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2015 Segurança InduStrIal Profª. Jovania Regina Formighieri Prof. Lírio Ribeiro Profª. Tathyane Lucas Simão Copyright © UNIASSELVI 2015 Elaboração: Profª. Jovania Regina Formighieri Prof. Lírio Ribeiro Profª. Tathyane Lucas Simão Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. 341.617 F723s Formighieri, Jovania Regina Segurança industrial / Jovania Regina Formighieri, Lírio Ribeiro. Indaial : UNIASSELVI, 2015. 229 p. : il. ISBN 978-85-7830-869-8 1. Segurança no trabalho. I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. III apreSentação Atualmente as indústrias, sejam elas de pequeno, médio e grande porte, são responsáveis pelo desenvolvimento socioeconômico e também pelo grande número de acidentes de trabalho graves e fatais. Por isso, faz-se necessário uma análise dos riscos por elas gerados, bem como, a implementação de medidas de proteção aos trabalhadores. Este caderno, de Segurança Industrial, vem com o objetivo de auxiliar na construção do seu conhecimento no que se refere aos processos industriais de maior risco, os perigos inerentes às atividades industriais e as medidas de controle visando à segurança dos trabalhadores e da sociedade circunvizinha. No Capítulo I, você irá conhecer a história da Segurança Industrial, compreender o cenário industrial, compreender o objetivo da Segurança Industrial e analisar os dados estatísticos de acidentes de trabalho. Já no Capítulo II terá a oportunidade de conhecer os processos das indústrias pesadas, de observar os principais riscos envolvidos, de identificar medidas preventivas e de proteção para os riscos ocupacionais, bem como, entender os processos de produção e de compreender o gerenciamento dos processos de produção. Para finalizar, no Capítulo III você conhecerá as Normas Regulamentadoras que envolvem as atividades com caldeiras, vasos de pressão e fornos, altura, espaço confinado, trabalho com eletricidade e entenderá os riscos inerentes a essas atividades e as medidas de proteção cabíveis, compreenderá a diferença de solda e soldagem e os riscos que estas atividades oferecem, terá noções básicas sobre ventilação industrial e suas implicações no ambiente de trabalho. Faz parte deste capítulo ainda, o entendimento sobre a sinalização de segurança, conforme os requisitos disponíveis na Norma que a regulamenta, facilitando a interpretação das normas vigentes. É importante lembrar que para um conhecimento mais aprofundado é necessário sua dedicação e complementação dos seus estudos com outras fontes referentes ao tema, como livros, sites de órgãos governamentais, produções científicas e outros meios, que o remeta ao reconhecimento das necessidades e significância do tema, pois a segurança do trabalho, no campo industrial, está interligada a sua futura função de Tecnólogo de Segurança do Trabalho. IV Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! Os conceitos, adquiridos nesta disciplina, estarão relacionados com diversas disciplinas, portanto, a absorção destes é relevante e torna- se imprescindível para seu crescimento e desempenho como acadêmico, e posteriormente como um bom profissional. Jovania Regina Formighieri NOTA V VI VII UNIDADE 1 – SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .................... 1 TÓPICO 1 – CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL ............................................................ 3 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3 2 SEGURANÇA INDUSTRIAL ............................................................................................................. 3 3 OBJETIVO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL ............................................................................... 5 4 CENÁRIO INDUSTRIAL .................................................................................................................... 6 4.1 MAQUINÁRIO E OS ACIDENTES DE TRABALHO ................................................................ 8 4.1.1 Tipos de Maquinários ............................................................................................................ 11 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 21 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 22 TÓPICO 2 – NORMAS E PROGRAMAS APLICÁVEIS ................................................................. 23 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 23 2 NORMAS APLICÁVEIS ...................................................................................................................... 23 2.1 NORMAS INTERNACIONAIS ..................................................................................................... 29 3 INSPEÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ....................................................................... 34 3.1 NR 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ................. 36 4 PROTEÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ..................................................................... 39 4.1 ARRANJO FÍSICO E INSTALAÇÕES ........................................................................................... 40 4.2 INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS ......................................................................... 41 4.3 DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA ................................................ 42 4.4 SISTEMAS DE SEGURANÇA ........................................................................................................ 42 4.5 DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA ..................................................................... 43 4.6 MEIOS DE ACESSO PERMANENTES ......................................................................................... 44 4.7 COMPONENTES PRESSURIZADOS ...........................................................................................45 4.8 TRANSPORTADORES DE MATERIAIS ...................................................................................... 45 4.9 ASPECTOS ERGONÔMICOS ........................................................................................................ 46 4.10 RISCOS ADICIONAIS ................................................................................................................... 46 4.11 MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO, PREPARAÇÃO, AJUSTES E REPAROS .............................. 47 4.12 SINALIZAÇÃO .............................................................................................................................. 47 4.13 MANUAIS ....................................................................................................................................... 48 4.14 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA ........................................................... 49 4.15 PROJETO, FABRICAÇÃO, IMPORTAÇÃO, VENDA, LOCAÇÃO, LEILÃO, CESSÃO A QUALQUER TÍTULO, EXPOSIÇÃO E UTILIZAÇÃO .............................................................. 50 4.16 CAPACITAÇÃO ............................................................................................................................. 50 4.17 OUTROS REQUISITOS ESPECÍFICOS DE SEGURANÇA ..................................................... 51 4.18 DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................................................. 51 5 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES INDUSTRIAIS ........................................... 52 5.1 ACIDENTES INDUSTRIAIS .......................................................................................................... 53 5.2 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA ..................................... 54 5.3 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL – PCMSO .............. 55 5.4 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – PCMAT .............................................................................................................. 56 SumárIo VIII 5.5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA ...................................... 56 5.6 SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO – OHSAS 18001 . 58 5.7 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS – APR .............................................................................. 58 5.8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA ........................................... 59 5.9 EDUCAÇÃO DO TRABALHADOR ............................................................................................. 61 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 62 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 64 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 65 UNIDADE 2 – INDÚSTRIA PESADA E GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO .................................................................................................................. 69 TÓPICO 1 – INDÚSTRIAS PESADAS ................................................................................................ 71 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 71 2 INDÚSTRIA METALÚRGICA .......................................................................................................... 71 2.1 PROCESSOS METALÚRGICOS .................................................................................................... 74 2.1.1 Fundição ................................................................................................................................... 74 2.1.1.1 Riscos ocupacionais .................................................................................................... 77 2.1.2 Conformação por laminação ................................................................................................. 81 2.1.3 Forjamento ............................................................................................................................... 82 2.1.4 Estampagem ............................................................................................................................ 83 2.1.5 Metalurgia da solda ................................................................................................................ 83 2.1.5.1 Riscos ocupacionais .................................................................................................... 83 3 INDÚSTRIA SIDERÚRGICA ........................................................................................................... 84 3.1 PROCESSO SIDERÚRGICO ........................................................................................................... 86 3.1.1 Preparação da carga ............................................................................................................... 86 3.1.2 Redução dos minérios de ferro ............................................................................................. 86 3.1.3 Refino ........................................................................................................................................ 87 3.1.4 Conformação mecânica .......................................................................................................... 87 4 INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO........................................................................................................ 88 4.1 DAS RESPONSABILIDADES DA EMPRESA E DO PERMISSIONÁRIO DE LAVRA GARIMPEIRA ................................................................................................................................... 89 4.2 DAS RESPONSABILIDADES E DIREITOS DOS TRABALHADORES ................................... 90 4.3 ORGANIZAÇÃO DOS LOCAIS DE TRABALHO ..................................................................... 90 4.4 CIRCULAÇÃO E TRANSPORTE DE PESSOAS E MATERIAIS .............................................. 91 4.5 TRANSPORTADORES CONTÍNUOS ATRAVÉS DE CORREIA ............................................. 91 4.6 SUPERFÍCIES DE TRABALHO ..................................................................................................... 92 4.6.1 Escadas ..................................................................................................................................... 92 4.7 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS E INSTALAÇÕES .................................. 92 4.7.1 Equipamentos de guindar ..................................................................................................... 93 4.8 CABOS, CORRENTES E POLIAS .................................................................................................. 94 4.8.1 Estabilidade dos maciços ....................................................................................................... 95 4.9 ABERTURAS SUBTERRÂNEAS ................................................................................................... 96 4.9.1 Tratamento e revestimento de aberturas subterrâneas ..................................................... 96 4.9.2 Proteção contra poeira mineral ............................................................................................. 96 4.10 SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO ............................................................................................... 98 4.11 SINALIZAÇÃO DE ÁREAS DE TRABALHO E DE CIRCULAÇÃO .................................... 99 4.12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ....................................................................................................... 99 4.13 OPERAÇÕES COM EXPLOSIVOS E ACESSÓRIOS ................................................................ 99 4.14 LAVRA COM DRAGAS FLUTUANTES ....................................................................................101 4.15 DESMONTE HIDRÁULICO ........................................................................................................ 101 4.16 VENTILAÇÃO EM ATIVIDADES DE SUBSOLO..................................................................... 102 IX 4.17 BENEFICIAMENTO ...................................................................................................................... 103 4.18 DEPOSIÇÃO DE ESTÉRIL, REJEITOS E PRODUTOS ............................................................. 104 4.19 ILUMINAÇÃO ............................................................................................................................... 104 4.20 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E EXPLOSÕES ACIDENTAIS ..................................... 105 4.20.1 Prevenção de explosão de poeiras inflamáveis em minas subterrâneas de carvão .... 106 4.21 PROTEÇÃO CONTRA INUNDAÇÕES ..................................................................................... 107 4.22 EQUIPAMENTOS RADIOATIVOS ............................................................................................. 107 4.23 OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA ............................................................................................... 107 4.24 VIAS E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA ........................................................................................... 108 4.25 PARALISAÇÃO E RETOMADA DE ATIVIDADES NAS MINAS ......................................... 108 4.26 INFORMAÇÃO, QUALIFICAÇÃO E TREINAMENTO ......................................................... 109 4.27 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA MINERAÇÃO – CIPAMIN......................................................................................................................................... 110 4.28 DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................................. 112 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 113 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 115 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 116 TÓPICO 2 – GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO ..................................... 117 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 117 2 PROCESSOS DE PRODUÇÃO .......................................................................................................... 117 2.1 CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS ............................................................................ 124 2.2 DEFINIÇÕES BÁSICAS E TERMOS UTILIZADOS EM CONTROLE DE PROCESSOS ...... 125 2.3 ESTRATÉGIAS DE CONTROLE ................................................................................................... 128 2.4 QUALIDADE DO CONTROLE ..................................................................................................... 129 2.5 SEGURANÇA PARA CONTROLE DE PROCESSOS ................................................................. 129 2.5.1 O papel do sistema de controle na segurança .................................................................... 131 2.5.2 Sistema de Intertravamento de Segurança (SIS) ................................................................ 132 3 GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO ......................................................... 132 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 136 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 138 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 139 UNIDADE 3 – CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, ALTURA, ELETRICIDADE E SINALIZAÇÃO INDUSTRIAL ................................................................................. 141 TÓPICO 1 – CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, FORNOS, SOLDAS E VENTILAÇÃO INDUSTRIAL .................................................................................................................... 143 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 143 2 CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO ............................................................................................. 143 3 FORNOS ................................................................................................................................................. 151 5 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ........................................................................................................... 163 5.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE VENTILAÇÃO .......................................................... 165 5.1.1 Ventilação natural ................................................................................................................... 165 5.1.2 Ventilação geral ....................................................................................................................... 166 5.1.3 Ventilação para conforto térmico ......................................................................................... 167 5.1.4 Ventilação geral diluidora ..................................................................................................... 167 5.1.5 Ventilação local exaustora ..................................................................................................... 168 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 170 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 172 X TÓPICO 2 – TRABALHO EM ALTURA, ESPAÇO CONFINADO, TRABALHO COM ELETRICIDADE E SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ........................................... 175 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 175 2 TRABALHO EM ALTURA .................................................................................................................. 176 2.1 NORMAS E OUTROS REGULAMENTOS .................................................................................. 176 2.2 NORMA REGULAMENTADORA 35 – TRABALHO EM ALTURA ....................................... 177 3 ESPAÇO CONFINADO ....................................................................................................................... 185 3.1 NORMA REGULAMENTADORA 33 – SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS .............................................................................................................. 186 4 TRABALHO COM ELETRICIDADE ................................................................................................ 192 4.1 SEGURANÇA EM PROJETOS ....................................................................................................... 196 4.2 SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO ....... 197 4.3 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS ................................. 199 4.4 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS ......................................... 199 4.5 TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO (AT) ................................................................ 200 4.6 HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES......................................................................................................................... 202 4.7 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO ....................................................................203 4.8 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ............................................................................................... 204 4.9 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO ........................................................................................... 204 4.10 SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA .................................................................................................. 205 4.11 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................ 205 4.12 DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................................................. 206 5 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ................................................................................................... 206 5.1 CORES PARA A SEGURANÇA .................................................................................................... 209 5.2 FORMAS DE SINALIZAÇÃO ....................................................................................................... 211 5.3 SINALIZAÇÃO BÁSICA ................................................................................................................ 212 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 216 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 218 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 221 1 UNIDADE 1 SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS Esta unidade tem por objetivos: • conhecer a história da Segurança Industrial; • compreender o cenário industrial; • compreender o objetivo da Segurança Industrial; • analisar os dados estatísticos de acidentes de trabalho. Esta unidade está dividida em dois tópicos. Ao final de cada um deles você encontrará atividades que lhe auxiliarão na apropriação dos conhecimentos. TÓPICO 1 - CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL TÓPICO 2 - NORMAS E PROGRAMAS APLICÁVEIS 2 3 TÓPICO 1 UNIDADE 1 CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL 1 INTRODUÇÃO Desde os tempos remotos o ser humano sofre com lesões, doenças e mutilação ocasionada pela atividade laboral. Durante a Revolução Industrial esse número de acidentes chegou a níveis alarmantes e com isso a Saúde e a Segurança do Trabalho passaram a ser estudadas. Hoje, muitas máquinas e equipamentos são utilizados nos processos industriais e são estes que mais provocam acidentes no ambiente laboral, seja pela desqualificação profissional ou pela negligência quanto aos quesitos de segurança. Com o avanço tecnológico, os riscos estão ficando menos óbvios, sendo necessário um maior cuidado para identificá-los de forma correta e avaliar as medidas de proteção adequadas. Os acidentes de trabalho ocorrem pelo mundo inteiro, não apenas no Brasil, porém a tratativa destes dados é muito precária. Apesar de ter ocorrido certa evolução neste campo, muito ainda há que se estudar para chegar de fato a uma neutralização de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Muito se tem feito na área de Segurança do Trabalho, contudo é preciso fazer mais que identificar a causa e efeito dos riscos, é necessária a correta aplicação de gestão e das normas de segurança, sem demagogias. Acidentes são acontecimentos previsíveis e evitáveis. UNI 2 SEGURANÇA INDUSTRIAL Após a Revolução Industrial houve um avanço significativo das tecnologias e no desenvolvimento de produtos para que se conseguisse atingir um número cada vez maior de consumidores. Nesta época, as indústrias ganharam força e a economia se transformou em capitalista, mudando as várias sociedades do mundo. UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 4 Com o advento das indústrias, a forma de prestação de serviços se transformou. Eram empregados homens, mulheres e crianças, sem maiores preocupações com a qualidade do ambiente de trabalho, o que realmente importava era que as indústrias produzissem cada vez mais. Eram utilizadas máquinas complexas, para a época, e que exigiam significativa mão de obra para que entrassem em operação, muitas vezes se descuidando da segurança e saúde dos trabalhadores. Em 1802, o Parlamento Britânico se viu forçado a criar uma lei sobre a saúde e moral dos aprendizes, estabelecendo uma jornada de trabalho de no máximo 12 horas, e proibiu o trabalho noturno, além de incorporar medidas de higiene nas indústrias. Porém, esta legislação não era cumprida, obrigando assim o Parlamento Britânico a elaborar uma nova lei para as fábricas, no intuito de fiscalizar essas e impor uma idade mínima para o trabalho (nove anos), também reafirmou a proibição das atividades noturnas e as 12 horas de trabalho diárias. Em 1897 foi criada a Inspetoria das Fábricas, cujo intuito era o de realizar estudos sobre as doenças do trabalho e efetivar exames periódicos de saúde nos trabalhadores das indústrias desprovidas de serviço médico. Concomitantemente, em outros países eram adotadas legislações que defendiam a saúde do trabalhador. Ainda no início deste século, o Brasil apresentava ambientes de trabalho insalubres, onde ocorriam muitos acidentes e doenças ligadas ao trabalho. O livro “A industrialização de São Paulo 1881-1945” relata que as estruturas em que foram instaladas algumas indústrias não eram apropriadas para tal finalidade, havia iluminação e ventilação precárias, não possuíam instalações sanitárias, não havia proteção nas engrenagens das máquinas, podendo ocorrer um acidente a qualquer instante. Junto a tudo isso, somava-se o cansaço dos trabalhadores, devido a exaustivas jornadas de trabalho, resultando em um número alarmante de acidentes de trabalho. Em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) consagra-se e traz seu Capítulo V, destinado à Higiene e Segurança do Trabalho. Porém, só em 1972 criou-se uma portaria que obrigava à existência de um Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho nas empresas, sempre levando em consideração o número de funcionários e o grau de risco da mesma. Dessa forma, micro e pequenas empresas ficam desobrigadas de possuir este serviço, deixando cerca de 90% dos trabalhadores desassistidos. Outro fator importante a ser levantado é que nestas pequenas empresas o investimento com segurança é quase nulo, o que resulta em uma exposição dos trabalhadores a agentes agressores mais significativos. Estamos aqui falando de segurança no ambiente de trabalho, mas você sabe qual é o conceito de Segurança Industrial? A Segurança Industrial nada mais é do que o conjunto de medidas (técnicas, médicas e educacionais) que visam TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL 5 garantir uma condição ou estado seguro para realização das atividades laborais, que garantam uma qualidade de vida aos trabalhadores. Atualmente existem vários sistemas de segurança industrial, dentre eles, equipamentos de sinalização, equipamentos que agem diretamente na proteção sobre o indivíduo, equipamentos que agem na proteção atuando no meio, mecanismos que agem sobre as partes móveis das máquinas, entre outros. Apesar de todo o esforço para reduzir a zero os acidentes de trabalho, no meio industrial é quase impossível que isso ocorra, devido a diversos fatores (descuido, imprudência, negligência etc.). A Segurança Industrial visa reduzir a probabilidade de ocorrência de um acidente de trabalho e preparar os empregados e empregadores para agirem da melhor maneira possível, caso isso venha a ocorrer. Em 2013, o número de acidentes de trabalho liquidados foi de aproximadamente 737,4 mil acidentes, o que correspondeu a um aumento de 0,40% em relação a 2012. A assistência médica teve um decréscimo de 0,13% e os óbitos aumentaram 1,05% em relação a 2012. (BRASIL, 2014). Esses dadosmostram que os acidentes de trabalho constituem um problema bastante grave no Brasil. IMPORTANT E A empresa tem por obrigação legal, e mais que isso, tem como dever, assegurar um ambiente saudável e seguro a todos os seus colaboradores. Para isso a Segurança Industrial vem auxiliar. Este ambiente saudável e seguro é de responsabilidade não só dos empregadores, como também dos trabalhadores, por isso a importância dos treinamentos e diálogos de segurança. Ao se trabalhar em um ambiente com condições salubres e livres de riscos de acidentes, os ganhos são certos, através do aumento da produtividade, redução do custo final do trabalho, minimização de retrabalhos, diminuição de absenteísmo e, consequentemente, extinção de acidentes e/ou doenças ocupacionais. 3 OBJETIVO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL Com o surgimento de novas indústrias, aumentaram-se os perigos inerentes a elas. São riscos não só à empresa e seus trabalhadores, mas também a toda comunidade circunvizinha, caso ocorra um sinistro. UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 6 Para tentar neutralizar estes riscos vem a Segurança Industrial, que é composta por uma equipe multidisciplinar e tem como pressuposto que todas as atividades industriais ofereçam perigos e necessitem de uma gestão eficiente. A Segurança Industrial tem como objetivo zelar pela saúde do trabalhador, realizando acompanhamentos médicos periódicos, efetuando vistorias e inspeções técnicas com a finalidade de ter um controle sobre os riscos. Apesar de todo o esforço, não podemos afirmar que nunca irá ocorrer um acidente, o que faz da Segurança Industrial um método subjetivo, cuja visão é o prevencionismo. Uma das ferramentas que auxilia no trabalho da Segurança Industrial é a estatística, com ela é possível ter uma noção de qual setor é mais atingido por acidentes e quais suas possíveis causas, podendo assim agir sobre essas. Dentre as atividades da Segurança Industrial podemos citar: • Inovação tecnológica. • Substituição de maquinários. • Proteção de partes móveis de maquinário. • Capacitação de trabalhadores. • Controle de riscos, entre outros. Vale ressaltar que nem sempre os empregadores investem em segurança como deveriam, muitas vezes essa área é vista como gasto, colocando em risco a vida dos trabalhadores. Por isso o Estado é o órgão competente para fiscalizar a segurança, porém isso nem sempre acontece, seja por negligência ou até mesmo corrupção. 4 CENÁRIO INDUSTRIAL A Revolução Industrial modificou o arranjo social e econômico da sociedade e a qualidade de vida dos trabalhadores. Neste período ocorreu a troca do trabalho braçal pelo trabalho realizado através de maquinários. Pode-se dizer que a industrialização ocorreu em três períodos principais: 1760 a 1850 – Ocorre a Revolução na Inglaterra, predominando a produção de bens de consumo e energia a vapor. 1850 a 1900 – A Revolução alcança outros países (Bélgica, França, Ale manha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia). É o período onde ocorre a expansão das ferrovias, são desenvolvidas novas fontes energéticas e a produção de bens de consumo se amplia. 1900 até hoje – As indústrias se multiplicam e são formadas as multinacionais. Ocorre uma automatização industrial, gerando um aumento na produção em série devido à expansão do consumo. As indústrias químicas e eletrônicas ganham destaque, juntamente com a engenharia genética e a robótica. TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL 7 4 CENÁRIO INDUSTRIAL Considerada como a terceira etapa da Revolução Industrial, a automação industrial, que associa os processos mecânicos à tecnologia de informação, transformou os modelos de produção industrial. Mas quais são estes modelos de produção? Para compreendê-los é necessário entender um pouco da origem do capitalismo. A Revolução Industrial e a evolução dos processos de produção deram origem ao capitalismo. Dentre várias linhas de pensamento a respeito do capitalismo, destacamos duas: por um lado, Werner Sombart diz que a estrutura do capitalismo está formada como a burguesia europeia se desenvolveu no final da Idade Média. Por outro lado, tem-se Karl Marx, que afirma que o capitalismo surgiu devido à abrupta desassociação entre os artesãos e os meios de produção, consolidando assim a burguesia e o processo capitalista. Observa-se que a evolução do capitalismo elucida o processo histórico das estruturas produtivas mundiais. Sendo assim, veremos três dos modelos de produção industrial no século XX, dentre elas destacamos o Fordismo, Taylorismo e Toyotismo. Vamos estudar um pouco mais sobre cada um deles. Fordismo - caracterizado pela produção em série, linhas de montagem, onde cada trabalhador é responsável por uma tarefa específica, a chamada “produção em massa”. As indústrias demandavam grandes áreas e complexo sistema de controle. Taylorismo – caracterizado pela otimização da mão de obra através de sistemas técnicos impedindo a perda de tempo e lentidão dos trabalhadores. Toyotismo – caracteriza-se pela terceirização de mão de obra, trabalha com estoques pequenos e regula as atividades diárias. Este tipo de processo possui um controle dinâmico, onde as peças são negociadas diariamente e o espaço industrial é descentralizado. Agora que já entendemos um pouco mais sobre a evolução dos processos industriais no mundo, vamos observar o que ocorreu aqui no Brasil. O processo de industrialização, no Brasil, teve seu início na década de 30, após o declínio da produção cafeeira, e sua concretização ocorreu somente após a Segunda Guerra Mundial. No início o Brasil produzia apenas produtos que demandavam pouca tecnologia, por exemplo, indústria têxtil, alimentícia, fábricas de sabão e velas. O fortalecimento veio com o crescimento dos grandes centros urbanos e, consequentemente, com o aumento da demanda por bens de consumo. Outro fator que colaborou com o fortalecimento da indústria foi a imigração de europeus, que trouxeram consigo novos métodos de produção. Já na segunda metade do século XX, as multinacionais começaram a migrar para o país, principalmente indústrias dos ramos automobilístico, químico, eletroeletrônica e farmacêutica. UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 8 Desde então o Brasil deixou de ser um país com características de produtor primário para se consagrar como país industrializado e com grandes centros urbanos. A indústria, dependendo do tipo de processo industrial adotado, pode ser classifi cada em indústria de base, indústria intermediária, indústria de bens de consumo e a indústria de ponta. A indústria de base se refere à indústria extrativista e à indústria de bens de capital (produção de equipamentos para demais indústrias). Podemos citar como exemplo as mineradoras, petrolíferas, siderúrgicas, metalúrgicas, bem como as produtoras de energia elétrica. A indústria intermediária produz peças e equipamentos para as indústrias de bens de consumo, como é o caso das indústrias que fabricam as peças para o setor automobilístico, peças para equipamentos eletrônicos, entre outros. Já a indústria de bens de consumo é responsável pela produção que irá chegar ao consumidor fi nal. Neste setor podemos citar as indústrias de bens duráveis (automobilística, indústria de eletrodomésticos etc.) e as indústrias de bens não duráveis, que é o caso das indústrias têxteis, de alimentos, bebidas etc. O setor industrial que utiliza alta tecnologia em seu processo de fabricação é conhecido como indústria de ponta. A mão de obra utilizada é especializada e os investimentos em pesquisas, tanto para a fase de investimento quanto para a produção, são altos. Exemplos de indústrias de ponta são as de fabricação de aviões, satélites, equipamentos eletrônicos e outras. Cada tipo de indústria possui suas particularidades no emprego de mão de obra, maquinário, equipamentos e investimentos. IMPORTANT E 4.1 MAQUINÁRIO E OS ACIDENTES DE TRABALHO Todos os anos ocorrem inúmeros acidentesde trabalho, sejam eles típicos, de trajeto ou doenças ocupacionais, que resultam em lesões provocando a incapacidade laboral ou até mesmo a morte do trabalhador. O Anuário de Estatística da Previdência Social (2013) traz o número de acidentes de trabalho ocorridos no referido ano, dividido pelo tipo de acidente, ramo de atividade, CIDs com maior ocorrência, entre outros. Segundo o Anuário de Estatística da Previdência Social (2013, p. 529): Durante o ano de 2012 foram registrados no INSS cerca de 705,2 mil acidentes do trabalho. Comparado com 2011, o número de acidentes de trabalho teve decréscimo de 2,14%. O total de acidentes registrados com CAT diminuiu em 0,48% de 2011 para 2012. Do total de acidentes registrados com CAT, os acidentes típicos representaram 78,32%; os de trajeto 18,92% e as doenças do trabalho 2,76%. As pessoas do sexo masculino participaram com 74,25% e as Durante o ano de 2012 foram registrados no INSS cerca de 705,2 mil acidentes do trabalho. Comparado com 2011, o número de acidentes de trabalho teve decréscimo de 2,14%. O total de acidentes registrados com CAT diminuiu em 0,48% de 2011 para 2012. Do total de acidentes registrados com CAT, os acidentes típicos representaram 78,32%; os de trajeto 18,92% e as doenças do trabalho 2,76%. As pessoas do sexo masculino participaram com 74,25% e as TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL 9 4.1 MAQUINÁRIO E OS ACIDENTES DE TRABALHO pessoas do sexo feminino com 25,74% nos acidentes típicos; 62,82% e 37,18% nos de trajeto; e 60,36% e 39,64% nas doenças do trabalho. Nos acidentes típicos e nos de trajeto, a faixa etária decenal com maior incidência de acidentes foi a constituída por pessoas de 20 a 29 anos com, respectivamente, 35,1% e 38,2% do total de acidentes registrados. Nas doenças de trabalho a faixa de maior incidência foi a de 40 a 49 anos, com 32,5% do total de acidentes registrados. Em 2012, os subgrupos da CBO com maior número de acidentes típicos foram os de ‘Trabalhadores de funções transversais’ e ‘Trabalhadores dos serviços’, com 14,4% e 14,9%, respectivamente. No caso dos acidentes de trajeto, o maior número ocorreu no subgrupo ‘Trabalhadores dos serviços’, com 18,8%, e nas doenças do trabalho foi o subgrupo ‘Escriturários’, com 14,3%. Na distribuição por setor de atividade econômica, o setor ‘Agropecuária’ participou com 4% do total de acidentes registrados com CAT, o setor ‘Indústria’ com 46% e o setor ‘Serviços’ com 50%, excluídos os dados de atividade ‘ignorada’. Nos acidentes típicos, os subsetores com maior participação nos acidentes foram ‘Comércio e reparação de veículos automotores’, com 12,1% e ‘Saúde e serviços sociais’, com 11,6% do total. Nos acidentes de trajeto, as maiores participações foram dos subsetores ‘Comércio e reparação de veículos automotores’ e ‘Serviços prestados principalmente a empresa’ com, respectivamente, 18,4% e 14,0%, do total. Nas doenças de trabalho, foram os subsetores ‘Atividades fi nanceiras’, com participação de 17,9%, e ‘Fabricação de veículos e equipamentos de transporte’, com 12,6%. No ano de 2012, dentre os 50 códigos de CID com maior incidência nos acidentes de trabalho, os de maior participação foram ferimento do punho e da mão (S61), fratura ao nível do punho ou da mão (S62) e dorsalgia (M54), com, respectivamente, 9,84%, 6,99% e 5,02% do total. Nas doenças do trabalho os CID mais incidentes foram lesões no ombro (M75), sinovite e tenossinovite (M65) e dorsalgia (M54), com 21,08%, 13,85% e 6,93% do total. As partes do corpo com maior incidência de acidentes de motivo típico foram o dedo, a mão (exceto punho ou dedos) e o pé (exceto artelhos) com, respectivamente, 30,05%, 8,62% e 7,68%. Nos acidentes de trajeto, as partes do corpo mais atingidas foram partes múltiplas, joelho e pé (exceto artelhos) com, respectivamente, 11,45%, 8,56% e 8,53%. Nas doenças do trabalho, as partes do corpo mais incidentes foram o ombro, o dorso (inclusive músculos dorsais, coluna e medula espinhal) e membros superiores, não informado, com 18,16%, 11,91% e 10,98%, respectivamente. Em 2012, o número de acidentes de trabalho liquidados atingiu 724,2 mil acidentes, o que correspondeu a um decréscimo de 2,30% em relação a 2011. A assistência médica aumentou 6,15% e os óbitos diminuíram 7,05% em relação a 2011. As incapacidades temporárias e permanentes decresceram, respectivamente, 3,42% e 11,42%. pessoas do sexo feminino com 25,74% nos acidentes típicos; 62,82% e 37,18% nos de trajeto; e 60,36% e 39,64% nas doenças do trabalho. Nos acidentes típicos e nos de trajeto, a faixa etária decenal com maior incidência de acidentes foi a constituída por pessoas de 20 a 29 anos com, respectivamente, 35,1% e 38,2% do total de acidentes registrados. Nas doenças de trabalho a faixa de maior incidência foi a de 40 a 49 anos, com 32,5% do total de acidentes registrados. Em 2012, os subgrupos da CBO com maior número de acidentes típicos foram os de ‘Trabalhadores de funções transversais’ e ‘Trabalhadores dos serviços’, com 14,4% e 14,9%, respectivamente. No caso dos acidentes de trajeto, o maior número ocorreu no subgrupo ‘Trabalhadores dos serviços’, com 18,8%, e nas doenças do trabalho foi o subgrupo ‘Escriturários’, com 14,3%. Na distribuição por setor de atividade econômica, o setor ‘Agropecuária’ participou com 4% do total de acidentes registrados com CAT, o setor ‘Indústria’ com 46% e o setor ‘Serviços’ com 50%, excluídos os dados de atividade ‘ignorada’. Nos acidentes típicos, os subsetores com maior participação nos acidentes foram ‘Comércio e reparação de veículos automotores’, com 12,1% e ‘Saúde e serviços sociais’, com 11,6% do total. Nos acidentes de trajeto, as maiores participações foram dos subsetores ‘Comércio e reparação de veículos automotores’ e ‘Serviços prestados principalmente a empresa’ com, respectivamente, 18,4% e 14,0%, do total. Nas doenças de trabalho, foram os subsetores ‘Atividades fi nanceiras’, com participação de 17,9%, e ‘Fabricação de veículos e equipamentos de transporte’, com 12,6%. No ano de 2012, dentre os 50 códigos de CID com maior incidência nos acidentes de trabalho, os de maior participação foram ferimento do punho e da mão (S61), fratura ao nível do punho ou da mão (S62) e dorsalgia (M54), com, respectivamente, 9,84%, 6,99% e 5,02% do total. Nas doenças do trabalho os CID mais incidentes foram lesões no ombro (M75), sinovite e tenossinovite (M65) e dorsalgia (M54), com 21,08%, 13,85% e 6,93% do total. As partes do corpo com maior incidência de acidentes de motivo típico foram o dedo, a mão (exceto punho ou dedos) e o pé (exceto artelhos) com, respectivamente, 30,05%, 8,62% e 7,68%. Nos acidentes de trajeto, as partes do corpo mais atingidas foram partes múltiplas, joelho e pé (exceto artelhos) com, respectivamente, 11,45%, 8,56% e 8,53%. Nas doenças do trabalho, as partes do corpo mais incidentes foram o ombro, o dorso (inclusive músculos dorsais, coluna e medula espinhal) e membros superiores, não informado, com 18,16%, 11,91% e 10,98%, respectivamente. Em 2012, o número de acidentes de trabalho liquidados atingiu 724,2 mil acidentes, o que correspondeu a um decréscimo de 2,30% em relação a 2011. A assistência médica aumentou 6,15% e os óbitos diminuíram 7,05% em relação a 2011. As incapacidades temporárias e permanentes decresceram, respectivamente, 3,42% e 11,42%. UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 10 Como pudemos observar, houve um acréscimo no número de acidentes entre os anos de 2010 e 2011, porém em 2012 esse número voltou a se reduzir, conforme mostra a Figura 1. FIGURA 1 - NÚMERO DE ACIDENTES DE TRABALHO OCORRIDOS ENTRE 2010 E 2012 FONTE: A autora (2014) Dentre os acidentes típicos, a grande maioria é causada por máquinas e equipamentos. Podemos chegar a esta conclusão ao observar que há um grande número de lesões em dedos e mãos. As máquinas e equipamentos possuem papel relevante na ocorrência de acidentesde trabalho. NOTA O que se pode fazer para diminuir ainda mais esse número de acidentes? UNI TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL 11 4.1.1 Tipos de Maquinários Ainda nos dias atuais o número de acidentes de trabalho é alarmante, e suas consequências vão desde lesões temporárias, até mesmo a morte de muitos trabalhadores. Os acidentes ocorridos no setor da indústria corresponderam a 46% do total de acidentes registrados em 2011. Muitos destes acidentes são decorrentes da utilização de máquinas e equipamentos antigos e sem nenhuma segurança. Mendes (2001) identificou quais as máquinas que apresentavam maior relevância no quadro de acidentes de trabalho, e a partir disso ele elaborou um quadro com os maquinários considerados mais antigos e inseguros que contribuem para a mutilação dos trabalhadores. Foram estudadas pequenas e médias empresas brasileiras. Mendes (2001, p. 19) apresentou a tabela que segue, com nove tipos de maquinários. UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 12 MÁQUINÁRIO OU EQUIPAMENTO UTILIZAÇÃO SETORIAL E/OU GEOGRÁFICA PREDOMINANTE PRINCIPAIS PROBLEMAS RELACIONADOS COM A SEGURANÇA DO TRABALHO 1. PRENSAS: Máquinas, ferramentas, nas quais o material, placa ou chapa é trabalhado sob operações de conformação ou corte que se sucedem entre a parte superior ou inferior da ferramenta a qual é fixada a um membro recíproco denominado martelo. Segundo o tipo de transmissão de força, as prensas são classificadas em: •prensas mecânicas ("excêntricas"); •prensas com embreagem à fricção; •prensas hidráulicas; e •prensas pneumáticas. A maioria das prensas do parque industrial nacional é constituída por prensas excêntricas (as mais perigosas). Segundo sua capacidade, as prensas mecânicas classificam- se em: Prensas leves (até 50t); Prensas médias (de 50 a 500 t); Prensas de grande porte (acima de 500t). O tipo de acionamento pode ser: por pedais; por botoeira simples; por comando bimanual, ou por acionamento contínuo. •Metalurgia básica (CNAE Grupo 27); •fabricação de produtos de metal (CNAE Grupo 28); •fabricação de máquinas e equipamentos (CNAE Grupo 29); •fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática (CNAE Grupo 30); •fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (CNAE Grupo 31); •fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias (CNAE Grupo 34); •fabricação de outros equipamentos de transporte (CNAE Grupo 35); •fabricação de móveis com predominância de metal (CNAE Grupo 36.12-9). Todas estas atividades têm distribuição nacional, e concentram-se em pequenas e médias empresas. A prensa excêntrica tem seus riscos acentuados pela velocidade de descida do martelo e, também, pelo mecanismo de chaveta rotativa, peça que, sujeita à fadiga e à propagação de trinca, caracteriza a acentuação no risco de “repique” da prensa. A prensa hidráulica, normalmente dotada de menor velocidade de descida, apresenta acentuação de risco de outra natureza: devido ao seu porte, permite o acesso da cabeça e mesmo do corpo do operador à trajetória do êmbolo. No acionamento por pedais, as mãos ficam livres para o acesso à zona de prensagem e se dá facilmente, até mesmo por um esbarrão; na botoeira simples (há um botão de acionamento), uma das mãos fica livre para o acesso à zona de prensagem; no comando bimanual (há dois botões de acionamento, que devem ser pressionados ao mesmo tempo), as duas mãos estão ocupadas; no acionamento contínuo, não há necessidade da ação do homem para dar início a cada ciclo, fato que acentua imensamente o risco nos casos de alimentação não automática, uma vez que o operador deve alimentar e retirar a peça sincronizadamente com o movimento de subida do martelo. As medidas de proteção no trabalho com prensas incluem, basicamente, os seguintes recursos tecnológicos: •ferramentas fechadas; •enclausuramento da zona de prensagem, com fresta que permita apenas o ingresso do material e não da mão humana; •mão mecânica; •sistema de gaveta; •sistema de alimentação por gravidade e de remoção pneumática; •sistema de bandeja rotativa (tambor de revólver); •transportador de alimentação ou robótica; •cortina de luz com autoteste; •comando bimanual com simultaneidade e autoteste, que garanta a vida útil do comando. 2. MÁQUINAS DE TRABALHAR MADEIRAS – SERRAS CIRCULARES •Construção civil (CNAE Grupo 45) – distribuição nacional; •fabricação de artigos de mobiliário (móveis com predominância de madeira (CNAE Grupo 36.11-0) – distribuição nacional; •fabricação de produtos de madeira (CNAE Grupo 20) – distribuição nacional; •comércio atacadista de madeira etc. (CNAE Grupo 51.53-5). A proteção no trabalho próximo às lâminas das serras circulares pode ser de dois tipos: a que se localiza sob a mesa de máquina e a que se localiza sobre a mesa. A inexistência de coifa e de cutelo gera uma situação de grave e iminente risco para os trabalhadores. TABELA 1 - QUADRO SINÓTICO DO MAQUINÁRIO OBSOLETO E INSEGURO MAIS FREQUENTEMENTE INCRIMINADO NA CAUSAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO GRAVES E INCAPACITANTES, EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS DO PARQUE INDUSTRIAL BRASILEIRO TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL 13 MÁQUINÁRIO OU EQUIPAMENTO UTILIZAÇÃO SETORIAL E/OU GEOGRÁFICA PREDOMINANTE PRINCIPAIS PROBLEMAS RELACIONADOS COM A SEGURANÇA DO TRABALHO 3. MÁQUINAS DE TRABALHAR MADEIRAS – TUPIAS E DESEMPENADEIRAS: A máquina denominada tupia é empregada principalmente na confecção de molduras. A função das desempenadeiras é basicamente ajustar ou endireitar a peça de madeira bruta. Ela também pode servir para operações de acabamento e execução de chanfro. O seu princípio fundamental de projeto e concepção baseia- se em duas mesas de trabalho, situadas em níveis diferentes, representando a profundidade do passo de corte. •Construção civil (CNAE Grupo 45) – distribuição nacional; •fabricação de artigos de mobiliário (móveis com predominância de madeira) (CNAE Grupo 36.11-0) – distribuição nacional; •fabricação de produtos de madeiras (CNAE Grupo 20) – distribuição nacional. Os acidentes de trabalho ocorrem com frequência acentuada na variação da resistência de penetração da madeira. Por qualquer motivo, a peça trabalhada sofre retrocesso violento, conduzindo as mãos do operador à zona de risco, produzindo um grave acidente, se esta não se encontrar devidamente protegida. Portanto, há duas zonas de risco distintas na desempenadeira, que se localizam na sua parte frontal e na traseira da guia. Este último elemento serve como referência vertical para apoio da peça, e pode ser ajustado ao longo do porta-ferramentas. Frequentemente, as guias são inclinadas em 45 graus. A proteção situada na frente da guia deve ser apoiada ou fixada sobre o canto da mesa de saída ou ainda ao lado da estrutura da máquina. Esses protetores situados na frente da guia têm a característica de serem regulados no sentido lateral e na altura, de forma manual. Normalmente, os protetores possuem regulagem em altura, um dispositivo elástico que torna esta função praticamente semiautomática, ou seja, após o desbaste, o protetor retorna à sua posição original, à qual ele tinha sido ajustado. Quanto ao protetor situado na parte traseira da guia, ele deve ser solidário à mesma, de modo que qualquer deslocamento dela implique também a movimentação do protetor. Enfim, o protetor não deve permitir que haja acesso à região da lâmina, e também não dificultar a inclinação da guia. 4. INJETORAS DE PLÁSTICO: Máquina injetora é a utilizada para fabricação descontínua de produtos moldados, pela injeção de material plastificado no molde, que contém uma ou mais cavidades, em que o produto é formado. Esses produtos podem ser moldados em termoplásticos ou termofixos. A máquina injetora consiste, essencialmente, da unidade de fechamento, unidade de injeção, sistemas de acionamento e controle. •Fabricação de produtosde plástico (CNAE Grupo 25.2) – distribuição nacional, em todas as áreas com indústrias, principalmente pequenas e médias. As proteções são dispositivos mecânicos que impedem o acesso nas áreas dos movimentos de risco. Elas podem ser fixas, quando fixadas mecanicamente à injetora, cuja remoção ou deslocamento somente é possível com o auxílio de ferramentas; ou móveis, as quais impedem o acesso à área dos movimentos de risco quando fechadas, podendo ser deslocadas e permitir então o acesso a esta área. Os dispositivos de proteção obrigatórios, para a área do molde, incluem proteções móveis dotadas de, pelo menos, dois sensores de posição, e segurança mecânica ou sistema hidráulico de segurança adicional. Para a unidade de fechamento, devem ser colocadas proteções fixas ou móveis. Se móveis, deverão ser dotadas de pelo menos um sensor de posição para interromper o acionamento do motor principal da máquina, quando abertas as proteções; devem ser também aplicadas proteções para as máquinas hidráulicas de comando manual: proteção fixa no lado posterior ao da operação da máquina, cobrindo toda a área de risco; proteção móvel, no lado de operação da máquina, que protege toda a área de risco. Pela Convenção Coletiva sobre Segurança em Máquinas Injetoras de Plástico, as indústrias de transformação do Setor Plástico (Estado de São Paulo) comprometeram-se a instalar, quando desprovido, dispositivos de segurança, de modo a impedir a exposição do operador a riscos, para evitar acidentes, conforme especificado no documento “Requisitos de Segurança para Máquinas Injetoras de Plástico”. Por outro lado, os fabricantes de máquinas injetoras comprometeram-se a cumprir os requisitos do Anexo da Convenção, em todas as máquinas novas colocadas para comercialização. UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 14 MÁQUINÁRIO OU EQUIPAMENTO UTILIZAÇÃO SETORIAL E/OU GEOGRÁFICA PREDOMINANTE PRINCIPAIS PROBLEMAS RELACIONADOS COM A SEGURANÇA DO TRABALHO 5. GUILHOTINAS: As guilhotinas são máquinas- ferramentas para corte, principalmente de chapas ou lâminas de metal, podendo também ser empregadas no corte de papel, papelão e, em algumas situações, couro e plásticos. •Metalurgia básica (CNAE Grupo 27); •fabricação de produtos de metal (CNAE Grupo 28); •fabricação de máquinas e equipamentos (CNAE Grupo 29); •fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática (CNAE Grupo 30); •fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (CNAE Grupo 31); •fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias (CNAE Grupo 34); •fabricação de outros equipamentos de transporte (CNAE Grupo 35); •fabricação de móveis com predominância de metal (CNAE Grupo 36.12-9). Todas essas atividades têm ampla distribuição nacional e concentram-se em pequenas e médias empresas. As medidas de prevenção aplicam-se de forma diferente para os modelos de guilhotinas de concepção antiga (operadas a pedal e alavanca) e de concepção nova (comando bimanual sincronizado). As proteções podem ser do tipo fixo (preferidas), ou do tipo móvel, quando há necessidade de corte de placas de pequena dimensão. O essencial é cobrir a parte frontal em toda a extensão da região da lâmina, não desprezando a importância de conferir proteção à seção traseira da máquina. 6. CALANDRAS E CILINDROS: Calandras e cilindros são máquinas utilizadas com o propósito de atingir a espessura desejada para a sequência do processo. A tarefa da laminação de massa (“cilindros de massa”) efetua-se entre dois cilindros girando em sentido inverso, sendo que o cilindro inferior é estático, enquanto o superior tem a característica regulável, de acordo com a espessura pretendida. Sua aplicação e funcionamento são encontrados em uma variedade de atividades, que vão desde o trabalho em lavanderias, metalúrgicas, indústrias alimentícias e de borracha até as padarias. •Fabricação de produtos de padaria, confeitaria e pastelaria; fabricação de biscoitos e bolachas (CNAE Grupos 15.81-4 e 15.82-2, principalmente) – distribuição nacional; micro e pequenas empresas; •lavanderias e tinturarias (CNAE Grupo 93.01-7) – distribuição nacional, micro e pequenas empresas (máquinas de lavar, centrífugas, secadoras rotativas, passadeiras e calandras). •Na família de calandras e cilindros, o risco reside na região de convergência dos cilindros, onde pode haver o aprisionamento das partes avançadas dos membros superiores; •além desse, há outro risco presente em determinados tipos de máquinas mais velhas, que é o contato com o cilindro secador, cuja temperatura da superfície pode atingir de 80º a 140ºC. O princípio de proteção para essas máquinas é similar ao adotado para outras do mesmo grupo, notadamente para as máquinas no processamento de borracha. Da forma mais elementar, a recomendação mais indicada é a instalação de uma barra, que pode ser articulada (como um pêndulo), situada no máximo a 10 cm da superfície da mesa. Qualquer avanço da mão sob essa barra aciona dois dispositivos elétricos que param o motor. Há uma distância de segurança a ser respeitada, em face da inércia da máquina para a completa parada dos cilindros; •segundo o Anexo II da NR 12, os cilindros de massa fabricados e importados deverão dispor dos seguintes dispositivos de segurança: a) proteção para as áreas dos cilindros; b) dispositivos para proteção na limpeza (idem); c) proteção elétrica; d) proteção das polias; e) indicador visual. OBS.: as especificações técnicas estão anexadas ao texto da NR. TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL 15 MÁQUINÁRIO OU EQUIPAMENTO UTILIZAÇÃO SETORIAL E/OU GEOGRÁFICA PREDOMINANTE PRINCIPAIS PROBLEMAS RELACIONADOS COM A SEGURANÇA DO TRABALHO 7. MOTOSSERRAS •Silvicultura, exploração florestal e serviços relacionados com essas atividades (CNAE Grupo 02.1) – ampla distribuição, com predomínio nas regiões Norte e Centro-Oeste; •secundariamente, fabricação de produtos de madeira (CNAE Grupo 20) – distribuição nacional. A Portaria MTB nº 1.473, de 8.12.93, instituiu a Comissão Tripartite responsável por propor medidas para melhoria das condições de trabalho no uso de motosserras. Segundo o Anexo I da NR 12, as motosserras fabricadas e importadas, para comercialização no país, deverão dispor dos seguintes dispositivos de segurança: a) freio manual de corrente; b) pino pega corrente; c) protetor da mão direita; d) protetor da mão esquerda; e) trava de segurança do acelerador. 8. IMPRESSORAS Edição e impressão de jornais, revistas, livros e de outros produtos gráficos (CNAE Grupo 22.1): •impressão e serviços conexos para terceiros (impressão de jornais, revistas, livros, material escolar e material para usos industrial e comercial; execução de outros serviços gráficos) (CNAE Grupo 22.2). Todas essas atividades têm ampla distribuição geográfica no país. Os riscos de origem mecânica concentram-se na região de impressão, pela formação de zonas de convergência, comum nos mecanismos onde há cilindros em rotação. Portanto, nessas regiões e principalmente em momentos de intervenção sobre elas, há o risco de arrasto e esmagamento entre os cilindros e os rolos; cisalhamento e choques pelos mecanismos (correntes, transportadoras), principalmente nas tarefas de alimentação e retirada de folhas. Os riscos de ordem mecânica não se limitam às atividades de operação, mas, sobretudo nas execuções dos serviços de regulagem, limpeza e trabalho de manutenção. Dentre as medidas fundamentais de prevenção, incluem-se: a) impedimento do acesso às regiões de convergência dos cilindros, pela aplicação de barras fixas; b) cobertura das áreas de acesso residual, com barreiras complementares (telas, acrílico). Esses protetores permitem a existência de passagens ou orifícios para a introdução de ferramentas, não possibilitando o ingresso de qualquer parte do corpo. Todos os elementos móveis da máquina (correntes,árvores, engrenagens) devem ser cobertos por protetores fixos que impeçam o acesso aos mesmos. 9. MÁQUINAS DE DESCORTICAR E DESFIBRAR O SISAL •Atividades de serviços relacionados com a Agricultura (CNAE 01.61-9); •beneficiamento de outras fibras têxteis naturais (CNAE 17.19-1). Essas atividades estão presentes em regiões de cultura e beneficiamento do sisal, as quais predominam em zonas rurais e pequenos municípios dos estados da Região Nordeste. Desde 1984 vêm sendo desenvolvidos pela Fundacentro dispositivos de proteção na boca de alimentação da máquina “paraíba” de descortiçar e desfibrar o sisal, com distintas configurações. A Fundacentro planejou em 1997 uma nova ação voltada ao setor de sisal (...). Na década de 80, a Fundacentro desenvolveu um dispositivo de proteção para ser colocado na boca de alimentação da máquina de desfibrar o sisal, que praticamente resolvia o problema. Mas a dificuldade de operar a máquina com o dispositivo fez com que a proteção fosse abandonada. Agora a proposta é ir mais fundo no problema, em parceria com outras entidades, por meio do “Projeto Integrado para o Desenvolvimento da Agroindústria Sisaleira”, que se propõe a estudar desde os problemas socioeconômicos, até novos usos para a fibra. (FUNDACENTRO, 1997/98a). FONTE: Adaptado de: MENDES (2001) Vejamos algumas imagens (exemplos) das máquinas mencionadas acima: UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 16 FIGURA 2 - PRENSA EXCÊNTRICA DESPROTEGIDA FONTE: Disponível em: <http://www.cobrasmaq.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2014 FIGURA 3 - SERRA CIRCULAR DE MESA SEM PROTEÇÃO FONTE: Disponível em: <http://images.quebarato.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2014 TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL 17 FIGURA 4 - GUILHOTINA INDUSTRIAL FONTE: Disponível em: <http://novaesperanza.olx.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2014 FIGURA 5 - INJETORA DE PLÁSTICO FONTE: Disponível em: <http://jie.itaipu.gov.br>. Acesso em: 3 nov. 2014 UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 18 FIGURA 6 - CALANDRA INDUSTRIAL FONTE: Disponível em: <http://ferramentavitalicia.com>. Acesso em: 3 nov. 2014 FIGURA 7 - IMPRESSORA INDUSTRIAL FONTE: Disponível em: <http://www.braskraft.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2014 TÓPICO 1 | CENÁRIO DA SEGURANÇA INDUSTRIAL 19 FIGURA 8 - DESFIBRADOR DE SISAL COM PROTEÇÃO FONTE: Disponível em: <http://blogdojaziel.blogspot.com.br> Acesso em: 3 nov. 2014 Existem muitos riscos mecânicos criados pelas partes móveis dos diferentes tipos de máquinas. O contato com as partes móveis das máquinas é considerado como fonte de mais de 10% de todos os acidentes ocupacionais na Suécia, a partir de 1979, quando este item foi incluído na estatística sobre a origem das lesões ocupacionais (B A C S T R Ö M & DÖÖS, 1998). IMPORTANT E Como se pode observar, muitas máquinas e equipamentos são antigos e precisam de proteções contra acidentes. No Brasil existe a Norma Regulamentadora nº 12, que dá as diretrizes para as proteções em máquinas e equipamentos. O principal objetivo desta norma é: 12.1. Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR aprovadas pela Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis. (BRASIL, NR 12, 2011). UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 20 Logo, deve-se projetar as medidas preventivas segundo as referências técnicas da NR 12 e por uma equipe multidisciplinar, pois é necessário identificar os riscos, analisar qual a melhor forma de adequação da máquina de maneira que não dificulte a produção, pois, muitas vezes, envolve a parte elétrica destas máquinas. Deve-se envolver também o operador destas máquinas, pois ele conhece o processo dessa e as atividades que são desenvolvidas naquele posto de trabalho, contribuindo assim para melhorar esta adequação. Nunca podemos esquecer que após implantada a proteção, os operadores destes equipamentos devem receber os devidos treinamentos. Vale ressaltar que a adaptação das máquinas que já estão em funcionamento é muito cara e mais complexa. 21 Neste tópico vimos: • A ascensão das indústrias no Brasil e suas consequências. • O principal objetivo da Segurança Industrial e qual sua aplicação junto às empresas. • O cenário industrial e sua evolução. • Os números alarmantes de acidentes de trabalho que ocorrem ainda hoje no Brasil, bem como o maquinário que mais gera acidentes. • O maquinário e seus principais riscos e medidas de segurança. A partir de agora, você, acadêmico, pode começar a exercitar seu senso crítico e analisar algumas máquinas e equipamentos e definir qual é a melhor proteção para cada um. RESUMO DO TÓPICO 1 22 1 Sabe-se que a Revolução Industrial teve grande importância no cenário mundial no que se refere à Segurança do Trabalho. Descreva essa importância. 2 Nesses últimos anos, muitos acidentes de trabalho ocorreram, porém em 2012 houve um decréscimo nesse número. Por que esse número se reduziu? Dê sua opinião. 3 Algumas máquinas, utilizadas nas empresas, são velhas e sem proteção. Quais as principais proteções que devem ser empregadas? 4 Todo ambiente laboral possui riscos que podem estar visíveis ou não. As máquinas e equipamentos são os que mais apresentam riscos à integridade física do colaborador. Pesquise e cite mais algumas máquinas que você julgue importantes neste cenário, bem como os riscos nelas contidos. AUTOATIVIDADE 23 TÓPICO 2 NORMAS E PROGRAMAS APLICÁVEIS UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO No tópico 2, você, acadêmico, conhecerá sobre as normas aplicáveis à segurança industrial, principalmente as questões pertinentes à segurança de máquinas e equipamentos, utilizadas nos mais variados ramos de atividades das indústrias. Conhecerá sobre as Normas Regulamentadoras, mas principalmente e mais aprofundado, sobre as que envolvem os métodos de proteção à saúde dos trabalhadores, bem como de prevenção aos riscos de acidentes e de proteção das máquinas e equipamentos mais agressores aos seus operadores (trabalhadores). Acidentes de trabalho trazem prejuízos e danos à sociedade, empresas que perdem com a produção e pela ausência de seus trabalhadores, acometidos por doenças ocupacionais e/ou acidentes, mas principalmente os trabalhadores, que adoecem, perdem sua capacidade de suprir sua família, e sentem-se inutilizados, ou, na maioria das vezes, incapacitados ao trabalho permanentemente. A segurança do trabalho é uma obrigação de todos os participantes neste cenário de produção de bens e serviços. 2 NORMAS APLICÁVEIS Nos dias de hoje, o progresso tecnológico e as intensas pressões competitivas conduzem a mudanças rápidas nas condições, nos processos e na organização do trabalho. A legislação é essencial, mas insuficiente em si para lidar com essas mudanças ou acompanhar os passos dos novos riscos. As organizações também devem ser capazes de enfrentar continuamente os desafios da segurança e saúde no trabalho e transformar respostas efetivas em partes permanentes de estratégias de gestão dinâmicas (FUNDACENTRO, 2005). “Na Inglaterra, cerca de 33% dos acidentes ocorridos anualmente referem- se às atividades relacionadas com movimentação de materiais, sendo que a coluna representa 46% dos casos, e nos Estados Unidos cerca de 1,2 milhão de trabalhadores se afastam anualmente em função deste problema.” (OKIMOTO, 2002, p. 3). UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINASE EQUIPAMENTOS 24 Conforme estudou Zocchio (2001, p. 8), “as atividades destinadas à segurança e à saúde no trabalho foram institucionalizadas no Brasil em 1943, com o advento da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.” Com o Decreto-Lei nº 7.036, de 1944, criou-se a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), a partir de 1954 foram surgindo as primeiras portarias do Ministério do Trabalho e somente em 1978 foram editadas as Normas Regulamentadoras – NRs. Para que se possa entender o processo acerca dos meios legais que norteiam a segurança e saúde dos trabalhadores, faz-se necessário o conhecimento da evolução dos preceitos legais relacionados ao tema. Na sequência, faremos uma breve contextualização do surgimento dos fundamentos legais da segurança e saúde do trabalhador. Primeiramente, como diploma legal de proteção ao trabalhador acidentado, temos o Decreto-lei 3.724, de 15/01/1919, tornando compulsório o Seguro Contra Acidentes do Trabalho em certas atividades. Logo após temos o elenco dos Decretos 24.637, de 10/07/1934, que modificou a legislação de Acidentes do Trabalho, e o Decreto-Lei 7.036, de 10/11/1934, que reformou a legislação sobre o Seguro de Acidentes do Trabalho. Seguiram-se as Leis 5.316, de 14/09/1967, que integrou o Seguro de Acidentes do Trabalho na Previdência Social, e a Lei 6.367, de 19/10/1976, que ampliou a cobertura previdenciária de Acidentes do Trabalho, sendo que a última foi regulamentada pelo Decreto 79.017, de 24/12/1976, que aprovou o novo Regulamento do Seguro de Acidentes do Trabalho – SAT. A Lei 8.213, de 24/07/1991, instituiu o Plano de Benefícios da Previdência Social, regulamentada pelo Decreto 357, de 07/12/1991, que aprovou o Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, parcialmente alterado pelo Decreto 611, de 21/07/1992, que deu uma nova redação ao Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, logo após, pelo Decreto 2.172, de 05/03/1997, que aprovou o mesmo regulamento. A Lei 8.213/91 foi parcialmente alterada pela Lei 10.403, de 08/01/2002. Com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a proteção jurídica ao trabalhador passou a ter uma importância ainda maior. O Capítulo II – Dos Direitos Sociais – (Art. 6° e 7°) faz referências à redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de Saúde, Higiene e Segurança (inciso XXII – artigo 7° da Constituição da República Federativa do Brasil, de 05/10/1988) e Seguro Contra Acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado quando incorrer dolo ou culpa (inciso XXVIII – art. 7° CF/88) (MORAES, 2009). Quando se tratar de prevenção de acidentes, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no seu Capítulo V, Título II, dispõe sobre a Segurança e Medicina do Trabalho, em sua Seção XV, art. 200, de acordo com a redação dada pela Lei 6.514, de 22/12/1977. TÓPICO 2 | NORMAS E PROGRAMAS APLICÁVEIS 25 Em complemento à CLT, o Ministério do Trabalho, em 1978, publica através da Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, as Normas Regulamentadoras (NR) relativas à medicina, higiene e segurança do trabalho, como consequência das políticas voltadas para a área do trabalho, e que são continuamente atualizadas pela edição de portarias. Conforme o Ministério do Trabalho e do Emprego, as principais normas regulamentadoras do trabalho são: A NR 1 aborda sobre as Disposições Gerais publicadas pela Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978, relativas à segurança e medicina do trabalho. São de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ainda segundo o Ministério do Trabalho, são apresentadas abaixo as NRs aprovadas e em vigor: NR 2 - Inspeção Prévia. NR 3 - Embargo ou Interdição. NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). NR 6 - Equipamento de Proteção Individual. NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. NR 8 – Edifi cações. NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. NR10 - Serviços em Eletricidade. NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão. NR 14 - Fornos. NR 15 - Atividades e Operações Insalubres. NR 16 - Atividades e Operações Perigosas. NR 17 - Ergonomia. NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. NR 19 - Explosivos. NR 20 - Líquidos Combustíveis e Infl amáveis. NR 21 - Trabalhos a céu aberto. NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração. NR 23 - Proteção contra incêndios. NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. NR 25 - Resíduos Industriais. NR 26 - Sinalização de Segurança. NR 27 - Registro Profi ssional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho. NR 28 - Fiscalização e Penalidades. A NR 1 aborda sobre as Disposições Gerais publicadas pela Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978, relativas à segurança e medicina do trabalho. São de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ainda segundo o Ministério do Trabalho, são apresentadas abaixo as NRs aprovadas e em vigor: NR 2 - Inspeção Prévia. NR 3 - Embargo ou Interdição. NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). NR 6 - Equipamento de Proteção Individual. NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. NR 8 – Edifi cações. NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. NR10 - Serviços em Eletricidade. NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão. NR 14 - Fornos. NR 15 - Atividades e Operações Insalubres. NR 16 - Atividades e Operações Perigosas. NR 17 - Ergonomia. NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. NR 19 - Explosivos. NR 20 - Líquidos Combustíveis e Infl amáveis. NR 21 - Trabalhos a céu aberto. NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração. NR 23 - Proteção contra incêndios. NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. NR 25 - Resíduos Industriais. NR 26 - Sinalização de Segurança. NR 27 - Registro Profi ssional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho. NR 28 - Fiscalização e Penalidades. UNIDADE 1 | SEGURANÇA INDUSTRIAL, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 26 NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário. NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário. NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confi nados. NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval. NR 35 - Trabalho em Altura. NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados. NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário. NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário. NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confi nados. NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval. NR 35 - Trabalho
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