampla distribuição nacional e 
concentram-se em pequenas e 
médias empresas. 
As medidas de prevenção aplicam-se de forma diferente 
para os modelos de guilhotinas de concepção antiga 
(operadas a pedal e alavanca) e de concepção nova 
(comando bimanual sincronizado).
As proteções podem ser do tipo fixo (preferidas), ou do 
tipo móvel, quando há necessidade de corte de placas de 
pequena dimensão. O essencial é cobrir a parte frontal em 
toda a extensão da região da lâmina, não desprezando 
a importância de conferir proteção à seção traseira da 
máquina.
6. CALANDRAS E 
CILINDROS:
Calandras e cilindros são 
máquinas utilizadas com o 
propósito de atingir a espessura 
desejada para a sequência do 
processo.
A tarefa da laminação de 
massa (“cilindros de massa”) 
efetua-se entre dois cilindros 
girando em sentido inverso, 
sendo que o cilindro inferior 
é estático, enquanto o 
superior tem a característica 
regulável, de acordo com a 
espessura pretendida. Sua 
aplicação e funcionamento são 
encontrados em uma variedade 
de atividades, que vão desde 
o trabalho em lavanderias, 
metalúrgicas, indústrias 
alimentícias e de borracha até as 
padarias.
•Fabricação de produtos 
de padaria, confeitaria e 
pastelaria; fabricação de 
biscoitos e bolachas (CNAE 
Grupos 15.81-4 e 15.82-2, 
principalmente) – distribuição 
nacional; micro e pequenas 
empresas;
•lavanderias e tinturarias 
(CNAE Grupo 93.01-7) – 
distribuição nacional, micro e 
pequenas empresas (máquinas 
de lavar, centrífugas, 
secadoras rotativas, 
passadeiras e calandras).
•Na família de calandras e cilindros, o risco reside na 
região de convergência dos cilindros, onde pode haver 
o aprisionamento das partes avançadas dos membros 
superiores;
•além desse, há outro risco presente em determinados 
tipos de máquinas mais velhas, que é o contato com o 
cilindro secador, cuja temperatura da superfície pode 
atingir de 80º a 140ºC. O princípio de proteção para essas 
máquinas é similar ao adotado para outras do mesmo 
grupo, notadamente para as máquinas no processamento 
de borracha. Da forma mais elementar, a recomendação 
mais indicada é a instalação de uma barra, que pode ser 
articulada (como um pêndulo), situada no máximo a 10 
cm da superfície da mesa. Qualquer avanço da mão sob 
essa barra aciona dois dispositivos elétricos que param o 
motor.
Há uma distância de segurança a ser respeitada, em 
face da inércia da máquina para a completa parada dos 
cilindros;
•segundo o Anexo II da NR 12, os cilindros de massa 
fabricados e importados deverão dispor dos seguintes 
dispositivos de segurança:
a) proteção para as áreas dos cilindros;
b) dispositivos para proteção na limpeza (idem);
c) proteção elétrica;
d) proteção das polias;
e) indicador visual.
OBS.: as especificações técnicas estão anexadas ao texto 
da NR.
TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL
15
MÁQUINÁRIO OU 
EQUIPAMENTO
UTILIZAÇÃO SETORIAL 
E/OU GEOGRÁFICA 
PREDOMINANTE
PRINCIPAIS PROBLEMAS RELACIONADOS COM A 
SEGURANÇA DO TRABALHO
7. MOTOSSERRAS
•Silvicultura, exploração 
florestal e serviços 
relacionados com essas 
atividades (CNAE Grupo 
02.1) – ampla distribuição, com 
predomínio nas regiões Norte 
e Centro-Oeste;
•secundariamente, 
fabricação de produtos de 
madeira (CNAE Grupo 20) – 
distribuição nacional.
A Portaria MTB nº 1.473, de 8.12.93, instituiu a Comissão 
Tripartite responsável por propor medidas para melhoria 
das condições de trabalho no uso de motosserras.
Segundo o Anexo I da NR 12, as motosserras fabricadas e 
importadas, para comercialização no país, deverão dispor 
dos seguintes dispositivos de segurança:
a) freio manual de corrente;
b) pino pega corrente;
c) protetor da mão direita;
d) protetor da mão esquerda;
e) trava de segurança do acelerador.
8. IMPRESSORAS
Edição e impressão de jornais, 
revistas, livros e de outros 
produtos gráficos (CNAE 
Grupo 22.1):
•impressão e serviços conexos 
para terceiros (impressão 
de jornais, revistas, livros, 
material escolar e material 
para usos industrial e 
comercial; execução de outros 
serviços gráficos) (CNAE 
Grupo 22.2).
Todas essas atividades têm 
ampla distribuição geográfica 
no país.
Os riscos de origem mecânica concentram-se na região 
de impressão, pela formação de zonas de convergência, 
comum nos mecanismos onde há cilindros em rotação. 
Portanto, nessas regiões e principalmente em momentos 
de intervenção sobre elas, há o risco de arrasto e 
esmagamento entre os cilindros e os rolos;
cisalhamento e choques pelos mecanismos (correntes, 
transportadoras), principalmente nas tarefas de 
alimentação e retirada de folhas.
Os riscos de ordem mecânica não se limitam às atividades 
de operação, mas, sobretudo nas execuções dos serviços 
de regulagem, limpeza e trabalho de manutenção. Dentre 
as medidas fundamentais de prevenção, incluem-se:
a) impedimento do acesso às regiões de convergência dos 
cilindros, pela aplicação de barras fixas;
b) cobertura das áreas de acesso residual, com barreiras 
complementares (telas, acrílico). Esses protetores 
permitem a existência de passagens ou orifícios para a 
introdução de ferramentas, não possibilitando o ingresso 
de qualquer parte do corpo.
Todos os elementos móveis da máquina (correntes,árvores, engrenagens) devem ser cobertos por protetores 
fixos que impeçam o acesso aos mesmos.
9. MÁQUINAS DE 
DESCORTICAR E DESFIBRAR 
O SISAL
•Atividades de serviços 
relacionados com a 
Agricultura (CNAE 01.61-9);
•beneficiamento de outras 
fibras têxteis naturais (CNAE 
17.19-1).
Essas atividades estão 
presentes em regiões de 
cultura e beneficiamento do 
sisal, as quais predominam 
em zonas rurais e pequenos 
municípios dos estados da 
Região Nordeste.
Desde 1984 vêm sendo desenvolvidos pela Fundacentro 
dispositivos de proteção na boca de alimentação da 
máquina “paraíba” de descortiçar e desfibrar o sisal, com 
distintas configurações.
A Fundacentro planejou em 1997 uma nova ação voltada 
ao setor de sisal (...).
Na década de 80, a Fundacentro desenvolveu um 
dispositivo de proteção para ser colocado na boca 
de alimentação da máquina de desfibrar o sisal, que 
praticamente resolvia o problema. Mas a dificuldade 
de operar a máquina com o dispositivo fez com que a 
proteção fosse abandonada. Agora a proposta é ir mais 
fundo no problema, em parceria com outras entidades, 
por meio do “Projeto Integrado para o Desenvolvimento 
da Agroindústria Sisaleira”, que se propõe a estudar 
desde os problemas socioeconômicos, até novos usos para 
a fibra.
(FUNDACENTRO, 1997/98a).
FONTE: Adaptado de: MENDES (2001)
Vejamos algumas imagens (exemplos) das máquinas mencionadas acima:
UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
16
FIGURA 2 - PRENSA EXCÊNTRICA DESPROTEGIDA
FONTE: Disponível em: <http://www.cobrasmaq.com.br>. 
Acesso em: 3 nov. 2014
FIGURA 3 - SERRA CIRCULAR DE MESA SEM PROTEÇÃO
FONTE: Disponível em: <http://images.quebarato.com.br/>. Acesso em: 3 
nov. 2014
TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL
17
FIGURA 4 - GUILHOTINA INDUSTRIAL
FONTE: Disponível em: <http://novaesperanza.olx.com.br>. Acesso em: 3 nov. 
2014
FIGURA 5 - INJETORA DE PLÁSTICO
FONTE: Disponível em: <http://jie.itaipu.gov.br>. Acesso em: 3 nov. 2014
UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
18
FIGURA 6 - CALANDRA INDUSTRIAL
FONTE: Disponível em: <http://ferramentavitalicia.com>. Acesso em: 3 nov. 2014
FIGURA 7 - IMPRESSORA INDUSTRIAL
FONTE: Disponível em: <http://www.braskraft.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2014
TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL
19
FIGURA 8 - DESFIBRADOR DE SISAL COM PROTEÇÃO
FONTE: Disponível em: <http://blogdojaziel.blogspot.com.br> Acesso 
em: 3 nov. 2014
Existem muitos riscos mecânicos criados pelas partes móveis dos diferentes 
tipos de máquinas. O contato com as partes móveis das máquinas é considerado como 
fonte de mais de 10% de todos os acidentes ocupacionais na Suécia, a partir de 1979, 
quando este item foi incluído na estatística sobre a origem das lesões ocupacionais (B A C 
S T R Ö M & DÖÖS, 1998).
IMPORTANT
E
Como se pode observar, muitas máquinas e equipamentos são antigos e 
precisam de proteções contra acidentes. No Brasil existe a Norma Regulamentadora 
nº 12, que dá as diretrizes para as proteções em máquinas e equipamentos. 
O principal objetivo desta norma é:
12.1. Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências 
técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir 
a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos 
mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases 
de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os 
tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição 
e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, 
sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas 
Regulamentadoras - NR aprovadas pela Portaria n.º 3.214, de 8 de 
junho de 1978, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão 
destas, nas normas internacionais aplicáveis. (BRASIL, NR 12, 2011).
UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
20
Logo, deve-se projetar as medidas preventivas segundo as referências 
técnicas da NR 12 e por uma equipe multidisciplinar, pois é necessário identificar 
os riscos, analisar qual a melhor forma de adequação da máquina de maneira 
que não dificulte a produção, pois, muitas vezes, envolve a parte elétrica destas 
máquinas. Deve-se envolver também o operador destas máquinas, pois ele 
conhece o processo dessa e as atividades que são desenvolvidas naquele posto 
de trabalho, contribuindo assim para melhorar esta adequação. Nunca podemos 
esquecer que após implantada a proteção, os operadores destes equipamentos 
devem receber os devidos treinamentos.
Vale ressaltar que a adaptação das máquinas que já estão em 
funcionamento é muito cara e mais complexa. 
21
Neste tópico vimos:
• A ascensão das indústrias no Brasil e suas consequências. 
• O principal objetivo da Segurança Industrial e qual sua aplicação junto às 
empresas. 
• O cenário industrial e sua evolução.
• Os números alarmantes de acidentes de trabalho que ocorrem ainda hoje no 
Brasil, bem como o maquinário que mais gera acidentes.
• O maquinário e seus principais riscos e medidas de segurança.
A partir de agora, você, acadêmico, pode começar a exercitar seu senso 
crítico e analisar algumas máquinas e equipamentos e definir qual é a melhor 
proteção para cada um.
RESUMO DO TÓPICO 1
22
1 Sabe-se que a Revolução Industrial teve grande importância no cenário 
mundial no que se refere à Segurança do Trabalho. Descreva essa importância.
2 Nesses últimos anos, muitos acidentes de trabalho ocorreram, porém em 
2012 houve um decréscimo nesse número. Por que esse número se reduziu? 
Dê sua opinião.
3 Algumas máquinas, utilizadas nas empresas, são velhas e sem proteção. 
Quais as principais proteções que devem ser empregadas?
4 Todo ambiente laboral possui riscos que podem estar visíveis ou não. As 
máquinas e equipamentos são os que mais apresentam riscos à integridade 
física do colaborador. Pesquise e cite mais algumas máquinas que você 
julgue importantes neste cenário, bem como os riscos nelas contidos.
AUTOATIVIDADE
23
TÓPICO 2
NORMAS E PROGRAMAS APLICÁVEIS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
No tópico 2, você, acadêmico, conhecerá sobre as normas aplicáveis 
à segurança industrial, principalmente as questões pertinentes à segurança de 
máquinas e equipamentos, utilizadas nos mais variados ramos de atividades das 
indústrias.
Conhecerá sobre as Normas Regulamentadoras, mas principalmente e 
mais aprofundado, sobre as que envolvem os métodos de proteção à saúde dos 
trabalhadores, bem como de prevenção aos riscos de acidentes e de proteção das 
máquinas e equipamentos mais agressores aos seus operadores (trabalhadores).
Acidentes de trabalho trazem prejuízos e danos à sociedade, empresas que 
perdem com a produção e pela ausência de seus trabalhadores, acometidos por 
doenças ocupacionais e/ou acidentes, mas principalmente os trabalhadores, que 
adoecem, perdem sua capacidade de suprir sua família, e sentem-se inutilizados, 
ou, na maioria das vezes, incapacitados ao trabalho permanentemente.
A segurança do trabalho é uma obrigação de todos os participantes neste 
cenário de produção de bens e serviços.
2 NORMAS APLICÁVEIS
Nos dias de hoje, o progresso tecnológico e as intensas pressões 
competitivas conduzem a mudanças rápidas nas condições, nos processos e na 
organização do trabalho. A legislação é essencial, mas insuficiente em si para lidar 
com essas mudanças ou acompanhar os passos dos novos riscos. As organizações 
também devem ser capazes de enfrentar continuamente os desafios da segurança 
e saúde no trabalho e transformar respostas efetivas em partes permanentes de 
estratégias de gestão dinâmicas (FUNDACENTRO, 2005).
“Na Inglaterra, cerca de 33% dos acidentes ocorridos anualmente referem-
se às atividades relacionadas com movimentação de materiais, sendo que a 
coluna representa 46% dos casos, e nos Estados Unidos cerca de 1,2 milhão de 
trabalhadores se afastam anualmente em função deste problema.” (OKIMOTO, 
2002, p. 3).
UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINASE EQUIPAMENTOS
24
Conforme estudou Zocchio (2001, p. 8), “as atividades destinadas à 
segurança e à saúde no trabalho foram institucionalizadas no Brasil em 1943, com 
o advento da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.” Com o Decreto-Lei nº 
7.036, de 1944, criou-se a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), a 
partir de 1954 foram surgindo as primeiras portarias do Ministério do Trabalho e 
somente em 1978 foram editadas as Normas Regulamentadoras – NRs.
Para que se possa entender o processo acerca dos meios legais que norteiam 
a segurança e saúde dos trabalhadores, faz-se necessário o conhecimento da 
evolução dos preceitos legais relacionados ao tema. Na sequência, faremos uma 
breve contextualização do surgimento dos fundamentos legais da segurança e 
saúde do trabalhador.
Primeiramente, como diploma legal de proteção ao trabalhador 
acidentado, temos o Decreto-lei 3.724, de 15/01/1919, tornando compulsório o 
Seguro Contra Acidentes do Trabalho em certas atividades. Logo após temos o 
elenco dos Decretos 24.637, de 10/07/1934, que modificou a legislação de Acidentes 
do Trabalho, e o Decreto-Lei 7.036, de 10/11/1934, que reformou a legislação sobre 
o Seguro de Acidentes do Trabalho. Seguiram-se as Leis 5.316, de 14/09/1967, que 
integrou o Seguro de Acidentes do Trabalho na Previdência Social, e a Lei 6.367, 
de 19/10/1976, que ampliou a cobertura previdenciária de Acidentes do Trabalho, 
sendo que a última foi regulamentada pelo Decreto 79.017, de 24/12/1976, que 
aprovou o novo Regulamento do Seguro de Acidentes do Trabalho – SAT.
A Lei 8.213, de 24/07/1991, instituiu o Plano de Benefícios da Previdência 
Social, regulamentada pelo Decreto 357, de 07/12/1991, que aprovou o 
Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, parcialmente alterado pelo 
Decreto 611, de 21/07/1992, que deu uma nova redação ao Regulamento dos 
Benefícios da Previdência Social, logo após, pelo Decreto 2.172, de 05/03/1997, 
que aprovou o mesmo regulamento. A Lei 8.213/91 foi parcialmente alterada pela 
Lei 10.403, de 08/01/2002.
Com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988, a proteção jurídica ao trabalhador passou a ter uma importância ainda maior. 
O Capítulo II – Dos Direitos Sociais – (Art. 6° e 7°) faz referências à redução dos 
riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de Saúde, Higiene e Segurança 
(inciso XXII – artigo 7° da Constituição da República Federativa do Brasil, de 
05/10/1988) e Seguro Contra Acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem 
excluir a indenização a que este está obrigado quando incorrer dolo ou culpa 
(inciso XXVIII – art. 7° CF/88) (MORAES, 2009).
Quando se tratar de prevenção de acidentes, a Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), no seu Capítulo V, Título II, dispõe sobre a Segurança e Medicina 
do Trabalho, em sua Seção XV, art. 200, de acordo com a redação dada pela Lei 
6.514, de 22/12/1977.
TÓPICO 2 | NORMAS E PROGRAMAS APLICÁVEIS
25
Em complemento à CLT, o Ministério do Trabalho, em 1978, publica através 
da Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, as Normas Regulamentadoras (NR) 
relativas à medicina, higiene e segurança do trabalho, como consequência das 
políticas voltadas para a área do trabalho, e que são continuamente atualizadas 
pela edição de portarias. Conforme o Ministério do Trabalho e do Emprego, as 
principais normas regulamentadoras do trabalho são: 
A NR 1 aborda sobre as Disposições Gerais publicadas pela Portaria 
GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978, relativas à segurança e medicina do 
trabalho. São de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas 
e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, bem como pelos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos 
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ainda segundo o Ministério 
do Trabalho, são apresentadas abaixo as NRs aprovadas e em vigor: 
NR 2 - Inspeção Prévia. 
NR 3 - Embargo ou Interdição. 
NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho. 
NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). 
NR 6 - Equipamento de Proteção Individual.
NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
NR 8 – Edifi cações. 
NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
NR10 - Serviços em Eletricidade.
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de 
Materiais.
NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão.
NR 14 - Fornos.
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres.
NR 16 - Atividades e Operações Perigosas.
NR 17 - Ergonomia.
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção. 
NR 19 - Explosivos.
NR 20 - Líquidos Combustíveis e Infl amáveis.
NR 21 - Trabalhos a céu aberto.
NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração.
NR 23 - Proteção contra incêndios.
NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho.
NR 25 - Resíduos Industriais.
NR 26 - Sinalização de Segurança. 
NR 27 - Registro Profi ssional do Técnico de Segurança do Trabalho no 
Ministério do Trabalho. 
NR 28 - Fiscalização e Penalidades.
A NR 1 aborda sobre as Disposições Gerais publicadas pela Portaria 
GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978, relativas à segurança e medicina do 
trabalho. São de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas 
e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, bem como pelos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos 
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ainda segundo o Ministério 
do Trabalho, são apresentadas abaixo as NRs aprovadas e em vigor: 
NR 2 - Inspeção Prévia. 
NR 3 - Embargo ou Interdição. 
NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho. 
NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). 
NR 6 - Equipamento de Proteção Individual.
NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
NR 8 – Edifi cações. 
NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
NR10 - Serviços em Eletricidade.
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de 
Materiais.
NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão.
NR 14 - Fornos.
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres.
NR 16 - Atividades e Operações Perigosas.
NR 17 - Ergonomia.
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção. 
NR 19 - Explosivos.
NR 20 - Líquidos Combustíveis e Infl amáveis.
NR 21 - Trabalhos a céu aberto.
NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração.
NR 23 - Proteção contra incêndios.
NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho.
NR 25 - Resíduos Industriais.
NR 26 - Sinalização de Segurança. 
NR 27 - Registro Profi ssional do Técnico de Segurança do Trabalho no 
Ministério do Trabalho. 
NR 28 - Fiscalização e Penalidades.
UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
26
NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho 
Portuário.
NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário.
NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura.
NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde.
NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confi nados.
NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção e Reparação Naval. 
NR 35 - Trabalho em Altura.
NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em empresas de Abate e 
Processamento de Carnes e Derivados. 
NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho 
Portuário.
NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário.
NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura.
NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde.
NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confi nados.
NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção e Reparação Naval. 
NR 35 - Trabalho

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